Mísseis russos atingem hospital infantil na capital ucraniana e matam pelo menos 7 pessoas

Internacional
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Mísseis russos mataram pelo menos sete pessoas e atingiram um hospital infantil na capital ucraniana, Kiev, na segunda-feira, enquanto outro ataque na cidade central ucraniana de Krivii Rih matou pelo menos dez. O bombardeio russo teve como alvo cinco cidades ucranianas com mais de 40 mísseis de diferentes tipos, atingindo prédios residenciais e infraestrutura pública, disse o presidente ucraniano Volodmir Zelenski em uma postagem nas redes sociais. Pelo menos 20 pessoas foram mortas e cerca de 50 pessoas ficaram feridas em todo o país na investida da manhã de segunda-feira, 8, disse o ministro do Interior, Ihor Klimenko.

Em Kryvyi Rih, 31 pessoas ficaram feridas, além das dez mortes no que o chefe da administração da cidade, Oleksandr Vilkul, disse ser um ataque massivo de mísseis. Explosões também foram relatadas por autoridades locais na região central de Dnipropetrovsk. No hospital infantil Okhmatdit em Kiev, os socorristas estavam procurando pessoas sob os escombros de uma ala parcialmente desabada da instalação, disse Zelenski, acrescentando que o número de vítimas ainda não era conhecido. "É muito importante que o mundo não fique em silêncio sobre isso agora e que todos vejam o que a Rússia é e o que está fazendo", disse Zelenski nas redes sociais.

O ataque ocorre na véspera de uma cúpula de três dias da Otan em Washington (EUA), que discutirá como garantir à Ucrânia o apoio inabalável da aliança e oferecer esperança aos ucranianos de que seu país possa superar o maior conflito da Europa desde a 2ª Guerra Mundial.

Um prédio de dois andares do hospital infantil foi parcialmente destruído. No prédio principal de dez andares do hospital, janelas e portas foram arrancadas e as paredes ficaram enegrecidas. Pessoal médico e moradores locais ajudaram a remover os escombros enquanto procuravam por crianças e trabalhadores médicos que poderiam estar presos embaixo. Voluntários formaram uma linha, passando pedras e destroços uns para os outros. A fumaça ainda saía do prédio, e voluntários e equipes de emergência trabalhavam com máscaras de proteção.

Foi o bombardeio russo mais pesado em Kiev em quase quatro meses. Os ataques à luz do dia incluíram mísseis hipersônicos Kinzhal, uma das armas russas mais avançadas, disse a força aérea ucraniana. O Kinzhal voa a 10 vezes a velocidade do som, tornando-o difícil de interceptar. Edifícios na cidade tremeram com as explosões. Uma seção inteira de um prédio residencial de vários andares em um distrito de Kiev foi destruída, disseram as autoridades. A administração da cidade de Kiev relatou queda de destroços, presumivelmente de mísseis interceptados, em várias áreas de Kiev, causando incêndios. Espessas nuvens de fumaça subiam de vários bairros de Kiev.

O chefe do gabinete presidencial da Ucrânia, Andrii Yermak, disse que o ataque ocorreu em um momento em que muitas pessoas estavam nas ruas da cidade. O prefeito de Kiev, Vitalii Klitschko, disse que as avaliações oficiais das consequências do ataque ainda estavam sendo realizadas. Fonte: Associated Press.

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Após 17 dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital DF Star, em Brasília, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) reagiu bem à ingestão de água, chá e gelatina. Segundo o boletim médico divulgado nesta terça-feira, 29, Bolsonaro mantém sinais de movimentos intestinais espontâneos e continua se alimentando pela veia, para obter todos os nutrientes e as calorias que precisa.

O documento também relata que o ex-presidente segue sem dor ou febre, com a pressão controlada e com melhora nos exames de fígado. Não há previsão de alta e visitas seguem restritas, apesar de o ex-presidente já ter recebido o pastor evangélico Silas Malafaia e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Nesse período de internação, Bolsonaro também concedeu entrevista à televisão e participou de uma live.

A live, inclusive, motivou o ex-presidente a ser intimado por uma oficial de Justiça na última quarta-feira, 23, por entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) de que ele "demonstrou a possibilidade" de ser avisado da ação penal sobre a tentativa de golpe. No dia seguinte, conforme informou a equipe médica, Bolsonaro teve elevação na pressão arterial e piora nos exames hepáticos.

No dia 13, o ex-presidente foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após Bolsonaro passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

A cirurgia, ainda em consequência da facada que ele levou durante a campanha presidencial de 2018, foi a mais delicada das quais foi submetido até agora.

Os deputados federais Lindbergh Farias (PT) e Gilvan da Federal (PL-ES) precisaram ser contidos por colegas parlamentares na manhã desta terça-feira, 29, durante audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados, com o ministro da Justiça Ricardo Lewandowski após se desentenderem e trocarem ofensas.

O tumulto começou após Gilvan usar o tempo reservado a ele como líder do PL para criticar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, chamar o chefe do Executivo de "descondenado" e afirmar que a gestão petista está "importando corruptos".

"O senhor tem ciência de que participa de um governo corrupto? Um governo que saqueou a Petrobras, que saqueou os Correios, os fundos de pensões... Os maiores escândalos de corrupção do País se encontrou no governo do senhor Luiz Inácio Lula da Silva, que foi condenado por corrupção e lavagem de dinheiro. Uma vergonha pessoas que se dizem honestas participando de um governo do qual esse descondenado deveria estar preso pagando pelos seus crimes", afirmou Gilvan.

O deputado Lindbergh pediu então para apresentar uma questão de ordem, com base no inciso 12 do artigo 73 do Regimento Interno da Câmara dos Deputados, que diz que "nenhum deputado poderá referir-se de forma descortês ou injuriosa a membros do Poder Legislativo ou às autoridades constituídas deste e dos demais Poderes da República, às instituições nacionais, ou a Chefe de Estado estrangeiro com o qual o Brasil mantenha relações diplomáticas".

"Esse sujeito é um desqualificado. Pediu a morte do presidente...", dizia Lindbergh, após Gilvan se levantar e ir em direção ao parlamentar petista.

No início do mês, no dia 9, o deputado do PL do Espírito Santo precisou pedir desculpas por desejar a morte do presidente Luiz Inácio Lula da Silva durante sessão da Comissão de Segurança Pública da Câmara. Ele afirmou, no dia 8, que quer que Lula "morra", ao defender um projeto, relatado por ele, que desarma a guarda presidencial.

Após a repercussão, Gilvan disse que "exagerou na fala" e que deveria "reconhecer os seus erros".

Policiais legislativos foram acionados

Deputados precisaram conter os dois parlamentares e o presidente da comissão, Paulo Bilynskyj (PL-SP), chegou a acionar os policiais legislativos para conter os ânimos e apartar a confusão.

"A esquerda vai tentar fazer a baderna para cancelar a reunião e dificultar o nosso trabalho. Peço a paciência dos senhores, todo mundo aqui é polícia, tem experiência, sabe lidar...", afirmou Bilynskyj ao retomar a palavra na comissão.

O ministro Cristiano Zanin, do Supremo Tribunal Federal (STF), afirmou que a decisão de mandar lacrar celulares em julgamento foi uma "providência excepcional", que foi consenso entre os demais integrantes da Primeira Turma da corte.

Na semana passada, o STF determinou que os telefones dos presentes no julgamento do núcleo 2 da trama golpista tivessem os celulares lacrados. Eles foram entregues depois do fim da sessão.

"A providência excepcional visou assegurar a liturgia da Corte, o bom andamento dos trabalhos e o cumprimento de uma decisão do ministro relator, que vedou o uso da imagem de um dos denunciados presentes naquela sessão", diz nota do Supremo divulgada na segunda-feira, 28.

Filipe Garcia Martins, que foi assessor de assuntos internacionais do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), estava proibido de captar e divulgar imagens do julgamento. Também estava vetado que ele publicasse vídeos ou fotos do seu deslocamento para o STF e, tampouco, poderia aparecer em imagens captadas por outras pessoas.

A manifestação foi divulgada junto com a informação de que Zanin se reuniu com integrantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) para tratar da restrição do uso de celulares durante a sessão de julgamento. A Ordem divulgou nota pública no dia 22 de abril, em que afirmava que iria pedir ao ministro Zanin a revisão da medida. O ministro recebeu o presidente da entidade, Beto Simonetti, e o procurador-geral Sérgio Leonardo.

"O STF reitera que não é permitida a realização de filmagens e fotografias nas sessões de julgamento da Corte, seja no Plenário ou seja nas Turmas", finaliza a nota.