Macron perde força dentro e fora da França

Internacional
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O presidente Emmanuel Macron já foi visto como um líder jovem e ousado que se propôs a reviver a França por meio de políticas radicais pró-negócios e pró-europeias, deixando os eleitores "sem mais motivos" para votar nos extremos.

 

Sete anos após ter sido eleito pela primeira vez, sua convocação para uma eleição antecipada o enfraquece no país e no exterior, enquanto a direita radical ganha impulso para chegar ao poder. Macron, que tem um mandato presidencial até 2027, disse que não deixará o cargo antes. No entanto, a perspectiva de uma derrota nas eleições parlamentares significa que ele poderá ter de dividir o poder com um primeiro-ministro de um partido rival.

 

Macron derrotou a líder do Reagrupamento Nacional, Marine Le Pen, duas vezes em eleições presidenciais, em 2017 e 2022. Momentos após sua primeira vitória, ele então com 39 anos, Macron declarou sobre os eleitores de Le Pen: "Farei de tudo para que eles não tenham mais nenhum motivo para votar nos extremos".

 

A iniciativa política centrista de Macron, que ele promoveu na época como "nem de direita, nem de esquerda", esmagou os rivais tradicionais, o Partido Socialista e os conservadores republicanos.

 

Em 2022, quando derrotou Le Pen novamente, mas com uma margem menor, Macron reconheceu que os franceses votaram "não para apoiar minhas ideias, mas para bloquear as da extrema direita".

 

Agora, a existência de sua aliança centrista está sob ameaça. O ex-primeiro-ministro Edouard Philippe disse que Macron "matou a maioria presidencial".

 

Na sexta-feira, após uma cúpula da União Europeia em Bruxelas, Macron justificou sua decisão de dissolver a Assembleia Nacional. "Era indispensável pedir um esclarecimento (aos eleitores)", disse.

 

Macron argumentou, neste mês, que suas conquistas econômicas falam por si. O desemprego caiu de mais de 10%, para 7,5%, e a França foi classificada como o país europeu mais atraente para investimentos estrangeiros nos últimos anos.

 

No entanto, seu tempo no cargo foi marcado por grandes turbulências, desde os protestos dos chamados Coletes Amarelos contra a percepção de injustiça social até a pandemia de covid-19, a guerra na Ucrânia e os distúrbios de 2023 desencadeados pela morte de um adolescente pela polícia.

 

Seja qual for o resultado, a decisão de Macron de convocar eleições antecipadas já deixa a França enfraquecida no cenário europeu, segundo Lisa Thomas-Darbois, vice-diretora de estudos sobre a França no Institut Montaigne.

 

"Isso provocou receio por parte de nossos parceiros europeus e internacionais", disse ela. "Podemos ver que, apenas em termos de nossas taxas de juros nos mercados financeiros, nossa credibilidade caiu" afirmou Lisa. "O que é certo é que a posição do Reagrupamento Nacional não será tranquilizadora para a imagem da França nos próximos anos."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ministro Mauro Campbell, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afastou mais um magistrado por suspeita de envolvimento em supostas fraudes na liberação de alvarás de quase R$ 150 milhões em desfavor da Eletrobras. Trata-se do juiz Roger Luiz Paz de Almeida, da Vara de Execuções de Medidas e Penas Alternativas de Manaus. O servidor Gean Carlos Bezerra Alves, que atuou na equipe do magistrado, também foi afastado.

O Estadão busca contato com a defesa do juiz e pediu manifestação dele por meio da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça.

Em sua decisão, Mauro Campbell afirmou que o juiz agiu de forma "parcial, enviesada e possivelmente concertada" em uma ação "manifestamente fraudulenta, que quase resultou em prejuízos de centenas de milhões de reais" à Eletrobras.

O desembargador Elci Simões, do Tribunal de Justiça do Amazonas, e o juiz Jean Carlos Pimentel dos Santos, da Vara Única da Comarca de Presidente Figueiredo, na região metropolitana de Manaus, já haviam sido afastados dos cargos na semana passada por participação no mesmo processo.

O juiz Roger Luiz Paz de Almeida modificou o grau de publicidade do processo e decretou "sigilo intenso" da ação. Ao determinar seu afastamento, o ministro Marco Campbell afirmou que a decisão foi tomada por iniciativa própria, sem um pedido das partes, e sem justificativa, o que levantou suspeitas.

Outro detalhe chamou a atenção do corregedor: a Eletrobras foi citada no processo pelo e-mail da ouvidoria da empresa - canal de sugestões e reclamações - e por uma advogada que não estava habilitada para receber intimações em nome da companhia.

Mauro Campbell classificou os atos como "absolutamente questionáveis" e disse que o juiz agiu "para que a atuação processual da empresa Eletrobras S.A. fosse restringida, viabilizando, em seguida, o levantamento fraudulento" do dinheiro.

Além do afastamento, o ministro proibiu expressamente o acesso dos magistrados aos sistemas de processos e da corregedoria.

Uma equipe da corregedoria do CNJ esteve nesta semana no Tribunal de Justiça do Amazonas, acompanhada da Polícia Federal, para buscar provas. Por determinação de Mauro Campbell, o gabinete do desembargador ficou lacrado até a chegada da equipe. Computadores e telefones funcionais foram periciados.

O dinheiro da Eletrobras foi penhorado para pagar pessoas físicas e jurídicas por títulos de crédito emitidos em 1966. O prazo para cobrança já prescreveu. Mesmo assim o valor foi liberado pelos magistrados e chegou a cair nas contas do grupo.

A Eletrobras conseguiu recuperar a maior parte do dinheiro. A empresa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e obteve uma decisão favorável do ministro Benedito Gonçalves para determinar aos bancos que estornassem os valores. O ministro apontou "indícios de fraude" na ação e classificou como "duvidosa" a execução judicial.

Um homem morreu após tentar assaltar um veículo da Casa Militar do governo de São Paulo na noite da sexta-feira, 28, em Sa~o Paulo, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP).

O Estadão apurou que o carro, com quatro ocupantes, fazia a escolta do vice-governador do estado, Felício Ramuth (PSD). A autoridade não estava presente durante a ocorrência. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o vice-governador não se pronunciaram. "Nenhuma autoridade estadual estava no veículo no momento da ocorre^ncia", afirmou a SSP.

A tentativa de assalto ocorreu na esquina da Rua Bra´s Cardoso com a Rua Domingos Leme, na Vila Nova Conceição, na zona sul.

Imagens de câmera de monitoramento registraram o momento em que o criminoso chegou em uma moto e parou ao lado da porta do motorista com uma arma na mão. Dois armados - um pela porta da traseira e outro que estava no banco do carona - atiraram no suspeito.

O criminoso tentou fugir de moto, mas foi atingido. Segundo a SSP, o suspeito foi levado para a UPA Santo Amaro, mas na~o resistiu. A arma do criminoso e a moto, que tinha placa adulterada, foram apreendidas. A identidade do assaltante não foi revelada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou suas redes sociais para publicar uma piada sobre o início do carnaval no País. "Já dá para decretar o carnaval em todo território nacional, né?", escreveu o petista no X (antigo Twitter), em tom de brincadeira.

Na publicação, ele também recomendou o uso de protetor solar e o consumo de água durante a folia. "Divirtam-se com responsabilidade e respeito", diz o texto.

Na noite desta sexta-feira, 28, Lula foi a Montevidéu, no Uruguai, para a posse do novo presidente uruguaio, Yamandú Orsi. Ele deve retornar a Brasília na tarde deste sábado, 1.º. No país sul-americano, Lula se reuniu com chefes de Estado do Mercosul e também teve um encontro com presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência ainda não divulgou a agenda de Lula durante o carnaval. No ano passado, ele permaneceu em Brasília durante o feriado.

Outros políticos decidiram sair na folia e já publicaram as festividades nas redes sociais. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), aproveitará o feriado em Macapá, sua base eleitoral. No Instagram, ele publicou um vídeo no sambódromo da cidade, desfilando com a escola de samba Império da Zona Norte.

Já o prefeito de Recife, João Campos (PSB), e a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), já marcaram presença na folia. O casal aproveitou o início do carnaval no tradicional bloco Galo da Madrugada, na capital pernambucana.

Enquanto que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), entregou, nesta sexta-feira, "as chaves da cidade" ao Rei Momo Kaio Mackenzie, marcando oficialmente a abertura do carnaval carioca.