Equador vai às urnas em referendo que pode reforçar segurança em meio a espiral de violência

Internacional
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Os equatorianos vão às urnas neste domingo, 21, para um referendo que pode mudar a maneira que o Equador luta contra o narcotráfico em meio a uma espiral de violência nos últimos anos.

A maioria das 11 perguntas feitas aos eleitores no referendo se concentra no reforço das medidas de segurança. As propostas incluem a mobilização do Exército equatoriano na luta contra as gangues, afrouxando os obstáculos à extradição de criminosos acusados e prolongando as penas de prisão para traficantes de drogas condenados.

O Equador, tradicionalmente um dos países mais pacíficos da América do Sul, foi abalado nos últimos anos por uma onda de violência, grande parte dela proveniente da vizinha Colômbia, país que é considerado o maior produtor mundial de cocaína. No ano passado, a taxa de homicídios no país disparou para 40 mortes por 100 mil habitantes, uma das mais altas da região.

O presidente do Equador, Daniel Noboa, reuniu o apoio popular ao confrontar o narcotráfico. Essa tarefa tornou-se mais urgente em durante o período de campanha eleitoral em agosto do ano passado, quando o candidato Fernando Villavicencio foi assassinado por gangues.

Em janeiro, a crise se tornou ainda maior quando narcotraficantes aterrorizaram os cidadãos equatorianos e assumiram o controle de uma emissora de televisão enquanto esta estava no ar, em uma demonstração de força sem precedentes.

Por conta da situação, o presidente de 36 anos decretou "conflito armado interno" no país, medida que fez com que Noboa pudesse usar poderes de emergência para mobilizar o exército na perseguição de cerca de 20 gangues agora classificadas como "terroristas".

Eleição

O referendo procura alargar esses poderes e colocá-los em uma base jurídica mais sólida. Além disso, o presidente equatoriano tenta se impulsionar politicamente para concorrer à reeleição no ano que vem. A política linha dura tem encontrado respaldo nas pesquisas e o político desponta com a melhor avaliação entre os líderes da América do Sul, ranking que tem no topo líderes da direita e centro-direita.

Com imagem positiva para 62% dos equatorianos e negativa para 31%, Noboa lidera a classificação da CB Consultora, empresa argentina de análises e pesquisas. Ele é seguido pelo uruguaio Luis Lacalle Pou (54% contra 41%) e pelo argentino Javier Milei (51% contra 45%). Enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ocupa o quarto lugar, sendo bem avaliado por 50% dos brasileiros e mal avaliado por 47%.

Noboa venceu as eleições no ano passado para um mandato tampão até maio de 2025 após a renuncia do ex-presidente Guillermo Lasso, em meio a uma investigação por corrupção.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.