Premiê da França propõe suspender lei de idade de aposentadoria até as eleições de 2027

Internacional
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O primeiro-ministro francês, Sebastien Lecornu, proporá a suspensão de um plano contestado que eleva a idade desaposentadoria de 62 para 64 anos, em uma tentativa de evitar que seu frágil governo minoritário seja imediatamente derrubado. Lecornu disse nesta terça-feira, 14, em um discurso na Assembleia Nacional, que a lei, uma política emblemática do presidente francês, Emmanuel Macron, seria colocada em pausa até depois da próxima eleição presidencial - a ser realizada em 2027.

O premiê se reuniu anteriormente com seu gabinete para discutir propostas para o orçamento de 2026, que precisa ser aprovado até o final do ano.

Lecornu enfrenta duas moções de desconfiança pelos partidos de extrema-esquerda França Insubmissa e de extrema-direita Reunião Nacional.

Os dois partidos não têm cadeiras suficientes para derrubar o governo por conta própria, mas o primeiro-ministro poderia ser rapidamente removido se o Partido Socialista se unir a eles.

Com seu governo por um fio, o recém-nomeado primeiro-ministro da França deve fazer concessões a seus oponentes políticos para evitar o voto de desconfiança ainda esta semana, enquanto o país luta para encerrar uma crise política persistente. Fonte: Associated Press

*Conteúdo traduzido com auxílio de Inteligência Artificial, revisado e editado pela Redação do Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado

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A Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão contra o deputado federal Dal Barreto (União Brasil-BA) nesta terça-feira, 14, no momento em que ele embarcava no Aeroporto de Salvador com destino a Brasília. A ação faz parte de mais uma fase da Operação Overclean, que investiga desvios em emendas parlamentares.

A PF identificou vínculos do deputado com personagens investigados por desvios de recursos em prefeituras da Bahia. Por isso, os investigadores solicitaram ao ministro Kássio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), o cumprimento desta nova fase. São cumpridos mandados em Brasília, Salvador e Amargosa (BA).

O ministro Nunes Marques também determinou bloqueios de bens e medida cautelar diversa da prisão.

Trata-se de mais um deputado que surge na investigação da Overclean. A PF já investigava o envolvimento do deputado Elmar Nascimento (União Brasil-BA) e Félix Mendonça Júnior (PDT-BA) com os desvios de emendas enviadas a prefeituras baianas.

O economista Paul Michael Romer, ganhador do Prêmio Nobel de Economia em 2018, aconselhou os brasileiros a não aceitarem interferências das big techs americanas nas suas vidas e nos sistemas político e judiciário brasileiros.

"Eu tenho dois conselhos para os brasileiros. O primeiro é para que saibam que o setor público existe para trabalhar para os cidadãos. Agora, o segundo conselho que eu daria para o povo do Brasil é para não deixar que os monopólios tecnológicos, os gigantes da tecnologia dos Estados Unidos, tirem vantagem do País e destruam seus sistemas políticos. Ou seja, não transformem os brasileiros em servos sob a frágil supervisão dessas empresas", disse o Nobel de Economia.

De acordo com ele, se fosse nos EUA, proibiria o modelo de publicidade das gigantes americanas de tecnologia. "Se fosse no meu país, eu proibiria o modelo de publicidade ou, melhor ainda, taxaria até que ela deixasse de existir".

"Esse não é o usual modelo de publicidade. Isso é publicidade direcionada e baseada em vigilância e conhecimento, conhecimento detalhado de manipulação, e manipulação da informação em nome de pessoas que fazem pagamentos de terceiros. Isso não é um mercado competitivo. Isso não é um sistema que tem algum valor", disse o economista.

"Eu acho que nós deveríamos simplesmente taxar até que deixasse de existir. Vocês realmente deveriam descobrir quanto os brasileiros de fato enviam para os gigantes da publicidade digital, Facebook, Meta, Google, e cada vez mais a Microsoft e a Amazon. É um punhado de firmas. Eu acho que vocês ficariam espantados com quanto dinheiro vocês enviam para essas firmas", apontou Romer.

Ainda de acordo com o economista, é importante que os brasileiros tenham em mente que "se vocês estão cientes dos problemas, é essencialmente em uma equação de custo-benefício". "Porque renda é diferente de receita e custo. E você não pode dizer onde a renda acontece. É uma equação de receita-custo-benefício em diferentes locais. Então, a renda se move para encontrar a menor restrição tributária. E isso é muito difícil de fazer. Mas você não precisa taxar a renda. Mas tem que taxar a receita destas firmas por estarem exibindo anúncios no Brasil", concluiu.

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), comentou nesta terça-feira, 14, o avanço da gestão estadual sobre o controle da área da favela do Moinho, no centro da capital paulista, que tem sido alvo de disputa entre os governos estadual e federal. O decreto que oficializa a cessão da área por 20 anos ao Estado foi publicado no Diário Oficial desta terça.

O acordo de transferência havia sido anunciado em junho, durante visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na região. Tarcísio foi convidado, mas não compareceu por conta de evento habitacional em São Bernardo do Campo (SP), berço político de Lula. Pela medida, o governo paulista passa a ter posse e direitos de uso da área, enquanto a propriedade formal permanece com a União.

"Logo que a gente consiga desmobilizar, a gente inicia a construção do Parque do Moinho. A gente vai ter a demolição daquelas estruturas", afirmou Tarcísio. "Aí nós vamos fazer a transposição de linhas, a construção daquilo que vai ser a Estação Bom Retiro, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), e também o Parque do Moinho, que vai se integrar à grande intervenção urbanística que a gente vai fazer no centro."

Segundo o governador, 70% das famílias que ocupavam o local já foram removidas, e o atendimento habitacional "segue como prioridade" da administração estadual. Parte dos moradores já recebeu unidades definitivas, enquanto outros estão sendo atendidos por meio do aluguel social até a conclusão dos novos empreendimentos, de acordo com ele. Tarcísio afirmou ainda que a área representa hoje um risco à integridade física das pessoas que ainda vivem no local, devido ao comprometimento estrutural dos imóveis.

Crime organizado

O governador também declarou que o Estado mantém o acompanhamento das investigações sobre a atuação do crime organizado na região, após denúncias de ameaças a funcionários da Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) e a moradores. Ele afirmou que a situação se estabilizou após uma operação policial que prendeu lideranças criminosas do Primeiro Comando da Capital (PCC) ligadas à favela, permitindo que as ações no entorno transcorressem "de forma mais serena e segura".