Israel indica rota segura e reitera pedidos para que civis de Gaza se desloquem para o sul

Internacional
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As Forças de Defesa de Israel (FDI) reiteraram os pedidos para que a população civil da Faixa de Gaza se desloque para o sul do enclave palestino antes da incursão terrestre que deve acontecer nos próximos dias.

O exército israelense apontou uma rota segura nas redes sociais e afirmou que não iria lançar ataques aéreos no local de passagem entre 10h no horário local (4h no horário de Brasília) e 13h (7h no horário de Brasília).

Os palestinos enfrentam uma crescente crise hídrica enquanto lutam para fugir de áreas da Faixa de Gaza que são alvo dos militares israelenses, no norte. Neste sábado, 14, já há pouca água disponível para o consumo, pois Israel interrompeu o fluxo de recursos para a região logo após o ataque sangrento do grupo terrorista Hamas, que controla Gaza, em Israel no último fim de semana.

Israel tem renovado os apelos nas redes sociais e em panfletos lançados no ar para que os residentes de Gaza se mudassem para o sul, enquanto o grupo terrorista Hamas incitou as pessoas a permanecerem nas suas casas. A Organização das Nações Unidas (ONU) e grupos de ajuda humanitária disseram que um êxodo tão rápido causaria um sofrimento humano incalculável para pacientes hospitalizados, idosos e outras pessoas que não conseguem se mudar.

A ordem de debandada abrange uma área de 1,1 milhões de residentes, ou cerca de metade da população do território da Faixa de Gaza. Os militares israelenses disseram que "centenas de milhares" de palestinos já atenderam ao aviso e rumaram para o sul.

Líbano

Um míssil foi lançado do Líbano em direção ao norte de Israel neste domingo, as 10h do horário local (4h no horário de Brasília), na cidade israelense de Shtula, próximo da fronteira com o Líbano. O exército israelense afirmou que está atacando alvos no Líbano em resposta ao ataque em Shtula.

Segundo o Maguen David Adom, o serviço nacional de emergência de Israel, uma pessoa morreu e outras três ficaram feridas.

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O empresário Cláudio Fernando Aguiar, que foi candidato a prefeito de Guarujá (litoral de São Paulo) pelo Partido Novo em 2024, é investigado pela Polícia Federal por suspeita de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). Policiais federais fizeram buscas na casa dele nesta terça-feira, 11, na Operação Emergentes.

O Estadão pediu manifestação do político e do Partido Novo, o que não havia ocorrido até a publicação deste texto. O espaço segue aberto

O nome de Cláudio surgiu na investigação a partir da quebra do sigilo da nuvem de Bruno Costa Calixta, conhecido como Boy ou Cachoeira, apontado como "disciplina" do PCC no Guarujá.

O contato do empresário estava salvo no celular de Calixta como "Dr Claudio Irmão", o que segundo a Polícia Federal permite "inferir algum tipo de ligação" dele com a facção, "em virtude de a nomenclatura 'irmão' ser comumente utilizada pelos integrantes da organização criminosa".

A PF também encontrou conversas entre Cláudio e Calixta, além de vídeos em que os dois aparecem juntos em um haras. Em uma mensagem, o político afirma: "Mal sabe ele que a gente é mais bandido que ele 50 vezes".

Em outro diálogo, Bruno Calixta fala sobre a amizade com Cláudio: "Nossa amizade vai além de um jantar né, Doutor? Então, contigo eu posso ficar um mês sem te ver, mas a gente vê quem é amigo. Aquele que, sem estar na nossa frente, não fica falando mal da gente, né?"

Em 2024, Cláudio teve 5.342 votos no primeiro turno e não conseguiu uma vaga no segundo turno da eleição para prefeito de Guarujá. Ele também foi candidato a deputado estadual pelo PL em 2022 e a governador pelo PMN em 2018.

A Operação Emergentes fez buscas em 26 endereços em São Paulo, Paraná e Santa Catarina. Um mandado de busca e apreensão também foi cumprido em Portugal. Foram expedidos ainda mandados de prisão contra sete investigados e determinadas medidas de bloqueio e sequestro de bens e valores.

A investigação que levou a PF a deflagrar a Emergentes foi aberta em abril de 2024 a partir da Operação Sólis. A Polícia Federal mira um esquema de tráfico internacional de drogas. Segundo a PF, cargas de cocaína estavam sendo escondidas em cascos de navios com o auxílio de mergulhadores recrutados pelo PCC.

Pouco mais de um ano após serem impedidos por decisão judicial de manter contato, o ex-presidente Jair Bolsonaro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, se reencontraram em público nesta quarta-feira, 12, em um restaurante em Brasília. A proibição de diálogos e encontros entre os dois ocorreu no ano eleitoral e, agora, ambos miram o próximo ciclo de eleições no ano que vem, com foco em aprovar o Projeto de Lei (PL) da Anistia antes disso.

"O PL da Anistia para nós é uma prioridade. Todos os partidos, com exceção da esquerda estão do nosso lado, ou muito favoráveis", disse Bolsonaro.

O encontro de Bolsonaro e Valdemar ocorreu em uma churrascaria no Setor de Clubes Norte, na capital federal. Antes de entrar no restaurante, Valdemar afirmou que estava com "muita saudade" de Bolsonaro. A decisão que proibiu o contato entre os dois partiu do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes, em fevereiro do ano passado, após a Polícia Federal (PF) deflagrar a Operação Tempus Veritatis, que cumpriu mandados de busca e apreensão no inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado ocorrida em 2022.

Diferentemente de Bolsonaro, Valdemar foi indiciado, mas não foi denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por envolvimento na tentativa de golpe que previa impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para manter o então presidente no Palácio do Planalto. A medida cautelar que impedia os dois de conversar foi revogada por Moraes nesta terça-feira, 11.

Agora com o contato restabelecido, o chefe do PL e o presidente de honra da sigla centram esforços em mobilizar a base bolsonarista. Para isso, Valdemar promete conversar "todos os dias (com Bolsonaro) sobre política e as bombas eu jogo todas na mão do Bolsonaro".

Também estiveram no almoço a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os senadores Rogério Marinho (PL-RN) e Carlos Portinho (PL-RJ), os deputados Altineu Côrtes (PL-RJ) e Eduardo Pazuello (PL-RJ) e o ex-ministro Onyx Lorenzoni.

Bolsonaro espera reunir um milhão no Rio

O ex-presidente disse esperar até um milhão de pessoas no ato de rua que será realizado na Avenida Paulista no domingo, 16. Segundo ele, a tônica do seu discurso será exclusivamente sobre o PL da Anistia, pauta que é tratada como prioridade no partido.

"Não vou cobrar o Hugo Motta. Ele sabe o que tem que fazer. É uma pessoa equilibrada. Conversei com ele antes das eleições. Não fiz exigência nenhuma. Nós, como parlamentares, você olhando no olho sabe o que o outro quer. Não é prioridade minha não, é de quem tem coração", disse Bolsonaro.

Ele desembarcou em Brasília na manhã desta quarta-feira após compromisso em São Paulo. No desembarque, o ex-presidente se encontrou com o secretário de governo de São Paulo e presidente do PSD, Gilberto Kassab, e o abraçou. De acordo com Bolsonaro, não deu tempo de aprofundar nenhuma conversa, mas relatou já ter procurado o dirigente partidário para pedir o apoio do partido ao PL da Anistia.

Ainda segundo relatos do ex-presidente, Kassab se declarou favorável à proposta. Em declarações públicas, o presidente do PSD liberou os parlamentares para votarem como quiserem.

Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para presidir a Comissão de Relações Exteriores da Câmara.

Ele minimizou o movimento do PT e do governo para vetá-lo, assim como o descontentamento de ministros do STF por causa das relações do deputado com o governo Donald Trump, sob o argumento de que Eduardo é a pessoa certa para o cargo. "O Eduardo é amigo do Trump. Queria que fosse amigo de quem? Do Maduro? Isso é crise? É solução", afirmou.

A matéria enviada anteriormente estava truncada. Segue a versão correta:

A Espanha negou o pedido do Supremo Tribunal Federal (STF) pela extradição do blogueiro bolsonarista Oswaldo Eustáquio. O argumento que embasa a decisão é de que os atos atribuídos a Eustáquio não configurariam crime no País e estariam protegidos pelo direito à liberdade de expressão.

No parecer, ao qual o Estadão teve acesso, a procuradora espanhola Teresa Sandoval escreveu que não há "dupla tipicidade" ou "dupla incriminação", quando a conduta é considerada um crime nos dois países.

"Os atos constituem, segundo a legislação brasileira, um crime de abolição violenta do Estado democrático de direito e golpe de Estado. Na legislação espanhola vigente, esses atos não constituem crime, ao estarem amparados pela liberdade de expressão. Portanto, a dupla incriminação normativa não se aplica", explicou.

Para a defesa do blogueiro, "o Brasil está fadado a ver negada a extradição e concedido o asilo". Eustáquio está na Espanha desde 2023 e é considerado foragido. Ele enfrenta acusações de ameaça, corrupção de menores e tentativa de abolição do Estado democrático de direito, e tem dois mandados de prisão preventiva emitidos pelo ministro Alexandre de Moraes.

O pedido do STF negado pela Justiça espanhola nesta semana inclui uma investigação sobre a divulgação de dados do delegado da Polícia Federal (PF) Fábio Shor. Os fatos são descritos no parecer da procuradoria.

Neste processo, Eustáquio é acusado de usar o perfil da filha de 16 anos para conduzir uma campanha virtual contra o delegado, após o indiciamento de Bolsonaro. O perfil fez três publicações em que expõe a esposa de Shor, divulga uma imagem do delegado e o acusa de "prender patriotas inocentes e fazer milhares de crianças chorarem por seus pais".

Uma das postagens no perfil da menina traz o outro filho do blogueiro como uma "testemunha": "Bernardo Eustáquio, uma das milhares de crianças vítimas do delegado Fábio Alvarez Shor, dá o seu testemunho sobre a crueldade do responsável pelo indiciamento de Bolsonaro, conhecido como capataz de Alexandre de Moraes. A denúncia do meu irmão tem o aval de 131 delegados", dizia a publicação.

Durante as investigações, o delegado Fábio Shor cumpriu um mandado de busca e apreensão na casa da família, apreendendo aparelhos celulares e tablets. Nas postagens feitas usando o perfil da menina, Shor era acusado de "roubar" celulares e "invadir" o quarto dos adolescentes.

Ele conduz o inquérito das milícias digitais e é um dos quatro agentes que subscrevem o inquérito sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. A apuração indiciou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e serviu de base para a denúncia da Procuradoria Geral da República (PGR) contra ele e outras 33 pessoas.

Após os posts, perfis de políticos e lideranças de direita também passaram a publicar incitações contra o agente da PF. No entendimento do STF, Eustáquio usou os filhos para expor o delegado.

O blogueiro também é apontado como um dos principais alvos da investigação sobre as milícias digitais por conta de sua atuação na internet com ataques e desinformação em favor do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Em acordo de delação premiada firmado com a PF no âmbito do inquérito do golpe, o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, afirmou que, em dezembro de 2022, o então presidente autorizou o acesso ao Palácio da Alvorada a três blogueiros aliados que temiam ser presos pela Polícia Federal, entre eles Oswaldo. No dia, as imediações da sede da instituição, em Brasília, foram alvo de vandalismo.

Segundo Cid, os blogueiros Oswaldo Eustáquio, Bismark Fugazza e Paulo Souza telefonaram a Bolsonaro relatando a apreensão e o então presidente determinou que a entrada deles fosse liberada.