Líderes israelenses criticam possíveis sanções dos EUA contra unidade militar ultraortodoxa

Internacional
Tipografia
  • Pequenina Pequena Media Grande Gigante
  • Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
Políticos de Israel criticaram duramente neste domingo, 21, a provável imposição de sanções dos Estados Unidos a uma unidade de soldados ultraortodoxos nas forças armadas israelenses.

A decisão, esperada para segunda-feira, 22, marca a primeira vez que os EUA impõem sanções a uma unidade do exército israelense e prejudica ainda mais as relações entre os dois aliados, que se tornaram cada vez mais tensas durante a guerra de Israel em Gaza.

Embora autoridades americanas tenham se recusado a identificar a unidade, líderes israelenses e a imprensa local a identificaram como sendo o "Netzah Yehuda", um batalhão de infantaria fundado há cerca de um quarto de século para incorporar homens ultraortodoxos nas forças armadas. Muitos religiosos são dispensados do serviço militar obrigatório.

"Se alguém pensa que pode impor sanções a uma unidade das IDF (sigla em inglês para Forças de Defesa de Israel), vou combater isso com todas as minhas forças", disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu.

O "Netzah Yehuda", ou "Judeia para Sempre", historicamente baseado na Cisjordânia ocupada, tem alguns de seus membros ligados a abusos contra palestinos e representa apenas uma pequena parte da presença militar de Israel no território.

A unidade foi alvo de fortes críticas americanas em 2022, depois de um idoso palestino-americano ter sido encontrado morto pouco depois de ter sido detido num posto de controle na Cisjordânia. Uma autópsia palestina revelou que Omar Assad, de 78 anos, tinha problemas de saúde, mas sofreu um ataque cardíaco causado por "violência externa".

Após protestos do governo dos EUA, os militares israelenses disseram que o incidente "foi um acontecimento grave e infeliz, resultante de falha moral e má tomada de decisões por parte dos soldados". Informaram que um policial foi repreendido e dois outros retirados de posições de comando por causa do incidente.

Mas o exército decidiu contra um processo criminal, dizendo que os investigadores não podiam ligar diretamente as suas ações à morte de Omar Assad. Faz muito tempo que grupos de direitos humanos argumentam que Israel raramente responsabiliza soldados pelas mortes de palestinos e que o caso não é isolado.

Em meio ao desentendimento com os EUA, Israel transferiu o "Netzah Yehuda" da Cisjordânia no final de 2022 para o norte de Israel, e o batalhão foi novamente transferido para a fronteira sul com Gaza, depois que o ataque do Hamas em 7 de outubro desencadeou a guerra em curso.

O secretário de Estado americano, Antony Blinken, disse na sexta-feira, 19, que tomou uma decisão sobre alegações de que várias unidades militares israelenses violaram as condições para receber assistência dos EUA descritas na chamada Lei Leahy e que em breve seriam tornadas públicas.

A lei, batizada em homenagem ao ex-senador Patrick Leahy, proíbe que a ajuda dos EUA seja destinada a unidades militares estrangeiras que cometeram violações dos direitos humanos.

O processo decisório dos EUA foi iniciado antes da guerra atual e não está ligado às recentes ações israelenses em Gaza ou na Cisjordânia. Os EUA também impuseram recentemente sanções contra colonos israelenses violentos.

A linha dura israelense criticou a esperada decisão dos EUA. O ministro ultranacionalista da segurança nacional de Israel, Itamar Ben-Gvir, disse que os EUA cruzaram uma "linha vermelha" e Tally Gotliv, membro do partido Likud, de Netanyahu, acusou os EUA de antissemitismo.

Mas mesmo o chefe da oposição, o antigo primeiro-ministro Yair Lapid, rejeitou a medida. Ele disse que as sanções são "um erro e devemos agir para cancelá-las". Ele observou que "a origem do problema não está no nível militar, mas no nível político".

Em outra categoria

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.