Novo governo britânico assume prometendo crescimento econômico e aproximação com a UE

Internacional
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O primeiro-ministro do Reino Unido, Keir Starmer, anunciou o seu plano de governo nesta quarta-feira, 17, durante o discurso do rei Charles III na abertura do Parlamento britânico. Na tradicional cerimônia, o monarca leu um discurso preparado pelo premiê, estabelecendo as metas do governo para o mandato. O político do Partido Trabalhista prometeu crescimento econômico, investimento em infraestrutura e preços mais baixos de energia, além da aproximação com a UE.

O Discurso do Rei é a peça central da abertura do Parlamento, uma ocasião em que o monarca britânico se encontra com os políticos. Charles III usou uma coroa cravejada de diamantes e se sentou em um trono dourado durante o seu discurso. Durante a fala, Charles III apontou que o objetivo do governo é "ver o aumento dos padrões de vida em todas as nações e regiões do Reino Unido".

Os trabalhistas venceram as eleições britânicas no dia 4 de julho de forma esmagadora. Os eleitores sinalizaram uma necessidade de mudança após 14 anos em que o Partido Conservador esteve no poder.

Projetos de lei

O discurso apresentou 40 projetos de lei, muitos centrados no crescimento econômico, na construção de habitações e no objetivo de descarbonizar o fornecimento de energia do país com uma empresa pública de energia verde. O governo trabalhista também prometeu aliviar a crise do custo de vida. Na abertura do último Parlamento, os conservadores haviam apresentado 21 projetos. "O meu governo procurará uma nova parceria com os empresários e os trabalhadores e ajudará o país a ultrapassar os recentes desafios do custo de vida, dando prioridade à criação de riqueza para todas as comunidades", disse o monarca.

Starmer fez campanha com a promessa de trazer mudanças ousadas ao Reino Unido sem aumentar impostos. Ele pretende ser ao mesmo tempo pró-trabalhadores e pró-negócios, a favor de grandes novos projetos de infraestrutura e protetores do meio ambiente. O governo prometeu também um salário mínimo mais elevado para os trabalhadores.

Em uma introdução ao discurso, o primeiro-ministro pediu paciência aos membros do Parlamento, apontando que a mudança exigiria "trabalho paciente e soluções sérias", em vez de respostas fáceis e "o encanto do populismo".

Fronteira

O discurso também incluiu novas medidas para reforçar a segurança das fronteiras, criando um Comando de Segurança das Fronteiras reforçado com uma força tarefa antiterrorista para combater quadrilhas de contrabando de pessoas. As promessas feitas por Starmer em relação ao tema ocorrem em contrapartida à decisão do Partido Trabalhista de anular o plano controverso do Partido Conservador de enviar as pessoas que chegam ao Reino Unido pelo Canal da Mancha para Ruanda.

O primeiro-ministro também afirmou que o Reino Unido deseja ter uma relação positiva com a União Europeia (UE) e ressaltou que Londres continuará apoiando a Ucrânia. Starmer sinalizou que é favorável a entrada de Kiev na Otan.

Tradição

Este foi o segundo discurso de abertura do Parlamento proferido por Charles III desde a morte de sua mãe, a rainha Elizabeth II, em setembro de 2022. Ele se deslocou do Palácio de Buckingham em uma carruagem puxada por cavalos - passando por um pequeno grupo de manifestantes anti-monarquia com cartazes que diziam "abaixo a Coroa" - antes de vestir para a cerimônia. A polícia apontou que 10 membros de um grupo de ativistas ambientais foram presos perto do Parlamento por supostos planos de perturbar o discurso. (Com Associated Press)

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre agenda nesta sexta-feira, 2, com reuniões no Palácio do Planalto. Às 9h, Lula se encontra com o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira. Em seguida, às 10h, recebe o ministro da Defesa, José Múcio.

Durante a tarde, o presidente tem audiência às 15h com a ministra das Mulheres, Cida Gonçalves. Uma hora depois, às 16h, Lula se reúne com o chefe do Gabinete Pessoal do Presidente da República, Marco Aurélio Marcola, e com o chefe do Gabinete Adjunto de Agenda do Gabinete do Presidente da República, Oswaldo Malatesta.

O líder da oposição na Câmara dos Deputados, Zucco (PL-RS), protocolará nesta sexta-feira, 2, uma representação criminal contra o ministro da Previdência, Carlos Lupi, ao esquema no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

O documento aponta a falta de ação do ministro, mesmo tendo conhecimento prévio do problema, e também pede que a investigação seja remetida ao Supremo Tribunal Federal (STF), se houver indícios, além do afastamento de Lupi do cargo.

"Não lhe faltavam atribuições legais e regimentais, nem muito menos ferramentas institucionais, aptas a municiar ações de acompanhamento e controle destinadas a coibir o escândalo de descontos ilegais nas aposentadorias", afirma Zucco.

Entre alguns dos argumentos dados pela oposição, Zucco aponta que Lupi foi informado em junho de 2023, que havia um aumento de denúncias de descontos sem autorização em aposentadorias e pensões do INSS e não tomou providências por dez meses, de acordo com as atas das reuniões do Conselho Nacional de Previdência Social.

Uma pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que Lupi deveria ser demitido do cargo.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.

Pesquisa AtlasIntel divulgada nesta quinta-feira, 1º., mostra que 85,3% dos brasileiros dizem que o ministro da Previdência, Carlos Lupi, deveria ser demitido do cargo após a crise no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS), alvo de operação que apura um esquema que, segundo a Polícia Federal, causou um prejuízo de R$ 6,3 bilhões a milhares de aposentados.

A pesquisa também diz que 84,4% dos brasileiros "acompanharam bem o caso", ante 15,6% que sabem pouco do assunto. O levantamento ouviu mil brasileiros entre esta terça-feira, 29, e esta quinta-feira. A margem de erro é de três pontos porcentuais para cima ou para baixo.

A pesquisa também ouviu se os entrevistados conhecem ou não pessoas afetadas ou se eles próprias foram lesadas. O resultado mostra que 58% dos brasileiros não foram vítimas e nem conhecem prejudicados; outros 35,6% conhecem quem foi teve descontos indevidos em benefícios do INSS e outros 6,4% foram vítimas.

Até o momento, o governo sinaliza que Lupi deverá permanecer no cargo. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, defendeu a permanência de Lupi no governo, mas afirmou que se houver algo no futuro será afastado.

O líder do PDT na Câmara dos Deputados, Mário Heringer (MG) critica a condução do presidente Luiz Inácio Lula da Silva nessa crise e o tratamento dado ao ministro da Previdência, Carlos Lupi. Segundo ele, a demissão do chefe da pasta também poderia levar à saída da bancada da base.

Na Câmara, a pressão sobre o governo e sobre Lupi crescem. Também na quarta-feira, a oposição protocolou um requerimento pedindo a criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as fraudes. Cabe ao presidente da Casa, Hugo Motta (Republicanos-PB), abrir ou não a CPI.

Em audiência na Câmara nesta terça-feira, o ministro da Previdência, Carlos Lupi se defendeu e disse que não houve ações sobre as fraudes agora sob investigação em governos passados e afirmou que já está aparecendo quem são os mentores.