Menino de 4 anos quebra acidentalmente vaso raro de 3.500 anos em museu

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Durante uma visita ao Museu Hecht, em Haifa, Israel, um menino de quatro anos acidentalmente quebrou um jarro de 3.500 anos. O artefato, datado da Idade do Bronze (entre 2.200 a.C. e 1500 a.C.), era considerado raro por sua condição intacta antes do incidente. O museu, localizado na Universidade de Haifa, é conhecido por sua coleção de itens de arqueologia e arte.

"(O vaso) é anterior aos dias do rei David e Salomão, é típico da região de Canaã e foi projetado para armazenar e transportar o consumo local, principalmente vinho e azeite", diz uma publicação da conta oficial do museu no Instagram.

Ainda segundo o museu, jarros semelhantes já foram encontrados em escavações arqueológicas, mas a maioria deles foram achados quebrados ou incompletos. O artefato quebrado acidentalmente pelo garoto estava em exposição e havia sido localizado intacto.

O incidente ocorreu quando o menino, movido pela curiosidade, tocou o jarro, que estava exposto sem proteção de vidro perto da entrada do museu, segundo a BBC. O pai do menino, Alex, inicialmente chocado, relatou que seu filho apenas queria ver o que havia dentro do jarro. Após o ocorrido, o pai do menino conversou com um segurança do museu e a família foi convidada a retornar para um passeio organizado, diz a emissora.

Na publicação do Instagram, o museu diz que há casos em que os itens de exibição são intencionalmente danificados. "Esses casos são tratados muito seriamente, incluindo o envolvimento da polícia", diz o texto. O museu diz não considerar que esta foi a intenção da criança.

A exposição de objetos históricos sem barreiras físicas advém de uma visão do fundador do museu, Reuven Hecht. O museu afirma que ele colocava especial ênfase em tornar itens arqueológicos acessíveis ao público em geral, e, na medida do possível, sem divisões, mesmo que fossem apenas paredes de vidro. O uso de vidro para preservar obras é comum no mundo todo para evitar danos em obras raras.

Apesar do episódio no museu israelense, os gestores descartam instalar barreiras. "Existe um encanto especial experimentar um achado arqueológico 'olho no olho' e sem barreiras e, apesar do raro caso com o jarro, o Museu Hecht vai continuar essa tradição", afirma.

A peça será restaurada por Roy Shapir, da escola de arqueologia e culturas marinhas da Universidade de Haifa, especializado nesse tipo de trabalho. A restauração será possível por haver documentação fotográfica do jarro. "Em pouco tempo o jarro retornará ao seu lugar. O Museu Hecht aproveitará a oportunidade para documentar o trabalho de restauro, para que também possa ser apresentado ao público" diz o museu.

À BBC, Alex, o pai do menino, expressou alívio pela restauração, mas lamentou que o artefato não será mais o mesmo.

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O presidente do Solidariedade e deputado federal Paulinho da Força (SP) publicou um vídeo em que critica o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o atual mandato por falas sobre mulheres e pela demissão de Nísia Trindade do Ministério da Saúde (MS). O vídeo foi publicado nas redes sociais e também disparado pelo WhatsApp no sábado, 8, Dia Internacional da Mulher.

"Hoje era um dia de celebração, mas infelizmente nós não temos muito o que comemorar", começa o deputado nas imagens. A seguir, a edição mostra cortes de falas do presidente sobre mulheres.

Em um trecho, Lula diz que "os amantes na maioria das vezes são mais apaixonados pelas amantes que pelas mulheres" [parte de vídeo em que ele diz ser um "amante da democracia"]. Em outro, o presidente fala que "fica mais difícil encontrar mulheres e negros para determinados cargos".

Paulinho da Força enfatiza que Lula "nunca foi defensor das mulheres", mas que "usa esse discurso usa esse discurso para enganar você [mulher]". Ele argumenta que, durante a campanha, o presidente prometeu compor os ministérios com mais equilíbrio entre homens e mulheres, mas que recentemente demitiu Nísia Trindade da Saúde e chamou Alexandre Padilha (PT) para a pasta.

No início do mandato, 11 dos 37 ministérios eram chefiados por mulheres, o que representou um recorde histórico. Três ministras foram destituídas desde então, e substituídas por homens. Em contrapartida, Gleisi Hoffmann assumiu nesta segunda-feira, 10, a Secretaria de Relações Institucionais (SRI), no lugar de Padilha que foi para a Saúde.

Em cargos de liderança de outras instituições, a falta de representatividade feminina também tem gerado críticas. Lula teve a oportunidade de indicar dois ministros para o Supremo Tribunal Federal (STF), mas escolheu Flávio Dino e Cristiano Zanin. Com a aposentadoria da ministra Rosa Weber, a Corte tem hoje apenas uma mulher, a ministra Cármen Lúcia.

De duas indicações para o Superior Tribunal Militar (STM), Lula escolheu uma mulher, Verônica Sterman, anunciada neste sábado. Já no Superior Tribunal de Justiça (STJ), o presidente teve três oportunidades e indicou, em 2023, apenas a ministra Daniela Rodrigues. Duas outras vagas aguardam definição, com a aposentadoria das ministras Assusete Magalhães e Laurita Vaz.

Não é a primeira vez que Paulinho da Força publica vídeos com críticas ao presidente, que apoiou nas eleições de 2022. Na primeira semana de fevereiro, ele criticou fala em que Lula recomenda que a população "não compre" alimentos que estão com preços altos. "Assim não tem como te defender, companheiro", escreveu o presidente do Solidariedade na legenda da postagem.

Quando da indicação de Padilha para substituir Nísia, Paulinho disse que "o governo acabou". "Lula pega seu mais incompetente ministro e promove para ser ministro da Saúde, que já está um caos", declarou.

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu nesta segunda-feira, 10, a regulamentação das redes sociais e das ferramentas de inteligência artificial como medidas essenciais para proteger os direitos humanos e a democracia. A declaração foi dada durante uma homenagem recebida no Tribunal de Contas do Município de São Paulo (TCM-SP). Para o ministro, é urgente combater a disseminação de ódio e desinformação nas plataformas digitais, sem comprometer a liberdade de expressão.

"A agressividade, a mentira, o absurdo trazem muito mais engajamento do que a fala moderada, racional e respeitosa. Há um incentivo perverso à disseminação do ódio, da desinformação e das coisas ruins. Nesse mundo, a gente precisa preservar a liberdade de expressão, porque ela é vital, mas, ao mesmo tempo, impedir que a vida desabe num abismo de incivilidade", afirmou o ministro do STF.

A Corte analisa uma ação que discute a responsabilidade das plataformas por conteúdos publicados por usuários. O relator, ministro Dias Toffoli, e o ministro Luiz Fux votaram pela ampliação dessa responsabilidade.

Barroso, por sua vez, apresentou uma divergência parcial, defendendo a remoção imediata, sem ordem judicial, de conteúdos envolvendo pornografia infantil, terrorismo e ataques à democracia, mas mantendo a exigência de decisão judicial para casos de crimes contra a honra. O julgamento foi suspenso após pedido de vista do ministro André Mendonça.

Para o ministro, o Judiciário deu "tempo razoável" para que o Legislativo elaborasse regras sobre a responsabilização das plataformas. No entanto, Barroso destacou que o "Congresso não produziu consensos possíveis" e que a Corte não pode negar o julgamento "porque não tem lei ou é muito difícil", afirmou o presidente do STF a jornalistas.

Barroso também defendeu o uso da inteligência artificial para agilizar os processos judiciais no Brasil e a utilização de câmeras corporais para aprimorar a segurança pública. Ele elogiou o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), afirmando que ele "se convenceu dos argumentos".

"No tocante às câmeras corporais, todas as pesquisas indicam que elas melhoram a segurança pública, diminui a letalidade policial e protege os bons policiais. Faço aqui um elogio público ao governador do estado de São Paulo que se convenceu desses argumentos e está implementando esse modelo", afirmou Barroso

O deputado federal Kim Kataguiri (União) apresentou nesta segunda-feira, 10, uma representação à Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra da Cultura, Margareth Menezes, após o Estadão revelar a pressão para que comitês de cultura criados na gestão petista ajudassem na eleição de aliados em 2024.

Em áudio revelado pela reportagem, a secretária nacional de Mulheres do PT, Anne Moura, afirmou que os comitês criados por Lula e por Margareth Menezes foram usados com fins eleitorais com o aval da cúpula da pasta. Criado em setembro de 2023, o Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC) vai custar R$ 58,8 milhões até o final deste ano com ações de mobilização, apoio e formação de artistas. É uma das principais iniciativas da pasta e foi anunciada por Lula ainda na pré-campanha de 2022.

Em reunião gravada e registrada em cartório, Anne Moura teria pressionado o então chefe do Comitê do Amazonas, Marcos Rodrigues, a direcionar a estrutura do programa para sua própria campanha para vereadora em Manaus.

Após a veiculação das denúncias, o Ministério da Cultura determinou a suspensão das atividades e o bloqueio de recursos do Comitê de Cultura do Amazonas, alegando "inconsistências", "falhas expressivas" e problemas de transparência.

Kataguiri pede à PGR que seja instaurado um procedimento investigatório para apurar possíveis ilícitos cometidos por Anne Moura e os demais agentes públicos e políticos envolvidos e a instauração de ação civil pública por improbidade administrativa. O deputado ainda solicita a comunicação ao Tribunal de Contas da União (TCU) para que seja realizada uma auditoria nos gastos do Programa Nacional de Comitês de Cultura (PNCC) e adoção das providências na esfera eleitoral, para que seja investigado o possível abuso de poder político e econômico.

A representação ainda pede a apuração das condutas do secretário-executivo do Ministério da Cultura, Márcio Tavares, da secretaria dos Comitês de Cultura, Roberta Cristina Martins, da secretaria nacional de mulheres do Partido dos Trabalhadores, Anne Karolyne Moura, e do ex-chefe do Comitê de Cultura do Amazonas, Marcos Rodrigues.

Em nota ao Estadão, Anne Moura afirmou que os questionamentos dela à atuação do ex-presidente da entidade cultural "podem estar sendo reproduzidos fora de seu contexto" e que o ex-aliado tenta macular a imagem dela. O Ministério da Cultura afirmou que relato sobre atuação de servidores da pasta é inverídico e informou que o comitê do Amazonas teve atividades suspensas e recursos bloqueados temporariamente para apuração de possíveis irregularidades.