Últimas semanas para visitar a mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil no Museu da Língua Portuguesa

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Com curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana, exposição destaca a presença de línguas como iorubá, fon e as do grupo bantu no português do Brasil. Em cartaz até 9 de fevereiro

O público tem até o dia 9 de fevereiro para visitar a mostra temporária Línguas africanas que fazem o Brasil no Museu da Língua Portuguesa. Com curadoria do músico e filósofo Tiganá Santana, o projeto destaca a presença das línguas iorubá, fon, quicongo, umbundo e quimbundo no português falado no Brasil. Mais de 180 mil pessoas já visitaram a exposição que foi aberta em maio de 2024. Localizado no histórico prédio da Estação da Luz, o Museu é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas de São Paulo. 

A exposição conta com o patrocínio máster da Petrobras; patrocínio do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR, do Instituto Cultural Vale e John Deere Brasil, e com apoio do Itaú Unibanco, do Grupo Ultra, por meio do Instituto Ultra, e da CAIXA – todos por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura – Lei Rouanet.  

A mostra Línguas africanas que fazem o Brasil recebe o público com 15 palavras oriundas de línguas africanas impressas em estruturas ovais de madeira penduradas pela sala. Estão destacadas palavras como bundaxingarmarimbondodendêcanjicaminhoca e caçula. O público também pode ouvi-las nas vozes de pessoas que residem no território da Estação da Luz, onde o Museu está localizado.  

Outro destaque no espaço é a obra do artista plástico baiano J. Cunha - um tecido estampado com os dizeres “Civilizações Bantu” que vestiu o tradicional Ilê Aiyê, primeiro bloco afro do Brasil, no Carnaval de 1996. Além disso, cerca de 20 mil búzios e miçangas também estão suspensos e distribuídos pelo ambiente. Na tradição afro-brasileira, as conchas são usadas em práticas divinatórias e funcionam como linguagem que conecta o mundo físico e espiritual.  

Ainda na entrada da exposição, o público avista vários adinkras espalhados pelas paredes. Trata-se de símbolos utilizados como sistema de escrita pelo povo Ashanti, que habita países como Costa do Marfim, Gana e Togo, na África. Evidenciando a presença desse povo como parte da diáspora africana, é possível encontrar, em diversas regiões do Brasil, gradis de residências e outras construções arquitetônicas adornados com alguns dos mais de 80 símbolos dos adinkras.  

Fazem parte da exposição duas videoinstalações da artista visual fluminense Aline Motta. Na obra Corpo Celeste III, emprestada pela Pinacoteca de São Paulo e projetada no chão em larga escala, a artista destaca formas milenares de grafias centro-africanas, especificamente as do povo bakongo, presente em territórios como o angolano. Este trabalho foi desenvolvido com o historiador Rafael Galante. Já em Corpo Celeste V, criada exclusivamente para o Museu da Língua Portuguesa, quatro provérbios em quicongo, umbundo, iorubá e quimbundo, traduzidos para o português, são exibidos em movimento nas paredes e em diálogo com Corpo Celeste III.  

Um dos principais nomes da nova geração da escultura no país, a baiana Rebeca Carapiá assina obras de arte criadas em diálogo com frequências e grafias afrocentradas, a partir de seu trabalho com metais.  

A exposição também mostra como canções populares no Brasil foram criadas a partir da integração entre línguas africanas e o português, como Escravos de Jó e Abre a roda, tindolelê. Há ainda referências a canções de Dona Ivone Lara, Gilberto Gil, Chico Buarque e Sabotage. 

Além dos búzios, a mostra explora outras linguagens não-verbais advindas das culturas africanas ou afro-diaspóricas. Entre elas, os cabelos trançados, que, durante o período de escravidão no Brasil, serviam como mapas de rotas de fugas. E de turbantes, cujas diferentes amarrações indicam posição hierárquica dentro do candomblé. Há ainda dois trabalhos da designer Goya Lopes, cujas principais referências são as capulanas, os panos coloridos usados por mulheres em Moçambique. Tais trabalhos enfatizam uma articulação significativa com a língua iorubá.  

Outro exemplo da linguagem não-verbal são os tambores, que compõem uma cenografia constituída por uma projeção criada por Aline Motta, com imagens do mar e trechos do texto Racismo e Sexismo na Cultura Brasileira, de Lélia Gonzalez, uma das principais intelectuais do Brasil, referência nos estudos e debates de gênero, raça e classe. Nestes trechos, verifica-se o uso da expressão pretuguês cunhada pela intelectual.  

Numa sala de cinema interativa, o visitante é surpreendido com uma projeção de imagens ao enunciar palavras de origem africana como axéafoxézumbi acarajé.  

O público tem ainda acesso a uma série de registros de manifestações culturais afro-brasileiras e de conteúdos sobre as línguas africanas e sua presença no português do Brasil. Há performance da cantora Clementina de Jesus, imagens da Missão de Pesquisas Folclóricas idealizada por Mário de Andrade, entrevistas com pesquisadores como Félix Ayoh’Omidire, Margarida Petter e Laura Álvarez López, além de gravações de apresentações do bloco Ilú Obá De Min e da Orkestra Rumpilezz, e o vídeo Encomendador de Almas, de Eustáquio Neves, que retrata o senhor Crispim, da comunidade quilombola do Ausente ou do Córrego do Ausente, na região do Vale do Jequitinhonha.  

Tudo isso em meio a sons de canções rituais e narrativas em iorubá, fon, quimbundo e quicongo, captados pelo linguista norte-americano Lorenzo Dow Turner nos anos de 1940 na Bahia e cedidos pela Universidade de Indiana, nos Estados Unidos. É possível, ainda, assistir aos filmes sobre o Quilombo Cafundó: um que já existia há mais de 40 anos e outro que foi concebido para a exposição, versando sobre a língua cupópia de modo mais enfático.    

SERVIÇO  
Exposição temporária Línguas africanas que fazem o Brasil - Últimas semanas 
Até 9 de fevereiro  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h)  
R$ 24 (inteira); R$ 12 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos  
Grátis aos sábados  
Grátis aos domingos (até 31 de janeiro)  
Acesso pelo Portão A  
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet:  
https://bileto.sympla.com.br/event/90834/  

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Premiação "Traveler's Choice", realizada pelo TripAdvisor, elegeu as principais para viajar em 2025

O Brasil se destacou, mais uma vez, como um destino turístico internacional. A praia de Ipanema (RJ), no Rio de Janeiro e a de Muro Alto, em Ipojuca (PE), entraram para o ranking das 25 melhores para conhecer em 2025, divulgado pela premiação "Traveler's Choice", realizada pelo TripAdvisor.

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De acordo com a plataforma, “a Praia de Ipanema é uma das mais conhecidas do Rio”. O site destaca as opções de lazer que o local oferece, como surfar ou se aventurar em partidas de vôlei. A publicação recomenda, ainda, que o visitante fique “por perto até o sol se pôr para conferir algumas das melhores vistas” da cidade.

Quanto a Muro Alto (PE), o TripAdvisor recomenda como “o local perfeito para toda a família”, graças às suas águas mornas, piscinas naturais e muitas atividades de lazer. “Ande de caiaque, mergulhe com snorkel ou tome uma bebida tropical à beira-mar”, aconselha a publicação.

A praia de Ipanema já havia aparecido na lista de 2024, na 17ª posição, mas subiu para a 13ª colocação em 2025. Já a de Muro Alto manteve a 25ª posição em relação ao ranking de 2024. 

CONHEÇA O BRASIL: VOANDO - Com o objetivo de incentivar e facilitar as viagens dos brasileiros pelo país, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério de Portos e Aeroportos, a Associação Brasileira das Empresas Aéreas (Abear) e as companhias Azul, Gol, Latam e Voepass, lançou o programa “Conheça o Brasil: Voando”.

A iniciativa busca possibilitar que os brasileiros conheçam e se conectem com as maravilhas do nosso país, além de apoiar o setor de turismo brasileiro. O Ministério do Turismo está empenhado em fortalecer o setor e criar oportunidades para que todos desfrutem do que o Brasil tem a oferecer: a nossa essência, a nossa diversidade, o nosso país.

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Uma excelente notícia para quem deseja viajar entre Miami e Belém: a partir do dia 15 de junho, um novo voo direto estará disponível, facilitando a conexão entre a capital paraense e a cidade da Flórida. A iniciativa é resultado de um esforço para aumentar a conectividade aérea da região Norte com o mundo, especialmente com a proximidade da COP30.

Em encontro com o ministro do Turismo, Celso Sabino, nesta sexta-feira (21.03), o gerente de Relações Institucionais da Gol, Felippe Bandeira, informou que especificamente para a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 a companhia trabalha para triplicar os voos com destino a Belém.

De acordo com a Gol, a rota vai estrear com a frequência de dois voos semanais, as quintas e domingos. Com mais opções de voos, espera-se um aumento no fluxo turístico na Região Amazônica, impulsionando a economia local. Em 2024, o estado do Pará recebeu 32 mil turistas estrangeiros e o Aeroporto Internacional de Belém atingiu a marca histórica de 4,1 milhões de passageiros.

“Essa é mais uma conquista do trabalho incansável do Ministério do Turismo em prol da melhoria da conectividade aérea em um ano especial para a região e para Belém, que receberá o mais importante evento de discussão das mudanças climáticas do mundo, a COP 30. O novo voo vindo de Miami representa mais uma porta aberta entre o Brasil e o mundo”, comentou o ministro do Turismo, Celso Sabino.

Em 2024, cerca de 5% dos voos que pousaram ou decolaram no Aeroporto Internacional de Belém são internacionais, o que resultou em um crescimento de 58% no fluxo estrangeiro, com novos destinos.

Hoje, a Gol já possui um voo internacional na malha do Pará, de Belém a Paramaribo, capital do Suriname. Na malha doméstica, a companhia opera atualmente em quatro cidades do Pará: Belém, Marabá, Santarém e no aeroporto de Carajás, que fica no município de Parauapebas.

Iniciativas como o Cadastur e o Novo Fungetur foram apresentadas a empreendedores da capital paraibana, uma das cidades mais buscadas por turistas em 2024

Agenda do ministro Celso Sabino em João Pessoa (PB) incluiu vários compromissos com autoridades locais. Crédito: Rizemberg Felipe/MTur

Empresários e prestadores de serviços turísticos de João Pessoa, capital da Paraíba e uma das cidades mais buscadas por visitantes de todo o mundo no ano passado, tiveram, na segunda-feira (24.02), a oportunidade de conhecer ações e programas de apoio do Ministério do Turismo ao desenvolvimento do setor.

Com a presença do ministro do Turismo, Celso Sabino, e do prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena, o encontro marcou a realização de mais uma edição do “MTur Itinerante”, que descentraliza a atuação da Pasta, levando a todo o país opções para estimular o turismo local.

As iniciativas incluem, por exemplo, a importância de estar regularizado no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur) e a disponibilidade de financiamentos por meio do Novo Fungetur (Fundo Geral de Turismo), que proporciona condições diferenciadas de crédito a agências de turismo, transportadoras turísticas, organizadoras de eventos, parques temáticos, acampamentos turísticos, restaurantes, cafeterias, bares e similares, entre outros.

O ministro Celso Sabino ressaltou a importância da estratégia de aproximação junto aos municípios. “Não vamos parar de trazer o Cadastur e o Fungetur para aquelas pessoas que querem ampliar a sua pousada, melhorar o seu restaurante, adquirir uma cozinha nova, um mobiliário novo, qualificar seus profissionais, porque é assim que aproximarmos esses empreendedores dos benefícios federais que estão disponíveis no Ministério do Turismo”, enfatizou Sabino.

O prefeito Cícero Lucena apontou impactos positivos do turismo a João Pessoa. “Cerca de 60% dos imóveis vendidos a 1,5 km da orla da cidade são para pessoas de fora, ou investindo ou vindo morar aqui. Então, atualmente, João Pessoa é um dos destinos mais procurados do mundo, e o turismo nos ajudou com essa visibilidade. Temos certeza que estamos no caminho certo, do desenvolvimento, da geração de emprego, da distribuição de renda. É importante que, cada vez mais, possamos trocar experiências para que esse desenvolvimento seja sustentável”, disse Lucena.