Exército de Israel diz que tropas estão operando no "coração" da Cidade de Gaza

Internacional
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As Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmaram nesta terça-feira, 7, que tropas israelenses estão avançando para o "coração da Cidade de Gaza", maior cidade do enclave palestino. Residentes da cidade afirmaram que tanques de Israel estão cercando o local.

"Pela primeira vez em décadas, as tropas israelenses estão lutando no coração da Cidade de Gaza. No coração do terrorismo", afirmou o major-general Yaron Finkelman, comandante do Comando Sul das Forças de Defesa de Israel em uma conversa com repórteres nas proximidades da fronteira entre Israel e a Faixa de Gaza.

Finkelman apontou que as tropas estão matando terroristas do Hamas e destruindo túneis e armas da organização terrorista.

Tel-Aviv já havia afirmado que tropas de Israel haviam cercado a Cidade de Gaza, onde cerca de um terço dos 2,3 milhões de habitantes vivem no enclave palestino. O porta-voz das Forças de Defesa de Israel, Richard Hecht, afirmou que tropas israelenses poderiam fazer ataques na Cidade de Gaza.

Hecht foi perguntado se Israel havia iniciado uma ofensiva terrestre dentro da Faixa de Gaza, mas desconversou sobre o assunto. "Não vou falar sobre como estamos agindo operacionalmente dentro do nosso cerco em torno da Cidade de Gaza. Vocês estão na direção certa, é tudo o que posso dizer."

Netanyahu destaca ganhos militares em Gaza

Em um pronunciamento, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que as tropas israelenses estão conseguindo feitos importantes dentro de Gaza e avisou ao Hezbollah que se o grupo entrar na guerra, seria o "maior erro de sua vida".

"No sul, a guerra avança com uma força que o Hamas nunca viu", afirmou o político. "A Cidade de Gaza está cercada. Estamos operando dentro dela, estamos aprofundando a pressão sobre o Hamas a cada hora, todos os dias."

Netanyahu apontou que milhares de terroristas foram mortos, tanto acima do solo como em túneis, incluindo terroristas que participaram do planejamento do ataque do dia 7 de outubro, que deixou 1.400 pessoas mortas no sul de Israel.

O primeiro-ministro também afirmou que a operação terrestre destruiu "incontáveis" centros de comando, posições e túneis do Hamas. "O Hamas está descobrindo que estamos chegando em locais que eles pensavam que nunca alcançaríamos", disse ele.

Reféns

Netanyahu destacou que conversou com a Cruz Vermelha e exigiu que a organização contribuísse para a soltura imediata dos 240 reféns que foram sequestrados durante os ataques do dia 7 de outubro. O primeiro-ministro pediu que a Cruz Vermelha visitasse todos os reféns e verificasse o seu bem-estar, como exige o direito internacional.

"Não haverá um cessar-fogo sem o regresso dos reféns", apontou Netanyahu. O primeiro-ministro acrescentou que a operação terrestre é uma parte vital do esforço para levar os reféns para Israel.

O primeiro-ministro também apelou para que a população civil da Faixa de Gaza se desloque para o sul do enclave palestino, em meio a operações militares no norte da Faixa de Gaza.

Netanyahu destacou que Israel não permitirá a entrada de combustível em Gaza durante as operações militares.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta segunda-feira, 28, que a defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello apresente laudos médicos que comprovem os problemas de saúde dele. O prazo para resposta é de 48 horas.

Moraes aguarda os documentos para decidir se autoriza a transferência de Collor para o regime domiciliar. O ex-presidente foi preso para cumprir uma condenação de 8 anos e seis meses na Operação Lava Jato.

Em despacho, Moraes pede documentos comprobatórios, "inclusive prontuário e histórico médico, bem como os exames anteriormente realizados".

A defesa despachou mais cedo por videoconferência com o ministro.

Defesa pediu prisão domiciliar humanitária para ex-presidente. Foto: Roque de Sá

Os advogados advogados Marcelo Bessa e Thiago Fleury pediram prisão domiciliar humanitária para o ex-presidente. Aos 75 anos, Collor tem "comorbidades graves" e faz uso de remédios contínuos, segundo a defesa. Os advogados também alegam no pedido que o ex-presidente não oferece "periculosidade".

Ao ser ouvido na audiência de custódia, no entanto, o ex-presidente negou ter problemas de saúde ou tomar remédios.

Moraes também determinou que a direção do Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió, informe se tem estrutura para tratar da saúde de Collor. O ministro também deve ouvir a PGR antes de tomar uma decisão.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG), afirmou que caso o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) decida tirar o ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, de seu governo, estará não somente demitindo o ministro, como também o próprio partido de Lupi.

"Na minha opinião, se Lupi for demitido, eu acho que ele (Lula) demite o partido. Acho que o partido não tem que colocar substituto de maneira alguma", disse Heringer em entrevista ao Poder360.

O ministro, que foi presidente nacional da sigla durante anos, enfrenta desgaste no Ministério diante da investigação da Polícia Federal (PF) que revelou esquema de descontos ilegais bilionários em benefícios de aposentados e pensionistas do INSS, entre 2016 e 2024. Lupi não está sendo formalmente investigado pela PF.

Na entrevista, Heringer também defendeu que o PDT não faça uma nova indicação para o ministério caso o correligionário seja mesmo demitido, e afirmou que a pasta "só dá problema", sendo muito visada pelo alto volume orçamentário. "Não há possibilidade de a gente fingir que o nosso companheiro não foi atingido", disse o deputado, afirmando ter "certeza absoluta" que o partido não tem nenhuma responsabilidade sobre o crime.

Na última quarta-feira, 23, a operação resultou no afastamento de Alessandro Stefanutto da presidência do Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS). Onze entidades são suspeitas de desconto irregular em benefícios entre 2019 e 2024.

Neste domingo, 27, Lupi negou ao Estadão/Broadcast que tenha se omitido ao receber alertas de fraudes no INSS desde 12 de junho de 2023, e que determinou uma apuração sobre o tema, concluída em 6 de setembro de 2024. "Não me omiti, procurei agir", declarou Lupi à reportagem.

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, disse que, para concorrer ao governo de Minas Gerais, o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) precisa de mais experiência. O parlamentar completará 30 anos em 2026 - idade mínima para a candidatura aos Executivos estaduais.

"É importante ele ter mais experiências para chegar ao Poder Executivo", disse Valdemar em entrevista à CNN Brasil, divulgada nesta segunda-feira, 28, ao ser questionado se o deputado poderia ser o nome do PL para a campanha em Minas.

Nikolas foi o deputado federal mais votado do País nas eleições de 2022, somando 1,47 milhão de votos. Ele e o senador Cleitinho Azevedo (Republicanos) aparecem à frente em uma possível disputa pelo governo de Minas Gerais nas eleições de 2026, segundo o levantamento da Paraná Pesquisas divulgado no último dia 3. Os dois lideram os principais cenários da corrida com ampla vantagem sobre os outros possíveis candidatos.

Minas Gerais é o segundo maior colégio eleitoral do Brasil, atrás apenas de São Paulo, com mais de 16 milhões de votantes nas eleições de 2024.

Em janeiro, Nikolas defendeu proposta de emenda à Constituição (PEC) sugerida por um aliado que, se aprovada pelo Congresso, pode beneficiá-lo nas eleições de 2026. A Constituição, hoje, estipula 35 anos como idade mínima para assumir os cargos de presidente, vice-presidente e senador. O projeto do deputado federal Eros Biondini (PL-MG) propõe a redução da exigência de idade dessas funções para 30 anos.

Também no início deste ano, o deputado publicou um vídeo viral para criticar portaria da Receita Federal que ampliaria o monitoramento de transações via Pix. Na ocasião, o vídeo do parlamentar alcançou mais de 300 milhões de visualizações e contribuiu para a revogação da norma. Outras publicações neste formato renderam milhões de acessos ao parlamentar e foi copiado por políticos da oposição.