Reino Unido assina tratado de defesa, comércio e migração com a Alemanha

Internacional
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O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, e o chanceler da Alemanha, Friedrich Merz, assinaram um tratado histórico nesta quinta-feira, que envolve questões de defesa e migração.

O acordo compromete os dois países a aumentar o investimento e fortalecer a cooperação policial contra gangues criminosas de tráfico de pessoas que usam o Canal da Mancha. "Queremos um trabalho conjunto mais próximo, especialmente após a retirada do Reino Unido da União Europeia (UE)", disse Merz.

O tratado se baseia em um pacto de defesa que o Reino Unido e a Alemanha, dois dos maiores apoiadores europeus da Ucrânia, assinaram no ano passado, comprometendo-se a uma cooperação mais estreita contra a crescente ameaça da Rússia. O acordo também afirma que ambos manterão diálogo próximo sobre questões nucleares, apesar de a Alemanha não possuir armas nucleares.

Inclui uma promessa de "assistir um ao outro, inclusive por meios militares, em caso de um ataque armado ao outro", embora não esteja claro qual será o impacto prático disso, já que ambos são membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) e, portanto, vinculados pelo pacto de defesa mútua da aliança.

O tratado Reino Unido-Alemanha segue acordos assinados durante uma visita de Estado na semana passada pelo presidente francês Emmanuel Macron, na qual França e Reino Unido prometeram coordenar seus dissuasores nucleares pela primeira vez. Merz destacou que o E3 (Reino Unido, França e Alemanha) convergem em suas posições de políticas externas, de segurança, migração e economia.

Sobre o envio de armas para a Ucrânia, Merz sinalizou que esses planos ainda estão em andamento, dizendo que pode levar "dias, talvez semanas" antes que as armas cheguem ao país.

Durante a viagem, os líderes anunciaram que a startup de defesa alemã Stark, que fabrica drones para a Ucrânia, abrirá uma fábrica na Inglaterra. Eles também concordaram em produzir conjuntamente exportações de defesa, como veículos blindados Boxer e jatos Typhoon, e desenvolver um míssil de ataque de precisão profunda na próxima década.

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), informou nesta quinta-feira, 16, em nota, o cancelamento da sessão conjunta do Congresso Nacional, que iria analisar nesta quinta-feira, 16, os 63 vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei Geral do Licenciamento Ambiental. Segundo ele, o cancelamento da sessão atende solicitação da liderança do Governo no Congresso

Na quarta, 15, senadores já pediam o adiamento, em razão da falta de acordo. Segundo o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, informou, tanto a senadora Tereza Cristina (PP-MS), ligada ao agronegócio, como o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), defendiam o adiamento. Segundo Randolfe, a orientação do governo é pela manutenção dos vetos.

A análise de vetos é sempre vista com preocupação pelo Palácio do Planalto, em razão do potencial de desgaste com o Congresso. A última sessão, em 17 de junho, causou atritos entre os dois Poderes após a responsabilização por eventuais aumentos na conta de luz causados pela derrubada de vetos ao projeto das eólicas em alto-mar.

A líder do PP no Senado, Tereza Cristina (MS), afirmou que está mantida a sessão do Congresso para votar vetos do licenciamento ambiental nesta quinta-feira, 16. A declaração foi dada após ela se reunir com o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP).

Mais cedo, Tereza e outros senadores de oposição haviam afirmado que a sessão seria adiada por falta de acordo sobre os vetos. A senadora, que é ligada ao agronegócio, evitou dizer se há entendimento sobre o conteúdo dos trechos que serão votados.

Tanto Tereza como o líder do governo no Congresso, Randolfe Rodrigues (PT-AP), defendiam o adiamento. Segundo Randolfe, porém, o governo orientará pela manutenção dos vetos.

A análise de vetos é sempre vista com preocupação pelo Palácio do Planalto pelo potencial de desgaste com o Congresso. A última sessão, em 17 de junho, causou atritos entre os dois Poderes após a responsabilização por eventuais aumentos na conta de luz causados pela derrubada de vetos ao projeto das eólicas em alto-mar.

O cantor Zezé Di Camargo se manifestou politicamente durante sua apresentação no 10º Festival do Camarão, em Porto Belo (SC). Enquanto cantava "Flores em Vida", sucesso da antiga dupla com o irmão Luciano, Zezé ergueu uma camiseta com a frase "Anistia já para os presos do 8 de janeiro".

O gesto gerou comoção e aplausos de fãs do artista. A camiseta faz referência ao Projeto de Lei da Anistia, que visa conceder anistia total e irrestrita ao ex-presidente Jair Bolsonaro ((PL), condenado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado, e aos demais envolvidos na invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro de 2023.

O momento repercutiu nas redes sociais e gerou reações entre os internautas. Uma fã escreveu no X (antigo Twitter): "Finalmente um artista com coragem de verdade". Outro comentou: "Zezé teve coragem de ir contra a hipocrisia dos artistas esquerdistas e pediu anistia no show!". Também houve críticas de grupos da sociedade que rejeitam a proposta.

O evento ocorreu em Santa Catarina, Estado governado por Jorginho Mello (PL), aliado político de Bolsonaro.

O debate sobre a anistia total tem perdido força no Congresso Nacional e tem ganhado destaque a discussão do chamado PL da Dosimetria, que propõe a redução das penas dos envolvidos nos atos de 8 de janeiro, conforme destacou o relator da proposta, deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP).