O ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira, minimizou a movimentação política da oposição para as eleições de 2026. Nesta sexta-feira, 2, durante visita à Agrishow, também defendeu as ações do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para o agronegócio, alvo de críticas de opositores no evento em Ribeirão Preto (SP). "A oposição está dividida, com dificuldade de construir uma candidatura única. Enquanto isso, o governo do presidente Lula vem recuperando sua aprovação e, certamente, terá um desempenho importante na eleição do ano que vem", afirmou.
O ministro também ironizou a presença de pré-candidatos da oposição na Agrishow. A feira recebeu cinco governadores desde a sua abertura, sendo que quatro são considerados potenciais candidatos da oposição à presidência: Ronaldo Caiado (União), Romeu Zema (Novo), Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Ratinho Junior (PSD).
"A oposição vai ter que se reunir num estádio de futebol. E aí o Corinthians pode emprestar o seu estádio para eles tentarem discutir uma candidatura. Porque, hoje, a quantidade de candidatos da oposição é tão grande que só um estádio pode comportar todos eles", disse.
Teixeira ressaltou que, embora a presença de governadores da oposição reforce o prestígio da feira, o governo federal também esteve representado, ainda que só dois ministros tenham comparecido: ele mesmo, no último dia da Agrishow, e o vice-presidente, Geraldo Alckmin, que também ocupa a pasta do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC). "O vice-presidente Alckmin também veio, representando o presidente Lula, que esteve fora, participando do funeral do Papa Francisco, inclusive eu o acompanhei nessa viagem", explicou.
Questionado sobre críticas feitas pelo secretário de Agricultura de São Paulo, Guilherme Piai, que acusou o governo federal de não ter feito anúncios relevantes durante o evento, Teixeira rebateu, enumerando esforços recentes da gestão. "Lançamos o maior Plano Safra da história do Brasil em 2023. Em 2024, aumentamos os recursos. Por isso, nós vamos ter a maior safra da história do Brasil - uma safra recorde de 327 milhões de toneladas", disse.
Ele citou ainda a criação de uma linha da Finep voltada à inovação em máquinas agrícolas e a abertura de mercados internacionais como exemplos do apoio ao setor. "A fala dele (Piai) é uma tentativa de politizar o tema, mas sem nenhuma base real", comentou.