Quais são os riscos que as turbulências levam aos passageiros de aviões?

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Um voo operado pela Singapore Airlines, entre o Reino Unido e Cingapura, deixou um britânico de 73 anos morto e dezenas de outras pessoas feridas devido a uma tempestade na última terça-feira, 21, no Oceano Índico. Com o acidente, especialistas apontam os riscos que as turbulências representam para a segurança de passageiros das companhias aéreas.

As investigações sobre a causa da morte continuam abertas. As autoridades acreditam que o passageiro sofreu um ataque cardíaco, embora a hipótese não tenha sido confirmada.

Após a queda repentina de cerca de 2 mil metros de altitude em meio a tempestade, o Boeing 777-300ER desviou de rota e pousou em Bangkok, na Tailândia. De acordo com uma publicação da companhia aérea no Facebook, a aeronave, com 211 passageiros e 18 membros da tripulação a bordo, aterrou no aeroporto de Suvarnabhumi às 15h45 no horário local (5h45 de Brasília).

O que é turbulência?

A turbulência é o impacto no avião causado quando correntes de ar instáveis aparecem de forma imprevista. Embora geralmente sejam associadas a tempestades fortes, as turbulências em ar puro são as mais perigosas porque não deixam sinal visível no céu. Elas se formam devido à tesoura de vento, ou seja, quando duas massas de ar próximas se movimentam em velocidades e direções diferentes. Caso a discrepância seja grande, a atmosfera não consegue lidar com a pressão e cria até redemoinhos nas águas.

Quantas pessoas foram feridas por turbulências?

De acordo com o Conselho Nacional de Segurança nos Transportes (NTSB, sigla em inglês), as turbulências foram as causas de mais de um terço dos acidentes das companhias aéreas nos Estados Unidos, entre os períodos de 2009 e 2018. A maioria teve uma ou mais vítimas com ferimentos graves.

Mais de 160 passageiros e tripulantes feridos em voos com turbulência precisaram de tratamento hospitalar por pelo menos dois dias, de 2009 a 2022, ainda segundo dados do conselho. O grupo mais afetado foi o de comissárias de bordo, que precisam estar fora de seus assentos durante a viagem.

"É comum turbulências que causam ferimentos leves, como um osso quebrado", afirma o cientista da Fundação Nacional de Ciências (NSF, sigla em inglês), Larry Cornman, que há muito tempo estuda esse assunto. "Mas as fatalidades são muito raras, especialmente em grandes aeronaves."

Os pilotos podem evitar a turbulência?

Para prevenir as turbulências, os pilotos podem usar diferentes métodos, como as informações do radar meteorológico e voar ao redor das tempestades.

Já naquelas situações que acontecem em céu limpo, os cuidados são diferentes. "O momento anterior à turbulência pode ser muito calmo e as pessoas são pegas de surpresa", diz o ex-piloto e consultor de segurança, Doug Moss. "Nessas situações, os controladores de tráfego aéreo avisam os pilotos depois que outro avião entra em turbulência no ar."

As turbulências estão aumentando com as mudanças climáticas?

Muitos especialistas observam um aumento no número de turbulências. As mudanças climáticas são apontadas como umas das principais razões para a alta. "As alterações no clima podem afetar as correntes de ar e causar mais tesouras de vento, consequentemente trazendo mais turbulências," avalia o presidente do departamento de ciências da aviação aplicada da Universidade Aeronáutica Embry-Riddle em Daytona Beach (Erau, sigla em inglês), Thomas Guinn.

Uma pesquisa feita pela equipe do professor da Universidade de Reading, Paul Williams, descobriu que houve um aumento de 55% na turbulência severa do ar livre do Atlântico Norte. Em suas últimas projeções, os pesquisadores alertaram que a quantidade de turbulência severa pode triplicar nas próximas décadas, caso as condições climáticas continuem como estão.

Para o cientista Larry Cornman, outro fator que explica o fenômeno é o aumento do tráfego aéreo global, especialmente em áreas com maior episódios de turbulência.

Como os viajantes podem se manter seguros?

O cinto de segurança é a maior prevenção contra as turbulências. A manutenção do cinto afivelado durante o voo é a primeira linha de defesa dos passageiros, especialmente nos casos em que a turbulência for imprevista.

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A Comissão de Direitos Humanos (CDH) do Senado Federal aprovou por unanimidade nesta quarta-feira, 12, um requerimento para que uma comitiva de senadores faça visitas técnicas a presos pelos ataques à Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro de 2023.

O pedido foi feito pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE) no fim do mês de fevereiro. No requerimento, ele se refere ao fato como a "grave situação dos presos políticos em nosso país".

"Estima-se que aproximadamente 200 pessoas permaneçam privadas de liberdade, muitas delas em condições desumanas e com relatos de abusos e violações dos direitos humanos", escreveu o senador.

Em discurso no Plenário da Casa nesta quinta-feira, 13, a presidente da Comissão, Damares Alves (Republicanos-DF), criticou outros órgãos ligados à defesa dos direitos humanos.

"A Comissão vai ser a primeira instância de direitos humanos no Brasil que vai visitar os presos políticos, porque o Mecanismo Nacional de Prevenção e Combate à Tortura não foi, o Comitê de Combate à Tortura não foi, o Ministério dos Direitos Humanos não foi", afirmou.

Segundo ela, o objetivo é verificar as condições de detenção e investigar possíveis violações de direitos humanos. Damares também determinou que o Comitê Nacional de Prevenção e Combate à Tortura deve ser comunicado e convidado para as visitas, e que congressistas que não integram a CDH estão convidados para acompanhar as idas aos presídios.

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu com ironia ao ser questionado sobre uma possível candidatura à Presidência do cantor Gusttavo Lima nas eleições de 2026. Durante um evento em São Paulo na terça-feira, 11, ele afirmou desconhecer o sertanejo e minimizou sua relevância no cenário político. "Não conheço (Gusttavo Lima). É um cantor", afirmou o ex-presidente.

Bolsonaro já havia descartado a possibilidade de Gusttavo Lima disputar o comando do Planalto, argumentando que o cantor ainda não estaria "maduro" para o cargo. Em entrevista à CNN Brasil no início do ano, ele reconheceu a popularidade do artista, mas sugeriu que sua candidatura fosse para o Senado.

"Conversei com ele um tempo atrás, no dia seguinte apareceu a candidatura dele para presidente. Então, eu tirei o pé. Ele tem idade e popularidade. É um excelente nome para o Senado, mas, para a Presidência, não sei se está maduro ainda", disse.

Desde o início do ano, Gusttavo Lima tem sinalizado interesse em ingressar na política. Recentemente, ele reforçou seu apoio ao governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), a quem chamou de "amigo pessoal", mas negou que esteja se envolvendo politicamente no momento.

A declaração veio após Caiado sugerir uma possível chapa conjunta para a eleição presidencial de 2026. Apesar das especulações, o cantor ainda não é filiado a nenhum partido. No mesmo dia, Gusttavo Lima visitou o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, que apoiou publicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro nas eleições de 2022.

O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), afirmou que não há "prejuízo de tempo" na decisão de adiar para a semana que vem a distribuição das presidências das comissões permanentes. As declarações ocorreram em entrevista a jornalistas num evento da organização Todos pela Educação, em São Paulo, nesta quinta-feira, 13.

"Nós optamos por, na próxima terça-feira (18), fazer uma reunião exclusiva para definir as comissões, com qual comissão cada partido ficará. Até porque, se tivéssemos feito hoje, elas teriam também que ser instaladas só na próxima quarta-feira. Então, não há prejuízo de tempo", afirmou.

Motta prosseguiu: "Nós colocamos esse prazo da próxima terça para que possíveis entendimentos possam ser estabelecidos e, na terça, cheguemos a essa reunião já com amplo consenso acerca das presidências das comissões permanentes da Câmara".

Conforme mostrou o Broadcast Político mais cedo, as bancadas da Câmara não conseguiram chegar a um acordo sobre a distribuição das comissões permanentes. Esses colegiados funcionam como porta de entrada para que propostas legislativas cheguem até o plenário da Casa.

O PL, por ter o maior número de deputados, tem direito a fazer os dois primeiros pedidos de comissões. O líder do partido na Câmara, Sóstenes Cavalcante (RJ), tem dito que quer as comissões de Relações Exteriores e de Saúde.

O PT vem na sequência, com direito a um pedido. Em seguida, o PL pede mais uma vez, e o PT faz mais uma solicitação. Só depois os demais partidos passam a fazer os pedidos, de acordo com a proporcionalidade.

O PT indicava preferência pelas comissões de Educação e de Fiscalização e Controle, mas o líder Lindbergh Farias (RJ) disse nesta quinta que pode mudar a estratégia e priorizar Direitos Humanos. Já o PL indica que sua 3ª preferência seja Minas e Energia, mas disputa o posto com o PSD.

Além disso, o MDB e o União Brasil disputam a relatoria do Orçamento de 2026. Nessa negociação, o MDB é mais cotado ao cargo, enquanto o União ficaria com a presidência da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ). O PL, no entanto, também quer a CCJ.