Acidente em ponte em Baltimore, nos EUA, foi provocado por problema elétrico em navio

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O navio de carga que se chocou contra uma ponte em Baltimore, nos Estados Unidos, na madrugada desta terça-feira, 26, causando o colapso quase imediato da estrutura, teve um problema elétrico, disse o governador do Estado de Maryland, Wes Moore. Duas pessoas que caíram no rio sob a ponte foram resgatadas, uma em estado grave, e outras seis estão sendo procuradas.

 

"Podemos confirmar que a tripulação notificou as autoridades sobre um problema elétrico", disse Moore. Segundo ele, a equipe avisou que havia ficado sem energia próximo do momento em que a embarcação se chocou com a ponte.

 

Segundo o governador, o aviso antecipado do problema (enviado em forma de mayday, um pedido de ajuda) permitiu que o tráfego de veículos fosse interrompido na ponte antes do colapso, uma resposta rápida que ele creditou por salvar vidas. "Essas pessoas são heróis", disse ele.

 

Uma das principais pontes de Baltimore se rompeu e desabou depois que o porta-contêineres bateu e vários veículos caíram no rio abaixo. As equipes de resgate estavam procurando pelo menos seis pessoas na água. Duas pessoas foram resgatadas e uma delas está em estado grave, segundo o chefe dos bombeiros de Baltimore, James Wallace.

 

Todos os oito que caíram na água faziam parte de uma equipe de construção que tapava buracos. Autoridades disseram que não havia motoristas submersos, apesar das informações iniciais apontarem que veículos haviam caído do alto da ponte.

 

O comissário da polícia de Baltimore, Richard Worley, afirmou que não existe nenhuma indicação de que o desabamento da ponte tenha sido um ato de terrorismo, tratando como um acidente.

 

O prefeito de Baltimore declarou estado de emergência por causa do acidente. O democrata Brandon Scott emitiu uma ordem executiva para implantar e expandir os recursos de emergência. O estado de emergência vigorará por 30 dias e poderá ser renovado ou cancelado conforme as condições o justifiquem.

 

A Synergy Marine Group - empresa que possui e administra o navio, chamado Dali - confirmou que a embarcação atingiu um pilar da ponte por volta de 1h30 (horário local, 2h30 de Brasília), enquanto estava sob o controle de um ou mais pilotos, que são especialistas locais que ajudam a navegar os navios com segurança até os portos.

 

A empresa informou que todos os membros da tripulação, incluindo os dois pilotos a bordo, foram encontrados e não houve relatos de feridos entre eles.

 

O Dali, com bandeira de Cingapura, foi construído em 2015 e tem sido gerido quase desde o seu lançamento pela Synergy Marine Group, que também tem sede em Cingapura e gere uma frota de mais de 600 navios porta-contêineres, navios de carga, petroleiros e outros navios. O Dali foi inspecionado pela última vez em setembro de 2023, em Nova York, e nenhuma deficiência foi relatada na época.

 

O senador do Estado de Maryland Johnny Ray Salling, que é da região, diz que a ponte desempenha um papel vital não apenas no transporte, mas também no comércio. "Perder esta ponte devastará toda a área, bem como toda a Costa Leste", disse o republicano.

 

O presidente Joe Biden ofereceu recursos federais para os esforços de busca e resgate, segundo a Casa Branca, acrescentando que o líder americano se reuniu com altos funcionários para tratar da crise e continuará a receber atualizações. Os membros de sua administração mantêm contato próximo com autoridades estaduais e locais, disse. (Com agências internacionais).

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O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), disse que o julgamento que discute o Marco Civil da Internet e a responsabilidade das redes sociais por conteúdos publicados por terceiros será retomado neste semestre. A análise foi suspensa em dezembro por pedido de vista do ministro André Mendonça. "Isso é uma das nossas prioridades. Certamente vai ser julgado nesse semestre", disse em conversa com jornalistas na noite desta quinta-feira, 27.

Os três votos apresentados até agora estabelecem níveis diferentes de responsabilidade para as redes. Gilmar, que ainda não votou, avalia que a Corte deve manter em algumas situações a exigência de decisão judicial para remoção dos conteúdos, como nos casos de crimes contra a honra e debate parlamentar, para preservar a liberdade de expressão.

"Eu posso estar no plano das críticas normais, ainda que com palavras duras e ásperas. O debate parlamentar tem a discussão sobre a imunidade. Então, é uma das exceções, quer dizer, o crime contra a honra certamente vai, mais das vezes, exigir decisão judicial. Agora, há outros casos que mundo afora estão sendo reconhecidos, como pedofilia e pornografia infantil", afirmou.

Para Gilmar, alguns temas que devem ter consenso no plenário é no caso de crimes contra o Estado de Direito, terrorismo ou incentivo ao terrorismo e situações de crimes que podem ser identificados de forma mais objetiva, como venda de drogas. Nesses casos, o ministro acredita que a Corte vai estabelecer um regime de responsabilização mais duro.

O voto de um dos relatores, Luiz Fux, propôs que as empresas sejam obrigadas a remover conteúdos com injúria, calúnia e difamação (crimes contra a honra) assim que foram notificadas. Se não removerem, as plataformas podem ser multadas.

O ministro Luís Roberto Barroso, presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), já pautou o julgamento em que o plenário vai decidir se confirma a decisão do ministro Flávio Dino que aprovou o plano apresentado pelo Congresso para a indicação das emendas parlamentares, destravando os recursos.

A votação será no plenário virtual. Nessa modalidade, não há debate entre os ministros. Os votos são registrados em uma plataforma online. O julgamento terá início nesta sexta-feira, às 0h, e se estende pelo carnaval, até o dia 5 de março.

O processo foi pautado com urgência a pedido de Flávio Dino. O ministro pediu uma sessão extraordinária para os colegas se posicionarem sobre o tema, já que sua decisão monocrática teve efeito imediato. Dessa forma, a decisão final será do colegiado.

Em decisão na quarta-feira, 26, Dino homologou o plano de trabalho apresentado pelo Executivo e pelo Legislativo para dar mais transparência e rastreabilidade às emendas parlamentares. Ele também liberou parcialmente o pagamento dos recursos.

O ministro afirmou na decisão que os questionamentos formulados por ele foram respondidos "com a indicação das medidas executadas e a demonstração do planejamento de ações futuras". Entre os principais resultados mencionados, ele cita a reformulação do Portal da Transparência, a abertura de contas específicas para transferências fundo a fundo de recursos para a saúde e a realização de auditorias pela Controladoria-Geral da União (CGU) e pelo Tribunal de Contas da União (TCU).

O deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP) apresentou nesta quinta-feira, 27, um projeto de lei para impedir a entrada de estrangeiros que atentem contra instituições e autoridades brasileiras. O parlamentar justificou a proposta citando a decisão do Comitê Judiciário da Câmara dos Representantes dos Estados Unidos, que aprovou um projeto que barra a entrada do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no país.

Para o deputado, a medida representa uma "ameaça direta à soberania brasileira e à liberdade de expressão no país". "Torna-se, assim, indispensável estabelecer mecanismos baseados no princípio da reciprocidade de modo que se responda proporcionalmente a atos legislativos de outros países que, em essência, possam constituir afronta à independência e à autoridade das nossas instituições", escreveu.

O projeto altera a Lei de Migração, incluindo um parágrafo na legislação sancionada em 2017 no País. "A proposta visa salvaguardar a integridade institucional dos Três Poderes brasileiros e proteger a soberania do Estado diante de ações estrangeiras que venham a limitar, de modo unilateral e punitivo, a livre circulação de magistrados, parlamentares e outros em virtude de decisões que proferem no exercício de suas funções", explica Paulinho da Força.

Para passar a vigorar, o texto precisa ser aprovado pela Câmara dos Deputados, pelo Senado Federal e então, sancionado pelo presidente Lula.

O projeto que impede a entrada de Moraes nos Estados Unidos foi apresentado em setembro do ano passado, depois da rede social X ter sido bloqueada no Brasil por determinação do ministro, ao não cumprir exigências previstas na legislação brasileira para operar no País. Nesta quarta-feira, 26, o Comitê da Câmara dos Estados Unidos, que possui atuação semelhante à Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara brasileira, aprovou o projeto.

O dispositivo "No Censors on our Shores Act" (Sem Censura em nosso Território), prevê que autoridades estrangeiras que atuarem contra a liberdade de expressão de cidadãos americanos sejam impedidas de entrar nos Estados Unidos ou possam ser deportadas.

Moraes fez um discurso nesta quinta-feira, 27, em defesa da soberania do Brasil e contra o "imperialismo". Deixamos de ser colônia em 7 de setembro de 1822 e com coragem estamos construindo uma república independente e cada vez melhor", afirmou na sessão.