Alemanha e Dinamarca iniciam construção de nova fábrica de munição e Europa eleva produção

Internacional
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Os líderes da Alemanha e da Dinamarca se uniram, nesta segunda-feira, 12, numa cerimônia de inauguração de uma nova fábrica de munições, evidenciando os esforços da Europa para aumentar sua produção de armas, à medida que a guerra da Rússia na Ucrânia se prolonga.

Espera-se que a unidade, construída pela empresa de defesa Rheinmetall em suas instalações atuais em Unterluess, no norte da Alemanha, produza cerca de 200 mil projéteis de artilharia por ano, juntamente a explosivos e, possivelmente, outros componentes, incluindo ogivas. A Rheinmetall está arcando com o custo de cerca de 300 milhões de euros (US$ 324 milhões).

A Rheinmetall informou que a produção no local atenderá, principalmente, às necessidades das forças armadas alemãs, a Bundeswehr. A empresa disse que a prioridade é iniciar a produção o mais rápido possível. A construção da nova unidade deve demorar cerca de um ano.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, que participou na cerimônia, disse que a Rheinmetall estava "estabelecendo as bases para fornecer à Bundeswehr e a nossos parceiros na Europa munições de artilharia de forma independente e, acima de tudo, duradoura". Ele esteve presente no evento acompanhado do ministro da Defesa e da primeira-ministra dinamarquesa, Mette Frederiksen.

Ele disse que o movimento era particularmente importante à luz das necessidades de munição da Ucrânia, informou a agência de notícias alemã DPA.

A indústria de armamento da Rússia supera em muito a da Ucrânia e Kiev tem contado com a ajuda ocidental para igualar o poder de fogo com o de Moscou. Mas os planos dos 27 países da União Europeia para produzir 1 milhão de munições de artilharia para a Ucrânia foram insuficientes, já que apenas um terço da meta foi atingida.

A guerra na Ucrânia aumentou a angústia na Alemanha sobre suas próprias forças armadas levando Scholz, dias após a invasão russa, a anunciar o que chamou de "ponto de viragem" nas despesas militares.

A Alemanha planeja gastar 2% do seu Produto Interno Bruto este ano na área, um objetivo que os aliados da Otan estabeleceram há uma década.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 15, que articula com senadores para barrar a indicação feita por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal Militar (STM). No sábado passado, dia 8, Lula indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para ser ministra do STM, tribunal responsável por julgar crimes militares. Antes de assumir o cargo, porém, ela precisa passar por sabatina e aprovação no Senado.

"Eu tenho conversado com senadores. O voto é secreto. É hora de dar um chega para lá. Não queremos esse tipo de gente dentro do Superior Tribunal Militar", afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio 93 FM Exclusiva, do Rio de Janeiro.

Caso seja admitida para o cargo, Verônica Abdalla Sterman assumirá uma cadeira destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte.

Ao justificar sua articulação, Bolsonaro afirmou que Verônica é "da mesma linha" da presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha. Na quarta-feira, 12, ao tomar posse como presidente do STM, a magistrada disse que vê crimes militares na conduta do ex-presidente, que é capitão reformado e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

"A (mulher) que está lá (no STM) no momento, ela assumiu a presidência e no mesmo dia falou que eu tinha que perder a patente de capitão e tirar os meus proventos", criticou Bolsonaro. "Eu não sou réu, não estou sendo acusado de crime militar nenhum. E essa mulher que está sendo indicada para lá agora é da mesma linha dessa presidente", disse.

O presidente reeleito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), André do Prado (PL), afirmou neste sábado, 15, que discussões sobre uma eventual candidatura dele a governador ou vice-governador só acontecerão em 2026. "Neste momento, nosso foco é a reeleição do governador Tarcísio, que deve ser candidato à reeleição. As demais vagas serão debatidas no momento oportuno", disse.

Conforme já adiantou o Broadcast Político, a prioridade do governo de São Paulo em parceria com a Alesp será a aprovação da privatização das travessias hídricas do Estado, ou seja, as balsas. A concessão patrocinada permitirá investimentos de R$ 1 bilhão ao longo do contrato de 20 anos.

Com leilão previsto para o segundo trimestre de 2025, a iniciativa faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP). A concessão englobará a operação, manutenção e gestão de 14 linhas aquaviárias, distribuídas em diferentes regiões.

"O governo quer privatizar essas travessias para melhorar a eficiência do serviço", afirmou o presidente. "Esse projeto será analisado pelas comissões e, após aprovação, seguirá para o Colégio de Líderes e, finalmente, para votação em plenário."

Em relação ao fato de Tarcísio ter se tornado o governador que mais vetou projetos da Alesp desde o governador José Serra (PSDB), Prado afirmou que isso só ocorreu por a Casa ter aprovado "muitos projetos".

"Tivemos um número expressivo de projetos aprovados nos últimos dois anos", disse o presidente da assembleia legislativa estadual. "Foram 206 projetos de iniciativa do Legislativo, dos quais mais de 90 foram sancionados - ou seja, quase 50%", assinalou.

O deputado estadual Maurici (PT) foi eleito primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) neste sábado, 15. Houve apenas a candidatura dele ao cargo e sua vitória foi fruto de um acordo entre os parlamentares, que fez o PT apoiar a reeleição do presidente da casa, André do Prado (PL).

"Estar aqui não significa concordar com uma política de privatização. Não significa concordar com uma política de desmonte do Estado", disse Maurici em discurso de vitória.

O segundo-secretário, Rogério Nogueira (PSDB), deu lugar ao ex-ministro da Agricultura de Itamar Franco (1993) e ex-presidente da Alesp entre 2009 e 2013, Barros Munhoz (PSDB). Ele também foi o único candidato ao cargo.