Kim Jong-Un supervisiona testes de lançamento de novos mísseis na Coreia do Norte

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O ditador norte-coreano, Kim Jong-Un, supervisionou no domingo, 28, os testes de lançamento de novos mísseis projetados para serem lançados a partir de submarinos, informou a mídia estatal nesta segunda-feira, 29. O líder também revisou os esforços para construir um submarino nuclear enquanto reiterava seu objetivo de construir uma marinha nuclear para enfrentar o que ele retrata como crescentes ameaças externas.

O anúncio veio um dia depois que as Forças Armadas da Coreia do Sul disseram que detectaram a Coreia do Norte disparando múltiplos mísseis de cruzeiro sobre águas próximas ao porto oriental de Sinpo, onde o Norte possui um importante estaleiro para desenvolvimento de submarinos. Foi a mais recente de uma série de demonstrações de armas pela Coreia do Norte em meio às crescentes tensões com os Estados Unidos, Coreia do Sul e Japão.

O jornal oficial da Coreia do Norte, Rodong Sinmun, publicou fotos do que aparentam ser pelo menos dois mísseis disparados separadamente. Ambos criaram nuvens branco-acinzentadas ao romperem a superfície da água e subirem no ar a um ângulo de cerca de 45º, o que possivelmente sugere que foram disparados a partir de tubos de lançamento de torpedos.

A Agência de Notícias Central Coreana (KCNA, na sigla em inglês) disse que os mísseis eram Pulhwasal-3-31, um novo tipo de arma testado pela primeira vez na semana passada em lançamentos em terra na costa oeste da Coreia do Norte. Os relatórios indicavam que dois mísseis foram disparados durante o teste. A KCNA afirmou que os mísseis voaram por mais de duas horas antes de atingir com precisão um alvo na ilha, mas não especificou a embarcação usada nos lançamentos.

Nos últimos anos, a Coreia do Norte testou uma variedade de mísseis projetados para serem lançados de submarinos, buscando a capacidade de realizar ataques nucleares subaquáticos. Teoricamente, essa capacidade reforçaria seu poder de dissuasão, garantindo uma capacidade sobrevivente de retaliar após absorver um ataque nuclear em terra.

Submarinos de mísseis também adicionariam uma ameaça marítima à crescente coleção de armas de propelente sólido disparadas de veículos terrestres, destinadas a sobrecarregar as defesas de mísseis da Coreia do Sul, Japão e Estados Unidos. No entanto, analistas afirmam que seria necessário um tempo considerável, recursos e melhorias tecnológicas para que a nação fortemente sancionada construísse uma frota de pelo menos vários submarinos capazes de viajar silenciosamente e executar ataques de maneira confiável.

'Situação prevalente e ameaças futuras'

A Agência de Notícias Central Coreana, órgão oficial de comunicação da Coreia do Norte, afirmou que Kim expressou satisfação depois que os mísseis atingiram com precisão seus alvos marítimos durante o teste de domingo. Em seguida, ele emitiu tarefas importantes não especificadas para "realizar a nuclearização da marinha e expandir a esfera de operação", que descreveu como metas cruciais diante da "situação prevalente e ameaças futuras", conforme o relatório indicou. A KCNA disse que Kim também foi informado sobre os esforços para desenvolver um submarino nuclear e outras embarcações navais avançadas.

As tensões na Península Coreana aumentaram nos últimos meses, à medida que Kim acelera o desenvolvimento de suas armas e emite ameaças provocativas de conflito nuclear com os Estados Unidos e seus aliados asiáticos.

Em resposta, os Estados Unidos, a Coreia do Sul e o Japão têm ampliado seus exercícios militares conjuntos, que Kim condena como ensaios de invasão, e aprimorado suas estratégias de dissuasão baseadas em ativos nucleares dos EUA. Os recentes lançamentos de mísseis de cruzeiro seguiram um teste em 14 de janeiro do primeiro míssil balístico de alcance intermediário de propelente sólido da Coreia do Norte, refletindo os esforços de Kim para expandir seu arsenal de armas projetadas para sobrecarregar as defesas de mísseis na Coreia do Sul, Japão e alvos remotos dos EUA no Pacífico, incluindo Guam. Fonte: Associated Press.

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Em evento do Partido Socialista Brasileiro (PSB) neste domingo, 27, o senador Cid Gomes (PSB) declarou que, no cenário nacional, não pretende adotar uma posição contrária à de seu irmão, o ex-ministro e ex-presidenciável, Ciro Gomes (PDT).

"Eu jamais estarei em lado oposto ao Ciro na questão nacional. Aqui no Ceará a gente tem uma visão diferente, eu o respeito profundamente, mas jamais estarei em lado diferente dele na questão nacional. Penso absolutamente como ele", disse Cid ao jornal jangadeiro.

O possível sinal de reaproximação entre os irmãos vem depois de se distanciarem politicamente. O racha começou ainda nas eleições de 2022, com discordâncias sobre o apoio ao Partido dos Trabalhadores (PT). Enquanto Cid se aproximou da base de apoio ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), consolidando-se como um dos principais aliados do governo federal no Senado e apoiando também a administração estadual de Elmano de Freitas (PT) no Ceará, Ciro manteve uma postura crítica e firme contra o PT, tanto no contexto nacional quanto estadual.

Essa diferença de posicionamento culminou, no início de 2024, na saída de Cid e de seus aliados do PDT e sua filiação ao PSB. A mudança aprofundou a divisão entre os grupos conhecidos como "cidistas" e "ciristas" na política cearense.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), pediu nesta terça-feira, 29, que a defesa do ex-presidente Fernando Collor de Mello apresente exames para comprovar que ele tem Doença de Parkinson. O prazo para resposta é de 48 horas.

A defesa do ex-presidente pediu prisão domiciliar humanitária alegando que ele enfrenta problemas de saúde graves. Antes de decidir sobre o pedido, Moraes vem cobrando laudos médicos que atestem as comorbidades.

Nesta segunda, 28, o ministro pediu "prontuário e histórico médico, bem como os exames anteriormente realizados".

Em novo despacho nesta terça, Moraes cobra a "íntegra dos exames realizados, inclusive os exames de imagens", e manda a defesa explicar por que não há "exames realizados no período de 2019 a 2022, indicativos e relacionados a Doença de Parkinson".

Os advogados advogados Marcelo Bessa e Thiago Fleury alegam que, aos 75 anos, Collor tem "comorbidades graves" e faz uso de medicamentos contínuos. Ao ser ouvido na audiência de custódia, no entanto, o ex-presidente negou ter problemas de saúde ou tomar remédios.

O ex-presidente foi preso para cumprir a condenação de 8 anos e 6 meses em um processo da Operação Lava Jato. Ele está detido no Presídio Baldomero Cavalcanti de Oliveira, em Maceió.

Após 17 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu bem à ingestão de água, chá e gelatina. Segundo o boletim médico divulgado nesta terça-feira, 29, Bolsonaro mantém sinais de movimentos intestinais espontâneos e continua se alimentando pela veia, para obter todos os nutrientes e as calorias que precisa.

O documento também relata que o ex-presidente segue sem dor ou febre, com a pressão controlada e com melhora nos exames de fígado. Não há previsão de alta e visitas seguem restritas, apesar de o ex-presidente já ter recebido o pastor evangélico Silas Malafaia e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Nesse período de internação, Bolsonaro também concedeu entrevista à televisão e participou de uma live.

A live, inclusive, motivou o ex-presidente a ser intimado por uma oficial de Justiça na última quarta-feira, 23, por entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que ele "demonstrou a possibilidade" de ser avisado da ação penal sobre a tentativa de golpe. No dia seguinte, conforme informou a equipe médica, Bolsonaro teve elevação na pressão arterial e piora nos exames hepáticos.

No dia 13, o ex-presidente foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após Bolsonaro passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

A cirurgia, ainda em consequência da facada que ele levou durante a campanha presidencial de 2018, foi a mais delicada das quais foi submetido até agora.