Tufão Yagi deixa pelo menos 87 mortos em passagem por Vietnã, China e Filipinas

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O tufão Yagi, um dos mais devastadores a atingir o Vietnã em décadas, deixou um rastro de destruição também nas Filipinas e na China, resultando em 87 mortes e danos significativos. No Vietnã, o impacto foi sentido com força no último sábado, 7, quando o tufão, carregando ventos de até 166 quilômetros por hora, tocou o solo, causando deslizamentos de terra, inundações e apagões que resultaram em pelo menos 64 mortes e 229 feridos, conforme reportado pela mídia estatal VN Express. Ao menos outras 20 mortes ocorreram nas Filipinas e outras três, na China, locais onde o tufão já havia passado.

Nesta segunda-feira, 9, uma ponte desabou no Vietnã, em meio às fortes chuvas que atingiram o norte do país. As tempestades causaram ainda deslizamentos de terra e apagões. O nível da água em vários rios nesta mesma região do país estava muito alto.

Um ônibus de passageiros que levava 20 pessoas foi arrastado nesta segunda-feira de manhã para um riacho, após um deslizamento de terra ocorrido na província de Cao Bang. Equipes de resgate foram enviadas, mas os deslizamentos de terra bloqueavam o caminho até o local do incidente.

Em outra província vietnamita, a de Phu Tho, as operações de resgate continuavam após o colapso de uma ponte de aço na manhã desta segunda-feira. Dez carros e caminhões, junto com duas motocicletas, caíram no rio, segundo os relatórios. Três pessoas foram retiradas das águas e levadas ao hospital, mas havia outras 13 desaparecidas.

Pham Truong Son, de 50 anos, disse ao VN Express que estava atravessando a ponte pilotando a sua moto quando ouviu um barulho alto. Antes de entender o que estava acontecendo, caiu no rio. "Senti como se afundasse no fundo do rio", disse Son ao jornal, acrescentando que conseguiu nadar e se agarrar a uma bananeira arrastada pela corrente para não afundar até ser resgatado.

Dezenas de fábricas na província de Haiphong ainda não haviam retomado o trabalho nesta segunda, devido aos extensos danos na estrutura dos prédios, segundo o jornal estatal Lao Dong. Ventos arrancaram telhados de várias fábricas e complexos industriais foram tomados pela água, danificando equipamentos caros e produtos. Algumas empresas disseram que ainda estavam sem eletricidade e que a produção só seria retomada daqui a um mês, pelo menos.

A queda de postes interrompeu o fornecimento de energia elétrica nas províncias de Haiphong e Quang Ninh. As duas províncias são centros industriais que abrigam muitas fábricas de exportação, como o fabricante de carros elétricos VinFast e os fornecedores da Apple Pegatrong e USI.

As autoridades continuavam avaliando os danos às instalações industriais, embora as estimativas iniciais mostrem que quase 100 empresas foram danificadas pelo tufão, o que representava perdas de milhões de dólares, segundo o jornal. O primeiro-ministro, Pham Minh Chinh, visitou a cidade de Haiphong no domingo e aprovou um pacote de US$ 4,62 milhões para ajudar a cidade portuária a se recuperar.

O tufão Yagi foi o mais forte a atingir o Vietnã em décadas. Ele foi rebaixado para depressão tropical no domingo, 8, embora a agência meteorológica do país ainda tenha advertido que as chuvas contínuas poderiam causar inundações e deslizamentos. Em um deles, na localidade de Sa Pa, no domingo, seis pessoas morreram, incluindo um bebê, e outras nove pessoas ficaram feridas. A região é muito conhecida pelas suas montanhas e pela prática do montanhismo.

Nesta segunda-feira, o céu estava nublado na capital, Hanói, com chuvas ocasionais enquanto trabalhadores removiam árvores, placas publicitárias e fios elétricos derrubados na cidade. A chuva intensa continua nesta segunda no noroeste do Vietnã. O tufão Yagi também causou danos em terras agrícolas, em quase 116.192 hectares que produzem principalmente arroz.

Antes de atingir o Vietnã, o tufão matou pelo menos 20 pessoas nas Filipinas na semana passada e outras três na China. As autoridades chinesas disseram que as perdas de infraestrutura na província insular de Hainan chegavam a US$ 102 milhões, com 57 mil casas danificadas ou destruídas, cortes de água e eletricidade e estradas afetadas ou intransitáveis por árvores caídas.

O tufão tocou a terra pela segunda vez na sexta-feira à noite em Guangdong, uma província continental chinesa vizinha de Hainan. As tempestades como o tufão Yagi "estão se tornando mais fortes devido às mudanças climáticas, principalmente porque as águas mais quentes do oceano fornecem mais energia para alimentar as tempestades, o que leva a um aumento da velocidade do vento e chuvas mais intensas", disse Benjamin Horton, diretor do Observatório Terrestre de Cingapura.

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Declarações do presidente Luiz Inácio Lula da Silva consideradas misóginas contribuíram para a queda na popularidade do petista entre mulheres nas últimas pesquisas da Genial/Quaest e do Datafolha. A conclusão é da consultoria Gobuzz, que levantou 80.809 comentários em redes sociais da Meta e no X.

Entre as frases que repercutiram negativamente em perfis de mulheres na internet, os destaques são quando diz que é um amante da democracia, "porque, na maioria das vezes, os amantes são mais apaixonados pela amante do que pelas mulheres".

Outro comentário de Lula bastante criticado foi quando ele falou do aumento dos casos de agressão doméstica. Em evento público, ele disse que "depois de jogo de futebol, aumenta a violência contra a mulher. Inacreditável. Se o cara é corintiano, tudo bem".

O governo Lula deu um novo passo para tentar emplacar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) da Segurança Pública no Congresso: incorporou ao texto a previsão de que as guardas municipais atuem no policiamento ostensivo e comunitário, de modo a efetuar prisões em flagrante, por exemplo.

"Nossa intenção é fortalecer o sistema de segurança pública como um todo, garantindo que as guardas tenham seu papel formalizado na Constituição sem comprometer a autonomia dos entes federados", disse o ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, ao divulgar a versão renovada da PEC, na última quarta-feira.

Demanda antiga de prefeitos, o papel das corporações como polícia municipal foi reconhecido em decisão recente do Supremo Tribunal Federal (STF). A Corte determinou que as guardas podem agir regularmente na segurança urbana, desde que não realizem atividades de investigação criminal. Sua atuação deve ser limitada a cada município e está sujeita à fiscalização do Ministério Público.

Apesar da reformulação, a cúpula do governo avalia que a PEC não deve ser aprovada no Congresso e já encara a apresentação do texto quase como um gesto ao eleitorado preocupado com a violência urbana. Está na lista de prioridades do Executivo em 2025, mas enfrenta forte resistência de governadores e outras lideranças políticas antes mesmo do envio ao Legislativo.

POPULARIDADE

O governo decidiu elaborar uma proposta para a segurança depois de constatar que problemas na área estavam causando danos à popularidade do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Trata-se de um dos temas favoritos das forças políticas de direita, opositoras ao petista, e um campo no qual a esquerda tem dificuldades históricas para disputar o eleitorado. Por isso, ao menos enviar ao Congresso a PEC da Segurança pode ser relevante para a disputa da opinião pública.

O texto partiu de Lewandowski. A ideia inicial era transformar a Polícia Rodoviária Federal em uma polícia ostensiva com alcance maior do que as rodovias administradas pelo governo federal e aumentar a responsabilidade da União sobre a segurança pública. Diversos governadores afirmaram que a proposta interferiria na administração de órgãos de segurança estaduais.

Foram meses de discussão com os governadores até o ministro apresentar a versão anterior da PEC, em 15 de janeiro. Lewandowski já manifestou a intenção de aprová-la ainda no primeiro semestre, mas ela nem sequer foi remetida ao Legislativo: está atualmente na Casa Civil. Rui Costa, titular da pasta, afirmou que pretende remeter a proposta ao Congresso após o carnaval.

"Todos nós sabemos que 2026 é um ano político, é um ano em que dificilmente se pode aprofundar discussões dessa natureza. O ideal seria, ao nosso ver, que isso fosse enviado no primeiro semestre. Porque aí podemos ter uma discussão mais aprofundada, considerando todas as paixões políticas que envolvem esse tema", afirmou o ministro em janeiro.

Lula tem ressaltado a responsabilidade do Congresso na aprovação da PEC e tentado afastar a ideia de que ela retira atribuições dos Estados. "A gente não quer ocupar o lugar do governador. A gente quer contribuir com o governo federal não apenas passando dinheiro", afirmou o presidente na última quinta-feira. "A gente quer contribuir com forças efetivas para a gente poder enfrentar o crime organizado."

No dia 20, referindo-se à resistência dos governadores à proposta, o petista disse que não fará mais decretos de Garantia da Lei e da Ordem (GLO) para atender aos Estados, pois são caros e pouco eficazes, citando como exemplo o caso do Rio de Janeiro. Segundo ele, a GLO do Rio "gastou mais de R$ 2 bilhões e não resolveu quase nada".

PRF

Um dos pivôs da polêmica com os governadores em torno da PEC, a Polícia Rodoviária Federal suspendeu os acordos de cooperação técnica com a Polícia Federal e os Ministérios Públicos estaduais para combater o crime organizado.

Segundo a corporação, a medida atende a uma portaria do Ministério da Justiça para evitar insegurança jurídica e questionamentos acerca das ações conjuntas. A iniciativa foi alvo de protestos do Ministério Público de São Paulo.

De acordo com o texto da portaria, a corporação não pode exercer competências exclusivas das polícias judiciárias, como investigar crimes. Para o diretor-geral da PRF, Antônio Fernando Oliveira, a aprovação da PEC da Segurança Pública seria a melhor forma de sanar questionamentos acerca das atribuições da corporação e fortalecer sua atuação. (Colaborou Raisa Toledo)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), afirmou, neste sábado, 1º, que a capital paulista tem o maior, melhor e mais seguro carnaval do País. Em tom de brincadeira, fez uma provocação ao prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes (PSD), que ironizou: 'vocês contam ou eu conto? Fofo ele, né...."

Nunes esteve na central do Smart Sampa, programa de vigilância da cidade, e comemorou ações das forças de segurança e o baixo índice de ocorrências graves apesar das grande circulação de foliões em São Paulo.

"Tá lotado, é muita gente. O maior carnaval do Brasil, né? Queria mandar um abraço para o meu amigo Eduardo Paes, parabenizar pelo segundo maior carnaval do Brasil. Tá aqui o maior e melhor carnaval do Brasil", disse, antes de completar: "Maior e mais seguro".

Nas redes sociais, Eduardo Paes ironizou o paulista e mencionou prefeitos de cidades célebres pelas festas carnavalescas populares: João Campos (PSB), do Recife, Bruno Reis (União), de Salvador, e João Henrique Caldas (PL), de Maceió.

Com a chegada do carnaval, políticos se mobilizam para aproveitar o feriado prolongado, seja para descanso, folia ou compromissos oficiais. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi a Montevidéu, no Uruguai, para a posse do novo presidente do país. Após o compromisso, deve ficar em Brasília.

Já o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), denunciado pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por tentativa de golpe de Estado, passará o carnaval na casa de veraneio da família, na praia de Mambucaba, em Angra dos Reis, litoral do Rio de Janeiro.