'Guerra com Hamas será longa', diz Netanyahu ao lado de premiê britânico

Internacional
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O primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou nesta quinta-feira, 19, que a guerra contra o grupo terrorista Hamas será longa. "Esta é a guerra moderna contra os bárbaros, os piores do planeta. Será uma guerra longa", apontou Netanyahu, durante pronunciamento ao lado do primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, que está em Israel.

 

Sunak reiterou apoio do Reino Unido a Israel em meio ao conflito com o grupo terrorista Hamas. "Quero que vocês saibam que o Reino Unido e eu estamos com vocês", disse ao desembarcar em Tel Aviv. O premiê também se encontrou com o presidente de Israel, Isaac Herzog. O líder britânico deve visitar outros países da região.

 

O primeiro-ministro do Reino Unido ressaltou que Israel tem o direito de se defender de acordo com o direito internacional, além de reforçar a sua segurança. "Sei que vocês estão tomando precauções para evitar ferir civis, em contraste direto com os terroristas do Hamas, que procuram colocar os civis em perigo", completou o premiê britânico. Sunak também afirmou que os palestinos são vítimas do grupo terrorista Hamas na Faixa de Gaza.

 

Antes de partir para a sua viagem, Sunak prometeu que o Reino Unido examinaria de forma independente a explosão no Hospital al-Ahli, em Gaza. "Qualquer perda de vidas inocentes é uma tragédia terrível. (…) Não devemos fazer julgamentos precipitados antes de termos todos os fatos sobre esta terrível situação", disse ele antes da visita.

 

Chanceler britânico viaja pelo Oriente Médio

 

O chanceler britânico, James Cleverly, está numa viagem de três dias pelo Oriente Médio, onde deverá realizar reuniões com líderes de toda a região para discutir a guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas, segundo informou o seu gabinete em um comunicado.

 

Cleverly, que visitou Israel na semana passada, tem um encontro marcado com autoridades governamentais no Egito, na Turquia e no Catar "para ajudar a evitar que o conflito se espalhe pela região e para buscar uma resolução pacífica", segundo o comunicado do chanceler. Ele disse que não era do interesse de ninguém que outros países entrassem na guerra.

 

"Estou me reunindo com homólogos de Estados influentes na região para pressionar pela calma e estabilidade, facilitar o acesso humanitário a Gaza e trabalhar em conjunto para garantir a libertação de reféns", disse Cleverly, que iniciou a sua viagem na quarta-feira (18).

 

Ajuda humanitária

 

Em pronunciamento na segunda-feira, 16, Sunak afirmou que o governo do Reino Unido aumentou em um terço a ajuda humanitária do país aos palestinos, com o fornecimento de 10 milhões de libras adicionais (61,2 milhões de reais).

 

"Devemos apoiar o povo palestino, já que também é vítima do grupo terrorista Hamas", declarou o líder do governo conservador perante o Parlamento.

 

Sunak também informou um novo número de pelo menos seis britânicos mortos e dez desaparecidos nos ataques do Hamas contra Israel em 7 de outubro. (Com agências internacionais).

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A ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), lidera o ranking de aprovação entre os chefes de Ministérios do governo Lula, de acordo com uma pesquisa da AtlasIntel. O levantamento aponta que Tebet é a mais bem avaliada pelos brasileiros, enquanto o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, registra a maior rejeição.

Com 62% de aprovação, Tebet se destaca como a ministra mais bem avaliada, seguida por Mauro Vieira, das Relações Exteriores, e Macaé Evaristo, dos Direitos Humanos e Cidadania, ambos com 54%. Wellington Dias, responsável pela Assistência Social, aparece com 51%, enquanto Ricardo Lewandowski, da Justiça, soma 47% de aprovação.

Na outra ponta, Juscelino Filho lidera a rejeição, sendo avaliado negativamente por 70% dos entrevistados. Anielle Franco, da Igualdade Racial, aparece em seguida, com 59% de reprovação. Já Fernando Haddad, da Fazenda, Carlos Lupi, da Previdência Social, e André Fufuca, dos Esportes, registram um índice de desaprovação de 55% cada.

A pesquisa ouviu 2.595 pessoas entre os dias 24 e 27 de fevereiro. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos, com um nível de confiança de 95%.

O levantamento também questionou os entrevistados sobre a necessidade de uma reforma ministerial no governo Lula. A maioria, 58%, afirmou que o presidente deve promover mudanças na equipe, enquanto 30% defenderam a manutenção dos atuais ministros e 12% não souberam opinar.

Quando perguntados sobre o impacto dessas possíveis alterações, 51% acreditam que trocas na equipe podem melhorar o governo, ao passo que 29% consideram que não haveria diferença significativa, e 20% não souberam responder.

Entre as prioridades para uma eventual reforma, a melhoria na articulação política foi apontada como a mais urgente, mencionada por 34% dos entrevistados. Em seguida, aparecem a busca por maior eficiência na gestão pública (28%) e a substituição de ministros com altos índices de rejeição (22%).

O presidente Lula deu início a sua reforma ministerial na última semana. Nísia Trindade deixou o comando do Ministério da Saúde, sendo substituída por Alexandre Padilha, que, por sua vez, abriu espaço para Gleisi Hoffmann assumir a Secretaria de Relações Institucionais.

O Brasil caiu seis posições no ranking global de democracia (Democracy Index) de 2024, elaborado pela empresa de inteligência da The Economist, ficando agora no 57º lugar.

No capítulo dedicado ao Brasil, intitulado 'democracia brasileira em risco', o estudo afirma que a polarização política aumentou na última década e gerenciar o impacto das plataformas de mídia social na democracia brasileira tem sido problemático, o que levou a Suprema Corte a "passar do limite".

O documento diz que a questão chegou ao auge em agosto de 2024, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) ordenou o bloqueio à empresa de mídia social X porque representava uma "ameaça direta à integridade do processo democrático" antes das eleições locais nacionais de outubro de 2024.

"Restringir o acesso a uma grande plataforma de mídia social dessa forma por várias semanas não tem paralelo entre países democráticos. A censura de um grupo de usuários ultrapassou os limites do que pode ser considerado restrições razoáveis à liberdade de expressão, especialmente no meio de uma campanha eleitoral", argumenta o texto. E acrescenta: "Tornar certos discursos ilegais, com base em definições vagas, é um exemplo de politização do judiciário".

Na sequência, a The Economist cita um levantamento do Latinobarómetro de 2023 sobre liberdade de expressão que apontou que 64% dos brasileiros afirmaram que ela "é mal garantida ou não é garantida", porcentual que estaria acima da média regional de 45%.

Além disso, 62% dos brasileiros dizem que não expressam suas opiniões sobre os problemas que o País enfrenta, ficando atrás apenas de El Salvador e bem acima da média regional de 44%.

A pontuação do Brasil, segundo a pesquisa, também foi afetada negativamente por novos detalhes da "suposta tentativa de golpe" em 2022 contra o então presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva, e membros do STF, que teria sido organizado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e membros do alto escalão das Forças Armadas, que negam irregularidades.

"O plano de golpe também sugere que há uma tolerância perturbadora à violência política no Brasil que está ausente em democracias mais consolidadas", afirma a pesquisa.

O ranking de democracia da The Economist é liderado pela Noruega, seguido pela Nova Zelândia e Suécia. Coreia do Norte, Mianmar e Afeganistão ocupam as três ultimas posições, de uma lista de 167 países.

O procurador Carlos Alberto de Souza Almeida, que atua junto ao Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), foi condenado a devolver R$ 4,5 milhões que recebeu em salários retroativos e indenização.

O Estadão busca contato com o procurador.

O valor engloba vencimentos referentes ao período em que aguardou ser convocado no concurso público (1999-2005) e uma indenização por dano moral pela "nomeação tardia".

O montante a ser restituído aos cofres públicos pode chegar a R$ 7 milhões considerando juros e correção monetária. Como a decisão foi tomada na primeira instância, ele pode recorrer.

Carlos Aberto só foi classificado depois de conseguir anular judicialmente questões da prova, o que ocorreu em dezembro de 2005, seis anos após o concurso. Em um dos ofícios no processo, ele chegou a renunciar "a quaisquer efeitos pecuniários que lhe possam atribuir a sentença".

Em 2018, quando já estava no cargo, o procurador deu entrada em um processo administrativo para receber "vencimentos e outras parcelas remuneratórias conexas, não percebidas no período de 17/06/1999 a 30/12/2005", além da indenização por dano material.

O pedido foi aprovado pelo Tribunal de Contas do Amazonas e as parcelas foram depositadas entre outubro de 2018 e outubro de 2019.

A juíza Etelvina Lobo Braga, da Vara da Fazenda Pública de Manaus, afirma na sentença que o procurador "agiu de forma temerária e com prática duvidosa, quando postulou direitos aos quais ele mesmo já havia expressamente renunciado".

A decisão afirma ainda que a ordem de pagamento do Tribunal de Contas é "flagrantemente indevida".

"A nomeação e posse decorrente de ordem judicial, bem como ulterior exercício no cargo de Procurador de Contas, do requerido Carlos Alberto de Souza Almeida, não se deram de forma tardia, mas sim por ordem judicial, que não deveria gerar direito à indenização, razão pela qual houve equívoco e ilegalidade da Corte de Contas, que não atentou, também, à renúncia expressa firmada nos autos pelo candidato", diz a sentença.