O presidente da França, Emmanuel Macron, afirmou nesta terça, 19, que as chamadas garantias de segurança para o conflito ucraniano não se materializarão no compromisso da Ucrânia com a Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), já que o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, se opõe a isso. Em entrevista à rede de televisão LCI após o encontro de ontem em Washington sobre a guerra, ele disse que seu objetivo continua sendo "dissuadir" os russo por meio de um forte exército ucraniano, capaz de resistir em caso de uma nova invasão.
Questionado se isso ocorreria a ponto de envolver os aliados da Ucrânia em uma guerra contra a Rússia, ele respondeu: "Se a Rússia assumisse a responsabilidade de voltar a provocar nas fronteiras da Europa após um acordo de paz, então haveria uma reação".
"Formalizamos pela primeira vez que estamos iniciando o processo de trabalho sobre garantias de segurança", afirmou Macron. A partir desta terça-feira, "nos reuniremos com o primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, para atualizar a coalizão dos dispostos", enfatizou. "Depois, começaremos um trabalho concreto com os americanos para ver quem está pronto para fazer o quê", antecipou.
Macron, no entanto, alertou para "uma paz apressada" que "não seria respeitada pela Rússia", mas também para o "reconhecimento de direitos" que significaria "que territórios poderiam ser tomados à força". "A Ucrânia fará as concessões que considerar justas e equitativas", apontou. "Esta paz não pode ser uma capitulação, o que seria trágico para a Ucrânia e para os europeus. Uma potência nuclear se aproximaria de nossas fronteiras e avançaria", afirmou.
Vladimir Putin, que conversou por telefone com Trump durante a cúpula, disse estar pronto para se encontrar com Volodimir Zelenski nas próximas duas semanas. "Decidimos realizar uma reunião bilateral entre os dois presidentes, depois uma reunião trilateral (com Trump) e, por fim, uma reunião multilateral onde os europeus devem estar à mesa", confirmou Macron.
Ucrânia: Macron exclui compromisso da Otan em garantias e sugere exército mais forte
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