Caso Madeleine McCann: novas provas são reveladas e investigadores pedem reabertura do caso

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Investigadores alemães pediram à polícia britânica que reabra a sua investigação sobre o desaparecimento de Madeleine McCann, antes que o principal suspeito deixe a prisão, segundo informações do The Sun.

O jornal revelou esta semana detalhes sobre provas que foram encontradas pela polícia alemã na fábrica desativada que Christian Brueckner comprou no interior da Alemanha em 2008, um ano após o desaparecimento de Madeleine.

As evidências descritas como "perturbadoras" revelam, segundo o The Sun, a obsessão do suspeito com crianças. As provas incluem textos sobre sequestro, imagens de abuso infantil, fotos de meninas entre quatro e cinco anos, além de brinquedos, pequenas bicicletas, armas e um disco rígido.

Ainda segundo a publicação, os investigadores alemães encontraram provas de que Christian Brueckner esteve na área do desaparecimento de Madeleine nos anos seguintes. A menina britânica passava férias com a família na Praia da Luz, região do Algarve, em Portugal, quando sumiu em 2007.

Essas evidências incluem um GPS, que revelou movimentações do suspeito no Algarve nos anos após o desaparecimento, e uma foto dele nu na Barragem do Arade, a 56 quilômetros do local.

Outra pista seria o pedido de indenização de seguro assinado por Brueckner, após bater o seu motorhome em um festival na Espanha, em 2008. O seguro é apontado pelo The Sun como a primeira prova de que ele esteve no festival, onde supostamente teria confessado que matou Madeleine.

Parte das evidências foi encontrada em 2016, depois que um cachorro farejou uma cova na fábrica abandonada. Os investigadores encontraram no local um animal morto, além de pen drives e cartões de memória, que motivaram as buscas na propriedade.

Os policiais do Reino Unido monitoram o caso, mas os investigadores alemães pedem que intensifiquem seus esforços antes que Christian Brueckner seja solto. Ele cumpre pena de sete anos prisão após ter sido condenado na Alemanha pelo estupro de uma mulher americana em Portugal em 2005. O caso não tem relação com o desaparecimento de Madeleine.

Brueckner viveu muitos anos em Portugal, inclusive na região de Praia da Luz, por volta da época do desaparecimento de Madeleine em 2007. Apesar de ser apontado como principal suspeito, ele não foi formalmente acusado e nega qualquer envolvimento no caso.

No ano passado, Brueckner voltou a ser julgado na Alemanha por outras acusações de estupro e abuso sexual que teria cometido em Portugal entre 2000 e 2017, mas foi absolvido pelo tribunal de Braunschweig.

Os promotores pediam pena de 15 anos de prisão mas a juíza Uta Engemann concluiu que as provas não eram suficientes para a condenação. E entendeu que os depoimentos das testemunhas foram influenciados por reportagens que retratavam Brueckner como um "monstro sexual e assassino de crianças". (COM INFORMAÇÕES DA AP)

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O novo ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, afirmou na tarde deste sábado, 8, em São Paulo, que governadores bolsonaristas "preferem fazer demagogia com sangue, ao tratar todo mundo da comunidade como se fosse bandido". Boulos disse que essa é a visão dos governadores do Rio, Cláudio Castro (PL), e de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e de outros chefes de Executivo estadual apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Ele lançou no Morro da Lua, região de Campo Limpo, na zona sul de São Paulo, o Projeto Governo na Rua, que tem a finalidade de ouvir a população e levar as manifestações ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Boulos declarou também que a questão do combate ao crime é antiga, mas que Luiz Inácio Lula da Silva é quem tomou a iniciativa de tentar resolver com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública e o projeto de lei antifacção. Conforme o ministro chefe da Secretaria-Geral da Presidência, com essas propostas aprovadas, o governo federal terá mais atribuições e responsabilidades para o enfrentamento ao crime.

"A gente acredita que o combate ao crime tem que fazer da maneira correta, como a Operação Carbono Oculto, da Polícia Federal, para pegar o peixe grande, não o bagrinho. O peixe grande está na Avenida Faria Lima, não na favela", acredita.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), divulgou neste sábado, 8, a pauta da Casa para a próxima semana, com a inclusão do projeto de lei antifacção - texto encaminhado pelo governo ao Congresso na esteira da megaoperação que deixou 121 mortos no Rio de Janeiro. A proposta é relatada pelo deputado Guilherme Derrite (PP-SP), secretário de segurança de São Paulo.

Motta marcou a primeira sessão deliberativa da Casa da semana para terça-feira, 11, às 13h55. A sessão será semipresencial, conforme decidido pelo presidente da Câmara em atenção a pedido de líderes partidários. Isso significa que os deputados poderão votar a distância nas sessões dessa semana, sem precisarem estar em Brasília.

A pauta também contém outros projetos relacionados à Segurança Pública, como o que aumenta a destinação da arrecadação com jogos de apostas de quota fixa (bets) para o financiamento da segurança pública. O relator de tal projeto é o deputado Capitão Augusto (PL-SP).

Outro projeto na lista de serem debatidos pelos parlamentares é o que condiciona a progressão de regime, a saída temporária e a substituição de pena privativa de liberdade por pena restritiva à coleta de material biológico para obtenção do perfil genético do preso. O relator é o deputado Arthur Maia (União-BA).

Ainda consta na pauta a discussão de um projeto que altera o Código Tributário Nacional para tratar de normas gerais para solução de controvérsias, consensualidade e processo administrativo em matéria tributária e aduaneira. A tramitação em regime de urgência da proposta foi aprovada no último dia 21. O relator é o deputado Lafayette de Andrada (Republicanos-MG).

O sócio-fundador da SPX Capital, Rogério Xavier, alertou neste sábado, 8, para a situação fiscal explosiva do Brasil. Com o juro real perto de 11% e o atual nível de endividamento, o País corre risco de quebrar se o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) for reeleito e não mudar suas políticas. Por outro lado, pode virar a página caso eleja um candidato de centro-direita, escapando do duelo Lula versus Jair Bolsonaro e colocando um ponto final no ciclo pós-ditadura.

"O País quer uma coisa diferente dessa oferta que foi nos dada nos últimos anos, que aponte para o futuro. Chega de Bolsonaro, chega de Lula, está bom", disse Xavier, durante painel na conferência MBA Brasil 2025, em Boston, nos Estados Unidos.

Segundo ele, Lula e Bolsonaro representam um período "do nós contra eles" que o Brasil vive desde o fim da ditadura. "Temos uma alternativa de acabar com esse ciclo já no ano que vem", disse, sem mencionar um candidato específico. Na sua visão, qualquer candidato da direita hoje pode ser a 'cara' do centro-direita nas eleições de 2026, mas que ainda não é hora de se colocar. "Vai apanhar", afirmou.

Xavier prevê uma eleição "super acirrada", em que não será possível saber o vencedor das urnas nem 24 horas antes do pleito. E, nesse ambiente, a situação fiscal d Brasil pode se deteriorar ainda mais, com o governo petista gastando mais para vencer a disputa. Na sua visão, "o Brasil está em risco".

"A gente está criando um endividamento muito alto e que é explosivo. 11% de juro real para um país que já tem uma dívida desse tamanho, a gente quebra", alertou. "A gente está se aproximando muito perto do encontro com a dívida", acrescentou. Uma eventual piora da situação fiscal do Brasil pode levar credor da dívida brasileira a questionar a vontade do País de honrá-la. "Dívida é capacidade vontade. A capacidade está ficando em dúvida e já tem um pouco de dúvida se (o governo) tem muita vontade de pagar mesmo".

Ao falar a estudantes brasileiros de MBA no exterior, ele analisou o histórico dos partidos políticos no Brasil para reforçar a cobrança da sociedade por uma proposta nova. Na sua visão, o PT "morreu", assim como o PSDB perdeu relevância nacional. No entanto, o Partido dos Trabalhadores tem o Lula, que é "muita coisa", mas demonstra um "egoísmo brutal" ao continuar sendo presidente e não dar oportunidade para outros.

"A reeleição é um câncer no Brasil. O incentivo do político é se reeleger. Virou uma profissão", criticou o gestor. "O político deveria servir as pessoas, servir o povo. Não se servir", emendou.

Segundo ele, é importante que o ciclo pós-ditadura termine para que o Brasil aponte para o futuro. Mesmo que o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro tenha surpreendido para cima nos últimos anos, sob a ótica de crescimento, quando comparado a outros emergentes, o Brasil "ficou para trás", na sua visão. "O Brasil nunca teve horizonte, nunca teve previsibilidade", concluiu.

*A repórter viajou a convite da MBA Brasil