A Síria prende três pessoas por suposto tráfico de drogas e apreende mais de 265.000 comprimidos de captagon

Internacional
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As autoridades instaladas na Síria após a queda do regime de Bashar al-Assad em dezembro de 2024 anunciaram nesta terça-feira a prisão de três pessoas e a apreensão de mais de 265 mil comprimidos de captagon em uma nova operação contra o tráfico de drogas na província de Aleppo, localizada no norte do país asiático.

O Ministério do Interior da Síria disse em um comunicado publicado em sua conta no Telegram que a "operação meticulosa" levou à prisão de três suspeitos e à apreensão de 267 mil comprimidos de captagon e 20 quilos de haxixe que "estavam prontos para distribuição".

"Os detidos foram enviados às autoridades judiciais para que sejam tomadas medidas legais contra eles", disse ele, enfatizando que a operação de seus agentes na província de Aleppo "faz parte dos esforços do Departamento Antinarcóticos para proteger a sociedade e combater a disseminação do uso de drogas".

As autoridades de transição sírias lançaram várias operações nos últimos meses contra supostas redes de tráfico de drogas, principalmente o captagon, considerado uma das principais fontes de financiamento do regime de Al Assad no contexto do conflito desencadeado em 2011 pela repressão aos protestos pró-democracia na esteira da "Primavera Árabe".

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O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), confirmou há pouco que se reunirá nesta quarta-feira, 15, com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para tratar do Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias (PLDO). O encontro será realizado às 8h30 na Residência Oficial do Senado.

O PLDO aguarda votação na comissão há semanas. A última previsão era de que seria analisado hoje, 14, mas foi novamente postergado a pedido de Haddad, que quer discutir com Alcolumbre receitas frustradas pela queda da medida provisória com alternativa à alto do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF).

Um momento de descontração marcou o primeiro dia de julgamento do núcleo 4 da trama golpista no Supremo Tribunal Federal (STF) nesta segunda-feira, 14. O ministro Alexandre de Moraes, reconhecido torcedor do Corinthians, respondeu em tom de brincadeira ao ser chamado de palmeirense pelo advogado Melillo Dinis do Nascimento.

Durante sua sustentação oral, Melillo disse: "É um momento histórico onde qualquer desinformação pode ser atribuída a qualquer pessoa. Quer ver?" e usou o próprio ministro como exemplo.

"Se eu disser que o ministro Alexandre de Moraes é torcedor do Palmeiras, isso não só é injusto, como acaba por trazer consequências quando ele for lá no Itaquerão", afirmou o advogado em referência à NeoQuímica Arena, estádio do Corinthians, em Itaquera.

Moraes reagiu de forma bem-humorada: "E para o senhor também. Consequências sérias". "Claro, seríssimas", respondeu Melillo, que defende o réu Carlos Cesar Moretzsohn Rocha, ex-presidente do instituto Voto Legal.

O advogado também usou outros ministros da Primeira Turma para mais exemplos de consequências da desinformação. "Se eu disser que o ministro Luiz Fux é lutador de krav maga, e não de jiu-jitsu; que o ministro Flávio Dino foi governador de Carolina do Norte, e não do Maranhão, onde está a querida cidade de Carolina; ou que a ministra Cármen Lúcia não gosta de Minas Gerais, pode dar problema", elencou.

Melillo Dinis do Nascimento destacou o contexto de radicalização que, segundo ele, contribui para a disseminação de desinformação. "Estamos em um ecossistema fundamentalista, polarizado, cristalizado em um mecanismo que não tem controle. E essa falta de controle não depende da produção ou não da informação", disse.

Integram o núcleo 4, o "núcleo da desinformação", os réus Ailton Moraes Barros, ex-major do Exército; Ângelo Denicoli, major da reserva do Exército; Carlos Cesar Moretzsohn Rocha; Giancarlo Rodrigues, subtenente do Exército; Guilherme Almeida, tenente-coronel do Exército; Marcelo Bormevet, agente da Polícia Federal; e Reginaldo Abreu, coronel do Exército.

Nesta terça-feira, a Procuradoria-Geral da República (PGR) pediu a condenação de todos os sete. O procurador-geral Paulo Gonet argumentou que eles fizeram "manejo estratégico de informações sabidamente falsas como instrumento de desestabilização social".

A Primeira Turma havia marcado sessões nos dias 14, 15, 21 e 22 de outubro, mas cancelou a da quarta-feira, 15, e espera concluir o julgamento ainda na próxima terça-feira, 21, sem a necessidade do dia 22.

O deputado federal Adalberto Rosa Barreto (União Brasil-BA), conhecido como Dal Barreto, foi alvo de busca e apreensão nesta terça-feira, 14, pela Polícia Federal no âmbito da operação Overclean, que investiga um esquema de desvio de recursos públicos por meio de emendas parlamentares.

O parlamentar foi abordado no Aeroporto de Salvador, quando embarcava com destino a Brasília. Segundo a Polícia Federal, Dal tem vínculos com suspeitos já investigados por desviar verbas destinadas a prefeituras do interior da Bahia.

Diante dos indícios, os investigadores solicitaram ao ministro Kassio Nunes Marques, do Supremo Tribunal Federal (STF), a autorização para cumprir esta nova fase da operação.

Dal Barreto é empresário do setor de combustíveis e proprietário de postos de gasolina. Um dos estabelecimentos ligados a ele também foi alvo de mandado de busca e apreensão. Como mostrou o Estadão em setembro do ano passado, o posto recebeu recursos de emenda Pix apresentada por outro parlamentar.

Natural de Amargosa, no Vale do Jiquiriçá, na microrregião de Jequié, ele tem trajetória política iniciada em 2008, quando tentou se eleger prefeito de sua cidade natal, mas não obteve sucesso.

Em abril de 2024, o deputado votou no plenário da Câmara pela soltura de Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do assassinato da ex-vereadora Marielle Franco e de manter vínculos com milícias do Rio de Janeiro.

Mais recentemente, em setembro deste ano, Dal Barreto foi um dos parlamentares que votaram a favor da PEC 3/2021, conhecida como PEC da Blindagem, que dificulta a abertura de processos e prisões contra deputados e senadores. A proposta prevê, entre outras medidas, a exigência de voto secreto do Congresso para validar prisões em flagrante por crimes inafiançáveis.