Pesquisas pós-debate mostram empate entre Kamala e Trump

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A vice-presidente Kamala Harris e o ex-presidente Donald Trump continuam empatados a menos de dois meses da eleição presidencial dos EUA, em 5 de novembro, segundo as novas pesquisas nacionais divulgadas nesta quinta, 19. Elas também mostraram uma corrida acirrada no Estado-chave da Pensilvânia, um dos mais importantes deste ano.

 

Enquanto analistas consideraram a democrata a vitoriosa no debate da semana passada, as sondagens recentes para a intenção de voto mostram uma cenário indefinido. Na pesquisa nacional do New York Times, The Philadelphia Inquirer e Siena College, os dois estavam empatados com 47%.

 

Na Pensilvânia, porém, um dos sete Estados críticos da disputa, Kamala manteve uma vantagem de quatro pontos, liderando com 50% ante 46% do republicano, com uma margem de erro de mais ou menos 3,8 pontos porcentuais.

 

Essa vantagem na Pensilvânia desaparece na pesquisa do Washington Post. Segundo a sondagem, ambos estão com 48% das intenções de voto entre os eleitores prováveis - aqueles que dizem que pretendem votar. Entre aqueles que já se registraram para votar, Kamala tem uma ligeira vantagem, com 48%, enquanto Trump tem 47%.

 

Segundo a pesquisa do Post, 8 em cada 10 eleitores registrados na Pensilvânia assistiram ao debate presidencial na semana passada. Entre eles, 54% dizem que Kamala venceu o embate, enquanto 27% apontam que Trump se saiu melhor.

 

A Pensilvânia emergiu como o Estado-chave decisivo nos planos dos dois partidos para conquistar a Casa Branca. O foco no Estado é tão grande que a empresa AdImpact, que monitora a compra de publicidade política, afirmou que as duas campanhas estão gastando mais dinheiro em publicidade nele do que em qualquer outro Estado-chave. O Estado foi decidido por pequenas margens nas últimas duas eleições, com vitória de Trump, em 2016, por menos de um ponto sobre Hillary Clinton, e de Joe Biden, em 2020, por pouco mais de um ponto sobre o republicano.

 

Democracia

 

De acordo com a pesquisa do Washington Post, o entusiasmo dos eleitores na Pensilvânia é extraordinariamente alto, com 93% dos eleitores registrados dizendo que certamente votarão.

 

Proteger a democracia é a questão mais importante para os eleitores da Pensilvânia, com 7 em cada 10 dizendo que é "extremamente importante" - 8 em cada 10 democratas apontam que essa questão é extremamente importante, em comparação com 7 em cada 10 republicanos.

 

Mas os eleitores da Pensilvânia discordam sobre qual candidato está mais bem equipado para proteger a democracia, com 48% dizendo Kamala e 45% escolhendo Trump.

 

O republicano continua afirmando que a eleição de 2020 foi roubada. Para 55% dos eleitores da Pensilvânia, onde Biden nasceu, o democrata venceu de "forma justa e honesta", incluindo 93% dos democratas e 56% dos independentes. Mas 69% dos republicanos afirmam acreditar que houve fraude eleitoral. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O Supremo Tribunal Federal (STF) estuda como retomar o acesso ao prédio sem comprometer a segurança dos ministros e servidores. Por enquanto, o edifício segue cercado com grades e as visitações públicas permanecem suspensas. As medidas não devem ser flexibilizadas em 2024. A previsão é que os protocolos sejam reavaliados ao longo dos próximos meses.

As mudanças foram implementadas às pressas após o atentado a bomba na noite de quarta-feira, 13, em frente à estátua da Justiça. Francisco Wanderley Luiz, autor do ataque, se matou com explosivos.

Servidores relataram momentos de pânico. O prédio foi evacuado imediatamente. A equipe de segurança temia que novas bombas estivessem espalhadas.

As sessões de julgamentos estão mantidas, mas com acesso restrito a advogados das partes e jornalistas previamente credenciados. Todos são submetidos a um esquema de segurança rigoroso.

Antes disso, qualquer cidadão podia acompanhar as votações no plenário, que tem capacidade para acomodar 170 pessoas sentadas. Também era comum a participação de estudantes de Direito nas sessões de julgamento.

O tribunal suspendeu ainda o programa de visitação aberto ao público, o "STF de portas abertas". A visita guiada ao edifício podia ser feita em grupos de até 12 pessoas ou individualmente, mediante agendamento.

Em agosto, ou seja, menos de três meses antes do atentado, Francisco compartilhou nas redes uma foto em frente ao que seria o plenário do STF vazio, dizendo que "deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)".

Entre o atentado e o início da tarde de ontem, o STF recebeu oito mensagens louvando o episódio, algumas também com ameaças. O tribunal recebe, em média, três ameaças por dia, entre mensagens, cartas e até objetos. Desde o 8 de Janeiro, foram cerca de mil ameaças.

As medidas de segurança não são divulgadas para não dar vantagem a agressores em potencial. O prédio é monitorado e protegido pela Polícia Judicial.

Ontem, o ministro Luís Roberto Barroso, presidente do STF, negou falhas na segurança e afirmou que os agentes evitaram a entrada de Francisco no prédio.

"Não houve falha alguma na segurança, pelo contrário. A Polícia Judicial e os agentes de segurança prontamente interceptaram a pessoa que, ameaçadoramente, se aproximou do prédio e evitaram que ele entrasse no prédio", afirmou.

O presidente do tribunal disse ainda que o ataque "será apenas uma cicatriz na história".

As grades que cercam novamente o STF haviam sido retiradas em fevereiro, em um ato simbólico que reuniu os chefes dos três Poderes, após a invasão e depredação no 8 de Janeiro.

A cúpula do PT classificou a tentativa de atacar o Supremo Tribunal Federal (STF) com bombas como um episódio de terror. Também afirmou que o caso mostra que a extrema-direita representa um risco para a democracia e a para o País. As declarações estão em nota da Executiva Nacional do partido divulgada nesta sexta-feira, 15.

O PT se refere a Francisco Wanderley Luiz, de 59 anos, homem que atirou bombas contra a sede da Suprema Corte e depois explodiu um artefato sob a própria cabeça. O ataque foi na noite de quarta-feira, 13, em Brasília.

"O novo atentado contra o STF esta semana confirma dramaticamente os riscos que a extrema direita, seus métodos violentos e seu discurso de ódio e mentiras configuram, em escala crescente, para a democracia e o país. Não se trata de fato isolado, como pretendem falsear os chefes políticos e ideológicos dos extremistas. O novo episódio de terror encadeia-se na espiral de violência que eles incitam de forma coordenada e sistemática", afirma a cúpula petista.

A nota cita a tentativa de explodir um caminhão de combustível no aeroporto de Brasília no fim de 2022. Essa foi uma das ações de grupos bolsonaristas descontentes com a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições daquele ano. Dias depois, grupos que queriam impedir a posse do petista atacaram as sedes dos Três Poderes em Brasília, em 8 de janeiro de 2023.

O partido pede punição a articuladores, mandantes e financiadores dos ataques, sob o argumento de ser uma medida imprescindível "para conter a ousadia da extrema-direita e impedir novos episódios e até mesmo uma escalada de terror e violência".

Segundo o PT, ainda há envolvidos no 8 de janeiro impunes "no Parlamento, na mídia e nas redes sociais". O partido se colocar contra o projeto de anistia para os acusados. De acordo com a sigla, esses grupos "condenam agora um atentado contra o alvo que eles mesmos apontaram". Os petistas também rejeitam a tese de que o episódio desta semana foi um caso isolado.

"O PT denuncia firmemente todas as tentativas de acobertar os responsáveis pela violência política e desviar o curso das investigações. Denuncia a hipocrisia dos que agora se apresentam como democratas, tendo sido cúmplices do desgoverno de Jair Bolsonaro", afirma a legenda.

"É pela intimidação e pela força bruta que a extrema direita interfere na vida política do País. Isso já estava claro na primeira campanha eleitoral de Jair Bolsonaro, defensor da ditadura, da tortura e dos torturadores, que usava os dedos em forma de arma como símbolo e encenava metralhar petistas nos palanques", declara a nota da Executiva do PT.

Militares do Exército dispararam contra uma pessoa que tentou invadir a Granja do Torto, casa de campo da Presidência da República, na noite desta quarta-feira, 13. Segundo o Gabinete de Segurança Institucional (GSI), o caso ocorreu por volta das 21h, uma hora e meia depois do episódio das explosões na Praça dos Três Poderes em Brasília.

Uma pessoa - cuja identidade e gênero não foram divulgados pelo GSI - aproximou-se do posto de serviço de um soldado. Após ser advertida para se afastar e não responder, o soldado, seguindo o protocolo, realizou um disparo de advertência para o alto com munição não letal.

Segundo o GSI, a pessoa fugiu, e buscas foram realizadas na área, mas ninguém foi localizado.

A residência é usada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) para reuniões esporádicas e para encontros casuais, como a confraternização de fim de ano do governo em 2023.

No momento da explosão na Praça dos Três Poderes, o presidente Lula estava no Palácio da Alvorada, reunido com o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues. Os ministros do STF Alexandre de Moraes, Cristiano Zanin e Gilmar Mendes foram ao encontro de Lula. A "happy hour" já estava marcada, mas acabou se transformando em reunião de trabalho, com a presença de Andrei.

A segurança da Granja do Torto é realizada pelos militares do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), responsáveis também pelo Palácio da Alvorada, residência oficial do presidente, e pelo Palácio do Jaburu, residência do vice-presidente.