Bombardeio israelense em Gaza mata oito pessoas da mesma família e fere outras sete

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Um ataque israelense realizado na noite de sábado, 12, matou oito pessoas da mesma família e feriu outras sete, segundo autoridades médicas da Palestina enquanto as forças militares de Israel enfrentavam militantes palestinos e pressionavam pela saída de centenas de milhares de pessoas no norte do território.

O ataque atingiu uma casa no campo de refugiados de Nuseirat, no centro da Faixa de Gaza. A família era formada pelos pais e seis filhos com idades entre 8 e 23 anos, de acordo com o Hospital dos Mártires de Al-Aqsa, para onde os corpos foram levados. Segundo o hospital, outras sete pessoas - incluindo duas mulheres e uma criança em estado crítico - ficaram feridas.

Mais de um ano após o início da guerra com o grupo terrorista Hamas, Israel continua a atacar o que afirma serem alvos militantes em Gaza quase todos os dias. O exército diz que tenta evitar ferir civis e atribui as mortes ao Hamas e outros grupos armados, que operam em áreas densamente povoadas.

O exército raramente comenta sobre ataques individuais, que frequentemente matam mulheres e crianças. Nos últimos meses, atacou repetidamente escolas usadas como abrigos por pessoas deslocadas, acusando os militantes de se esconderem entre elas.

Israel pressiona pela evacuação total do norte de Gaza

No norte de Gaza, as forças aérea e terrestre israelenses têm atacado Jabaliya, onde o Exército afirma que os terroristas se reagruparam. Ao longo do último ano, as forças israelenses retornaram repetidamente ao campo de refugiados consolidado, que remonta à guerra de 1948 em torno da criação de Israel, e a outras áreas severamente afetadas.

Israel ordenou a evacuação total do norte de Gaza, incluindo a cidade de Gaza. Cerca de 400 mil pessoas permanecem no norte após uma evacuação em massa ordenada nas semanas iniciais da guerra. Os palestinos temem que Israel pretenda desocupar permanentemente o norte para estabelecer bases militares ou assentamentos judaicos na região.

O exército confirmou no sábado que os hospitais estavam incluídos nas ordens de evacuação, mas disse que não havia estabelecido um cronograma específico. Ele informou que um comboio médico programado para transferir pacientes do Hospital Kamal Adwan nos últimos dias foi cancelado por motivos de segurança - sem dar mais detalhes - mas que o comboio havia entregue combustível ao hospital no sábado.

O bombardeio e as invasões terrestres de Israel em Gaza já mataram mais de 42 mil palestinos, de acordo com o Ministério da Saúde de Gaza, que é controlado pelo Hamas e não diferencia civis de terroristas. Segundo o ministério, os ataques também deixaram grande parte do território em ruínas.

As autoridades médicas palestinas não informam se as vítimas dos ataques israelenses são terroristas ou civis, mas afirmam que mulheres e crianças representam mais da metade das mortes. Israel afirma ter matado mais de 17 mil combatentes, sem apresentar evidências.

A guerra começou quando militantes liderados pelo Hamas invadiram o sul de Israel em 7 de outubro de 2023, matando cerca de 1.200 pessoas, a maioria civis, e sequestrando cerca de 250. Cerca de 100 reféns ainda estão sendo mantidos em Gaza, um terço dos quais acredita-se que esteja morto.

Israel deve atacar o Irã enquanto os combates continuam no Líbano

A milícia xiita radical libanesa Hezbollah, que é aliada do Hamas, começou a disparar foguetes contra Israel em 8 de outubro de 2023, provocando ataques aéreos de retaliação. O conflito se intensificou drasticamente em setembro com uma onda de ataques israelenses que matou o líder do Hezbollah, Hassan Nasrallah, e a maioria de seus comandantes seniores. Israel lançou uma operação terrestre no sul do Líbano no início deste mês.

Pelo menos 2.255 pessoas foram mortas no Líbano desde o início do conflito, incluindo mais de 1.400 pessoas desde setembro, de acordo com o Ministério da Saúde libanês, que também não informa quantos eram combatentes do Hezbollah. Pelo menos 54 pessoas foram mortas nos ataques com foguetes contra Israel, quase metade delas soldados.

O Irã, que apoia o Hezbollah e o Hamas, lançou cerca de 180 mísseis balísticos contra Israel em vingança pela morte de Nasrallah, um general iraniano que estava com ele, e de Ismail Haniyeh, o líder político do Hamas, que morreu em uma explosão na capital do Irã em julho, atribuída a Israel.

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O deputado estadual de São Paulo Eduardo Suplicy (PT) usou seu perfil no Instagram neste sábado, 16, para anunciar que está curado do câncer linfático contra o qual vinha lutando desde julho deste ano.

"Felizmente, estou curado. Os médicos informaram a mim que o meu linfoma está terminado, e agora só falta completar o tratamento", disse o deputado em um vídeo gravado na ExpoCannabis Brasil, feira internacional sobre benefícios e negócios envolvendo a planta, da qual o deputado faz uso em seus tratamentos de saúde.

"Agradeço muito a todas aquelas pessoas que têm torcido para que a minha saúde seja a melhor possível para eu voltar ao trabalho pleno lá na Assembleia Legislativa, e onde for", escreveu Suplicy. A postagem acumula mais de 42 mil curtidas, e quatro mil comentários, a maioria de seguidores que expressaram felicidade com a notícia.

O político de 83 anos informou que ainda falta uma sessão de imunoterapia para completar o tratamento e que, como sua imunidade está baixa, ele mantém por ora isolamento parcial. No vídeo, ele aparece de máscara e em um triciclo motorizado visitando os corredores da feira.

Apesar de ter recebido o diagnóstico em julho, o caso só foi divulgado no final de outubro, quando o deputado afirmou que já estava em tratamento avançado e que continuaria seus trabalhados na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp) e também aulas de ginástica.

Segundo o Instituto Nacional do Câncer (Inca), o linfoma não Hodgkin é um tipo de câncer que tem origem nas células do sistema linfático e que se espalha de maneira não ordenada.

Esse tipo de doença afeta os vasos e gânglios do sistema linfático, responsável pela defesa do corpo humano, ou seja, o sistema imunológico. Como o tecido linfático é encontrado em todo o corpo, o linfoma pode começar em qualquer lugar.

Segundo o Inca, cerca de 12 mil novos casos surgem por ano, afetando mais homens do que mulheres. O órgão estima que ocorram 4,4 mil mortes todos os anos devido à doença.

"Decisões erradas" do PSDB nos últimos anos são o motivo da expressiva queda que o partido sofreu nas eleições de 2024, na avaliação do presidente nacional da legenda tucana, Marconi Perillo. O partido ocupava o quarto lugar no ranking dos que mais elegeram prefeitos há quatro anos, com 523, e em 2024 fez apenas 272, quase a metade. No contexto de polarização entre lulopetismo e bolsonarismo, o ex-governador de Goiás avaliou como um dos principais erros a artilharia mirada em Jair Bolsonaro (PL), sobretudo em São Paulo.

"A gente começou a bater só em Bolsonaro e deixamos de bater no PT, que é nosso adversário histórico. Isso incomodou muito nosso eleitor, que então migrou para o bolsonarismo de vez, achando que estávamos fazendo o jogo do PT", disse Perillo ao Estadão. "Bater só em Bolsonaro foi um erro. Acabamos perdendo nosso eleitor mais conservador."

O dirigente também citou a escolha de não lançar candidatura própria em 2022 como crucial para o declínio da sigla em representação no Congresso. Os tucanos viveram momento de crise interna depois das prévias em que o ex-governador de São Paulo João Doria, à época no PSDB, foi escolhido para disputar a Presidência. Doria venceu, mas desistiu da candidatura tempos depois. Os tucanos, então, decidiram apoiar Simone Tebet (MDB) para a Presidência. "Fomos reduzidos a 13 deputados federais e um senador por conta dos ataques que sofremos em São Paulo. Tem sido uma luta árdua, mas fértil. É hora de recomeçar, percebo um ânimo novo", disse Perillo.

O desempenho do PSDB em 2024 tem sido avaliado a partir dos fracassos em São Paulo: na capital, a candidatura a prefeito de José Luiz Datena ficou mais marcada por uma cadeirada do que pela competitividade ou pela votação obtida no primeiro turno (111.733 votos, 1,84% do total); na Grande São Paulo, a sigla comandará apenas um dos 39 municípios. Por outro lado, o partido comemora vitórias em Pernambuco, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul.

De acordo com Perillo, a ressaca das eleições tem sido um retorno ao planejamento no diretório nacional tucano. Além de avaliar caminhos para atrair novas lideranças competitivas para 2026, o partido terá reuniões para discutir a possibilidade de fusão com outras siglas ou para, ao menos, tentar aumentar a federação hoje formada com o Cidadania.

"Vamos avaliar o que é melhor para o conjunto de partidos menores. Buscaremos, em decisão com o Cidadania, aumentar nossa federação", disse o presidente da legenda. Possibilidades de fusão vêm sendo discutidas com siglas da centro-esquerda à centro-direita, como o Solidariedade, o PDT e o Podemos.

'ESPÓLIO'. Os votos que fizeram o PSDB eleger 523 prefeitos em 2020 se dissolveram neste ano por candidaturas de 15 siglas. Nesses municípios, os tucanos conseguiram manter apenas 24% das prefeituras conquistadas em 2020. Quem mais se beneficiou foi o PSD, que comandará 95 prefeituras onde os tucanos venceram quatro anos atrás. PL, com 59, e União Brasil, com 58, vêm na sequência.

Antes mesmo da eleição deste ano, o número de prefeituras tucanas já era bem menor do que o conquistado em 2020: durante os quatro anos de mandato, sobraram apenas 296 prefeitos do PSDB, debandada tratada como "vendaval" pela direção tucana. Para o ex-governador de Minas e deputado federal Aécio Neves (PSDB), a sigla precisa agora se manter no centro político. "Temos a oportunidade de reconstruir nossa narrativa, nosso discurso, liderando ou participando de um projeto ao centro, que fuja do radicalismo e dos extremos."

O cientista político Creomar de Souza, da Dharma Politics, vê a sigla sob risco de cair em um "ostracismo político". "O declínio do PSDB tem um componente geracional. A geração que veio depois da geração de fundadores não conseguiu manter os rumos do partido."

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

A Associação Nacional dos Delegados de Polícia Federal (ADPF) divulgou uma carta aberta com críticas ao governo federal, apontando cortes no orçamento da Polícia Federal (PF) para 2025 e a falta de investimentos na corporação - fatores que, segundo a entidade, enfraquecem a instituição. O documento, assinado na quarta-feira, 13, também apresenta ressalvas à PEC da Segurança Pública, proposta liderada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e pelo ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski.

Na carta, a ADPF alerta para o risco de desmantelamento da PF, enfatizando que os cortes orçamentários e a ausência de investimentos contínuos prejudicam a instituição, dificultando o combate ao crime organizado. A entidade questiona quem se beneficia desse enfraquecimento e ressalta que, ao comprometerem a autonomia e a capacidade operacional da PF, as ações do governo colocam em risco a segurança pública.

"O fim do sobreaviso remunerado trouxe dificuldades adicionais para os delegados, afetando diretamente a disponibilidade e a prontidão de nossos profissionais, levantando a indagação: a quem interessa desmantelar a PF?", afirmam os delegados no documento.

A ADPF também criticou a PEC da Segurança Pública, apontando a falta de diálogo com as forças de segurança em sua elaboração e o desalinhamento da proposta com as reais necessidades da segurança pública no País. Segundo a entidade, a medida não fortalece a estrutura da PF nem enfrenta os desafios estruturais do setor, sendo considerada uma iniciativa política paliativa.

"O texto proposto não traz absolutamente nenhum incremento da capacidade de resposta da Polícia Federal no enfrentamento à criminalidade e não atende às reais necessidades dos órgãos de segurança pública", pontua a entidade.

Entre as mudanças, a PEC prevê a atualização das competências da PF, ampliando seu escopo de atuação para incluir o combate a crimes ambientais, organizações criminosas e milícias com alcance interestadual ou internacional.

As críticas estão detalhadas em uma carta divulgada após o 9º Congresso Nacional dos Delegados de Polícia Federal, realizado na Bahia e promovido pela ADPF.