O respeitável público da cidade de São Paulo não pode deixar de prestigiar a 2ª edição do Festival FOLIA de Circo na Fábrica de Cultura Vila Nova Cachoeirinha. Com uma programação diversa, o evento permite um mergulho na cultura circense e nas possibilidades de atuação nesta área hoje em dia. O Festival é organizado pelo FOLIA, projeto de formação profissional nas artes circenses das Fábricas de Cultura - Programa da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo, e gerenciado pela Organização Social Poiesis.
Neste ano, a programação está dividida em duas semanas: de 28 a 30 de novembro e de 5 a 7 de dezembro, com rodas de conversas, oficinas, apresentações de espetáculos de companhias e coletivos convidados. A entrada é livre, mas para garantir a participação nas oficinas e demais atividades sujeitas a lotação é recomendável preencher o formulário do festival (aqui).
Outro destaque é a competição Noite do Farol, intervenção para até 20 artistas que atuam em faróis nas ruas da capital e região metropolitana. Esses profissionais serão selecionados (inscrições pelo formulário até 21/11) e irão concorrer ao título de melhor número de farol da cidade. Parte da seletiva pede os números, que deverão ter no máximo 90s. Durante o evento, os números serão avaliados por três jurados e pelo público. O vencedor, além do título, leva R$ 1 mil.
Além disso, na abertura e no fechamento do Festival, as turmas de aprendizes de 2023 e 2024 apresentarão seus espetáculos desenvolvidos durante a formação.
Confira alguns destaques do 2º Festival FOLIA de Circo :
No dia 28, quinta-feira, às 14h, o público poderá participar da oficina de Danças Guineanas, ministrada pela artista Mariama Camara. Os participantes conhecerão técnicas de dança da Guiné com a união do balé de outros lugares do continente africano, além do uso de instrumentos de percussão.
Um espetáculo feito por mulheres negras, que enaltece a beleza de suas coroas crespas e a diversidade das comicidades negras, será apresentado na sexta-feira (29), às 20h. Em Fuzuás, com direção de Cibele Mateus, a brincadeira é conduzida pela figura cômica do "Mateus", que junto com as palhaças Bandeira, Xamanga, Sarita Jurupoca, a malabarista Pipa Luke e as musicistas Gi Paixão e Luana Pereirinha, realizam uma grande folia com as habilidades circenses.
E no sábado (30), às 16h30, a roda de conversa Corporeidade circense: representações e subjetividades irá dialogar sobre diferentes corpos/as que ocupam o território circense, suas representações, subjetividades e subversões. Participam desta conversa a artista de rua e dramaturga Furcifer Scher; o poeta, palhaço e ator Luan Luando; e o artista circense Noam Scapin.
Na segunda semana do Festival, a diversão fica por conta do espetáculo Sentido Proibido, do coletivo Café da Manhã, que utiliza as ferramentas das artes circenses para promover um diálogo sobre a atuação humana em uma realidade reacionária. Agindo na contramão das expectativas, o espetáculo desafia a gravidade e os preconceitos. A apresentação será na quinta-feira, 5, às 20h.
Para aqueles com alguma experiência nas artes circenses, de 5 a 7 de dezembro, tem a oficina Quadrante Coreano, com Max Rocha, das 10h30 às 12h30. Esta técnica circense se caracteriza por permitir que uma pessoa fique sobre uma plataforma com dois mastros fincados no chão segurando outra pessoa que pode fazer diversas acrobacias sendo balançada ou jogada ao ar.
E no último dia do Festival (7/12), o público aproveitará o cortejo-espetáculo Travessias Fanfarrônicas, organizado pela Cia. Las Fanfarronas formada por seis artistas latino-americanas. A partir das 17h, o público fará um percurso pelo universo do circo em ritmo de cumbia, gênero musical tradicional da Colômbia, invocando suas próprias fanfarronices.
Confira a agenda completa abaixo, na parte de serviços.
Vem aí! Inscrições para a turma 2025 do FOLIA
Paralelo ao Festival, a partir do dia 28/11, quinta-feira, estarão abertas as inscrições para a turma de 2025 do Projeto FOLIA. O curso, focado no mercado profissional, tem duração de dois anos, oferecendo aulas de técnicas circenses (aéreas, acrobáticas, de malabares e equilíbrios), teatro, dança, criação e matérias teóricas, como biologia do corpo, produção e montagem, história do circo e estéticas do espetáculo circense, além de espetáculos e saídas pedagógicas. Podem se inscrever pessoas a partir de 16, com alguma experiência inicial na área.
As inscrições são online (acesse o site) e durante o Festival o público poderá saber mais em bate-papo sobre o projeto. A iniciativa oferece aos aprendizes bolsa-auxílio de R$700, vale-transporte e vale-refeição.
Cultura circense é celebrada na Vila Nova Cachoeirinha na 2ª edição do Festival FOLIA
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