Israel pode assumir responsabilidade de Gaza por período indefinido após guerra, diz Netanyahu

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Israel terá de supervisionar a segurança da Faixa de Gaza "por um período indefinido" quando a guerra com o Hamas terminar, disse o primeiro-ministro Biniamyn Netanyahu em uma entrevista à rede de televisão americana ABC News que foi ao ar no fim da noite de segunda-feira, 6.

 

Perguntado sobre quem deveria governar Gaza quando a guerra terminar, Netanyahu respondeu que achava que Israel "teria a responsabilidade geral pela segurança" do território indefinidamente.

 

"Já vimos o que acontece quando não temos essa responsabilidade: a erupção do terror do Hamas em uma escala que não poderíamos imaginar", disse o primeiro-ministro a David Muir, da ABC.

 

Israel afirmou que seu objetivo na guerra é destruir o grupo terrorista Hamas, que governa Gaza, e "despojá-lo de suas capacidades militares" em resposta aos atentados de 7 de outubro que o grupo realizou no sul de Israel.

 

As autoridades israelenses têm sido menos claras sobre quem deve tomar o lugar do Hamas no governo de Gaza, e os comentários de Netanyahu parecem indicar que Israel está se preparando para desempenhar pelo menos algum papel no controle do território por um tempo após o fim dos combates.

 

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, alertou que seria "um grande erro" Israel reocupar Gaza, de onde se retirou em 2005. As autoridades americanas disseram que Israel tem sido "muito claro" em não querer fazer isso. O Hamas tem sido o único grupo a governar o enclave desde 2007.

 

Netanyahu não entrou em detalhes na entrevista à ABC sobre o que a "responsabilidade geral pela segurança" de Gaza implicaria, mas disse que "aqueles que não quiserem continuar no caminho do Hamas" devem estar no comando.

 

As autoridades israelenses disseram publicamente que é prematuro discutir o governo de Gaza e que estão concentradas em objetivos militares imediatos. Mesmo assim, à medida que o número de mortos palestinos e a destruição em Gaza aumentam, e as forças terrestres israelenses entram cada vez mais no território após um mês de guerra, a questão do que seguirá se tornou ainda mais urgente.

 

Analistas militares afirmam que Israel enfrenta uma escolha difícil entre reocupar Gaza e se retirar, alertando que o deslocamento em massa e o sofrimento dos civis causados pelos ataques aéreos e pela invasão terrestre de Israel podem colocar em risco o surgimento de outra organização militante que promova a resistência violenta a Israel.

 

O Secretário de Estado americano Antony Blinken disse aos repórteres em Tel Aviv na semana passada que os Estados Unidos estavam em conversações com Israel e outros líderes regionais sobre o que viria "no dia seguinte", e que duas coisas estavam claras: o Hamas não pode permanecer no poder e Israel não deseja reocupar Gaza.

 

"Portanto, dentro desses parâmetros, estamos e continuaremos a conversar com nossos parceiros em toda a região e muito além dela sobre o que deve acontecer depois que o Hamas for derrotado", disse ele. "Há várias possibilidades, permutações, mas é realmente prematuro entrar em detalhes sobre isso." (Com agências internacionais).

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 15, que articula com senadores para barrar a indicação feita por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal Militar (STM). No sábado passado, dia 8, Lula indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para ser ministra do STM, tribunal responsável por julgar crimes militares. Antes de assumir o cargo, porém, ela precisa passar por sabatina e aprovação no Senado.

"Eu tenho conversado com senadores. O voto é secreto. É hora de dar um chega para lá. Não queremos esse tipo de gente dentro do Superior Tribunal Militar", afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio 93 FM Exclusiva, do Rio de Janeiro.

Caso seja admitida para o cargo, Verônica Abdalla Sterman assumirá uma cadeira destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte.

Ao justificar sua articulação, Bolsonaro afirmou que Verônica é "da mesma linha" da presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha. Na quarta-feira, 12, ao tomar posse como presidente do STM, a magistrada disse que vê crimes militares na conduta do ex-presidente, que é capitão reformado e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

"A (mulher) que está lá (no STM) no momento, ela assumiu a presidência e no mesmo dia falou que eu tinha que perder a patente de capitão e tirar os meus proventos", criticou Bolsonaro. "Eu não sou réu, não estou sendo acusado de crime militar nenhum. E essa mulher que está sendo indicada para lá agora é da mesma linha dessa presidente", disse.

O presidente reeleito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), André do Prado (PL), afirmou neste sábado, 15, que discussões sobre uma eventual candidatura dele a governador ou vice-governador só acontecerão em 2026. "Neste momento, nosso foco é a reeleição do governador Tarcísio, que deve ser candidato à reeleição. As demais vagas serão debatidas no momento oportuno", disse.

Conforme já adiantou o Broadcast Político, a prioridade do governo de São Paulo em parceria com a Alesp será a aprovação da privatização das travessias hídricas do Estado, ou seja, as balsas. A concessão patrocinada permitirá investimentos de R$ 1 bilhão ao longo do contrato de 20 anos.

Com leilão previsto para o segundo trimestre de 2025, a iniciativa faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP). A concessão englobará a operação, manutenção e gestão de 14 linhas aquaviárias, distribuídas em diferentes regiões.

"O governo quer privatizar essas travessias para melhorar a eficiência do serviço", afirmou o presidente. "Esse projeto será analisado pelas comissões e, após aprovação, seguirá para o Colégio de Líderes e, finalmente, para votação em plenário."

Em relação ao fato de Tarcísio ter se tornado o governador que mais vetou projetos da Alesp desde o governador José Serra (PSDB), Prado afirmou que isso só ocorreu por a Casa ter aprovado "muitos projetos".

"Tivemos um número expressivo de projetos aprovados nos últimos dois anos", disse o presidente da assembleia legislativa estadual. "Foram 206 projetos de iniciativa do Legislativo, dos quais mais de 90 foram sancionados - ou seja, quase 50%", assinalou.

O deputado estadual Maurici (PT) foi eleito primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) neste sábado, 15. Houve apenas a candidatura dele ao cargo e sua vitória foi fruto de um acordo entre os parlamentares, que fez o PT apoiar a reeleição do presidente da casa, André do Prado (PL).

"Estar aqui não significa concordar com uma política de privatização. Não significa concordar com uma política de desmonte do Estado", disse Maurici em discurso de vitória.

O segundo-secretário, Rogério Nogueira (PSDB), deu lugar ao ex-ministro da Agricultura de Itamar Franco (1993) e ex-presidente da Alesp entre 2009 e 2013, Barros Munhoz (PSDB). Ele também foi o único candidato ao cargo.