Nos EUA, Trump culpa Biden e Harris por atentados contra sua vida

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O candidato à presidência dos EUA Donald Trump alegou nesta segunda-feira, 16, que o presidente americano, Joe Biden, e a vice-presidente e candidata Democrata, Kamala Harris, motivaram outra tentativa de assassinato contra ele. Ele disse que ao criticarem Trump como se ele fosse uma ameaça à democracia estão inflamando tentativas como esta. "A retórica deles está fazendo com que eu seja baleado, quando sou eu quem vai salvar o país e eles são os que estão destruindo o país - tanto de dentro quanto de fora", disse o republicano em fala à Fox News. Trump elogiou o trabalho do Serviço Secreto americano para proteger sua vida.

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A primeira-dama Rosângela Lula da Silva, a Janja, criticou a falta de um gabinete formal para a esposa do presidente da República, afirmando que a ausência dessa estrutura está ligada ao "machismo". Em entrevista à CNN Brasil, transmitida neste domingo, 17, ela citou Estados Unidos, México e Paraguai como países que contam com gabinetes para primeiras-damas.

"A primeira-dama dos Estados Unidos tem um gabinete e outras diversas primeiras-damas têm", argumentou a socióloga. "Ontem mesmo, recebi uma carta da primeira-dama do Paraguai que, por um problema de saúde, não pode estar no G20 com a gente e (foi enviado) da oficina da primeira-dama. Quer dizer, do gabinete da primeira-dama. Eu não posso nem colocar isso no papel", disse.

Janja disse que se quiser produzir alguma coisa, como uma carta, precisa pagar de seu próprio bolso. "Tudo é do meu bolso que eu pago, porque eu não tenho nada disso. As roupas que eu uso. Tudo, tudo, tudo sai dali."

Em declarações anteriores, Janja já havia se manifestado sobre o desejo de um espaço institucionalizado para o trabalho das primeiras-damas. No ano passado, ela comparou sua situação à da primeira-dama dos Estados Unidos, Jill Biden, que conta com um gabinete formal no governo norte-americano.

"Nos EUA, a primeira-dama tem. Tem também agenda, protagonismo, e ninguém questiona. Por que se questiona no Brasil? Vou continuar fazendo o que acho correto. Sei os limites. Eu quero saber das discussões, me informar, não quero ouvir de terceiros", afirmou, em entrevista ao jornal O Globo, publicada em novembro de 2023.

Na ocasião, ela afirmou não participar das reuniões de trabalho de Luiz Inácio Lula da Silva (PT). "São dentro de casa, no nosso dia a dia, no fim de semana, quando a gente toma uma cerveja. Quando estou incomodada, eu vou lá e questiono. Não é porque eu sou mulher do presidente que vou falar só de marca de batom", disse.

O ex-presidente Michel Temer declarou nesta segunda-feira, 18, que considera o xingamento feito pela primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, ao empresário Elon Musk como algo "nada grave", mas avaliou que a atitude "não foi útil".

"Eu acho que não foi útil, mas também vamos compreender", minimizou. "Acho que é um momento de certa congregação social que a senhora primeira-dama estava fazendo. Acho que também isso liberou um pouco a sua linguagem, nada grave", afirmou Temer.

Janja estava participando de um painel no G-20, no Rio de Janeiro, no último sábado, 16, sobre o combate à desinformação, quando o som de uma buzina interrompeu o discurso, o que levou à sua reação. "Alô, acho que é o Elon Musk. Eu não tenho medo de você, inclusive, fuck you, Elon Musk", disse a primeira-dama.

Temer afirmou ainda ter certeza que a declaração não "abalará as relações do Brasil com os Estados Unidos". Musk foi recentemente indicado pelo presidente eleito, Donald Trump, para liderar o Departamento de Eficiência Governamental.

Provocações

Após a fala de Janja, Musk reagiu o xingamento compartilhando uma publicação do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) no X, onde escreveu: "lol", abreviação de "laughing out loud", ou "rindo muito", em inglês. "Eles vão perder a próxima eleição", afirmou o bilionário, ao comentar a publicação que reproduzia o vídeo com a fala de Janja.

Em dezembro de 2023, o perfil de Janja no X foi hackeado, resultando em postagens de cunho sexual e ataques contra o Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na ocasião, Janja acusou a plataforma, que é de Elon Musk, de não agir rapidamente para corrigir o ataque, minimizar a gravidade do incidente e "lucrar em cima do ódio".

Posteriormente, após Elon Musk ter desacatado a suspensão de contas na rede social relacionadas ao Inquérito das Milícias Digitais e dispensado um representante legal da empresa no Brasil, Moraes determinou que Musk fosse investigado por obstrução de justiça e incitação ao crime. A situação resultou na suspensão do X no Brasil entre os dias 30 de agosto e 8 de outubro, quando a rede social confirmou o cumprimento de todas as ordens judiciais, a nomeação de uma representante legal no Brasil e o pagamento de uma multa de R$ 28,6 milhões.

O exame necroscópico feito por peritos médicos da Polícia Federal (PF) concluiu que Francisco Wanderley Luiz, o Tiü França, autor do atentado a bomba próximo ao Supremo Tribunal Federal (STF), morreu de traumatismo cranioencefálico causado pelos explosivos que ele próprio acionou.

A tomografia apontou uma fratura extensa no lado direito do crânio. Os exames também atestaram que os dedos da mão direita foram amputados pela explosão.

Os peritos do Instituto Nacional de Criminalística (INC) concluíram que essas regiões estavam próximas no momento da explosão, ou seja, Francisco Wanderley provavelmente segurou a bomba com a mão direta próximo à cabeça.

Um exame toxicológico foi feito para verificar se ele estava sob efeito de alguma substância psicotrópica no momento do atentado.

Pelo menos oito bombas improvisadas foram encontradas na casa alugada por Francisco em Ceilândia, no entorno de Brasília. A Polícia Federal identificou que elas foram montadas com pólvora e fragmentos metálicos, como porcas e arruelas, e que esse mesmo padrão foi usado nas explosões na Praça dos Três Poderes.

Esse tipo de bomba cria uma contenção que aumenta a pressão dentro do tubo. Ao ser detonado, o tubo se rompe, lançando estilhaços com grande força e alcance, o que pode causar ferimentos graves em quem estiver próximo.

A PF prepara um pedido de quebra de sigilo telemático para que seus peritos possam analisar os históricos de buscas e mensagens e dados armazenados na nuvem do celular de Francisco para verificar se ele planejou o ataque sozinho. Outros bens apreendidos, incluindo um trailer carregado com explosivos, também estão sendo periciados.

Além disso, os investigadores estão ouvindo testemunhas. O dono da loja que vendeu os fogos de artifícios, seguranças do STF, o policial militar que recebeu o chamado da ocorrência na Praça dos Três Poderes e vizinhos prestaram depoimento.