A apresentação única, na unidade mogiana, que recém completou 03 anos de abertura , marca também o inicio de uma programação especial mais centrada na cultura afrobrasileira tão fortemente lembrada no mês da Consciência Negra. Com cerca de 50 anos de carreira musical, Di Melo, é referência da black music no Brasil.
O Baile do Di Melo é um show alegre e dançante, que traz, em seu repertório, uma fusão das músicas do artista, sempre com a presença de grooves irresistíveis e letras questionadoras. Com mais de 50 anos de carreira musical, Di Melo é, ainda hoje, referência da black music no Brasil e considerado no meio artístico e musical uma lenda viva!
Roberto de Melo Santos, mais conhecido como Di Melo nasceu no Recife em 22 de abril de 1949. É músico, compositor, escultor, ator e poeta. Seus álbuns são caracterizados pela variedade de gêneros musicais, incluindo a mistura de elementos da música soul e do funk com a psicodelia. Lançou seu primeiro álbum em 1975, num período em que diversos membros da black music brasileira iniciaram carreira, tendo canções gravadas por Wando e Jair Rodrigues.
No decorrer da década de 2000, lançou uma série de discos independentes. Mais tarde, foi objeto de dois documentários e um curta-metragem ficcional. Aos quase 75 anos, o compositor e multiartista Di Melo mostra que está em plena forma musical e artística, intensificando seu legado do qual ainda hoje se utilizam muitos artistas e músicos das novas gerações.
Dono de uma voz rouca, grave e potente, o artista segue sendo fonte de criatividade e inventividade. Sua história é marcada por posicionamentos firmes, inclusive em relação ao mercado fonográfico. Depois do sucesso de seu disco de 1975, gravado pela EMI-Odeon, suas músicas não saíam da rádio. Ao mesmo tempo, gravou outras canções com nomes também em alta, como Wando e Jair Rodrigues. Este trabalho se tornou um disco atemporal, que por décadas se manteve no mercado e cujo estilo, arranjos e composições ganharam o mercado internacional.
Em viagem ao exterior, o próprio compositor, em entrevista ao portal Tribuna de Minas. conta que enquanto passeava, ele andava e ouvia suas músicas, como "Kilariô" e "A vida em seus métodos diz calma", entre os estrangeiros. Em uma loja de vinis local (Holanda), encontrou seu disco custando 700 euros; e um outro, mais detonado, por 380. "Quando eu falei que era o Di Melo, os caras não sabiam se riam, se choravam, ou se me matava para o disco valer mais", eu ri, finaliza ele. E, realmente, um boato por tempos circulou de que Di Melo havia morrido. Não à toa, principalmente depois de um acidente grave em 1990, quando ele ganhou o nome de "Imorrível". Com esse nome, lança-se um documentário sobre ele, que venceu vários prêmios, a partir do seu retorno aos palcos e, então, um disco, em 2016. Recentemente, ele lançou o "Atemporal", com o grupo francês Cotonete, o que leva Di Melo para o jazz. Mais recentemente, vários músicos brasileiros da nova geração gravaram o "Podível e impodível", interpretando as canções do disco de 1975. Ele ainda regravou a música "Minha estrela".
No repertório do show ele vai cantar todos os seus clássicos, do disco lançado em 1975 e músicas do álbum "Imorrível" lançado em 2016. Além disso, o cantor vai apresentar algumas músicas inéditas de seu novo álbum, ainda em produção.
Sesc Mogi das Cruzes recebe ícone da 'Black Music' nacional, o músico Di Melo faz show nesse sábado(09)
Tipografia
- Pequenina Pequena Media Grande Gigante
- Padrão Helvetica Segoe Georgia Times
- Modo de leitura