Vulcão entra em erupção ao sudoeste da Islândia

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

Uma erupção vulcânica começou na noite desta segunda-feira, 18, na Islândia, ao sudoeste do país, pouco depois de uma série de terremotos, segundo informou o serviço meteorológico do país. "Uma erupção começou na península de Reykjanes", detalhou o organismo. "Pode ser observada em webcams e parece estar situada perto de Hagafell", uma localidade ao sul da capital.

 

A erupção começou por volta das 22h17 (hora local) após uma série de pequenos terremotos, acrescentou o organismo. A localização da fissura, que tem cerca de 3 km de comprimento e está crescendo rapidamente, não fica longe da usina elétrica de Svartsengi e da cidade de Grindavík, que foi evacuada no mês passado devido ao aumento da atividade sísmica, o que gerou preocupações quanto à probabilidade de uma erupção.

 

Na avaliação inicial feita na noite de segunda-feira, os vulcanólogos disseram que a erupção havia ocorrido em um dos piores locais possíveis, representando uma ameaça significativa e imediata tanto para a cidade evacuada quanto para a usina geotérmica.

 

Mas depois que os vulcanólogos tiveram a chance de sobrevoar o local da erupção na Península de Reykjanes, a situação imediata não pareceu tão terrível quanto se temia inicialmente, embora o tamanho da erupção tenha sido maior do que o previsto e a direção do fluxo de lava ainda seja imprevisível.

 

"Esta é maior do que as erupções anteriores em Reykjanes", disse Magnus Gudmundsson, vulcanólogo e uma das primeiras pessoas a ver a erupção do ar, ao The New York Times.

 

A lava está fluindo atualmente a apenas 2,5 quilômetros ao norte de Grindavík, de acordo com Kristín Jonsdottir, chefe do departamento de atividade vulcânica do Escritório Meteorológico da Islândia.

 

Por maior que seja a erupção, com a cidade de Grindavík evacuada, ela não representa atualmente nenhum risco para as pessoas, disse aos repórteres Ulfar Ludviksson, um oficial da polícia.

 

Ainda assim, as autoridades estavam alertando as pessoas para que não se aproximassem demais. Hjordis Gudmundsdottir, porta-voz do Departamento de Proteção Civil, pediu que as pessoas ficassem longe da área, enfatizando que esse "não era um vulcão turístico".

 

"O tamanho da fissura está se expandindo rapidamente", disse ela em uma entrevista.

 

Embora uma erupção tenha sido prevista há semanas, após uma série de terremotos, a erupção de segunda-feira ocorreu sem nenhum aviso prévio imediato. A Lagoa Azul, um dos principais destinos turísticos da Islândia e localizado nas proximidades, foi reaberta para os visitantes no domingo, pois a preocupação com a iminência de uma erupção havia diminuído.

 

Milhares de terremotos foram detectados na Islândia desde o final de outubro, segundo o Icelandic Meteorological Office. Em novembro, com casas e estradas danificadas, as autoridades declararam estado de emergência e evacuaram Grindavik, uma cidade com mais de 3 mil habitantes perto do vulcão. A Islândia possui cerca de 33 vulcões ativos, o maior número na Europa. (Com agências internacionais).

Em outra categoria

A ex-presidente Dilma Rousseff (PT) foi hospitalizada na última sexta-feira, 21, em Xangai, na China, após passar mal e apresentar um quadro de pressão alta. Ela está sob cuidados médicos no Shanghai East International Medical Center. A informação foi confirmada ao Estadão pelo hospital.

Dilma cancelou sua viagem a Cape Town, na África do Sul, onde participaria de uma reunião com representantes do Brics - grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul.

Desde 2023, a ex-presidente comanda o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB). A nomeação dela ocorreu dentro do sistema de rodízio entre os países membros. Inicialmente, o Brasil ocuparia a presidência da instituição até julho de 2025, mas o governo brasileiro articulou a prorrogação do mandato por mais cinco anos. Atualmente, Dilma reside na China.

O ministro Gilmar Mendes, decano do Supremo Tribunal Federal (STF), avalia que a queda de popularidade do governo Lula pode ser passageira. Para o magistrado, a situação pode ser superada pelo governo.

"Eu acredito que esse quadro de impopularidade é mais uma fotografia do que um filme. É mais a revelação de um dado momento que exige do governo ações", disse o ministro em entrevista à revista Veja, publicada na sexta-feira, 21.

A aprovação do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) atingiu em fevereiro o pior índice de seus três mandatos, com uma queda de 35% para 24%, segundo o Datafolha.

Entre os motivos, foram apontadas a "crise do Pix" e a alta no preço dos alimentos. Para Gilmar Mendes, além da inflação e da taxa de juros alta, a dificuldade de cortar gastos também tem desagradado a população.

Ele ressaltou, no entanto, que o governo tem mostrado números positivos, como a taxa de crescimento de 3% no ano passado e a queda do desemprego.

O ministro também falou sobre a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado, frisando que, após a denúncia, a defesa pode se pronunciar sobre as acusações.

Em entrevista ao Estadão neste domingo, Gilmar Mendes descartou a viabilidade de um projeto de anistia para os envolvidos nos atos de 8 de Janeiro, que poderia beneficiar Bolsonaro. Ele afirmou que alguns crimes são "muito próximos do terrorismo" e, por isso, não deveriam ser contemplados por perdões.

"Não vejo condições para que esse debate prossiga na vida jurídica, mas entendo a perspectiva política, a ideia de falar-se em exagero judicial, de tentar minimizar os fatos do 8 de Janeiro. Nós não podemos nunca esquecer esses fatos e seus contextos", disse o decano do Supremo Tribunal Federal.

O advogado Celso Vilardi, que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro, disse nesta segunda-feira, 24, que ainda está "tentando"estender o prazo para responder à denuncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra Bolsonaro e outras 33 pessoas por tentativa de golpe de Estado. O pedido foi negado pelo relator, Alexandre de Moraes, e o prazo de 15 dias dado na última quarta-feira, 19, permanece válido.

Vilardi falou com jornalistas após se reunir com o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso. O encontro foi no gabinete do ministro e durou cerca de 20 minutos. Ao entrar, Barroso disse que "atende as pessoas no geral". "Na medida do possível eu atendo, afirmou.

O advogado também disse que vai pedir a anulação da delação premiada do tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe de ordens de Bolsonaro. O depoimento dele é uma das provas que reforçam a denuncia da PGR.

O STF informou que o advogado Celso Vilardi apresentou as razões de petições que ingressará, e Barroso disse que analisará os pedidos.