Ataque na Rússia: Serviços de emergência dizem que 40 pessoas morreram e 112 ficaram feridas

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erca de cinco homens armados de fuzis e com roupas camufladas invadiram o Crocus City Hall, uma casa de shows nos arredores de Moscou, e atiraram contra a multidão na noite desta sexta-feira, 22 (horário local), informaram as agências de notícias Tass e RIA Novosti, ligadas ao governo russo. As informações preliminares indicam que mais de 40 pessoas morreram e 112 ficaram feridas.

Após os tiros, os homens detonaram explosivos que causaram um incêndio que ainda não fora controlado. O ataque ocorreu antes do início de um show de uma banda de rock chamada Piknik. Segundo informações preliminares, os músicos estavam no camarim quando o ataque começou. "Os atiradores abriram fogo na entrada do prédio de forma planejada durante um show com armas automáticas, e então um incêndio começou no prédio", disseram os serviços de emergência.

Nas redes sociais, vídeos não verificados de forma independente mostram três homens armados com fuzis disparando à queima-roupa contra corpos espalhados pelo saguão do local. Outras imagens, também não verificadas, exibem várias pessoas deitadas imóveis em poças de sangue do lado de fora do salão.

A porta-voz do Ministério de Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, classificou o ataque de terrorista. O presidente russo, Vladimir Putin, ainda não se pronunciou.

O prefeito de Moscou, Sergei Sobianin, afirmou que o ataque é uma grande tragédia e cancelou todos os eventos esportivos, culturais e outros eventos de massa em Moscou neste fim de semana. Pelo menos 50 ambulâncias foram enviadas para o local do ataque e a polícia russa isolou a área, informaram as agências.

Não houve reivindicações imediatas de responsabilidade e não está claro se o ataque está relacionado à guerra da Rússia na Ucrânia, que completou dois anos em fevereiro.

Promessa de retaliação

O vice-presidente do Conselho de Segurança da Rússia e ex-presidente Dmitri Medvedev afirmou que o país irá responder o ataque com "execuções totais de terroristas e repressão de suas famílias" e levantou suspeitas sobre Kiev, que nega envolvimento. "Se ficar provado que se trata de terroristas do regime de Kiev, é impossível lidar com eles e com os seus inspiradores ideológicos de outra forma. Todos eles devem ser encontrados e impiedosamente destruídos", disse Medvedev.

O Crocus City Hall fica ao lado de um grande shopping center no extremo oeste de Moscou e foi o local do concurso Miss Universo de 2013, que contou com a presença do então magnata Donald Trump. Os bombeiros estão no local e tentam apagar o incêndio. O paradeiro dos atiradores é desconhecido.

Uma testemunha ocular disse ao canal Mash, no Telegram, que havia "pelo menos cinco" atiradores no local. "Agiam como combatentes treinados", diz o relato. "No momento que entraram no prédio, os guardas e as pessoas que estavam na porta foram mortas. Depois, bloquearam a entrada principal."

"Os terroristas estavam armados com fuzis Kalashnikov", continua o relato. "Alguns carregavam coletes com várias munições. Pelo menos dois dos homens estavam carregando mochilas, acredito que com coquetéis molotov."

Risco de ataques

Horas antes do ataque, o Serviço Federal de Segurança da Rússia (FSB) informou que havia impedido um ataque a uma sinagoga em Moscou por uma célula afegã do Estado Islâmico, informou a agência RIA Novosti.

Nas últimas semanas, algumas embaixadas estrangeiras em Moscou emitiram alertas pedindo aos cidadãos para evitar reuniões em massa por causa do risco de ataques.

A Rússia não enfrentava um grande ataque terrorista em seu território desde 2017, quando 14 pessoas foram mortas em uma explosão no metrô de São Petersburgo. Em 2013, homens-bomba mataram 34 pessoas em Volgogrado em pouco antes dos Jogos Olímpicos de Sochi. E em 2011, 30 pessoas morreram durante outra ação com homens-bomba no aeroporto Domodedovo, em Moscou.

Em outra categoria

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou neste sábado, 15, que articula com senadores para barrar a indicação feita por Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao Superior Tribunal Militar (STM). No sábado passado, dia 8, Lula indicou a advogada Verônica Abdalla Sterman para ser ministra do STM, tribunal responsável por julgar crimes militares. Antes de assumir o cargo, porém, ela precisa passar por sabatina e aprovação no Senado.

"Eu tenho conversado com senadores. O voto é secreto. É hora de dar um chega para lá. Não queremos esse tipo de gente dentro do Superior Tribunal Militar", afirmou Bolsonaro em entrevista à rádio 93 FM Exclusiva, do Rio de Janeiro.

Caso seja admitida para o cargo, Verônica Abdalla Sterman assumirá uma cadeira destinada à advocacia, que será aberta em abril com a aposentadoria do ministro José Coêlho Ferreira, atual vice-presidente da Corte.

Ao justificar sua articulação, Bolsonaro afirmou que Verônica é "da mesma linha" da presidente do STM, Maria Elizabeth Rocha. Na quarta-feira, 12, ao tomar posse como presidente do STM, a magistrada disse que vê crimes militares na conduta do ex-presidente, que é capitão reformado e foi denunciado no Supremo Tribunal Federal (STF) por tentativa de golpe de Estado.

"A (mulher) que está lá (no STM) no momento, ela assumiu a presidência e no mesmo dia falou que eu tinha que perder a patente de capitão e tirar os meus proventos", criticou Bolsonaro. "Eu não sou réu, não estou sendo acusado de crime militar nenhum. E essa mulher que está sendo indicada para lá agora é da mesma linha dessa presidente", disse.

O presidente reeleito da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) e aliado do governador Tarcísio de Freitas (Republicanos), André do Prado (PL), afirmou neste sábado, 15, que discussões sobre uma eventual candidatura dele a governador ou vice-governador só acontecerão em 2026. "Neste momento, nosso foco é a reeleição do governador Tarcísio, que deve ser candidato à reeleição. As demais vagas serão debatidas no momento oportuno", disse.

Conforme já adiantou o Broadcast Político, a prioridade do governo de São Paulo em parceria com a Alesp será a aprovação da privatização das travessias hídricas do Estado, ou seja, as balsas. A concessão patrocinada permitirá investimentos de R$ 1 bilhão ao longo do contrato de 20 anos.

Com leilão previsto para o segundo trimestre de 2025, a iniciativa faz parte do Programa de Parcerias de Investimentos do Estado (PPI-SP). A concessão englobará a operação, manutenção e gestão de 14 linhas aquaviárias, distribuídas em diferentes regiões.

"O governo quer privatizar essas travessias para melhorar a eficiência do serviço", afirmou o presidente. "Esse projeto será analisado pelas comissões e, após aprovação, seguirá para o Colégio de Líderes e, finalmente, para votação em plenário."

Em relação ao fato de Tarcísio ter se tornado o governador que mais vetou projetos da Alesp desde o governador José Serra (PSDB), Prado afirmou que isso só ocorreu por a Casa ter aprovado "muitos projetos".

"Tivemos um número expressivo de projetos aprovados nos últimos dois anos", disse o presidente da assembleia legislativa estadual. "Foram 206 projetos de iniciativa do Legislativo, dos quais mais de 90 foram sancionados - ou seja, quase 50%", assinalou.

O deputado estadual Maurici (PT) foi eleito primeiro-secretário da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) neste sábado, 15. Houve apenas a candidatura dele ao cargo e sua vitória foi fruto de um acordo entre os parlamentares, que fez o PT apoiar a reeleição do presidente da casa, André do Prado (PL).

"Estar aqui não significa concordar com uma política de privatização. Não significa concordar com uma política de desmonte do Estado", disse Maurici em discurso de vitória.

O segundo-secretário, Rogério Nogueira (PSDB), deu lugar ao ex-ministro da Agricultura de Itamar Franco (1993) e ex-presidente da Alesp entre 2009 e 2013, Barros Munhoz (PSDB). Ele também foi o único candidato ao cargo.