Após explosão de pagers e ataque a Beirute, Hezbollah lança mais de 100 foguetes contra Israel

Internacional
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A milícia xiita radical libanesa Hezbollah lançou neste domingo, 22, mais de 100 foguetes em direção a Israel. Segundo informações do Exército israelense, a maioria das peças de artilharia foram interceptadas na região de Haifa e Nazaré, no norte do país. Os dois lados estão trocando ataques de forma mais intensa desde a explosão de pagers e walkie-talkies de integrantes do Hezbollah durante a semana, em uma operação atribuída a Tel-Aviv.

A barragem de foguetes durante a noite disparou sirenes de ataque aéreo no norte de Israel, fazendo com que milhares de pessoas corressem para abrigos. O Exército israelense disse que foguetes foram disparados "em direção a áreas civis", apontando para uma possível escalada após barragens anteriores terem sido direcionadas principalmente a alvos militares.

Um foguete atingiu uma região próxima de um prédio residencial em Kiryat Bialik, uma comunidade perto de Haifa, ferindo pelo menos três pessoas e incendiando prédios e carros. Um adolescente israelense morreu durante a madrugada, segundo as autoridades.

"Milhares de civis foram atingidos por fogo em várias partes do norte de Israel. Eles passaram a noite e agora a manhã em abrigos antiaéreos. Hoje vimos fogo que foi mais profundo em Israel do que antes", comentou o porta-voz do Exército Israelense, tenente-coronel Nadav Shoshani.

O Hezbollah afirmou que lançou dezenas de mísseis Fadi 1 e Fadi 2 - um novo tipo de arma que o grupo não havia usado antes - na base aérea de Ramat David, ao sudeste de Haifa, "em resposta aos repetidos ataques israelenses que atingiram várias regiões libanesas e levaram à morte de muitos civis mártires". Segundo os radiciais, sua ofensiva afetou instalações industriais e o aeroporto da região.

Ataques

A troca de ataques entre Israel e a milícia xiita radical libanesa ficaram mais intensas após a explosão de pagers e walkie-talkies de integrantes do Hezbollah ao redor do Líbano na terça-feira, 17, e na quarta-feira, 18, em uma ação atribuída a Israel. Somadas as duas explosões, o número de mortos chegou a 37 e 3 mil ficaram feridas.

Na sexta-feira, 20, um bombardeio aéreo israelense derrubou um edifício de oito andares no subúrbio do sul de Beirute, enquanto membros do Hezbollah se reuniam no porão, segundo Israel. Entre os mortos estava Ibrahim Akil, que comandava a unidade de forças especiais do grupo, conhecida como Força Radwan.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) apontam que 16 integrantes do Hezbollah morreram no bombardeio. O ministro da Saúde do Líbano, Firass Abiad, disse que o número de mortos subiu para 45. Outras 68 pessoas ficaram feridas e 15 foram hospitalizadas;

Este foi o ataque mais mortal a atingir a capital do Líbano desde a guerra entre Israel e Hezbollah em 2006.

O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, afirmou que a ação desarticulou a cadeia de comando do Hezbollah e que Akil era responsável por um plano para invadir o território israelense.

Akil estava na lista dos mais procurados dos Estados Unidos há anos, com uma recompensa de US$ 7 milhões por seu suposto papel no atentado à Embaixada dos EUA em Beirute em 1983 e na tomada de reféns americanos e alemães no Líbano durante a guerra civil nos anos 1980.

Netanyahu

Em um vídeo publicado nas redes sociais, o primeiro-ministro de Israel, Binyamin Netanyahu, afirmou que o Hezbollah irá "entender a mensagem" após uma série de bombardeios israelenses contra posições da milícia xiita, além das explosões dos pagers e walkie-talkies, operação atribuída a Israel.

"Nos últimos dias atingimos o Hezbollah com uma série de ataques que eles não imaginavam. Se eles não entenderam a mensagem, eu prometo que eles vão entender', apontou Netanyahu.

O primeiro-ministro apontou que o Exército de Israel está determinado a garantir o retorno dos cidadãos do norte de Israel que foram deslocados de áreas próximas da fronteira com o Líbano. "Israel fará de tudo para restaurar a segurança".

Nova fase

Apesar de Israel não ter admitido a autoria das explosões de pagers e walkie-talkies ao redor do Líbano, o governo israelense sinalizou ao longo da semana que a guerra está mudando de foco. O ministro da Defesa de Israel, Yoav Gallant, disse na quarta-feira que o centro da guerra de Israel está indo em direção ao norte, referindo-se ao Líbano.

Hezbollah e Israel trocam ataques desde o inicio da guerra entre Tel-Aviv e o grupo terrorista Hamas no dia 7 de outubro do ano passado, quando terroristas do Hamas invadiram o território israelense, mataram 1,2 mil pessoas e sequestraram 250. Após o ataque, o Exército israelense iniciou uma ofensiva em Gaza, que deixou mais de 40 mil mortos, segundo o ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo grupo terrorista Hamas e não diferencia civis de terroristas.

(Com agências internacionais)

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O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, avalia como um "equívoco" conceder anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de janeiro antes mesmo da condenação. "A anistia antes mesmo da condenação parte do pressuposto de que não aconteceu nada grave nem relevante, acho que é um equívoco", declarou a jornalistas há pouco, na sede da Corte.

"A discussão sobre anistia é uma discussão própria do Congresso, pela Constituição. Agora, geralmente você não anistia antes sequer de ter julgado, e acho que passar a mão na cabeça em episódios como o que ocorreram aqui isso aqui foi tudo destruído, com pessoas que se articularam. O discurso de que algumas pessoas inocentes e ingênuas estiveram aqui não é um discurso verdadeiro", afirmou.

Barroso também disse que os inquéritos que investigam os autores intelectuais e financiadores dos atos de 8 de janeiro estão "perto do fim". Ele disse que teve essa impressão após conversas com o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos sobre o 8 de janeiro, e com o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Passos. "Acho que nós já estamos perto do fim para esse material ser entregue ao procurador-geral da República, que aí, sim, vai verificar em relação a quem há provas e em relação a quem não há provas", afirmou.

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'Não houve falha alguma na segurança, pelo contrário'

Barroso negou que uma falha de segurança no Tribunal tenha facilitado o atentado na Praça dos Três Poderes. Um homem morreu após detonar explosivos em frente ao STF na noite de ontem. "Absolutamente não houve falha alguma na segurança, pelo contrário. A Polícia Judicial e os agentes de segurança prontamente interceptaram a pessoa, que ameaçadoramente se aproximou do prédio, e evitaram que ele entrasse", disse a jornalistas, há pouco.

Barroso se reuniu na tarde de hoje com a vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão (PP). O ministro disse que ela "ofereceu toda a ajuda possível" para as investigações, realizadas pela Polícia Federal (PF) e relatadas pelo ministro Alexandre de Moraes no Supremo. De acordo com Barroso, ainda não se sabe se o atentado foi um ato solitário ou se foi planejado em grupo. "A investigação ainda está em curso, portanto, não há um conhecimento completo do que ocorreu, se foi uma pessoa solitária, se foi um grupo."

Na matéria divulgada anteriormente, havia um erro de grafia no título. Segue o texto correto.

Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado a bombas na Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira, 13, visitou a Câmara dos Deputados horas antes do ataque. Ele esteve na manhã daquela quarta-feira no anexo IV da Casa. Entrou às 8h15, foi ao banheiro e logo saiu.

Além do Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara era outro alvo de Francisco Wanderley, conhecido como Tiü França. Ele chegou a deixar um automóvel próprio com explosivos num estacionamento público no mesmo anexo IV que ele visitara.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, foi feita uma varredura nas dependências da Câmara durante toda a madrugada e manhã desta quinta-feira, 14, e nenhuma bomba foi encontrada. Há ainda outras varreduras como medida preventiva e as investigações sobre as explosões ainda estão em andamento.

Tiü França fez algumas visitas à Câmara no ano passado e foi encontrar-se com o deputado federal Jorge Goetten (Republicanos-SC), amigo na juventude. Ao Estadão, Goetten relatou que França estava visivelmente "alterado" quando conversou com ele em 2023.

Como mostrou o Estadão, Tiü França visitou o STF em agosto deste ano. "Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)", escreveu ele em mensagem enviada a si mesmo no WhatsApp e divulgada em seu perfil nas redes sociais instantes atos de realizar o atentado. Nessa publicação havia ataques aos ministros do Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Em 2020, Francisco Wanderley foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, partido hoje do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pessoas que tiveram contato com ele relatam que ele tinha forte identificação política com Bolsonaro. O irmão dele, Valdir Rogério Luiz, notou que ele passou por um processo de radicalização e que o ataque teve motivações políticas.

Em razão dos ataques, a Câmara e o Senado suspenderam a visitação ao Congresso Nacional até este domingo, 17.

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Francisco Wanderley Luiz, autor do atentado a bombas na Praça dos Três Poderes nesta quarta-feira, 13, visitou a Câmara dos Deputados horas antes do ataque. Ele esteve na manhã daquela quarta-feira no anexo IV da Casa. Entrou às 8h15, foi ao banheiro e logo saiu.

Além do Supremo Tribunal Federal (STF), a Câmara era outro alvo de Francisco Wanderley, conhecido como Tiü França. Ele chegou a deixar um automóvel próprio com explosivos num estacionamento público no mesmo anexo IV que ele visitara.

Segundo a assessoria de imprensa da Câmara, foi feita uma varredura nas dependências da Câmara durante toda a madrugada e manhã desta quinta-feira, 14, e nenhuma bomba foi encontrada. Há ainda outras varreduras como medida preventiva e as investigações sobre as explosões ainda estão em andamento.

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Como mostrou o Estadão, Tiü França visitou o STF em agosto deste ano. "Deixaram a raposa entrar no galinheiro (chiqueiro)", escreveu ele em mensagem enviada a si mesmo no WhatsApp e divulgada em seu perfil nas redes sociais instantes atos de realizar o atentado. Nessa publicação havia ataques aos ministros do Supremo, ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e aos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG).

Em 2020, Francisco Wanderley foi candidato a vereador em Rio do Sul (SC) pelo PL, partido hoje do ex-presidente Jair Bolsonaro. Pessoas que tiveram contato com ele relatam que ele tinha forte identificação política com Bolsonaro. O irmão dele, Valdir Rogério Luiz, notou que ele passou por um processo de radicalização e que o ataque teve motivações políticas.

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