Imagem de atentado Torna vitória de Trump mais provável, diz CEO do Eurasia Group

Internacional
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O presidente da consultoria política Eurasia, Ian Bremmer, afirmou que a imagem do ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump com sangue no rosto, após ser atingido de raspão por um tiro na orelha, é "icônica" e pode tornar a sua vitória mais provável nas eleições presidenciais, em novembro. "Eu suspeito que essa imagem vai se transformar em uma peça muito importante de sua campanha", disse Bremmer, ao avaliar o incidente com Trump, durante um comício, na Pensilvânia, na tarde deste sábado. "Torna mais provável que Trump vença", acrescentou.

Segundo o especialista, a imagem se contrasta com a "importante vulnerabilidade" do presidente dos EUA, Joe Biden, de 81 anos, pela sua idade e sua aparência "frágil". "É o oposto de frágil", avaliou, dizendo que a imagem de resposta de Trump ao atentado deve repercutir no mundo nos próximos dias. Líderes globais têm se posicionado sobre o incidente.

Outro ponto citado por Bremmer é a importância de os políticos americanos condenarem quaisquer atos de violência e acalmarem os eleitores. Líderes democratas e republicanos têm se posicionado sobre o incidente condenando a violência política nos EUA, incluindo nomes como o do presidente americano, Joe Biden, ex-presidentes como Barack Obama e Bill Clinton.

"Não há lugar numa democracia [para a violência política], por mais danificada que seja. O ideal é que isso seja feito de maneira bipartidária, no Congresso, na Câmara e no Senado, não postando, comentando e tuitando individualmente, mas a partir de toda uma sessão conjunta, condenando-a e trabalhando pela paz em uma transição pacífica, quaisquer que sejam os resultados das eleições daqui para frente", apelou o CEO da Eurasia.

Ele disse que está profundamente preocupado com o fato de que essa defesa conjunta não esteja acontecendo nos EUA. Nem Trump nem Biden tem feito isso, segundo ele.

Para Bremmer, a tentativa de assassinato do ex-presidente dos EUA Donald Trump foi o "pior evento" que poderia acontecer no país, diante das eleições presidenciais que ocorrerão em novembro, em meio à polarização no país. Ele teme que o incidente seja presságio para mais violência e instabilidade social à frente, lembrando que os EUA têm mais pessoas armadas. "Os EUA têm mais disponibilidade de armas e violência do que qualquer país do G7", alertou o CEO da Eurasia.

Ele disse que as fake news e a desinformação propagadas nas redes sociais podem ajudar a turbinar a violência política nos EUA.

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O juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo, Antonio Maria Patiño Zorz, absolveu o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e o prefeito da capital paulista, Ricardo Nunes (MDB), em ação proposta pelo candidato derrotado na eleição paulistana do ano passado Guilherme Boulos (PSOL), no caso da fala sobre um suposto "salve do PCC" para pedir votos ao esquerdista.

A ação apurava se houve abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social em razão das declarações de Tarcísio em entrevista coletiva no dia da eleição ao afirmar que a inteligência do governo teria interceptado mensagens atribuídas ao grupo criminoso em prol da candidatura de Boulos. Na ocasião, Tarcísio não apresentou provas e Boulos classificou a declaração como "mentirosa".

Para o magistrado, a ocorrência das modalidades de abuso de poder político ou midiático não foi comprovada. "Os atos narrados na petição inicial não são aptos a serem enquadrados nas hipóteses de abuso de poder mencionadas", registrou o juiz na sentença. Cabe recurso junto ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE-SP).

"O réu Tarcísio de Freitas, por sua vez não se utilizou de qualquer aparato do Estado durante a realização da entrevista coletiva, que, conforme consta dos autos, não fora por ele convocada, tampouco tem sua prática vedada pela Legislação Eleitoral, uma vez que habitualmente ocorre em todos os pleitos com candidatos e autoridades políticas, nos respectivos locais de votação, não configurando, desta forma, conduta vedada prevista no artigo 73, (incisos) I e III, da Lei 9.504/97", afirmou o magistrado.

No dia do pleito, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) afirmou que o sistema de Inteligência da Polícia Militar interceptou a circulação de mensagens atribuídas a uma facção criminosa determinando a escolha de candidatos a prefeituras nos municípios de Sumaré, Santos e na capital paulista.

Em resposta, também no dia da votação de segundo turno, Boulos havia dito que "o candidato que ele apoia (Ricardo Nunes) é que botou o PCC na Prefeitura de São Paulo". Boulos classificou a fala como absurda e grave.

Denunciado no inquérito do golpe, o coronel Marcelo Costa Câmara, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), informou nesta quinta-feira, 6, ao Supremo Tribunal Federal (STF) que vai se defender "no momento oportuno, caso seja necessário". Termina nesta sexta, 7, o prazo para as defesas apresentarem seus argumentos para tentar convencer os ministros a rejeitar a acusação. Se a denúncia for recebida, os réus terão uma nova oportunidade de rebater as acusações.

Na manifestação enviada ao STF, o criminalista Eduardo Kuntz, que representa o coronel Marcelo Câmara, defendeu que a denúncia deve ser rejeitada por "inépcia formal".

O advogado afirma que as acusações são genéricas e imprecisas e que o coronel "tem o direito de ser informado do inteiro teor dos fatos de que está sendo acusado de forma certa e pormenorizada para que possa contraditá-los".

"A denúncia genérica e indeterminada, tal como formulada, impõem ao réu um ônus de responder a conjecturas indeterminadas contra si lançadas, sem que ele saiba o que exatamente teria ocorrido e por que teria de responder por tais fatos", afirma o criminalista.

A defesa também insiste que não teve acesso a todas as provas da investigação, como a íntegra das conversas obtidas nos celulares apreendidos pela Polícia Federal.

O coronel ainda negou ter monitorado o ministro Alexandre de Moraes: "O correto é 'acompanhamento por fontes abertas'", alega a defesa. "O que há de ilegal em fazer pesquisas através de fontes abertas, entenda-se: google, telefonemas, agendas públicas?"

Os ministros da Primeira Turma do STF vão analisar se há elementos mínimos para abrir uma ação penal contra os 34 denunciados. Se o processo for aberto, o mérito só será julgado depois da instrução da ação, quando são ouvidas testemunhas e os próprios réus.

Gusttavo Lima estava em Santa Catarina nesta quarta-feira, 5, quando o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), disse que lançará a pré-candidatura à Presidência da República ao seu lado, no dia 4 de abril. O sertanejo visitou o empresário Luciano Hang, dono da rede de lojas Havan, que apoiou publicamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nas eleições de 2022.

Caiado disse ao Estadão na quarta-feira que uma chapa formada por ele e por Gusttavo Lima é uma possibilidade. "Vamos decidir em 2026. Agora, estamos acordados que vamos andar juntos, visitando os Estados e que tomaremos em 2026 uma decisão conjunta". No momento, Caiado está inelegível, condenado pela Justiça Eleitoral de Goiás por abuso de poder político.

Gusttavo Lima e Hang registraram o encontro em postagens no Instagram. Nos stories, o cantor aparece com funcionários da rede de lojas, que, uniformizados, entoam canções sobre o trabalho na Havan. Ele também mostrou parte do estoque no centro de distribuição da rede, andou de patinete pelas instalações e cantou alguns de seus sucessos.

Luciano Hang publicou em seu perfil um vídeo em que recepciona o "Embaixador", como o músico também é conhecido. "O 'véio da Havan' está recebendo o Embaixador querido por toda a população brasileira. Ele veio conhecer um pouco da nossa empresa e para a gente conversar, vai ser um prazer", diz Hang na publicação.

Na legenda do vídeo, ele descreve Gusttavo Lima como "um gigante da música brasileira, que assim como nós, acredita no trabalho, na liberdade e no crescimento do nosso país".

Recentemente, o cantor passou a indicar que gostaria de ser candidato à Presidência da República, e tem até figurado em algumas pesquisas de intenção de votos. Ele não tem um histórico na política e não está filiado a nenhum partido.

Além de Caiado, o coach e empresário Pablo Marçal (PRTB) também já cogitou concorrer na eleição presidencial de 2026 em chapa com o cantor, mas ressaltou que gostaria de ser o candidato principal em uma possível união entre eles.

Em fevereiro, após ser noticiado que ele tinha uma dívida de R$ 10,53 com a Justiça Eleitoral por não ter comparecido a eleições nos últimos anos, Gusttavo Lima realizou o pagamento do débito.

Apresentar a quitação eleitoral, certidão que comprova o regular exercício das obrigações eleitorais - e que inclui a ausência de multas -, é um dos requisitos necessários para que um registro de candidatura seja aceito.