Canadá pretende reduzir número de imigrantes temporários no país; veja o que deve mudar

Internacional
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O ministro da Imigração do Canadá disse na quinta-feira, 21, que o país estabelecerá metas para reduzir o número de novos residentes temporários no país. O governo federal planeja diminuir o número de temporários dos atuais 6,2% da população para 5% nos próximos três anos, em uma medida inédita no país, de acordo com o ministro Marc Miller.

O Canadá tem visto um aumento acentuado no número de residentes temporários a cada ano, e o ministro disse no passado que o país se tornou "viciado" em trabalhadores temporários. Assim, o país limitaria a entrada de estudantes internacionais, bem como a trabalhadores estrangeiros e requerentes de asilo. As primeiras metas para essa redução serão definidas em setembro.

De acordo com a BBC, como parte da nova política, autoridades relataram que algumas empresas canadenses terão que reduzir o número de trabalhadores estrangeiros temporários e terão um período menor para comprovar que esses empregos não poderiam ser preenchidos por um residente permanente ou por um cidadão canadense. Haverá, porém, exceções, no caso de trabalhadores de setores da construção e da saúde, que lidam com falta de mão-de-obra no Canadá.

Em janeiro, o país anunciou um limite de dois anos para vistos de estudantes internacionais para aliviar a pressão sobre habitação, cuidados de saúde e outros serviços num momento de imigração recorde. O Canadá cresceu cerca de 1 milhão de pessoas no ano passado, atingindo um recorde de 40 milhões, enquanto muitos canadenses lutam com o aumento do custo de vida, incluindo aluguéis e hipotecas.

"Estamos agora num quadro econômico diferente", disse o ministro do Emprego, Randy Boissonnault.

Miller disse que convocará uma reunião de ministros provinciais, territoriais e federais em maio para discutir como os níveis devem ser definidos. Ele também pediu ao seu departamento que revisse os programas existentes que trazem residentes temporários, de modo a alinhá-los melhor com as necessidades laborais e eliminar abusos no sistema.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 15, que articula com senadores para barrar a indicação feita por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal Militar (STM). No sábado passado, dia 8, Lula indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para ser ministra do STM, tribunal responsável por julgar crimes militares. Antes de assumir o cargo, porém, ela precisa passar por sabatina e aprovação no Senado.

"Eu tenho conversado com senadores. O voto é secreto. É hora de dar um chega para lá. Não queremos esse tipo de gente dentro do Superior Tribunal Militar", afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio 93 FM Exclusiva, do Rio de Janeiro.

Caso seja admitida para o cargo, Verônica Abdalla Sterman assumirá uma cadeira destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte.

Ao justificar sua articulação, Bolsonaro afirmou que Verônica é "da mesma linha" da presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha. Na quarta-feira, 12, ao tomar posse como presidente do STM, a magistrada disse que vê crimes militares na conduta do ex-presidente, que é capitão reformado e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

"A (mulher) que está lá (no STM) no momento, ela assumiu a presidência e no mesmo dia falou que eu tinha que perder a patente de capitão e tirar os meus proventos", criticou Bolsonaro. "Eu não sou réu, não estou sendo acusado de crime militar nenhum. E essa mulher que está sendo indicada para lá agora é da mesma linha dessa presidente", disse.

O presidente reeleito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), André do Prado (PL), afirmou neste sábado, 15, que discussões sobre uma eventual candidatura dele a governador ou vice-governador só acontecerão em 2026. "Neste momento, nosso foco é a reeleição do governador Tarcísio, que deve ser candidato à reeleição. As demais vagas serão debatidas no momento oportuno", disse.

Conforme já adiantou o Broadcast Político, a prioridade do governo de São Paulo em parceria com a Alesp será a aprovação da privatização das travessias hídricas do Estado, ou seja, as balsas. A concessão patrocinada permitirá investimentos de R$ 1 bilhão ao longo do contrato de 20 anos.

Com leilão previsto para o segundo trimestre de 2025, a iniciativa faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP). A concessão englobará a operação, manutenção e gestão de 14 linhas aquaviárias, distribuídas em diferentes regiões.

"O governo quer privatizar essas travessias para melhorar a eficiência do serviço", afirmou o presidente. "Esse projeto será analisado pelas comissões e, após aprovação, seguirá para o Colégio de Líderes e, finalmente, para votação em plenário."

Em relação ao fato de Tarcísio ter se tornado o governador que mais vetou projetos da Alesp desde o governador José Serra (PSDB), Prado afirmou que isso só ocorreu por a Casa ter aprovado "muitos projetos".

"Tivemos um número expressivo de projetos aprovados nos últimos dois anos", disse o presidente da assembleia legislativa estadual. "Foram 206 projetos de iniciativa do Legislativo, dos quais mais de 90 foram sancionados - ou seja, quase 50%", assinalou.

O deputado estadual Maurici (PT) foi eleito primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) neste sábado, 15. Houve apenas a candidatura dele ao cargo e sua vitória foi fruto de um acordo entre os parlamentares, que fez o PT apoiar a reeleição do presidente da casa, André do Prado (PL).

"Estar aqui não significa concordar com uma política de privatização. Não significa concordar com uma política de desmonte do Estado", disse Maurici em discurso de vitória.

O segundo-secretário, Rogério Nogueira (PSDB), deu lugar ao ex-ministro da Agricultura de Itamar Franco (1993) e ex-presidente da Alesp entre 2009 e 2013, Barros Munhoz (PSDB). Ele também foi o único candidato ao cargo.