'Cheiro de morte' toma cidade de Mianmar após terremoto matar mais de 1,6 mil pessoas

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O cheiro de corpos em decomposição tomou as ruas da segunda maior cidade de Mianmar neste domingo, 30, enquanto pessoas trabalhavam freneticamente com as próprias mãos para remover escombros na esperança de encontrar alguém ainda vivo. O terremoto devastador de magnitude 7,7 atingiu o país na sexta-feira, 28, ao meio-dia, matando mais de 1,6 mil pessoas e deixando inúmeras outras soterradas.

O epicentro do tremor foi próximo a Mandalay, derrubando dezenas de prédios e danificando outras infraestruturas, incluindo o aeroporto da cidade. Os esforços de resgate foram dificultados por estradas rachadas, pontes destruídas, falhas nas comunicações e os desafios de operar em um país em meio a uma guerra civil.

A busca por sobreviventes tem sido conduzida principalmente por moradores locais, sem a ajuda de equipamentos pesados, usando as mãos e pás para remover os escombros sob um calor de 41°C, com poucas escavadeiras disponíveis. Uma réplica de magnitude 5,1 no domingo à tarde provocou gritos nas ruas, mas o trabalho de resgate continuou.

Muitos dos 1,5 milhão de habitantes de Mandalay passaram a noite ao ar livre, sem abrigo devido ao terremoto, ou com medo de que novos tremores derrubassem edifícios já fragilizados.

Tremor também atingiu a vizinha Tailândia, onde matou pelo menos 17 pessoas.

Muitas áreas ainda não foram alcançadas

Até o momento, foram registradas 1.644 mortes em Mianmar e 3.408 pessoas estão desaparecidas, mas muitas regiões ainda não foram acessadas. Segundo Cara Bragg, gerente da Catholic Relief Services em Mianmar, os esforços de resgate têm sido feitos principalmente por moradores tentando encontrar seus entes queridos sob os escombros.

"São principalmente voluntários e moradores que estão tentando encontrar seus familiares", disse Bragg, após receber informações de um colega em Mandalay. "Alguns países já começaram a enviar equipes de busca e resgate para ajudar, mas os hospitais estão sobrecarregados, há escassez de suprimentos médicos e as pessoas estão lutando para encontrar comida e água potável", acrescentou.

A organização enviou uma equipe por terra neste domingo para avaliar as necessidades mais urgentes e direcionar a assistência. Com o aeroporto de Mandalay danificado e a torre de controle do aeroporto da capital Naypyitaw destruída, todos os voos comerciais para essas cidades foram suspensos.

Os esforços oficiais de socorro em Naypyitaw priorizaram prédios governamentais e moradias de funcionários, deixando moradores e grupos de ajuda humanitária para escavar os escombros manualmente sob o sol escaldante e o forte odor da morte no ar.

Ajuda internacional começa a chegar a Mianmar

Mesmo assim, dois aviões militares C-17 da Índia conseguiram pousar em Naypyitaw no sábado à noite, trazendo um hospital de campanha e cerca de 120 profissionais, que seguiram para Mandalay para montar um centro de atendimento emergencial com 60 leitos, segundo o Ministério das Relações Exteriores do país.

Outros suprimentos indianos foram levados para Yangon, a maior cidade de Mianmar e centro das operações de socorro internacionais. No domingo, um comboio de 17 caminhões de carga chineses, transportando materiais médicos e de abrigo, era esperado em Mandalay após uma difícil viagem de 650 quilômetros desde Yangon, que tem levado mais de 14 horas devido às estradas congestionadas e desvios causados pelos danos do terremoto.

Ao mesmo tempo, a janela de oportunidade para encontrar sobreviventes está se fechando rapidamente. A maioria dos resgates ocorre nas primeiras 24 horas após um desastre, e as chances de sobrevivência diminuem drasticamente a cada dia que passa.

Um relatório inicial da ONU sobre os esforços de socorro, divulgado no sábado, apontou a destruição severa de diversas instalações de saúde e alertou para a "grave escassez de suprimentos médicos", incluindo kits de trauma, bolsas de sangue, anestésicos, dispositivos auxiliares, medicamentos essenciais e tendas para profissionais de saúde.

A China informou ter enviado mais de 135 especialistas em resgate, além de equipamentos como kits médicos e geradores, e prometeu cerca de US$ 13,8 milhões em ajuda emergencial. O Ministério de Emergências da Rússia anunciou o envio de 120 socorristas e suprimentos para Yangon, enquanto o Ministério da Saúde de Moscou enviou uma equipe médica a Mianmar. Equipes de Singapura já estavam atuando em Naypyitaw.

A Malásia despachou 50 profissionais neste domingo, com caminhões, equipamentos de busca e resgate e suprimentos médicos. A Tailândia enviou 55 soldados a Yangon para apoiar as operações, enquanto o Reino Unido anunciou um pacote de ajuda de US$ 13 milhões para apoiar organizações locais no país.

17 mortos confirmados na Tailândia

Na Tailândia, o terremoto foi sentido em grande parte do país, derrubando um prédio em construção em Bangkok, a cerca de 1.300 quilômetros do epicentro. Até o momento, 10 corpos foram recuperados dos escombros do canteiro de obras próximo ao popular mercado de Chatuchak, onde 83 pessoas ainda estão desaparecidas. No total, 17 mortes foram confirmadas na Tailândia devido ao terremoto.

Resgates em Mianmar são dificultados pela guerra civil

A comissária de Preparação e Gestão de Crises da UE, Hadja Lahbib, apresentou orientações para que cada família no bloco tenha um kit de sobrevivência de três dias pronto para o caso de uma crise - seja um conflito ou um desastre natural

Os esforços de resgate em Mianmar estão concentrados principalmente em Mandalay e Naypyitaw, consideradas as áreas mais atingidas, mas muitas outras regiões foram afetadas e ainda há poucas informações sobre os danos.

"Recebemos relatos de centenas de pessoas presas em diferentes áreas", disse Bragg. "Estamos com um número oficial de 1,6 mil mortos, mas ainda há muitos dados não disponíveis. Infelizmente, o total de vítimas deve aumentar para milhares, considerando o impacto da tragédia."

Além dos danos causados pelo terremoto, os resgates são dificultados pela violenta guerra civil que assola o país. Em 2021, os militares tomaram o poder do governo eleito de Aung San Suu Kyi, desencadeando uma forte resistência armada.

As forças militares perderam o controle de grandes áreas do país, tornando muitas regiões perigosas ou inacessíveis para as equipes de resgate. De acordo com a ONU, mais de 3 milhões de pessoas já estavam deslocadas devido à guerra e quase 20 milhões necessitam de ajuda humanitária.

As tropas do governo enfrentam milícias estabelecidas há décadas e as recém-formadas Forças de Defesa do Povo pró-democracia. O exército tem dificultado a chegada de ajuda às populações já afetadas pela guerra antes do terremoto.

Os ataques militares continuaram mesmo após o desastre, com bombardeios aéreos na sexta-feira e relatos de ataques com morteiros e drones no sábado.

Tom Andrews, relator da ONU para direitos humanos em Mianmar, pediu um cessar-fogo imediato.

"Os trabalhadores humanitários não devem temer serem presos, e nenhuma barreira deve impedir a ajuda de chegar a quem mais precisa", disse ele na plataforma X. "Cada minuto conta."

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou para condenar a 17 anos de pena Fábio Alexandre de Oliveira, homem que foi filmado sentado na cadeira do ministro durante os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

Oliveira, que é mecânico, aparece em vídeos sentado na cadeira do ministro gritando frases ofensivas, como: "Cadeira do Xandão aqui, ó! Aqui ó, vagabundo! Aqui é o povo que manda!". A defesa diz que o acusado apenas exerceu seu direito constitucional de manifestação e que não há provas de materialidade e autoria dos crimes imputados.

Na gravação, ele utiliza luvas, para dificultar sua identificação datiloscópica, e mantém uma máscara de proteção contra gases sobre suas pernas. Para o Ministério Público Federal (MPF), o uso dos equipamentos demonstra "intenção e preparação para a prática de atos de que poderiam resultar em confronto com as forças de segurança pública que guarneciam os prédios invadidos".

Moraes votou para condenar Oliveira à pena de 17 anos, sendo 15 anos e 5 meses de reclusão e 1 ano e 6 meses de detenção, além de 100 dias de multa - cada um fixado no valor de um terço do salário mínimo.

As penas foram aplicadas pelos crimes de: tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; tentativa de golpe de Estado; dano qualificado ao patrimônio público; deterioração do Patrimônio tombado; e associação criminosa armada.

Para Moraes, está comprovado, tanto pela ampla investigação realizada pela Polícia Federal quanto pelas provas documentais e audiovisuais constantes dos autos, que Oliveira "participou ativamente das manifestações antidemocráticas que antecederam os eventos de 8 de janeiro de 2023, aderindo, desde então, ao intento golpista".

"Suas manifestações públicas, sua presença nos locais invadidos, o uso de equipamentos para dificultar identificação, bem como as comunicações com outros envolvidos, evidenciam que instigou, apoiou e legitimou a atuação das massas que, no dia 8 de janeiro de 2023, invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes da República, com o objetivo de depor o governo legitimamente constituído e abolir o Estado Democrático de Direito", diz o ministro.

O ministro sustenta que os elementos constantes dos autos comprovam que a conduta não foi "episódica, tampouco passiva ou neutra, mas sim engajada, voluntária e com forte adesão ao propósito criminoso de ruptura da ordem constitucional".

Nas alegações finais, apresentadas em março deste ano, a defesa de Fábio Alexandre de Oliveira voltou a questionar a competência do Supremo Tribunal Federal para julgar o caso e alegou cerceamento de defesa. No mérito, afirmou que não há provas de materialidade e autoria dos crimes imputados, alegando que o réu não participou da invasão ou depredação dos prédios públicos. A defesa também negou que tenha havido dolo específico, sustentando que o acusado apenas exerceu seu direito constitucional de manifestação e que, mesmo admitindo presença nas imediações do Congresso Nacional, não há prova de ingresso ou de ação violenta.

Segundo Moraes, o interrogatório de Oliveira revelou contradições importantes entre suas declarações e as provas presentes nos autos, especialmente no que diz respeito à postura de espontaneidade e ausência de dolo por ele alegada.

"Apesar de afirmar que não ingressou em prédios públicos e que o vídeo teria sido feito para lembrança", admitiu estar ciente da situação de confronto, relatando que chegou à Praça dos Três Poderes por volta das 17h e que já havia "agitação" no local, inclusive com disparos de bombas e movimentação intensa de policiais", diz o ministro.

Moraes foi o primeiro a votar no caso, e ainda faltam os votos dos demais ministros da Primeira Turma para a conclusão do julgamento.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse em suas redes sociais que o Plano Safra 2025/2026 será o maior da história pelo terceiro ano seguido. A perspectiva é que o plano seja anunciado na próxima semana.

Em sua conta no "X", ele afirmou ainda que o governo tem investido mais nos grandes produtores que impulsionam o comércio exterior do País, mas também nos pequenos que colocam comida na mesa dos brasileiros. "Neste governo, ninguém fica para trás".

Lula escreveu também sobre sua visita à favela do Moinho, no centro de São Paulo. O presidente disse que "foi muito especial", e que foi possível conhecer uma comunidade que representa a força do povo brasileiro, que persiste e luta diariamente por uma vida melhor. "Enquanto presidente, tenho a honra e o dever moral de ajudar os moradores dessa comunidade. E é isso que vamos fazer".

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva avalia que a derrubada do projeto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) pelo Congresso, na noite de quarta-feira, 25, é o sinal mais forte de que a centro-direita tenta enfraquecer o governo para a disputa eleitoral de 2026. Há, porém, uma divergência no governo sobre qual deve ser o tom da reação.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e a titular da Secretaria de Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, querem que a Advocacia-Geral da União (AGU) entre com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF), sob o argumento de que o projeto de decreto legislativo aprovado pelo Congresso é inconstitucional.

Na outra ponta, o chefe da Casa Civil, Rui Costa, é contra: alega que uma iniciativa desse tipo pode ser interpretada como declaração de guerra do governo ao Congresso. Costa teme que um recurso ao STF, neste momento, tenha como consequência novas derrotas do Palácio do Planalto no Legislativo.

Foi o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), quem decidiu que era hora de levar ao plenário o projeto para barrar as mudanças propostas pela equipe econômica no IOF. Alcolumbre combinou o jogo diretamente com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que anunciou a decisão no X (antigo Twitter) às 23h35 de terça-feira, 24, surpreendendo o Planalto.

O embate tem como pano de fundo a queda de braço entre o presidente do Senado e o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Como mostrou o Estadão, Alcolumbre quer que Lula demita Silveira. O presidente resiste.

Desde a semana passada, no entanto, a briga aumentou de volume. A portas fechadas, Motta reclamou de Haddad para ministros. Além disso, demonstrou incômodo com o fato de Haddad ter elogiado Arthur Lira (PP-AL), ex-presidente da Câmara, durante reunião promovida pelo grupo Prerrogativas, em São Paulo. Interpretou o afago como uma cutucada na sua direção.

Haddad negou o "fogo amigo". Chegou a ligar para Motta, mas ele não o atendeu. Alcolumbre, por sua vez, atribuiu a Silveira a estratégia para jogar no colo do Congresso a culpa pelo aumento da conta de luz. O episódio provoca desgaste e tem potencial para causar prejuízos a deputados e senadores em 2026, ano eleitoral.

Na prática, a energia elétrica vai ficar mais cara porque o Legislativo incluiu "jabutis" - trechos que não têm relação com a proposta original - em um projeto sobre instalação de eólicas offshore (em alto mar). A Frente Nacional de Consumidores de Energia estima um custo adicional de R$ 197 bilhões até 2050, com impacto na inflação e aumento de 3,5% na conta de luz.

Lula havia vetado os "jabutis", mas o Congresso os reintroduziu no projeto. Alcolumbre e Motta afirmam que tudo estava combinado com o Planalto, tanto que 7 senadores e 63 deputados do PT, partido de Lula, também aprovaram a medida.

O governo nega o acordo nesses termos e decidiu enviar ao Congresso uma Medida Provisória para compensar o aumento da energia elétrica. Alcolumbre atribui a decisão a uma dobradinha entre Silveira e Rui Costa.

O duelo entre o presidente do Senado e o ministro de Minas e Energia também inclui a disputa por indicações para agências reguladoras. O cabo de guerra é sobretudo pela ocupação de diretorias da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Agência Nacional do Petróleo (ANP).

A insatisfação do Congresso com o governo, no entanto, não para por aí e um dos capítulos mais visíveis desse confronto é a falta de pagamento das emendas parlamentares.

Responsável pela articulação política, Gleisi Hoffmann contesta que haja uma ação deliberada do Planalto para segurar as emendas. A ministra chegou até mesmo a divulgar uma tabela para mostrar que, neste ano, o nível de execução dos valores do Orçamento está mais acelerado do que em 2023 e 2024.

Nesta sexta-feira, 27, o ministro do STF Flávio Dino também comandou uma audiência pública para tratar justamente das emendas impositivas. Alcolumbre e Motta participariam da sessão, mas desistiram na última hora e enviaram representantes. Dino é o relator de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que investiga irregularidades na destinação desses recursos.

Deputados e senadores reclamam que o governo tem segurado a liberação do dinheiro e muitos veem uma aliança entre Lula e Dino, que foi ministro da Justiça e da Segurança Pública. O Planalto sustenta que não há qualquer jogo combinado com o STF.

"O clima está muito ruim e o descontentamento é por causa do descumprimento de acordos", disse o deputado Paulo Pereira da Silva (Solidariedade-SP). "O governo usa o STF contra o Congresso para não pagar emendas e acha que a gente não percebe".

Haddad avisou que, sem a arrecadação de R$ 10 bilhões prevista com o aumento do IOF, o governo precisará fazer novo contingenciamento de gastos. A conta inclui o bloqueio de emendas.

"Não há problema nenhum em contingenciar emendas", afirmou o líder do MDB na Câmara, Isnaldo Bulhões (AL). "O problema é que o governo tem sido reativo, em desconexão total com a classe média", completou.

Uma nova campanha postada nas redes sociais por Lula e ministros dá pistas sobre o discurso para 2026. A tentativa frustrada do governo de elevar o IOF é tratada como justiça tributária - "quem tem mais, paga mais" -, e não aumento de imposto.

Partidos do Centrão, como o PP, o Republicanos e o União Brasil - que hoje comandam ministérios -, se articulam para construir uma candidatura de oposição a Lula, no ano que vem. Com o ex-presidente Jair Bolsonaro inelegível até 2030, os três partidos consideram que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, pode ser esse nome.

Oposição fala em 'conjunto da obra'

Para o líder do PL na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), o troco dado pelo Congresso no Planalto não se deve a um só fator, mas, sim, ao "conjunto da obra" e à "inércia" do governo.

"Não vamos ser hipócritas. Os deputados começaram a se preocupar porque tem eleição no ano que vem. Os prefeitos dependem do pagamento das emendas e estão desesperados", observou Sóstenes, um dos mais importantes aliados de Bolsonaro.

No pacote de alfinetadas, o Senado também aprovou, na noite de quarta-feira, 25, o aumento do número de deputados, dos atuais 513 para 531. A medida, que já havia recebido sinal verde da Câmara, terá efeito cascata nas Assembleias Legislativas dos Estados.

"Aprovaram aqui no Congresso o arcabouço fiscal, agora estão derrubando tudo e a gente é que tem de cumprir?", provocou o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), após a votação que barrou o aumento do IOF. "É evidente que vai ter corte de gastos."

Sob a alegação de que o Congresso rompeu o acordo com o Planalto, mesmo após Lula ter editado outro decreto, "mais suave", o líder do governo no Senado, Jaques Wagner (PT-BA), tentou amenizar a derrota. "Sou daqueles que acham que é um dia após o outro", resumiu ele. "Não tem sangria desatada nem o mundo vai acabar por causa dessa votação".