Israel bombardeia área cristã no norte do Líbano e mata 18 após ataque de drones do Hezbollah

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Um ataque aéreo de Israel no norte do Líbano nesta segunda-feira, 14, deixou 18 mortos, de acordo com o escritório local da Cruz Vermelha. O ataque aconteceu na região de Aito, conhecida por ser de maioria cristã e estar distante das principais áreas da influência da milícia xiita Hezbollah, presente no sul e leste do país.

O Exército de Israel não fez comentários sobre as mortes e não informou qual era o alvo do ataque. O bombardeio ocorre um dia depois que um ataque de drone do Hezbollah a uma base do Exército israelense na região norte do país, que matou quatro soldados de 19 anos. Outros sete soldados ficaram feridos gravemente.

Até então, os ataques israelenses no Líbano eram concentrados no sul e no leste do país, onde vive a maioria da população muçulmana e o Hezbollah tem mais influência. Os bombardeios poupavam regiões de maioria cristã, como Aito, apesar da sensação de insegurança crescente em todo o Líbano por causa dos ataques em regiões densas, a exemplo de Beirute.

Vídeos da mídia libanesa mostraram uma grande nuvem de fumaça subindo da cidade, com vários carros destruídos ao lado de um prédio destruído, enquanto as pessoas tentavam remover corpos de debaixo de escombros e árvores. O atingiu uma casa que havia sido alugada para famílias deslocadas, disse o prefeito da cidade, Joseph Trad, à agência de notícias Reuters.

O Exército de Israel anunciou a morte de Kamal Naim, comandante da unidade antitanque do Hezbollah, em um ataque aéreo, mas não especificou em qual região ele estava. A Força Aérea também destruiu lançadores de foguetes no sul do Líbano, de acordo com o exército.

Ataque do Hezbollah

O ataque do Hezbollah à base militar de Israel neste domingo, 13, é o mais mortal do grupo desde que Israel invadiu o Líbano há duas semanas com o objetivo de restaurar a segurança do norte do país. O ministro da Defesa israelense, Yoav Gallant, informou a seu equivalente americano, Lloyd Austin, que Israel daria "uma resposta contundente" à ofensiva.

O Hezbollah, aliado do grupo terrorista Hamas, prometeu manter seus ataques a Israel até que haja um cessar-fogo na Faixa de Gaza.

Enquanto isso, o Oriente Médio segue em alerta máximo para Israel retaliar contra o Irã por causa de um ataque de mísseis lançado em 1.º de outubro em resposta aos ataques de Israel ao Líbano. O Pentágono disse no domingo que enviaria tropas dos EUA a Israel junto com o sistema antimísseis dos EUA. (COM INFORMAÇÕES DA AP)

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A Polícia Federal abriu uma investigação contra o presidente do Partido Renovador Trabalhista Brasileiro (PRTB), Leonardo Alves de Araújo, conhecido como Leonardo Avalanche, por supostas ameaça e violência política contra uma ex-integrante do partido. O inquérito foi aberto nesta segunda-feira, 14, e a comunicação foi feita à Justiça Eleitoral nesta terça-feira, 15. A investigação está sob os cuidados do delegado Renato Pereira de Oliveira.

A denunciante já havia entrado com uma ação no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) com a intenção de retirar Avalanche do comando nacional da legenda com os argumentos de ameaça e violência. Liminarmente, o pedido foi rejeitado pela ministra Cármen Lúcia no começo de agosto deste ano. Procurado, Avalanche não se manifestou até o momento. A suposta vítima também foi procurada, mas também não atendeu.

Na ação proposta junto ao TSE, havia o relato de que "o presidente do partido (Avalanche) ameaçou a sua vice, mulher, e a fez renunciar a seu cargo" e "afirma a quem quiser ouvir ter influência e negociações com figuras importantes do Judiciário e ligação com o crime organizado (PCC), que poderia matá-la ou alguém de sua família".

Na denúncia, há ainda citação de um suposto diálogo em que Avalanche teria ameaçado a ex-integrante da legenda. "Você ainda não me conhece, não seja um obstáculo no meu caminho, eu sou um cara calmo, não saio do controle, você pode esbravejar, pode me xingar, jamais vou discutir com você, mas quando você receber uma ligação dizendo 'pega tua vara e vai pescar', você já pode despedir de seus familiares porque você vai morrer", diz trecho do documento juntado ao inquérito da PF.

Violência política (art. 359-P) e ameaça (art. 147), ambos tipificados no Código Penal (CP), têm penas somadas que variam de três anos e seis meses a oito anos de reclusão e multa. No começo deste mês, o Estadão mostrou que uma advogada de Brasília registrou boletim de ocorrência contra Avalanche por suposta ameaça. Ela afirmou no documento público que o político teria dito mandar matar até criança.

Avalanche venceu a eleição para presidente do PRTB em fevereiro deste ano. Desde então, opositores tentam tirá-lo do comando da legenda. Os adversários apresentaram documentos à Polícia Federal, em Brasília, e ao TSE. No entanto, nenhuma decisão para barrar Avalanche da sigla ocorreu até o momento.

O PRTB se tornou uma das siglas mais citadas na disputa eleitoral deste ano. O pequeno partido, sem coligação e tempo de rádio e TV, terminou na terceira posição na eleição municipal paulistana. O candidato do partido foi o ex-coach Pablo Marçal.

Avalanche nomeou para presidir o PRTB em São Paulo Tarcísio Escobar de Almeida. Em 29 de maio, o Estadão revelou que Escobar havia sido indiciado pela Polícia Civil de São Paulo por associação ao tráfico e ao PCC. Em vídeo publicado nas redes sociais, Escobar negou ter cometido crimes. Ele afirmou ajudar pessoas de bairros periféricos da capital paulista. O caso foi explorado no primeiro turno da eleição, principalmente pela então candidata Tabata Amaral (PSB).

Escobar figurou como presidente em São Paulo por três dias. Posteriormente, o cargo foi ocupado pelo advogado Joaquim Pereira de Paulo Neto, que rompeu com Avalanche em junho. Ele, Escobar e Michel Winter, do PRTB de Minas Gerais, gravaram vídeo para falar sobre o fim da aliança com Avalanche por acordos não cumpridos. Escobar afirmou em vídeo que Avalanche "enganou, fingiu e atrapalhou" o PRTB em São Paulo. Winter afirmou no vídeo que a "família do PRTB não vai mais aceitar você", em referência a Avalanche.

Anteriormente, Avalanche afirmou ao Estadão, por meio de assessoria de imprensa, que tirou Escobar do comando do partido em São Paulo depois de descobrir que o então aliado tinha problemas com a Justiça. Avalanche também sempre afirmou nunca ter sido condenado ou ser alvo de denúncias pelas autoridades públicas.

O Tribunal Regional Eleitoral de Minas Gerais (TRE-MG) esclareceu nesta segunda, 14, que os votos recebidos pelo ex-deputado federal Anderson Adauto (PV) na campanha à prefeitura de Uberaba, no Triângulo Mineiro, são considerados "anulado sub judice" e se mantêm na contagem dos votos válidos. Assim, o segundo turno entre a atual prefeita e candidata à reeleição, Elisa Araújo (PSD), e o ex-deputado estadual Tony Carlos (MDB) está mantido para o próximo dia 27.

Adauto, terceiro colocado na disputa com 21.256 votos (12,9%), está com a candidatura impugnada pelo Ministério Público Eleitoral (MPE). A primeira instância eleitoral manteve sua candidatura indeferida por dois processos que o condenaram por improbidade administrativa e suspenderam seus direitos políticos.

Ministro dos Transportes durante o primeiro governo Lula, Adauto, que já foi prefeito de Uberaba por dois mandatos, foi condenado por pagar com dinheiro da prefeitura uma empresa de publicidade para fins pessoais.

No domingo de votação, 6, o candidato entrou com recurso no TRE para tentar reverter a situação. Segundo a Corte Eleitoral, o caso ainda aguarda decisão da Justiça, e o julgamento não tem data marcada. Caso o recurso seja rejeitado, ele ainda poderá recorrer ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

"Neste momento, não é possível afirmar o que acontecerá se o indeferimento do registro de candidatura for confirmado. É necessário aguardar a decisão em última instância e o trânsito em julgado do processo", diz a Justiça Eleitoral mineira. Em um primeiro momento, o TRE-MG avaliou que, caso o TSE confirmasse a decisão da segunda instância, os votos recebidos por Adauto seriam anulados e Elisa seria reeleita em primeiro turno, mas voltou atrás.

Em nota publicada em suas redes sociais, Adauto afirma que irá até a última instância para provar que está "no gozo dos seus direitos políticos, tanto no sentido de ser candidato quanto no de ser eleitor". Segundo informações, o ex-deputado não compareceu às urnas no dia da votação. A suspensão dos direitos políticos inclui a suspensão do direito de votar.

Apesar da indefinição jurídica envolvendo o candidato já fora da disputa, os dois concorrentes ainda na disputa mantêm suas agendas de campanha. Elisa afirmou que aguarda a decisão da Justiça, mas segue conversando com os eleitores.

"O nosso trabalho não vai parar. Aguardamos a decisão do TSE sobre o resultado final, mas seguimos conversando com os eleitores, apresentando nossas propostas, que inclusive muitas delas já possuem recursos e projetos prontos. A agenda de campanha segue a todo o vapor; eu e meu vice, Mauricinho, estamos felizes com o resultado e confiantes que nesse segundo turno será ainda maior", afirmou.

Tony Carlos, por sua vez, disse não ver possibilidade de a Justiça anular os votos do oponente e afirmou que, para ele, a disputa pela prefeitura de Uberaba começa do "zero a zero".

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), dispensou, excepcionalmente, a presença de deputados em Brasília até o fim das eleições. O ato da Mesa foi publicado na última segunda-feira, 14, no Diário da Câmara dos Deputados.

A dispensa é dividida em dois períodos: de 14 a 18 de outubro e, depois, de 21 a 25 de deste mês. Nessas datas, os parlamentares serão dispensados de registrar presença no sistema biométrico da Câmara.

Durante o período definido pelo ato, as votações poderão ser feitas de forma virtual. Nesta terça, 15, uma sessão marcada para às 15h já foi feita virtualmente. Mesmo assim, alguns parlamentares foram à Câmara para falar da tribuna.