Trump comparece a tribunal da Flórida para audiência sobre posse de documentos confidenciais

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Procurando transformar problemas jurídicos em ganhos políticos, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump compareceu nesta segunda-feira, 12, a um tribunal federal na Flórida para uma audiência fechada no processo criminal que o acusa de manuseio indevido de documentos confidenciais.

Na entrada do tribunal, apoiadores de Trump apareceram com cartazes e bandeiras do republicano. Trump alega que seus adversários políticos querem que ele seja preso e que não possa participar das eleições. Ele é o favorito para conseguir a nomeação do Partido Republicano para concorrer à Casa Branca e deve disputar o pleito com o atual presidente americano, o democrata Joe Biden.

A equipe do republicano deseja politizar os seus processos criminais. Na Flórida, ele é julgado sob a acusação de guardar em sua propriedade em Mar-a-Lago dezenas de documentos confidenciais e de obstruir os esforços do FBI para a devolução dos papéis.

A audiência do tribunal nesta segunda foi marcada como um procedimento processual, fechada ao público, para discutir o detalhes práticos do julgamento atualmente marcado para 20 de maio. A juíza distrital Aileen Cannon apresentou os argumentos dos advogados de defesa pela manhã e dos promotores à tarde, cada um fora da presença do outro.

"O advogado de defesa deve estar preparado para discutir detalhadamente suas teorias de defesa do caso e como qualquer informação confidencial pode ser relevante ou útil para a defesa", apontou Cannon ao agendar a audiência.

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A carreata de Trump chegou ao tribunal em Fort Pierce pouco depois das 9h (11h no horário de Brasília). Os apoiadores do lado de fora seguravam cartazes com mensagens favoráveis à reeleição de Trump.

A audiência é uma das várias situações voluntárias em que Trump compareceu nas últimas semanas - ele esteve presente, por exemplo, na apresentação de argumentos no tribunal de apelações no mês passado em Washington - enquanto tenta demonstrar aos apoiadores que pretende lutar contra os processos criminais que enfrenta. ao mesmo tempo em que procura retornar à Casa Branca em novembro.

Trump enfrenta acusações em Atlanta e Washington relacionadas a supostos esforços do ex-presidente americano para anular os resultados das eleições presidenciais de 2020. (COM INFORMAÇÕES DA ASSOCIATED PRESS)

Este conteúdo foi traduzido com o auxílio de ferramentas de Inteligência Artificial e revisado por nossa equipe editorial. Saiba mais em nossa Política de IA em www.estadao.com.br/link/estadao-define-politica-de-uso-de-ferramentas-de-inteligencia-artificial-por-seus-jornalistas-veja/.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 15, que articula com senadores para barrar a indicação feita por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal Militar (STM). No sábado passado, dia 8, Lula indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para ser ministra do STM, tribunal responsável por julgar crimes militares. Antes de assumir o cargo, porém, ela precisa passar por sabatina e aprovação no Senado.

"Eu tenho conversado com senadores. O voto é secreto. É hora de dar um chega para lá. Não queremos esse tipo de gente dentro do Superior Tribunal Militar", afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio 93 FM Exclusiva, do Rio de Janeiro.

Caso seja admitida para o cargo, Verônica Abdalla Sterman assumirá uma cadeira destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte.

Ao justificar sua articulação, Bolsonaro afirmou que Verônica é "da mesma linha" da presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha. Na quarta-feira, 12, ao tomar posse como presidente do STM, a magistrada disse que vê crimes militares na conduta do ex-presidente, que é capitão reformado e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

"A (mulher) que está lá (no STM) no momento, ela assumiu a presidência e no mesmo dia falou que eu tinha que perder a patente de capitão e tirar os meus proventos", criticou Bolsonaro. "Eu não sou réu, não estou sendo acusado de crime militar nenhum. E essa mulher que está sendo indicada para lá agora é da mesma linha dessa presidente", disse.

O presidente reeleito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), André do Prado (PL), afirmou neste sábado, 15, que discussões sobre uma eventual candidatura dele a governador ou vice-governador só acontecerão em 2026. "Neste momento, nosso foco é a reeleição do governador Tarcísio, que deve ser candidato à reeleição. As demais vagas serão debatidas no momento oportuno", disse.

Conforme já adiantou o Broadcast Político, a prioridade do governo de São Paulo em parceria com a Alesp será a aprovação da privatização das travessias hídricas do Estado, ou seja, as balsas. A concessão patrocinada permitirá investimentos de R$ 1 bilhão ao longo do contrato de 20 anos.

Com leilão previsto para o segundo trimestre de 2025, a iniciativa faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP). A concessão englobará a operação, manutenção e gestão de 14 linhas aquaviárias, distribuídas em diferentes regiões.

"O governo quer privatizar essas travessias para melhorar a eficiência do serviço", afirmou o presidente. "Esse projeto será analisado pelas comissões e, após aprovação, seguirá para o Colégio de Líderes e, finalmente, para votação em plenário."

Em relação ao fato de Tarcísio ter se tornado o governador que mais vetou projetos da Alesp desde o governador José Serra (PSDB), Prado afirmou que isso só ocorreu por a Casa ter aprovado "muitos projetos".

"Tivemos um número expressivo de projetos aprovados nos últimos dois anos", disse o presidente da assembleia legislativa estadual. "Foram 206 projetos de iniciativa do Legislativo, dos quais mais de 90 foram sancionados - ou seja, quase 50%", assinalou.

O deputado estadual Maurici (PT) foi eleito primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) neste sábado, 15. Houve apenas a candidatura dele ao cargo e sua vitória foi fruto de um acordo entre os parlamentares, que fez o PT apoiar a reeleição do presidente da casa, André do Prado (PL).

"Estar aqui não significa concordar com uma política de privatização. Não significa concordar com uma política de desmonte do Estado", disse Maurici em discurso de vitória.

O segundo-secretário, Rogério Nogueira (PSDB), deu lugar ao ex-ministro da Agricultura de Itamar Franco (1993) e ex-presidente da Alesp entre 2009 e 2013, Barros Munhoz (PSDB). Ele também foi o único candidato ao cargo.