Em Moscou, Xi Jinping destaca cooperação com Putin e importância de parceria sino-russa

Internacional
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O presidente da China, Xi Jinping, chegou a Moscou nesta quarta, 7, em visita oficial à Rússia. "Estou ansioso para falar sobre os laços e a cooperação com Vladimir Putin", afirmou Xi, destacando a importância do encontro para aprofundar as relações bilaterais. A visita ocorre em evento de celebração do "80º aniversário da vitória na Grande Guerra Patriótica", segundo comunicado do governo chinês.

Em discurso, o presidente chinês destacou a robustez da relação sino-russa. "China e Rússia têm explorado com sucesso uma maneira correta de conviver como grandes vizinhos", disse Xi, ressaltando que a parceria tem sido fundamental para a "estabilidade estratégica global" e para o fortalecimento de um mundo multipolar.

O líder chinês ainda reiterou o compromisso de ambos os países em defender os princípios da Segunda Guerra Mundial e a fundação da Organização das Nações Unidas (ONU), se opondo ao "hegemonismo e à política de força" e defendendo um sistema de governança global mais justo.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou, nesta quinta-feira, 7, que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em prisão domiciliar desde a segunda, 4, possa receber um grupo de quatro médicos. No entanto, Moraes rejeitou o pedido dos advogados de defesa, ao negar a presença de cinco agentes de segurança, prerrogativa de ex-presidente.

O ministro destacou que, se houver necessidade de uma eventual internação de Bolsonaro, "o juízo deverá ser informado em até 24 horas de sua efetivação, com a devida comprovação".

Em petição protocolada pelo ex-presidente, ainda nesta quinta-feira, 5, sua defesa requereu "a autorização para recebimento de visitas de seus médicos, seguranças e outras pessoas genericamente".

Moraes concedeu a autorização para a entrada dos médicos indicados pelos advogados, sem a necessidade de prévia comunicação. "Em relação aos seguranças que o custodiado tem direito em virtude de sua condição de ex-presidente da República, julgo prejudicado o pedido, uma vez que não se trata da possibilidade de realização de visitas, mas, sim, da continuidade do exercício de suas funções previstas", considerou.

Moraes também negou a visita de "outras pessoas genericamente", entendendo que os pedidos devem ser protocolados de forma individualizada e específica.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que respeita, mas não concorda com "alguns movimentos" feitos pelo deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e sinalizou que pode decretar a perda do mandato de Eduardo.

"Temos um problema político-jurídico que envolve o deputado Eduardo Bolsonaro, que tomou a decisão de ir aos Estados Unidos e ficar lá defendendo teses que lhe são caras. E essas teses, nós temos que respeitar, ele está no exercício, apesar de não concordar com alguns movimentos que ele tem feito", afirmou, em entrevista à Coluna Igor Gadelha, do Portal Metrópoles.

Segundo Motta, Eduardo será tratado "com base no regimento". "É importante dizer que iremos tratar todo deputado com base no regimento. Não há previsibilidade para o exercício do mandato à distância no nosso regimento" disse.

Ainda de acordo com o presidente da Câmara, Eduardo fez uma escolha em ir aos EUA e ele sabia "do que não seria possível manter".

"O parlamentar, quando decidiu ir aos Estados Unidos, ele tinha um objetivo, sabia também daquilo que não seria possível manter, quando optou ficar à distância do seu mandato, do Estado que representa", analisou Motta.

Repetindo ameaças que tinha feito na semana passada, Eduardo disse que Motta poderia ser punido pelo governo americano caso "não cumpra o seu papel enquanto representante da sociedade".

"Eu não falo pelo governo americano, mas pode sim haver, como por exemplo ocorreu para Rodrigo Pacheco, que perdeu o seu visto. Ele perdeu o visto devido ao grande volume de pedidos de impeachment do Alexandre de Moraes que nunca sequer foram analisados. Então o Pacheco, ex-presidente do Senado, foi visto como uma parte, uma peça que sustenta esse regime. Se continuar nessa toada de Alexandre de Moraes abusando do poder e nada sendo feito, pode sim, possivelmente, nas cenas dos próximos capítulos, isso daí ocorrer", afirmou Eduardo.

O governo dos Estados Unidos anunciou no dia 30 de julho punição a Moraes com a Lei Magnitsky. É a primeira autoridade de um país democrático a ser punida com as sanções previstas na norma, criada para restringir direitos de violadores graves dos direitos humanos.

A Lei Magnitsky prevê como punições a proibição de entrada nos Estados Unidos, o bloqueio de bens e propriedades em território americano, a proibição "extraterritorial de prestação de serviços por empresas com sede nos Estados Unidos aos alvos da punição.

Motta disse que um dos ônus do trabalho dele como presidente da Câmara é o equilíbrio. "Nós temos que fazer o que é certo e nada nos tirará desse foco", disse, em resposta à declaração de Eduardo.

Na matéria divulgada anteriormente, havia uma incorreção no título. Segue abaixo o texto correto.

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), negou nesta quinta-feira, 7, que os bolsonaristas tenham feito "chantagem" para a desobstrução da Mesa da Casa em troca da anistia aos condenados pelo 8 de Janeiro. Segundo o deputado, não existe acordo para que a proposta seja votada.

Sóstenes ainda pediu desculpas ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), pelo protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que impediu os trabalhos na Câmara por dois dias.

"O presidente Hugo Motta não foi chantageado por nós, ele não assumiu compromisso de pauta nenhuma conosco", discursou o líder no PL, enquanto deputados lamentaram no plenário. "Nós, líderes dos partidos que compomos a maioria desta Casa, vamos pautar o fim do foro privilegiado e a anistia. Os líderes. Não o presidente Hugo Motta, não existe chantagem nesta Casa, não é comportamento da direita chantagear ninguém", completou.

"Ontem, com o acirrar dos ânimos, se eu, com Vossa Excelência (Hugo Motta), não fui correto, te peço perdão da tribuna da Câmara. Não fui correto no privado, mas faço questão de vir em público te pedir perdão", disse o deputado. Sóstenes ainda afirmou que Motta foi "muito paciente" com ele.

A oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ocupou a Câmara e o Senado Federal na terça-feira, 5. Os parlamentares pediam a aprovação de um "pacote de paz" após a prisão de Bolsonaro.

As exigências eram a votação do impeachment do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), da anistia "ampla, geral e irrestrita" aos envolvidos no 8 de Janeiro e da proposta de emenda à Constituição (PEC) do fim do foro privilegiado.

Durante o período em que travaram os trabalhos da Casa, os parlamentares se revezaram para ocupar as Mesas Diretoras, protestaram com esparadrapo na boca e se acorrentaram à mesa. Motta só recuperou a Mesa Diretora da Câmara na noite de quarta-feira, 6, após dois dias de obstrução, sem acordo para a votação dos temas.

"O que aconteceu entre o dia de ontem e o dia de hoje, em um movimento de obstrução física, não fez bem a esta Casa. A oposição tem todo o direito de se manifestar, a oposição tem todo o direito de expressar a sua vontade", discursou Motta ao retomar o comando da Casa na quarta.

Nesta quinta, Sóstenes ainda criticou o STF, porém, defendeu a pacificação no Congresso. "Nós precisamos de uma reconciliação nesta Casa, de boa convivência para dar exemplo ao Brasil", disse o líder do PL.

O deputado ainda se dirigiu a todos os parlamentares presentes no plenário. "Nós precisamos pacificar este País. É um apelo que faço aos meus colegas, agradecendo e pedindo desculpas. Peço desculpas a todos agora, se em algum momento eu fui indelicado com alguns dos senhores ou das senhoras", afirmou.