Biden pede que Israel não bombardeie refinarias do Irã; EUA atacam Iêmen

Internacional
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Caças americanos atacaram nesta sexta-feira, 4, 15 posições da milícia Houthi no Iêmen. O objetivo, segundo o Pentágono, é reduzir a capacidade de fogo do grupo, apadrinhado do Irã, que vem disparando drones e mísseis contra Israel. No mesmo dia, o presidente dos EUA, Joe Biden, pediu que as instalações de petróleo do Irã não sejam bombardeadas.

Na quinta-feira, 3, Biden havia admitido que "discutia" com Israel a possibilidade de ataques contra refinarias petrolíferas do Irã, como represália aos disparos de 180 mísseis iranianos contra o território israelense, na terça-feira. A declaração descuidada fez o preço do petróleo disparar, já que o Oriente Médio responde por cerca de um terço do suprimento global.

"Se eu estivesse no lugar de Israel, estaria pensando em alternativas que não fossem atacar os campos de petróleo do Irã", disse Biden, acrescentando que ainda planejava falar com o primeiro-ministro israelense, Binyamin Netanyahu. "Quando eles tomarem uma decisão sobre como responder, então teremos uma discussão."

Eleição

As declarações de quinta-feira repercutiram na corrida presidencial americana, disputada voto a voto pela democrata Kamala Harris, apoiada por Biden, e pelo republicano Donald Trump, que aproveitou para criticar o presidente americano por descartar a possibilidade de bombardeios às instalações nucleares iranianas. "É a coisa mais doida que eu já ouvi."

Faltando menos de um mês para as eleições, qualquer aumento nos preços do petróleo pressionaria a inflação global e seria uma péssima notícia para Kamala, que vem tentando às duras penas passar uma mensagem tranquilizadora na área econômica.

Enquanto analisa como retaliar ao ataque iraniano, Israel segue sua ofensiva no Líbano. Ontem, caças israelenses destruíram a principal rodovia que liga Beirute à Síria, usada como rota de fuga de muitos moradores da capital, que está sob ataques cada vez mais intensos. Israel acusou o Hezbollah de passar armas pela rodovia.

Quatro hospitais libaneses suspenderam os atendimentos em meio aos contínuos bombardeios. Um deles, o Hospital Marjayoun, no sul do Líbano, disse que cinco paramédicos morreram em um ataque israelense deliberado contra ambulâncias.

Na quinta-feira, o diretor da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom Ghebreyesus, disse que pelo menos 28 médicos em serviço foram mortos em um período de 24 horas no Líbano em ataques de Israel. Autoridades de saúde disseram que o número total de mortos no país passou de 2 mil.

Ameaças

Em um raro pronunciamento, o líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, defendeu ontem o ataque de mísseis contra Israel e prometeu que os aliados de Teerã - Hamas e Hezbollah - continuarão lutando.

"A operação de nossas Forças Armadas há poucos dias foi totalmente legal e legítima", disse Khamenei, argumentando que as ações iranianas foram uma "punição mínima" contra os "crimes espantosos" dos israelenses. Por fim, ele concluiu o discurso com uma ameaça. "Israel não vai durar muito."

Múltiplas frentes

Israel também manteve os ataques em Gaza e na Cisjordânia. O Hamas confirmou ontem que o bombardeio na cidade de Tulkarm, que deixou 18 mortos, também matou Zahi Yaser Oufi, líder das Brigadas Qassam, braço armado do grupo.

Em outra frente da guerra, cada vez mais expandida, 2 soldados israelenses morreram e 24 ficaram feridos nas Colinas do Golan, em um ataque de drones disparados do Iraque por milícias pró-Irã.

Segundo o Exército de Israel, eram duas aeronaves carregadas de explosivos. Uma foi abatida pelos sistemas de defesa aérea. A outra escapou. Foi a primeira vez que uma milícia iraquiana conseguiu matar solados dentro do território israelense.

Na semana passada, um drone lançado do Iraque atingiu o Porto de Eilat, no sul de Israel, causando danos materiais e ferindo levemente duas pessoas. (COM AGÊNCIAS INTERNACIONAIS)

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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O ministro Mauro Campbell, corregedor do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), afastou mais um magistrado por suspeita de envolvimento em supostas fraudes na liberação de alvarás de quase R$ 150 milhões em desfavor da Eletrobras. Trata-se do juiz Roger Luiz Paz de Almeida, da Vara de Execuções de Medidas e Penas Alternativas de Manaus. O servidor Gean Carlos Bezerra Alves, que atuou na equipe do magistrado, também foi afastado.

O Estadão busca contato com a defesa do juiz e pediu manifestação dele por meio da assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça.

Em sua decisão, Mauro Campbell afirmou que o juiz agiu de forma "parcial, enviesada e possivelmente concertada" em uma ação "manifestamente fraudulenta, que quase resultou em prejuízos de centenas de milhões de reais" à Eletrobras.

O desembargador Elci Simões, do Tribunal de Justiça do Amazonas, e o juiz Jean Carlos Pimentel dos Santos, da Vara Única da Comarca de Presidente Figueiredo, na região metropolitana de Manaus, já haviam sido afastados dos cargos na semana passada por participação no mesmo processo.

O juiz Roger Luiz Paz de Almeida modificou o grau de publicidade do processo e decretou "sigilo intenso" da ação. Ao determinar seu afastamento, o ministro Marco Campbell afirmou que a decisão foi tomada por iniciativa própria, sem um pedido das partes, e sem justificativa, o que levantou suspeitas.

Outro detalhe chamou a atenção do corregedor: a Eletrobras foi citada no processo pelo e-mail da ouvidoria da empresa - canal de sugestões e reclamações - e por uma advogada que não estava habilitada para receber intimações em nome da companhia.

Mauro Campbell classificou os atos como "absolutamente questionáveis" e disse que o juiz agiu "para que a atuação processual da empresa Eletrobras S.A. fosse restringida, viabilizando, em seguida, o levantamento fraudulento" do dinheiro.

Além do afastamento, o ministro proibiu expressamente o acesso dos magistrados aos sistemas de processos e da corregedoria.

Uma equipe da corregedoria do CNJ esteve nesta semana no Tribunal de Justiça do Amazonas, acompanhada da Polícia Federal, para buscar provas. Por determinação de Mauro Campbell, o gabinete do desembargador ficou lacrado até a chegada da equipe. Computadores e telefones funcionais foram periciados.

O dinheiro da Eletrobras foi penhorado para pagar pessoas físicas e jurídicas por títulos de crédito emitidos em 1966. O prazo para cobrança já prescreveu. Mesmo assim o valor foi liberado pelos magistrados e chegou a cair nas contas do grupo.

A Eletrobras conseguiu recuperar a maior parte do dinheiro. A empresa recorreu ao Superior Tribunal de Justiça (STJ) e obteve uma decisão favorável do ministro Benedito Gonçalves para determinar aos bancos que estornassem os valores. O ministro apontou "indícios de fraude" na ação e classificou como "duvidosa" a execução judicial.

Um homem morreu após tentar assaltar um veículo da Casa Militar do governo de São Paulo na noite da sexta-feira, 28, em Sa~o Paulo, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-SP).

O Estadão apurou que o carro, com quatro ocupantes, fazia a escolta do vice-governador do estado, Felício Ramuth (PSD). A autoridade não estava presente durante a ocorrência. O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o vice-governador não se pronunciaram. "Nenhuma autoridade estadual estava no veículo no momento da ocorre^ncia", afirmou a SSP.

A tentativa de assalto ocorreu na esquina da Rua Bra´s Cardoso com a Rua Domingos Leme, na Vila Nova Conceição, na zona sul.

Imagens de câmera de monitoramento registraram o momento em que o criminoso chegou em uma moto e parou ao lado da porta do motorista com uma arma na mão. Dois armados - um pela porta da traseira e outro que estava no banco do carona - atiraram no suspeito.

O criminoso tentou fugir de moto, mas foi atingido. Segundo a SSP, o suspeito foi levado para a UPA Santo Amaro, mas na~o resistiu. A arma do criminoso e a moto, que tinha placa adulterada, foram apreendidas. A identidade do assaltante não foi revelada.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) usou suas redes sociais para publicar uma piada sobre o início do carnaval no País. "Já dá para decretar o carnaval em todo território nacional, né?", escreveu o petista no X (antigo Twitter), em tom de brincadeira.

Na publicação, ele também recomendou o uso de protetor solar e o consumo de água durante a folia. "Divirtam-se com responsabilidade e respeito", diz o texto.

Na noite desta sexta-feira, 28, Lula foi a Montevidéu, no Uruguai, para a posse do novo presidente uruguaio, Yamandú Orsi. Ele deve retornar a Brasília na tarde deste sábado, 1.º. No país sul-americano, Lula se reuniu com chefes de Estado do Mercosul e também teve um encontro com presidente da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier.

A Secretaria de Comunicação Social (Secom) da Presidência ainda não divulgou a agenda de Lula durante o carnaval. No ano passado, ele permaneceu em Brasília durante o feriado.

Outros políticos decidiram sair na folia e já publicaram as festividades nas redes sociais. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União-AP), aproveitará o feriado em Macapá, sua base eleitoral. No Instagram, ele publicou um vídeo no sambódromo da cidade, desfilando com a escola de samba Império da Zona Norte.

Já o prefeito de Recife, João Campos (PSB), e a deputada Tabata Amaral (PSB-SP), já marcaram presença na folia. O casal aproveitou o início do carnaval no tradicional bloco Galo da Madrugada, na capital pernambucana.

Enquanto que o prefeito do Rio, Eduardo Paes (PSD), entregou, nesta sexta-feira, "as chaves da cidade" ao Rei Momo Kaio Mackenzie, marcando oficialmente a abertura do carnaval carioca.