72% dos eleitores americanos acham que Biden deveria desistir da reeleição

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Uma pesquisa realizada pela emissora americana CBS News em conjunto com a empresa de pesquisa YouGov mostrou que 72% dos eleitores americanos defendem a desistência da candidatura do atual presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, para a reeleição em novembro. O número é nove pontos porcentuais maior ante o último levantamento, realizado em fevereiro.

 

A pesquisa também mostra que 72% dos eleitores consideram que o atual presidente dos Estados Unidos não possui saúde cognitiva para disputar a reeleição, enquanto o mesmo questionamento aponta Trump em uma situação melhor, com 49% dos eleitores considerando o candidato do partido republicano e ex-presidente como fora de condições de saúde para concorrer.

 

O estudo ouviu 1.130 eleitores entre os dias 28 e 29 de junho e mostrou a insatisfação do eleitorado com a performance de Biden, que chegou ao pico após o último debate, no qual o candidato democrata foi duramente criticado inclusive por seus próprios aliados.

 

Outras insatisfações de eleitores sobre Biden apontam problemas em sua campanha e na eficácia dele no cargo de presidente, além da idade avançada do atual mandatário, que completará 82 anos em novembro. Entre os eleitores do Partido Democrata, 46% acreditam que Biden não deveria tentar a reeleição.

 

A margem de erro da pesquisa é de 4,2 pontos porcentuais para mais ou para menos.

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A ex-juíza do Tribunal de Justiça de Minas Gerais Ludmila Lins Grilo teceu críticas ao ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes, deu dicas a golpistas e chamou o crime de abolição violenta do Estado Democrático de Direito de "migué Jurídico". O discurso ocorreu no último domingo, 30, no Congresso Conservador Brasileiro, em Massachusetts (EUA).

Ludmila diz que na Avenida Paulista (SP) é mais seguro para realizar manifestações políticas do que em Brasília, pois em São Paulo não há a presença há Três Poderes como no Distrito Federal e isso impossibilita que os protestos sejam classificados como delitos.

"Lá não tem STF, não tem Palácio do Planalto. Lá ninguém vai poder te acusar de golpe de Estado, de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, que é o migué jurídico", afirma a ex-juíza.

Fazendo referência aos atentados golpistas de 8 de janeiro de 2023, ela alega que os acusadores sabem que não houve crime.

"Eles sabem que isso é um migué jurídico e o próprio Gilmar Mendes falou isso em entrevista lá em Portugal e achou que ninguém ia saber. Mas, hoje em dia, todo mundo tem iPhone e todo mundo viu. Todo mundo sabe que você é um cínico", fala.

Conhecida por declarações e atitudes polêmicas, Ludmila foi seguidora de Olavo de Carvalho e defende o ex-presidente da República Jair Bolsonaro. Ela foi afastada do cargo em fevereiro de 2023 e após ser uma das investigadas no inquérito das fake news. Em maio do mesmo ano, a magistrada foi aposentada compulsoriamente.

Ludmila fez ataques a ministros do Supremo Tribunal Federal e publicou conteúdos contra medidas de proteção pessoal durante a pandemia de Covid-19. O ministro do STF Alexandre de Moraes determinou a derrubada do perfil da ex-magistrada nas redes sociais pelos atos.

Às vésperas do recesso do Judiciário, o decano do Supremo Tribunal Federal, ministro Gilmar Mendes, devolveu para julgamento a ação sobre o pagamento de quase R$ 1 bilhão em penduricalhos a juízes federais. A discussão sobre o tema está suspensa desde março, quando o ministro pediu mais tempo para analisar um recurso da Advocacia-Geral da União contra decisão do ministro Dias Toffoli que liberou o benefício a um grupo de magistrados que pode vir a embolsar até R$ 2 milhões cada.

Gilmar liberou o caso para julgamento às 12h do dia 26, data em que teve início o Fórum Jurídico de Lisboa. O evento é organizado pelo IDP, a faculdade do ministro e foi apelidado de 'Gilmarpalooza' nas redes sociais.

Não há data prevista para que o caso volte a ser debatido no STF. A análise deve ser retomada no plenário virtual da Corte, onde o processo começou a ser avaliado. O caso está sob alçada da Segunda Turma, da qual participam, além de Gilmar e Toffoli, os ministros Edson Fachin, Kassio Nunes Marques e André Mendonça.

No centro do processo está uma decisão do Tribunal de Contas da União que suspendeu o pagamento retroativo do Adicional por Tempo de Serviço (ATS) - vantagem extinta desde 2006 e que foi ressuscitada pelo Conselho da Justiça Federal em 2022.

Mais conhecido como quinquênio, o ATS prevê que, a cada cinco anos, os magistrados incorporem 5% de seus salários aos respectivos contracheques, uma aumento automático.

A decisão do Conselho de Justiça Federal foi chancelada pelo Conselho Nacional de Justiça, o que abriu um impasse com a Corte de Contas.

Toffoli atendeu um pedido da Associação dos Juízes Federais e suspendeu o acórdão do TCU. A Advocacia-Geral da União recorreu da decisão, alegando que a decisão de Toffoli iria gerar um "prejuízo irreparável para os cofres públicos".

Os ministros do STF não devem se manifestar sobre a validade do benefício concedido aos magistrados, mas sobre a possibilidade de o Tribunal de Contas suspender ato do Conselho da Justiça Federal.

A associação dos juízes federais sustenta que não existe essa possibilidade, sob argumento de "independência do Poder Judiciário".

Do outro lado, o TCU considera que negar a competência do TCU para suspender o pagamento do benefício implicaria em negar a atribuição do "Congresso Nacional para exercício do controle externo por meio de auditorias e inspeções realizadas pela Corte de Contas por solicitação das Casas Legislativas ou de suas comissões".

A Procuradoria-Geral da República deu parecer favorável aos juízes federais. Apontou que a competência do TCU é federal e não nacional. Para a PGR a decisão do TCU que travou o quinquênio "atenta contra a unicidade do estatuto da magistratura".

O deputado Delegado Palumbo (MDB-SP) afirmou nesta terça, 2, que é 'esdrúxula' a decisão do Supremo Tribunal Federal que descriminalizou o porte de até 40 gramas de maconha para uso pessoal. "Uma canetada só, uma decisão errada que vai prestigiar milhares de traficantes", disse na tribuna da Câmara.

O julgamento no STF ocorreu na semana passada. O Conselho Nacional de Justiça decidiu fazer um mutirão nos presídios para verificar quem se enquadra no novo critério que separa usuário de traficante,

"O que vai acontecer agora? Vai abrir precedentes para que pessoas que foram pegas com 39 gramas sejam soltas. O que esses ministros não sabem é que esses traficantes podem ser traficantes com um pino de cocaína e pode ser usuário com cinco quilos de maconha, dependendo da circunstância que ele foi preso", disse Palumbo, que é delegado da Polícia Civil de São Paulo.

O parlamentar fez uma previsão diante de seus pares. "Agora, os traficantes irão andar com 39 gramas, o crime está batendo palmas, o crime está feliz pra caramba, o crime está em festa de tanto criminoso que vai sair agora."

Ele disse que 'a maconha é a porta de entrada para as demais drogas, você fica com demência, esquizofrenia'.

Palumbo conclamou os deputados a reagirem. "O Supremo, numa canetada, resolveu soltar, usurpando a função deste Congresso, e nós congressistas, que temos a obrigação de legislar, não podemos ficar de cócoras tomando chineladas, subservientes, submissos."

O deputado subiu o tom e se dirigiu aos próprios colegas. "Isso é uma vergonha, eu tenho vergonha de sair na rua e todo povo fala para eu fazer alguma coisa. Eu estou fazendo, mas tem muito deputado que sequer tem coragem de subir na tribuna para falar do STF, se borram de medo. Eu não, quem me deu essa cadeira foi Deus e se ele quiser ele tira."

Depois, outra vez apontou sua artilharia para o Judiciário. "Para acabar com a pá de cal, vem o CNJ onde os notáveis resolvem fazer um mutirão para ver processo de traficantes que foram presos com menos de 40 gramas. Pelo amor de Deus, quando os senhores (do CNJ) irão fazer um mutirão para os juízes sentenciarem milhares de processos que estão parados por aí? O crime está em palmas com essa decisão do STF."