Simões de Assis abre programação de 2025 com exposição individual da artista Larissa de Souza em São Paulo

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Em "Fé Feitiço", Larissa de Souza traz pinturas inéditas, produzidas a partir de sua pesquisa sobre simpatias brasileiras e angolanas

A Simões de Assis dá início à sua programação de 2025 com a exposição individual da artista Larissa de Souza. Em cartaz de 28 de janeiro a 1° de março, a mostra “Fé Feitiço” será exibida em São Paulo, no espaço térreo, com 15 obras inéditas da artista, e texto assinado pelas curadoras Mariane Beline e Paula Nascimento. 

Os trabalhos foram produzidos a partir de sua pesquisa sobre simpatias brasileiras e angolanas. “Durante sua experiência na residência e nas vivências em Angola, Larissa de Souza se deparou com uma familiaridade local, hábitos e costumes angolanos que eram tipicamente brasileiros. A produção pictórica da artista converge com o entendimento de saberes ancestrais e culturais, silenciados pelas colonialidades, mas que resistem e habitam o inconsciente coletivo. Ao revisitar essas crenças populares, Larissa de Souza busca uma reconexão com identidades culturais do passado e ao fazê-lo, ressignifica o passado”, comenta a curadora Mariane Beline.

Larissa de Souza (São Paulo, 1995) é uma artista autodidata que se dedica à pintura majoritariamente figurativa, concentrando-se na representação da mulher afro diaspórica em seus universos particulares e coletivos. Suas obras carregam as histórias das mulheres de sua linhagem e a força de muitas outras, abordando temas como corpo, desejo, ancestralidade e memórias pessoais. Paralelamente, Larissa investiga memórias coletivas que moldam a cultura popular brasileira, criando narrativas visuais que mesclam intimidade e coletividade.

A artista iniciou sua trajetória em 2016, trabalhando em uma loja de materiais artísticos, onde aprofundou seus conhecimentos sobre técnicas e materiais. Posteriormente, atuou como assistente em um ateliê, o que impulsionou sua própria produção, especialmente durante a pandemia de 2020. Sua principal técnica é a tinta acrílica, combinada com aplicações que incluem bordados, tecidos, pedras e ladrilhos, adicionando camadas de textura às suas obras.

Sobre sua prática, Paula Nascimento e Mariane Beline destacam no texto que acompanha a mostra: "A magia popular, que chamamos de simpatias no Brasil, e tudo o que envolve esse preceito, é fascinante. O conceito místico dos símbolos, a intenção que depositamos, os saberes das ervas, as histórias de uma crença que permeia o imaginário de um povo e que se transmite por meio da oralidade são aspectos que nos intrigam. (...) Dentro dessa produção, Larissa também navega no inconsciente, com algumas pinturas surrealistas que nos fazem pensar que é no inconsciente que a fé também reside."

As cenas retratadas por Larissa são íntimas, muitas vezes situadas em ambientes caseiros com elementos de vazio e convites implícitos para o espectador adentrar esses espaços através de janelas ou portas abertas. Em suas pinturas, a artista subverte estereótipos históricos ao retratar pessoas negras em contextos de afeto e harmonia, criando uma sensação de familiaridade e acolhimento. Seu trabalho dialoga com referências como Rosana Paulino, Sônia Gomes e Faith Ringgold, e apresenta uma profunda reflexão sobre políticas de afetividade.

A fé sempre foi uma maneira de Larissa de Souza enfrentar as dificuldades que a vida nos apresenta. Desde criança, a artista alimentava “de fé” as pequenas coisas que a rodeavam, como por exemplo: uma pedra bonita que encontrava no caminho, logo se transformava em um amuleto de proteção. Desde sua infância, apesar de ainda não ter a dimensão dos problemas sociais, Larissa já sentia a necessidade de estar protegida, espiritualmente e sobrenaturalmente.

“Acredito que nós, seres humanos, assim como fazemos parte da natureza - e somos a natureza -, também possuímos poderes transformadores por meio da fé. E a fé de que falo não se refere estritamente ao sentido religioso. Há um mistério no fato de não sabermos a raiz de onde tudo começou. Acho interessante como esse conceito se distribui no imaginário coletivo, independentemente da religião e isso me faz refletir como esses saberes se perdem à medida que a modernidade avança”, comenta Larissa de Souza.

Na exposição “Fé Feitiço”, Larissa busca retratar alguns dos saberes que aprendeu durante sua infância, mas ao mesmo tempo, traz à tona sua experiência de vida na Angola. “O Brasil tem uma ligação muito forte com a cultura banto, que se misturou à cultura indígena brasileira. Vejo o quanto temos em comum, em termos de crenças populares”, explica.

A paleta de cores em “Fé Feitiço” explora tons azulados com nuances violáceas, com adição de bordados, ladrilhos e pedras. As pinturas transitam entre o lilás sutil e o púrpura denso, tons que aprofundam uma sensação de elevação espiritual. Larissa de Souza também já realizou exposições individuais como “Paredes que contam histórias” (2023), na Albertz Benda, Nova York, e “Pertencimento” (2021), na HOA, São Paulo. Também participou de exposições coletivas de destaque, como “Do You See Me?” (2023), em Los Angeles, e “Histórias Brasileiras” (2022), no MASP, São Paulo. Suas obras integram coleções relevantes, como as do Museu de Arte do Rio (MAR) e do MASP.

Sobre a artista

Larissa de Souza (São Paulo, 1995) é artista autodidata. Em sua pintura, majoritariamente figurativa, concentra-se na imagem da mulher afro diaspórica – seu universo particular e coletivo –, navegando entre a memória, o corpo, o desejo e a ancestralidade.  Souza retrata cenas afetivas que destacam a importância da experiência negra em seu testamento poético, questionando o silenciamento da população negra pelo pensamento colonial e escutando a ancestralidade inscrita no corpo. Sua pintura carrega a história das mulheres de sua linhagem e a força de muitas outras. Por meio de um universo cromático muito singular, marcado por texturas e também aplicações como bordados, ladrilhos e tecidos que integram sua composição, Larissa possui trabalhos nos acervos do Museu de Arte do Rio – MAR, no Rio de Janeiro, e Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - MASP, em São Paulo. 

A artista participa de duas mostras coletivas em São Paulo, que ficam em cartaz até fevereiro de 2025:  “Outros Navios: Uma Coleção Afro-Atlântica”, Centro Cultural FIESP, e “Artistas do vestir: uma costura dos afetos”, Instituto Itaú Cultural.

Link para vídeo sobre a prática da artista

Sobre Paula Nascimento

Paula Nascimento (Luanda, 1981) é arquiteta e curadora independente, baseada em Luanda. Seu trabalho envolve artes visuais e práticas culturais, com enfoque na intersecção entre artes visuais, urbanismo, geopolítica e educação artística. Um aspecto significativo da sua prática envolve metodologias interdisciplinares e um foco em leituras contemporâneas de temas históricos, e debruça-se por discursos des/pós-coloniais no contexto do Sul Global. Atualmente, é presidente do comitê artístico da Nesr Art Foundation, curadora da Secção Africana da Arco Lisboa, e membro do Conselho curatorial do Hangar – Centro de Investigação Artística e integra o Comitê de aquisições do Centro de Arte Moderna (Fundação Calouste Gulbenkian). Foi premiada com o Leão de Ouro de melhor participação nacional na Bienal de Veneza em 2013 e recebeu diversas distinções.

Sobre a Simões de Assis

Desde a sua abertura, em 1984, a Simões de Assis dirige o seu olhar para a arte moderna e contemporânea, especialmente para a produção latino-americana. Ao longo de quatro décadas de trabalho, a galeria se especializou na preservação e na difusão do espólio de importantes artistas como Abraham Palatnik, Carmelo Arden Quin, Cícero Dias, Emanoel Araujo, Ione Saldanha e Miguel Bakun, contando com a parceria de famílias e fundações responsáveis.

A partir do contato estreito com pesquisadores e curadores, a Simões de Assis conseguiu a articulação necessária para difundir e representar seus artistas no Brasil e no exterior. Ampliando o alcance no mercado de arte do Brasil, atualmente, a galeria tem três espaços: em São Paulo (SP), Curitiba (PR) e Balneário Camboriú (SC), estimulando trocas e debates, além de fomentar o talento e a carreira de seus artistas.

Serviço
Fé Feitiço”, exposição individual de Larissa de Souza 

Preview para imprensa & convidados: 27 de janeiro, a partir das 19h
Período expositivo: de 28 de janeiro a 1° de março de 2025
Local: Simões de Assis | Alameda Lorena, n° 2050 - térreo - Jardins - São Paulo/SP
Horário de visitação: segunda a sexta, das 10h às 19h | sábados, das 10h às 15h
Entrada gratuita

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Impacto – Segundo um estudo realizado pela Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o impacto econômico médio por passageiro no setor é de cerca de R$ 710 nas cidades de escala e de R$ 920 nos locais de embarque e desembarque. O segmento é fonte de geração de emprego e renda, beneficiando outros ramos, como comércio, serviços, transporte, hotelaria e gastronomia.

Além das operações de cabotagem (transporte interno), cerca de 21 navios de longo curso também farão escala no Brasil durante o período, conectando o país a importantes rotas internacionais e fortalecendo destinos como Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Rio Grande do Sul. As paradas dos navios ampliam a relevância do país no mapa global do turismo marítimo e o alcance econômico e turístico da atividade.

“A temporada que se inicia reafirma o compromisso do setor de cruzeiros com o desenvolvimento do turismo e das economias locais. A indústria segue investindo em sustentabilidade e inovação, além de manter o foco na excelência das experiências oferecidas aos cruzeiristas, um diferencial que faz dos cruzeiros um produto capaz de gerar oportunidades, e impulsionar o turismo brasileiro”, aponta Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.

 

Hotéis investem em experiências exclusivas para proporcionar descanso profundo e restaurador

Dormir bem virou destino. Nos últimos anos, o chamado “turismo do sono” tem ganhado espaço no setor de viagens como resposta à busca crescente por qualidade de vida, equilíbrio mental e bem-estar. A proposta vai além de oferecer acomodações confortáveis: trata-se de uma experiência sensorial completa, pensada para promover noites de descanso profundo e minimizar os impactos da vida contemporânea sobre o dormir. 

Uma pesquisa recente realizada pelo metabuscador Kayak e apresentada em seu Guia de Turismo do Sono mostra que 67% dos brasileiros colocam o descanso no centro de seus planos de férias. O estudo também indica que 14% esperam encontrar zonas de desintoxicação digital nos hotéis nos próximos cinco anos e 20%  desejam recuperar o sono em viagens futuras. Os números evidenciam uma mudança clara de comportamento: descansar virou prioridade e está redefinindo a forma de viajar.

Mais do que fugir da rotina, o novo viajante busca desacelerar e restaurar corpo e mente — e encontra nos hotéis e retreats especializados o ambiente ideal para isso. Entre os diferenciais estão quartos com isolamento acústico, controle de temperatura e iluminação, colchões e travesseiros de alta performance, aromaterapia, cromoterapia e até acompanhamento de especialistas em sono.

No Brasil, essa tendência já se manifesta em iniciativas como a do NH Collection Curitiba, situado na capital paranaense. Em meio ao ritmo intenso da cidade, o hotel convida os hóspedes a desacelerar e cuidar do corpo e da mente. Os quartos foram cuidadosamente adaptados para oferecer o máximo conforto e descanso, com cortinas blackout, isolamento acústico e detalhes que aprimoram a experiência de relaxamento, como os novos travesseiros com tecnologia Nasa nas suítes corner e um menu de travesseiros que será lançado em breve.

“Já percebemos uma mudança significativa no perfil dos nossos hóspedes nos últimos anos. Cada vez mais pessoas escolhem o NH Collection como refúgio para descansar, se desconectar e recuperar as energias”, afirma o diretor do hotel, Antonio de Albuquerque. “Nosso foco tem sido adaptar serviços e ambientes para atender a essa nova demanda, oferecendo não apenas conforto, mas um verdadeiro caminho para o equilíbrio físico e mental.”

Os hóspedes também contam com os Brilliant Basics, conjunto de serviços essenciais da marca NH Collection que inclui café da manhã antecipado (early bird breakfast), kit sono com chá relaxante, máscara e itens de aromaterapia, além de roupão, chinelos e uma atmosfera preparada para o relaxamento. Experiências sensoriais personalizadas, como o uso de aromas específicos e playlists tranquilizantes, ajudam a induzir um estado de calma e bem-estar.

Reforçando essa proposta de hospitalidade voltada para o equilíbrio físico e mental, o NH Collection Curitiba dispõe ainda do Naturo Spa, espaço dedicado à saúde integral dos hóspedes e visitantes. “Nosso objetivo é proporcionar uma jornada sensorial única e exclusiva para cada indivíduo. Oferecemos uma experiência que vai além do simples relaxamento superficial”, afirma o diretor. O spa aposta em atendimento personalizado, com foco no biotipo de cada cliente e uso de produtos adaptados às suas necessidades. 

Entre os serviços mais procurados estão massagens relaxantes, drenagem linfática, Miracle Face e massagem modeladora com técnicas da renomada Renata França, além de terapias orientais como Zen Shiatsu e Thai Massage, realizadas diretamente no solo. Todas as práticas são conduzidas por terapeutas especializados, com técnicas exclusivas e patenteadas, garantindo uma experiência diferenciada.

“Com TVs smart, máquinas de café Nespresso e atendimento pensado nos mínimos detalhes, o NH Collection Curitiba mostra como o turismo do sono está se consolida como uma das principais apostas do setor hoteleiro. Em um mundo onde dormir bem virou luxo, viajar para descansar de verdade se tornou não só uma escolha, mas uma necessidade. O turismo do sono atende essa demanda, transformando o quarto de hotel em um verdadeiro santuário do descanso”, finaliza Antonio.