Militares dos EUA localizam Caça F-35, aeronave que 'se camuflou' após piloto ejetar

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O local da queda de um caça furtivo que estava desaparecido desde o fim de semana, após o piloto ejetar da aeronave, foi localizado na segunda-feira, 18, em uma área rural da Carolina do Sul (EUA), depois que militares pediram à população para encontrar a aeronave, que foi feita justamente para escapar da detecção.

O campo de destroços foi descoberto no condado de Williamsburg, cerca de duas horas da Base Conjunta de Charleston. Os moradores foram solicitados a evitar a área enquanto uma equipe de recuperação trabalhava para protegê-la.

"Estamos transferindo o comando do incidente para o USMC esta noite, quando eles iniciam o processo de recuperação", postou a base na segunda-feira na plataforma de mídia social X.

Autoridades estavam procurando pelo caça desde que o piloto, cujo nome não foi divulgado, caiu de paraquedas em um bairro de North Charleston por volta das 14h de domingo, 17. Ele foi levado ao hospital, onde estava em condição estável, disse a major da Marinha Melanie Salinas.

"O acidente está atualmente sob investigação e não podemos fornecer detalhes adicionais para preservar a integridade do processo investigativo", disse o Corpo de Fuzileiros Navais em comunicado à imprensa na noite de segunda-feira.

O Corpo de Fuzileiros Navais anunciou mais cedo na segunda-feira que iria interromper as operações de aviação por dois dias depois da queda do jato - o terceiro acidente caro nas últimas semanas. Eric Smith, o comandante interino do Corpo de Fuzileiros Navais, ordenou a suspensão enquanto as autoridades procuravam perto de dois lagos da Carolina do Sul a aeronave FB-35B Lightning II desaparecida.

Este é o terceiro evento documentado como um "acidente de Classe A" nas últimas seis semanas, de acordo com um anúncio do Corpo de Fuzileiros Navais. Tais incidentes ocorrem quando os danos atingem US$ 2,5 milhões ou mais, uma aeronave do Departamento de Defesa é destruída ou alguém morre ou fica permanentemente incapacitado.

Os comandantes passarão a suspensão reforçando políticas, práticas e procedimentos de voo seguro com seus fuzileiros navais, de acordo com o comunicado de segunda-feira.

O anúncio não deu detalhes sobre os dois incidentes anteriores. Mas em agosto, três fuzileiros navais dos EUA morreram na queda de um avião tiltrotor V-22B Osprey durante um exercício de treino na Austrália, e um piloto do Corpo de Fuzileiros Navais morreu quando o seu jato de combate caiu perto de uma base de San Diego durante um voo de treino.

Christian Cortez, um fuzileiro naval da 2ª Ala de Aeronaves da Marinha, disse que os detalhes do que levou o piloto a ejetar-se da aeronave no domingo estavam sob investigação.

Com base na localização e trajetória do avião desaparecido, a busca se concentrou inicialmente no Lago Moultrie e no Lago Marion, disse o sargento sênior Heather Stanton da Base Conjunta de Charleston. Ambos os lagos ficam ao norte de North Charleston.

Um helicóptero da Divisão de Aplicação da Lei da Carolina do Sul juntou-se à busca depois que o mau tempo melhorou na área, disse Stanton. Oficiais militares apelaram em postagens online no domingo por qualquer ajuda do público na localização da aeronave.

O piloto de um segundo F-35 retornou em segurança à Base Conjunta de Charleston, disse Salinas. Os aviões e pilotos faziam parte do Esquadrão 501 de Treinamento de Ataque de Caça da Marinha com a 2ª Ala de Aeronaves da Marinha baseada em Beaufort, perto da costa da Carolina do Sul.

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A notícia divulgada por um site especializado de que a seleção brasileira pode ter uma camisa vermelha como segundo uniforme na Copa do Mundo de 2026 gerou indignação em políticos bolsonaristas nas redes sociais. Eles reclamam da cor, vinculada a partidos de esquerda, em especial o PT, sobretudo em um ano eleitoral, em que os brasileiros vão às urnas para escolher o presidente e governadores de Estado.

De acordo com o site Footy Headlines que é referência em "vazar" camisas de clubes e seleções antes do lançamento, a camisa vermelha substituiria a azul, tradicional número 2 da seleção brasileira, e conteria o selo da Jordan, e não da Nike, fornecedora e material esportivo do Brasil desde 1996.

Senador por Minas Gerais, Cleitinho Azevedo (Republicanos) gravou um vídeo reclamando da possibilidade e pressionando o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, a barrar a mudança.

"O que isso tem a ver com política? Tem tudo a ver com política. O ano que vem é o ano de Copa do Mundo e é um ano eleitoral. Eles já querem fazer politicagem, ideologia, acabando com uma tradição que é a camisa que é verde e amarela. Aí eu faço uma pergunta e uma provocação: cadê você, presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues? Você vai permitir isso aí? Politicagem dentro seleção brasileira?", reclamou Cleitinho, usando uma camisa amarela da seleção.

O também senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) afirmou querer crer que a notícia não seja verdadeira. "A camisa da seleção sempre foi um símbolo da nossa identidade nacional, do nosso orgulho e das nossas raízes. Sempre foi verde e amarela, as cores da nossa pátria. Mudar isso não faz qualquer sentido", criticou. "Essa tentativa não passa de mais uma investida para desfigurar aquilo que nos faz brasileiros de verdade. Nossa bandeira não é vermelha, e nunca será", completou.

O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), crítico da postura do Supremo Tribunal Federal (STF) na condução de processos contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ironizou: "O juiz também será nosso? A camisa vermelha proporciona essas vantagens ..".

Já a deputada Carla Zambelli (PL-SP) questionou se a CBF não queria "colocar logo uma estrela do PT na camisa vermelha". "Pelo menos teríamos seis estrelas e poderíamos sair por aí dizendo que, finalmente, conquistamos o hexa".

 

Na sessão solene do Congresso Nacional em homenagem ao aniversário de 150 anos do Estadão, a senadora Mara Gabrilli (PSD-SP) enalteceu a importância do jornal para a democracia brasileira e o profissionalismo do veículo, em seu discurso no plenário. A parlamentar foi uma das autoras da proposta de realização da cerimônia, junto com o deputado federal e presidente nacional do MDB, Baleia Rossi (SP).

"Homenageamos não apenas um jornal. Homenageamos um pilar da democracia brasileira. Celebramos 150 anos de resistência, de coragem, de profissionalismo, de compromisso inegociável com a verdade", declarou a senadora.

A parlamentar prosseguiu: "O Estadão não é apenas uma testemunha dos grandes momentos do nosso País. É protagonista. Esteve presente na luta pela abolição da escravidão, na defesa intransigente da República, na resistência corajosa diante da censura da ditadura militar".

Gabrilli afirmou ainda que o Estadão "sempre foi farol em tempo de trevas" e exaltou a profundidade, a análise cuidadosa e o pensamento crítico nos tempos atuais.

"Hoje, enquanto a desinformação se alastra como uma epidemia silenciosa, o jornalismo sério, ético e independente é o que nos ancora na realidade e no bom senso", declarou. "Em tempos de bolhas digitais , ataques à imprensa e guerras contra a verdade, tememos pelo que há por vir."

O presidentes do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), pretende apresentar um projeto para reduzir a pena dos envolvidos no 8 de Janeiro. O texto está sendo negociado com o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB) e com o Supremo Tribunal Federal.

Uma das versões em negociação prevê aumento da punição para os acusados de organizar tentativas de golpe de Estado. O novo projeto busca um meio termo para aliviar as penas impostas pelo STF, que chegam a 17 anos de prisão, mas assegurar que eventuais acusados de orquestrar o rompimento da ordem democrática tenham punições mais severas.

Como revelou a Coluna do Estadão no início do mês, o presidente da Câmara procurou o presidente Lula e ministros do Supremo com o objetivo de construir um acordo para revisão das penas dos condenados pelo 8/1, com o intuito de pacificar o País.

O projeto que já tramita na Câmara e é defendido pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, concede anistia total aos envolvidos no 8 de Janeiro. Parlamentares que apoiam o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva sustentam que esse texto ainda pode beneficiar também o ex-presidente que virou réu por tentativa de golpe de Estado em processo que tramita no STF.

Para assegurar que a nova proposta possa tramitar de maneira mais rápida e consiga aderência dos mais variados partidos, o texto deve ser apresentado formalmente pelo próprio Alcolumbre.

O texto em gestação pode reduzir em até 2/3 a pena de pessoas que foram levadas a participar de atos em relação à punição de quem organizou ou estimulou a ação golpista. Outra ideia na mesa prevê deixar de considerar os crimes de abolição do Estado democrático e tentativa de golpe como crimes separados. Um deles passaria a ser crime antecedente. Com isso, as penas não se somariam, o que levaria à redução da punição definida na sentença.

Ministros do STF têm sido refratários à concessão de anistia para livrar da condenação todos que já têm sentença aprovada pela maioria da Corte. Em entrevista ao jornal O Globo, o presidente do Supremo, Luís Roberto Barroso, defendeu as penas que foram aplicadas.

"O Supremo aplicou a legislação editada pelo Congresso nos julgamentos do 8 de Janeiro. A solução para quem acha que as penas foram excessivas é uma mudança na lei. Não acho que seja o caso de anistia, porque anistia significa perdão. E o que aconteceu é imperdoável", disse Barroso.

Na Câmara, o partido de Bolsonaro tenta angariar apoios ao requerimento para forçar votação em regime de urgência ao projeto de anistia total. A legenda apresentou uma lista de 262 apoios à urgência.

Segundo Placar da Anistia do Estadão, pelo menos 207 dos 513 deputados dizem endossar a anistia aos presos do 8 de Janeiro.

Nos últimos dias, o presidente da Câmara tem resistido à pressão do PL. Em reunião com os líderes da Casa legislativa, ele obteve adesão das lideranças para adiar a apreciação do tema. "Já há uma sinalização, dos líderes que pediram o adiamento, que o diálogo entre os partidos pode avançar para uma solução", disse Motta.