Taiwan condena exercícios militares da China e promete 'respostas apropriadas'

Internacional
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O ministério de Defesa Nacional de Taiwan condenou os exercícios militares realizados pelo Exército de Libertação Popular da China (PLA, na sigla em inglês) ao redor do seu território na noite deste domingo - manhã de segunda-feira no horário local, classificando as atividades como "irracionais e provocativas" e prometendo resposta.

"Condenamos veementemente as ações irracionais e provocativas do ELP e mobilizaremos as forças apropriadas para responder e defender nossa soberania nacional", disse o Ministério de Defesa da ilha em breve nota publicada no X.

O exército chinês informou mais cedo ter realizado uma série de testes militares ao redor da ilha, incluindo simulações de combates e bloqueio a portos e outros pontos importantes. Segundo o porta-voz chinês Li Xi, os exercícios foram um "severo aviso" aos atos separatistas de grupos que desejam a independência de Taiwan.

As ações ocorrem três depois de um discurso do presidente de Taiwan, Lai Ching-te, afirmando que não deixaria a China avançar em seus planos de anexação da ilha, que desde a Guerra Civil de 1949 é governada de forma independente.

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A Polícia Federal prendeu nesta quarta-feira, 16, em Belo Horizonte, o hacker USDoD, investigado por invadir os sistemas da corporação e anunciar, por duas vezes a venda dos dados roubados. Segundo a PF, o hacker que se identifica com a sigla do Departamento de Defesa dos EUA afirmava nas redes sociais que foi o responsável pela divulgação de dados sensíveis de 80 mil membros da InfraGard - parceria entre o FBI e entidades privadas de infraestrutura crítica dos Estados Unidos.

O hacker foi o alvo principal da Operação Data Breach, que também vasculhou a casa do hacker em BH. Segundo os investigadores, ele deve responder pelo crime de invasão de dispositivo informático, qualificado pela obtenção de informações, com causa de aumento de pena pela comercialização dos dados obtidos.

A corporação ainda quer identificar eventuais outras invasões cometidas pelo investigado.

De acordo com a Polícia Federal, o hacker preso teria feito publicações, em 22 de maio de 2020 e em 22 de fevereiro de 2022, anunciando a venda de dados roubados da corporação. A corporação diz que ele é conhecido por ser "um ator malicioso responsável pelo vazamento de grandes bases de dados de informações pessoais", incluindo a da Airbus e da Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos.

O nome da Operação, Data Breach, faz referência a ataques que resultaram em vazamentos de informações confidenciais. "Durante um Data Breach, a segurança de dados é violada e as informações caem nas mãos de pessoas mal-intencionadas. Esse tipo de incidente é mais comum em ataques cibernéticos, onde hackers usam técnicas avançadas para invadir sistemas de armazenamento de dados e roubar informações valiosas", afirmou a corporação.

O candidato derrotado a vereador em Boa Vista, Wallyson Fernandes Lima (Podemos), o Zói Fernandes, foi alvo nesta quarta, 16, da Operação Beijo de Midas, da Polícia Federal (PF), após o vazamento de uma foto em que ele aparece beijando uma montanha de dinheiro, formada por cédulas de R$ 50 e R$ 100. A imagem circulou nas redes sociais na véspera do primeiro turno das eleições. Ele teve 1.046 mil votos, insuficientes para chegar à Câmara de Roraima.

O Estadão entrou em contato com o candidato pelas redes sociais, mas ainda não havia obtido retorno até a publicação deste texto. O espaço está aberto para manifestação.

A Polícia Federal suspeita que o dinheiro registrado na foto tenha sido usado para comprar votos. Ele não declarou bens à Justiça Eleitoral ao registrar sua candidatura.

"Ao aprofundar a investigação, foi constatada uma discrepância entre o montante previsto na foto e o valor declarado na campanha do candidato, evidenciando falta de lastro financeiro", informou a PF.

Entre março de 2023 e fevereiro de 2024, Zói Fernandes ocupou o cargo de secretário parlamentar no gabinete do deputado federal Duda Ramos (MDB-RR), com remuneração bruta de R$ 9,2 mil. O deputado não é investigado.

Os crimes investigados na Operação Beijo de Midas são corrupção eleitoral e lavagem de dinheiro.

O senador Sergio Moro (União Brasil) chamou Ney Leprevost (União Brasil), candidato derrotado à prefeitura de Curitiba (PR), de mentiroso e afirmou que o deputado estadual quer transferir para ele a responsabilidade por sua derrota.

As declarações foram dadas ao Estadão em resposta às afirmações de Leprevost ao jornal Folha de S. Paulo. O quarto colocado na disputa pela prefeitura curitibana disse que a participação do senador e de sua mulher, Rosângela Moro, como vice na chapa do União teria levado à sua derrota. Em nota, o deputado estadual rebateu as afirmações chamando Moro de "traidor contumaz".

Moro afirmou que o convite para que sua mulher fizesse parte da chapa partiu de Leprevost, que teria insistido diversas vezes - o que o deputado estadual nega. "Peço desculpas ao povo de Curitiba por ter aceitado a imposição nacional do partido de ter a sua esposa como vice", declarou Leprevost.

Segundo o senador, durante a campanha, o deputado estadual "acabou optando por correr sozinho. Tanto que eu não apareci no programa eleitoral dele e tampouco apareceu qualquer um dos representantes da União Brasil, nacional ou estadual", alegou Moro.

A estratégia de Leprevost de se apresentar como um político "do sistema" também foi criticada por Moro. "[Leprevost se] apresentou como um político velho do sistema, de terno engravatado até nos debates, e não conseguiu se conectar com a população de Curitiba", argumenta.

Para o ex-juiz da Lava Jato, os comentários do deputado estadual são uma tentativa de transferir a culpa pela derrota. "Ele perdeu, escolheu perder sozinho."

Moro afirmou ainda: "Fui eleito em Curitiba com 40% dos votos para senador, e hoje as pesquisas me apontam como favorito para o governo do Estado. Então, não se tem problema de popularidade eleitoral, o problema foi o candidato". Em sua nota, Leprevost retrucou: "Se o senhor fosse amado pelo povo de Curitiba como afirma, não precisaria andar rodeado de seguranças pagos pelo povo brasileiro até para ir à feira".

O senador disse também que só falou do assunto porque foi atacado e declarou que o deputado estadual "saiu pequeno da eleição, e agora se reflete a pequeneza também nessas declarações". E acrescentou que Ney Leprevost não conseguiu eleger seu irmão, Alexandre Leprevost (União Brasil), que ficou como suplente. "Para mostrar que o problema não é conosco (casal Moro). O problema é o sobrenome Leprevost."

O deputado estadual do União, por sua vez, acusou o ex-aliado de ser um herói nacional que se apequenou e se transformou em um "lacrador de redes sociais". "Me esqueça e vá se defender na Justiça. Pois quem é réu em processo criminal é o senhor, não eu", afirmou na nota.

A chapa de Leprevost teve 60.675 votos (6,49% dos votos válidos) e ficou em quarto lugar. A prefeitura de Curitiba será disputada pelo atual vice-prefeito, Eduardo Pimentel (PSD), e por Cristina Graeml (PMB). Eles tiveram, respectivamente, 313.347 votos (33,51% dos válidos) e 291.523 votos (31,17% dos válidos). O segundo turno será em 27 de outubro.