Exército dos EUA critica campanha de Trump após filmagem em cemitério militar: 'Lamentável'

Internacional
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A campanha presidencial de Donald Trump foi alvo de críticas por parte do exército dos Estados Unidos na quinta-feira, 29. Segundo a instituição, uma funcionária do Cemitério Nacional de Arlington, administrado pelo exército, foi "abruptamente empurrada para o lado" ao tentar informar membros da equipe da campanha que não era permitido filmar no local.

O episódio ocorreu na última segunda-feira, 26, quando Trump e sua equipe participaram de uma cerimônia para colocar coroas de flores na Seção 60 do cemitério, onde ficam os túmulos de militares mortos no Afeganistão e no Iraque.

De acordo com a BBC, um representante do exército afirmou que a funcionária tentava garantir que os participantes aderissem às regras, "que proíbem claramente atividades políticas nas dependências do cemitério". "Este incidente foi lamentável e também é lamentável que a funcionária e seu profissionalismo tenham sido injustamente atacados", disse o porta-voz, em comunicado.

A campanha de Trump negou as alegações e disse que recebeu permissão das famílias de militares enterrados na Seção 60 para filmar.

A lei federal proíbe campanhas políticas ou atividades relacionadas a eleições em cemitérios militares, incluindo por parte de fotógrafos, criadores de conteúdo ou qualquer pessoa que apoie diretamente a campanha de um candidato.

A cerimônia de que Trump participou era uma homenagem aos 13 membros do serviço militar dos Estados Unidos que foram mortos durante a retirada das tropas do Afeganistão, em 2021. Embora o incidente com a campanha tenha sido relatado à polícia, a funcionária decidiu não prosseguir com as acusações. O Exército disse que considera o assunto encerrado.

A BBC aponta ainda que o governador de Utah, Spencer Cox, que está concorrendo à reeleição, também compareceu à cerimônia e postou uma foto na rede social X (antigo Twitter) com Trump e a família de um sargento morto durante a retirada do Afeganistão. Criticado, ele se desculpou. "Este não foi um evento de campanha e nunca foi planejado para ser usado pela campanha", disse.

O que diz a campanha

Em comício realizado no estado do Michigan na quinta-feira, Donald Trump afirmou ter sido convidado por familiares dos militares a posar para uma foto no local, após a cerimônia. "Eu vou lá, eles me pedem para tirar uma foto e dizem que eu estava fazendo campanha", afirmou.

Steven Cheung, um porta-voz do candidato à presidência, contestou que houve contato físico entre membros da equipe e a funcionária e disse que a campanha estava preparada para divulgar um vídeo para confirmar seu relato.

Segundo a BBC, grupos de veteranos acusaram Trump de usar os túmulos de soldados como estratégia de campanha no local mais sagrado para seus mortos de guerra. Ele repete com frequência a alegação de que o governo Biden-Harris perdeu o controle no Afeganistão, culpando-os pelas mortes dos soldados e pela dor de suas famílias.

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O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) recebeu alta médica na manhã deste domingo, 4, após três semanas internado no Hospital DF Star, em Brasília, por onde passou por uma cirurgia no intestino. Bolsonaro estava internado desde 13 de abril e vem se recuperando do procedimento desde então. O hospital ainda não publicou boletim médico sobre a alta.

Na quarta-feira, 30, Bolsonaro saiu da Unidade de Terapia Intensiva (UTI), mas permaneceu com o tratamento no quarto. No total, o ex-presidente passou 18 dias nos cuidados intensivos, e só voltou a se alimentar pela via oral um dia antes, na terça, 29.

Bolsonaro ficou na UTI desde o dia 13 de abril, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas, envolvendo a retirada de aderências no intestino e a reconstrução da parede abdominal. O procedimento foi motivado por um mal-estar sofrido dois dias antes, durante uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

O ex-presidente foi internado inicialmente em Santa Cruz, no interior do Rio Grande do Norte, após sentir fortes dores abdominais durante um evento político. Após avaliação médica, foi transferido para Natal e, posteriormente, para Brasília, onde passou pela cirurgia .

O ex-presidente Jair Bolsonaro informou, em uma publicação na rede social, que deixará o hospital neste domingo, 4, às 10 horas da manhã, após três semanas internado para recuperação de uma cirurgia no intestino.

"Depois de 3 semanas, alta prevista para hoje, domingo, às 10h. Obrigado meu Deus por mais esse milagre (12 horas de cirurgia). Obrigado Dr Cláudio Birolini e equipe. Volto para casa renovado", escreveu o ex-presidente.

Na publicação, Bolsonaro diz que seu próximo desafio será acompanhar uma nova manifestação a favor da anistia às pessoas envolvidas nos ataques do dia 8 de janeiro. "Meu próximo desafio: acompanhar A Marcha Pacífica da Anistia Humanitária na próxima 4ª feira, de 07 de maio, com início às 16h da Torre de TV até o Congresso", disse.

Bolsonaro está no hospital desde o dia 13 do mês passado, quando foi submetido a uma cirurgia que durou 12 horas para retirar aderências no intestino e reconstruir a parede abdominal. O procedimento foi realizado após ele passar mal, no dia 11, em uma agenda no interior do Rio Grande do Norte.

Parlamentares oposicionistas ao governo Lula estão tentando reverter na Justiça a nomeação de Wolney Queiroz para comandar o Ministério da Previdência Social, após a demissão de Carlos Lupi.

No sábado, 3, a senadora Damares Alves (Republicanos-DF) entrou com uma ação popular na Vara Federal do Distrito Federal contra o ato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva que nomeou Queiroz, na sexta-feira.

Já o líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante (RJ), solicitou à Procuradoria-Geral da República (PGR) o afastamento cautelar do novo ministro e instauração de uma investigação sobre o caso.

Ambas as ações afirmam que Queiroz, enquanto secretário executivo do Ministério da Previdência, teria sido omisso diante de denúncias e informações sobre fraudes bilionárias no INSS que chegaram ao conhecimento da cúpula da pasta. Assim, dizem os parlamentares, a nomeação dele violaria os princípios constitucionais da moralidade administrativa.

Mesmo com a demissão de Lupi, congressistas defendem a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para apurar o escândalo envolvendo os descontos indevidos.