Rússia confirma visita de Xi Jinping entre dias 7 a 10 de maio e reuniões bilaterais com Putin

Internacional
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O presidente da China, Xi Jinping, realizará uma visita oficial à Rússia de 7 a 10 de maio, confirmou o Kremlin no domingo (4). O presidente chinês está entre os líderes que comparecerão ao Desfile do Dia da Vitória em Moscou, em 9 de maio, para comemorar o fim da Segunda Guerra Mundial.

 

O Kremlin afirmou que Xi visitará a convite do presidente russo, Vladimir Putin, e que, além de participar das celebrações do Dia da Vitória, os líderes discutirão "o desenvolvimento de relações de parceria abrangente, interação estratégica" e "questões da agenda internacional e regional".

 

Putin e Xi assinarão diversos documentos bilaterais, afirmou o Kremlin.

 

A visita de Xi à Rússia será a terceira desde que o Kremlin enviou tropas para a Ucrânia em fevereiro de 2022. A China afirma ter uma posição neutra no conflito, mas apoia as alegações do Kremlin de que a ação da Rússia foi provocada pelo Ocidente e continua a fornecer componentes essenciais necessários a Moscou para a produção de armas.

 

No sábado, 3, Moscou acusou o presidente ucraniano Volodimir Zelenski de ameaçar a segurança de dignitários presentes nas celebrações do Dia da Vitória, após ele ter rejeitado o cessar-fogo unilateral de 72 horas da Rússia. Zelenski afirmou que a Ucrânia não pode fornecer garantias de segurança a autoridades estrangeiras que planejam visitar a Rússia por volta de 9 de maio, alertando que Moscou poderia encenar provocações e, posteriormente, tentar culpar a Ucrânia. Fonte: Associated Press.

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O historiador Jean Lima, que pediu demissão da Empresa Brasil de Comunicação (EBC) nesta segunda-feira, já atuou em diversos órgãos da administração pública do Distrito Federal. Ele deixou seu cargo - que ocupava desde outubro de 2023 - comunicando a decisão em uma carta endereçada ao ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidônio Palmeira.

Doutor em Histórica Econômica pela Universidade de São Paulo (USP), Lima pesquisou escravidão urbana e formação da classe operária no Brasil. Antes, cursou mestrado em História Social e fez graduação em História na Universidade de Brasília (UnB), da cidade em que nasceu.

No começo da carreira, Jean Lima atuou como professor universitário na UnB e em faculdades particulares. Ele ministrou aulas de Metodologia da História, História Contemporânea, História do Brasil e Formação Econômica do Brasil.

Na administração pública, foi presidente da Companhia de Planejamento do DF (Codeplan) e do Instituto de Pesquisa e Estatística do DF (IPEDF). Ele também trabalhou como assessor especial na Secretaria de Relações Institucionais da Presidência durante o governo de Dilma Rousseff (PT).

Lima ainda desempenhou outros cargos públicos na capital do País, como coordenador adjunto de Articulação Intergovernamental, coordenador executivo do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e secretário-adjunto na Secretaria de Governo do DF.

Em outubro de 2023, Lima era diretor-geral da EBC e foi promovido a presidente interino após a saída de Hélio Doyle do cargo. O jornalista, que dirigia a empresa pública, foi demitido após chamar de "idiotas" os apoiadores de Israel. À época, o governo Lula mantinha neutralidade no conflito da nação do Oriente Médio. A permanência de Lima no cargo só se tornou definitiva em dezembro de 2023.

Na época em que Lima assumiu a presidência da EBC, o ministro da Secom era Paulo Pimenta. Com a chegada de Sidônio, em janeiro deste ano, ele foi mantido no cargo.

Durante o período em que presidiu a EBC, Lima anunciou a integração de 15 canais de televisão e 20 de rádio à Rede Nacional de Comunicação Pública (RNCP), totalizando 177 emissoras de TV e 155 de rádio no sistema.

O objetivo principal da integração de novos canais, segundo Lima, era alcançar a população com conteúdo regional e, "com isso, combater as fake news e fortalecer a democracia".

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 4, que pretende explicar ao secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, como funciona o judiciário brasileiro em possível conversa que os dois terão esta semana para tratar do tarifaço dos EUA sobre o Brasil. "Você pensa que, se você trocando de juiz, você vai trocar o veredicto? Você não vai trocar o veredicto trocando de juiz, porque nós temos aqui várias salvaguardas internas e externas", afirmou durante entrevista ao programa Entre Nós, da BandNews, sem citar o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre Moraes, que vem sendo alvo de sanções norte-americanas.

Haddad lembrou que o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, recorreu ao Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas e foi absolvido. "Não só internamente, mas externamente ele foi absolvido", disse, salientando que o Brasil é signatário de todos os acordos internacionais que dizem respeito a direitos humanos.

O problema, conforme Haddad, não é o juiz, mas os atos perpetrados contra a Constituição. "Isso não vai mudar: o problema das provas, das confissões, das delações, dos fatos concretos apurados, isso não vai mudar trocando de juiz. O Estado brasileiro está tratando o assunto com a seriedade merecida. Agora, os fatos estão sendo tratados dessa maneira, porque são graves", considerou em referência ao julgamento do ex-presidente da República Jair Bolsonaro.

Questionado sobre se o governo não pretende retaliar os EUA comercialmente, o ministro disse preferir a palavra "proteger". "Vamos proteger o Brasil. Esta é a obrigação do Estado. Isso vale para o comércio, isso vale para as nossas instituições, vale pra democracia, vale para a soberania. Então nós vamos agir no sentido de proteger", disse, enfatizando que há uma relação de 200 anos de amizade e de prosperidade entre os dois países.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta segunda-feira, 4, que foram os Estados Unidos que puxaram o fio da democratização do continente, com a descolonização e o aperfeiçoamento da democracia. Mas, segundo ele, o Brasil foi além da democracia norte-americana em vários quesitos, em vários tópicos e a democracia do País é inspirada na dos EUA.

"Nós estamos até um pouco à frente. Isso não sou eu que estou dizendo. São cientistas políticos dos Estados Unidos da América que hoje dizem que o Brasil é mais exemplo de democracia do que muitos países pioneiros da instituição da democracia no mundo", afirmou Haddad, em entrevista à Bandnews.

De acordo com ele, o governo está aberto a discutir comércio e política externa. "Quer discutir comércio? Nós vamos discutir comércio. Quer discutir política? Política externa? Nós podemos discutir política externa", afirmou. O ministro contou que nos dois últimos anos da administração de Joe Biden ele foi encarregado de buscar uma aproximação econômica com Janet Yellen, que ocupava a secretaria do Tesouro norte-americano. "E estamos justamente discutindo parcerias com os Estados Unidos da América, sobretudo na questão da transição energética, que nós temos várias coisas comuns, interesse em solar, em eólica e biocombustíveis."

Haddad afirmou que a soberania do Brasil não está em discussão. "O nosso comando, as nossas relações bilaterais estão em discussão. Por isso é saudável que os Estados Unidos se interessem mais pelo Brasil e vice-versa. É um parceiro muito tradicional nosso", disse.