Itamaraty confirma que brasileiro está entre os feridos de atentado em Israel

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O Ministério das Relações Exteriores (MRE) confirmou nesta terça-feira, 16, que um brasileiro está entre os feridos no atentado terrorista ocorrido na segunda-feira, 15, em Ra'anana, em Israel. O cidadão brasileiro está em condição estável de saúde e está recebendo assistência da Embaixada do Brasil em Tel-Aviv, segundo o Itamaraty. A identidade da vítima não foi divulgada.

 

Segundo a polícia israelense, dois homens palestinos roubaram carros e atropelaram israelenses na cidade de Ra'anana, nos arredores de Tel-Aviv, Israel, na segunda-feira. Uma pessoa foi morta e outras 17 ficaram feridas, de acordo com autoridades de emergência.

 

Ambos os agressores, residentes da área de Hebron na Cisjordânia ocupada por Israel, foram presos, afirmou a polícia em comunicado. Suas motivações ainda estavam sendo investigadas, mas o incidente estava sendo tratado como um ataque terrorista, segundo Dean Elsdunne, porta-voz da polícia.

 

Magen David Adom, um serviço médico de emergência israelense, afirmou que uma mulher na casa dos 70 anos foi morta. Dos 17 feridos, dois estavam em estado grave, segundo o serviço. O Ministério das Relações Exteriores da França disse que dois dos feridos eram jovens franceses, mas não forneceu nomes ou idades.

 

O incidente ocorreu em meio a tensões crescentes em Israel, com a guerra contra o Hamas na Faixa de Gaza entrando em seu quarto mês e as forças de segurança israelenses reforçando as restrições aos palestinos na Cisjordânia.

 

Em comunicado, o Hamas elogiou o que descreveu como "o ataque 'Ra'anana", referindo-se aos agressores como "heróis" e chamando suas ações de "uma resposta natural às massacres e agressões da ocupação contra o povo palestino". O grupo não assumiu a responsabilidade pelo incidente.

 

Em comunicado divulgado na segunda-feira, o Ministério das Relações Exteriores brasileiro repudiou a violência e prestou solidariedade ao povo e ao governo de Israel. Com agências de notícias.

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A Justiça do Distrito Federal negou nesta segunda-feira, 24, uma ação por danos morais movida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) contra o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP). Bolsonaro pedia uma indenização de R$ 50 mil e retratação pública por falas que o ligariam ao assassinato da ex-vereadora Marielle Franco. A defesa do ex-presidente ainda pode recorrer da decisão.

O juiz Júlio César Lérias Ribeiro, do 6º Juizado Especial Cível de Brasília, entendeu que os fatos descritos no processo estavam prescritos. Eles ocorreram entre 2018 e 2021, mas o prazo para ações de indenização por danos morais é de três anos. A informação é do portal Metrópoles.

Na decisão, o magistrado escreveu que as declarações de Boulos não ultrapassaram os limites da crítica política. Elas também estariam protegidas pelo direito à liberdade de expressão e pela imunidade parlamentar do deputado federal, já que ocorreram no exercício do mandato.

Na ação, Bolsonaro apresentou publicações do X (antigo Twitter) e uma entrevista de Boulos à CNN, em que ele teria feito "ilações" e "acusações" sobre uma suposta participação do ex-presidente no assassinato da então vereadora do PSOL.

Na entrevista, Boulos disse: "O que levaria Bolsonaro, se não tivesse nada a esconder em relação ao assassinato da Marielle Franco, a colocar sob sigilo telegramas do Itamaraty que tratam do caso Marielle? Quem deve teme!".

Já em postagens na rede social, o deputado escreveu: "O pacote 'anticrime' de Moro reforça sombrias aproximações entre o governo Bolsonaro e Duterte, das Filipinas que é acusado de, no passado, ter liderado 'esquadrões da morte', semelhantes à milícia suspeita de matar Marielle Franco e de ter ligações com a família de Bolsonaro".

O juiz ressaltou que as declarações foram feitas em perfis institucionais de Boulos, "utilizadas exclusivamente para divulgar sua atividade político-parlamentar". As falas, segundo o magistrado, estariam relacionadas ao debate político e cobertas pela garantia da imunidade parlamentar.

Bastante aplaudida, a ministra da Saúde, Nísia Trindade, discursou por mais de 30 minutos em evento nesta terça-feira, 25, no Palácio do Planalto, em que fez questão de cumprimentar diversos integrantes da equipe do ministério, Fiocruz e órgãos relacionados à pasta. A cada citação, Nísia recebia aplausos da plateia. Ao final da fala, a ministra assinou parcerias para fortalecimento da produção e inovação de vacinas e biofármacos e pediu para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que estava sentado, se levantasse para participar de fotos com os documentos assinados.

"Presidente, venha você também, presidente", disse a ministra. O evento ocorreu nesta terça-feira, 25, no Palácio do Planalto e acontece diante da expectativa de que a ministra seja demitida da pasta. O presidente não discursou.

"Agradeço ao presidente e a todos que participaram dessa iniciativa, por chegarmos a esse resultado", disse a ministra, ao final da fala. "Muito obrigada e viva o SUS", concluiu o discurso. Nísia, então, foi aplaudida de pé.

Em um determinado momento do discurso, o embaixador Fernando Igreja, chefe do cerimonial da Presidência, foi até o chefe do Executivo e o entregou uma pasta. Na conversa, que durou alguns instantes, Lula apontou para o relógio. Em diversas cerimônias, Lula já contou que combinou com os ministros do governo de não falarem por mais de cinco minutos em eventos. A fala de Nísia, porém, ultrapassou 30 minutos.

A chefe da Saúde também foi ovacionada ao chegar à cerimônia. Ao ser anunciada, as pessoas da plateia gritaram e bateram fortes palmas, em um sinal de apoio ao seu nome no governo.

A expectativa é de que Lula converse nesta terça-feira com a ministra para falar sobre sua demissão do cargo. O favorito para ocupar a chefia da Saúde é o ministro de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

Pesquisa CNT divulgada nesta terça-feira, 25, mostrou que 69,4% dos brasileiros não tiveram conhecimento sobre a eleição realizada para a escolha dos presidentes do Senado Federal e da Câmara dos Deputados, em fevereiro deste ano. De acordo com a sondagem, somente 28,8% dos brasileiros tiveram conhecimento da realização das eleições para esses cargos, e um total de 1,8% não soube ou não respondeu.

O levantamento indicou ainda que, para 68,6% dos brasileiros, a escolha dos presidentes do Senado e da Câmara afetam diretamente a vida da população. Na opinião de 21,5% dos entrevistados, essas eleições não afetam diretamente a população, e 9,5% não souberam ou não responderam.