Centro Cultural Correios RJ apresenta "Terra", de Zilah Garcia, inspirada na obra Os sertões de Euclides da Cunha

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O Centro Cultural Correios Rio de Janeiro apresenta de 22 de janeiro a 08 de março de 2025 a exposição Terra, primeira individual da artista plástica paulista, Zilah Garcia. Com curadoria da historiadora da arte, crítica, professora e pesquisadora carioca, Daniele Machado, a mostra reúne cerca de 20 peças de duas séries que entrelaçam memória afetiva, sustentabilidade e inovação técnica no fazer artístico inspirados no clássico Os sertões,  de Euclides da Cunha. 

 

"A exposição traz muito da minha verdade porque reflete histórias e experiências que carrego desde a infância, especialmente as que aprendi com meus avós. Essas memórias fundamentam as peças que o público verá na mostra", comenta a artista. As obras, que ocupam parcialmente o espaço cultural localizado no centro do Rio, ressignificam texturas, cores e materiais, e dialogam com temas como o êxodo nordestino, a resiliência humana e o impacto ambiental.

 

"Zilah é uma artista em pleno processo de construção, que se permitiu correr riscos significativos ao explorar novas técnicas e materiais. Os resultados de sua pesquisa e produção têm sido reveladores, e o risco assumido reflete coragem e dedicação", observa Daniele Machado.

 

Nascida em Olímpia, cidade do interior de São Paulo que ficou conhecida como a capital do folclore, Zilah Garcia cresceu em contato com as artes no ateliê da mãe e iniciou sua trajetória artística ainda criança, estudando pintura, escultura e desenho. Mais tarde, chegou a estudar a técnica de afresco na Itália.

 

Após dedicar-se por quase três décadas ao mercado de moda e estamparia, decidiu concentrar-se nas artes plásticas há cerca de três anos. Desde então, frequenta os cursos da Escola de Artes Visuais do Parque Lage, no Rio de Janeiro, onde vem experimentando diferentes técnicas e linguagens, além de ampliar seu repertório nos cursos teóricos ministrados por Daniele Machado na mesma instituição.





Diálogo com a literatura brasileira e as raízes familiares

 

Os trabalhos foram inicialmente inspirados no clássico da literatura brasileira Os sertões, de Euclides da Cunha. Em 2022, enquanto organizava seu ateliê, Zilah encontrou uma edição do livro, que havia lido na adolescência. A obra, que narra uma espécie de epopeia da vida sertaneja contra as elites brasileiras, trouxe à tona as imagens das histórias contadas por seu avô, que migrou do sertão nordestino para São Paulo em busca de uma vida melhor. Esse reencontro reavivou memórias familiares e aprofundou a conexão com o município de Quixeramobim, no Ceará, terra natal de Antônio Conselheiro, figura central da sangrenta Guerra de Canudos (1896-1897) e origem dos antepassados da artista. O bisavô de Zilah, Damião Carneiro, foi proprietário da fazenda Canafístula, localizada na mesma cidade.

 

"Minha obra é uma homenagem à luta dos sertanejos descritos neste livro originalmente publicado em 1902. Cada grão de terra carrega consigo histórias de resiliência e esperança, refletindo a força de um povo que resiste mesmo diante das condições mais adversas", afirma Zilah.



Experimentação com a terra

 

Tendo como matéria-prima a terra, a série é composta por pinturas-objetos – obras que, embora tenham a tela como suporte, incorporam um caráter tridimensional através de um processo artesanal e experimental desenvolvido por Zilah. O efeito craquelado, característico da terra que se racha devido à seca, é obtido por meio dessa experimentação que discute forma e espaço. Para criar as texturas, a artista coleta terra de diferentes regiões do Brasil e processa pedras que, ao serem trituradas, se transformam em uma espécie de massa. Essa mistura é esculpida na tela, aderindo à superfície durante o processo de secagem.

 

Para alcançar a consistência ideal, Zilah utiliza instrumentos manuais, trituradores elétricos e até secadores de cabelo, ajustando seu método conforme as características dos materiais encontrados. De acordo com a curadora, "essa liga não só evoca as condições áridas descritas na obra literária, mas estabelece um vínculo sensorial com o ambiente retratado". Na poética de Zilah, a seca se transforma na solução criativa que garante a conservação das obras, ao longo do tempo.

 

Os trabalhos Onze Anos e Doze Anos evidenciam as duras condições de aridez que marcam a narrativa de Euclides da Cunha. Em peças como Terra Ignota e Culto das Seis, Zilah integra páginas de edições antigas de Os Sertões, que passam por um processo cuidadoso de impermeabilização antes de serem aplicadas sobre a massa de terra. Esse tratamento assegura que o papel interaja com os outros materiais sem perder integridade.

 

Para Daniele, a série de Zilah estabelece um diálogo profundo com a obra do grande escritor brasileiro, explorando a seca em múltiplas dimensões: "Pensando a seca não apenas como uma questão social, mas também como um elemento plástico. Ou, ainda, como um projeto político que transcende as questões naturais. E, na esfera da História da Arte, refletindo sobre a relação da matéria com a umidade."



Sustentabilidade e reaproveitamento de materiais

 

A mostra inclui a instalação Embaixada ao céu, composta por 200 exemplares de diferentes edições de Os Sertões. Resgatados de sebos ou comprados diretamente de pessoas de diversas regiões do país, os livros foram incorporados à obra e serão doados na abertura da exposição, evidenciando o compromisso da artista com a questão da sustentabilidade.



"Essa instalação é, também,  um convite à reflexão sobre o ciclo de vida dos objetos. Livros são frequentemente descartados apesar da potência atemporal de disseminar conhecimento e fomentar a imaginação", afirma Zilah.

 

Além do evidente reaproveitamento de materiais, a curadora Daniele Machado destaca que a prática artística de Zilah abraça a sustentabilidade ao priorizar o uso de recursos locais, como pigmentos orgânicos.

 

No mesmo contexto, a série Abrindo camadas (2023) une o fazer artístico ao ativismo ambiental. Movida pela coleta de resíduos plásticos recolhidos em praias de Santa Catarina, onde a artista viveu por um período, Zilah criou tapeçarias com sacolas plásticas reutilizadas. "Essa obra transcende o aspecto tangível e convida o público a refletir sobre o impacto de suas escolhas, demonstrando como o que é descartado pode ser transformado em algo de valor e significado", comenta a artista.

 

Daniele ressalta a conexão entre a prática do tecer – aprendida com a avó de Zilah – e o uso das sacolas plásticas na tapeçaria. A Mar de Torções (2024)  celebra essa memória ao contrastar elementos de técnicas ancestrais, como rendas e panos bordados feitos pela avó da artista, com a tapeçaria contemporânea criada a partir de sacolas plásticas. "Esses elementos estabelecem uma ponte entre a memória familiar e a sustentabilidade, mostrando como o ato de tecer atravessa gerações, ressignificando-se desde a renda tradicional até as criações contemporâneas com materiais reciclados", conclui a curadora.

 

A exposição conta ainda com um filme que documenta a viagem de Zilah ao município de Canudos, interior da Bahia, no final de 2024. A projeção exibe a paisagem descrita por Euclides da Cunha sobre a História de Canudos e revela como a vivência da artista naquele território influenciou sua pesquisa artística. 

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Créditos : Tourism Seychelles

Luxo com propósito

Os resorts e hotéis boutique do arquipélago oferecem experiências de alto padrão sem perder o compromisso com a sustentabilidade. Aqui, o conforto se une ao respeito pela natureza: muitas propriedades são ecologicamente projetadas e envolvem as comunidades locais em suas operações, criando um modelo de turismo consciente e inspirador.

 

Um destino para celebrar — e se reconectar

Cenário de casamentos e luas de mel inesquecíveis, Seychelles é sinônimo de romance e tranquilidade. Mas também é o refúgio perfeito para famílias, aventureiros e viajantes solo que buscam um tempo para si, longe da pressa do mundo. Em cada pôr do sol, o arquipélago oferece um novo começo — e a lembrança de que a felicidade pode estar nas coisas mais simples.

 

Crédito - Michel Denousse - Tourism Seychelles

Por que Seychelles agora

Com voos regulares e clima tropical agradável durante todo o ano, o destino é de fácil acesso e oferece uma experiência segura, acolhedora e completa. Em um mundo cada vez mais acelerado, Seychelles surge como um convite à pausa, à reconexão e à leveza.

 

Mais do que um ponto no mapa, é um estado de espírito — um lugar onde a natureza, o tempo e o coração humano finalmente se encontram.

Período terá sete navios em mais de 160 roteiros, envolvendo 16 destinos no Brasil e América do Sul

Começou oficialmente na última semana a temporada de cruzeiros 2025/2026 no Brasil, com a chegada a Salvador (BA), no dia (21.10), do MSC Preziosa. O período terá aproximadamente seis meses de duração e a oferta de cerca de 670 mil leitos nos sete navios que vão percorrer a costa brasileira. No total, mais de 160 roteiros foram confirmados, envolvendo mais de 600 escalas em 16 destinos.

O estímulo aos cruzeiros é uma parte importante da estratégia estabelecida pelo Ministério do Turismo no Plano Nacional de Turismo (PNT) 2024-2027, que define as metas a serem alcançadas no setor ao longo dos próximos três anos.

O ministro do Turismo, Celso Sabino, destaca a contribuição do segmento para o mercado nacional. “O turismo no nosso país vive o melhor momento da história, com recorde de turistas internacionais, faturamento e geração de empregos, e o setor de cruzeiros representa uma fatia importante de contribuição no mercado”, ressalta.

Os roteiros contemplam embarques e desembarques nas cidades de Santos (SP), Rio de Janeiro (RJ), Salvador (BA), Maceió (AL), Itajaí (SC) e, também, Balneário Camboriú (SC), que estreia nesta temporada como porto de acesso.

As viagens serão realizadas ainda em Angra dos Reis (RJ), Búzios (RJ), Ilha Grande (RJ), Ilhabela (SP), Ilhéus (BA), Porto Belo (SC) e Recife (PE), além das paradas internacionais em Buenos Aires (Argentina), Montevidéu (Uruguai) e Punta del Este (Uruguai).

Impacto – Segundo um estudo realizado pela Associação Brasileira de Cruzeiros Marítimos (CLIA Brasil) em parceria com a Fundação Getúlio Vargas (FGV), o impacto econômico médio por passageiro no setor é de cerca de R$ 710 nas cidades de escala e de R$ 920 nos locais de embarque e desembarque. O segmento é fonte de geração de emprego e renda, beneficiando outros ramos, como comércio, serviços, transporte, hotelaria e gastronomia.

Além das operações de cabotagem (transporte interno), cerca de 21 navios de longo curso também farão escala no Brasil durante o período, conectando o país a importantes rotas internacionais e fortalecendo destinos como Amazonas, Bahia, Rio de Janeiro, São Paulo, Pará, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas e Rio Grande do Sul. As paradas dos navios ampliam a relevância do país no mapa global do turismo marítimo e o alcance econômico e turístico da atividade.

“A temporada que se inicia reafirma o compromisso do setor de cruzeiros com o desenvolvimento do turismo e das economias locais. A indústria segue investindo em sustentabilidade e inovação, além de manter o foco na excelência das experiências oferecidas aos cruzeiristas, um diferencial que faz dos cruzeiros um produto capaz de gerar oportunidades, e impulsionar o turismo brasileiro”, aponta Marco Ferraz, presidente da CLIA Brasil.

 

Hotéis investem em experiências exclusivas para proporcionar descanso profundo e restaurador

Dormir bem virou destino. Nos últimos anos, o chamado “turismo do sono” tem ganhado espaço no setor de viagens como resposta à busca crescente por qualidade de vida, equilíbrio mental e bem-estar. A proposta vai além de oferecer acomodações confortáveis: trata-se de uma experiência sensorial completa, pensada para promover noites de descanso profundo e minimizar os impactos da vida contemporânea sobre o dormir. 

Uma pesquisa recente realizada pelo metabuscador Kayak e apresentada em seu Guia de Turismo do Sono mostra que 67% dos brasileiros colocam o descanso no centro de seus planos de férias. O estudo também indica que 14% esperam encontrar zonas de desintoxicação digital nos hotéis nos próximos cinco anos e 20%  desejam recuperar o sono em viagens futuras. Os números evidenciam uma mudança clara de comportamento: descansar virou prioridade e está redefinindo a forma de viajar.

Mais do que fugir da rotina, o novo viajante busca desacelerar e restaurar corpo e mente — e encontra nos hotéis e retreats especializados o ambiente ideal para isso. Entre os diferenciais estão quartos com isolamento acústico, controle de temperatura e iluminação, colchões e travesseiros de alta performance, aromaterapia, cromoterapia e até acompanhamento de especialistas em sono.

No Brasil, essa tendência já se manifesta em iniciativas como a do NH Collection Curitiba, situado na capital paranaense. Em meio ao ritmo intenso da cidade, o hotel convida os hóspedes a desacelerar e cuidar do corpo e da mente. Os quartos foram cuidadosamente adaptados para oferecer o máximo conforto e descanso, com cortinas blackout, isolamento acústico e detalhes que aprimoram a experiência de relaxamento, como os novos travesseiros com tecnologia Nasa nas suítes corner e um menu de travesseiros que será lançado em breve.

“Já percebemos uma mudança significativa no perfil dos nossos hóspedes nos últimos anos. Cada vez mais pessoas escolhem o NH Collection como refúgio para descansar, se desconectar e recuperar as energias”, afirma o diretor do hotel, Antonio de Albuquerque. “Nosso foco tem sido adaptar serviços e ambientes para atender a essa nova demanda, oferecendo não apenas conforto, mas um verdadeiro caminho para o equilíbrio físico e mental.”

Os hóspedes também contam com os Brilliant Basics, conjunto de serviços essenciais da marca NH Collection que inclui café da manhã antecipado (early bird breakfast), kit sono com chá relaxante, máscara e itens de aromaterapia, além de roupão, chinelos e uma atmosfera preparada para o relaxamento. Experiências sensoriais personalizadas, como o uso de aromas específicos e playlists tranquilizantes, ajudam a induzir um estado de calma e bem-estar.

Reforçando essa proposta de hospitalidade voltada para o equilíbrio físico e mental, o NH Collection Curitiba dispõe ainda do Naturo Spa, espaço dedicado à saúde integral dos hóspedes e visitantes. “Nosso objetivo é proporcionar uma jornada sensorial única e exclusiva para cada indivíduo. Oferecemos uma experiência que vai além do simples relaxamento superficial”, afirma o diretor. O spa aposta em atendimento personalizado, com foco no biotipo de cada cliente e uso de produtos adaptados às suas necessidades. 

Entre os serviços mais procurados estão massagens relaxantes, drenagem linfática, Miracle Face e massagem modeladora com técnicas da renomada Renata França, além de terapias orientais como Zen Shiatsu e Thai Massage, realizadas diretamente no solo. Todas as práticas são conduzidas por terapeutas especializados, com técnicas exclusivas e patenteadas, garantindo uma experiência diferenciada.

“Com TVs smart, máquinas de café Nespresso e atendimento pensado nos mínimos detalhes, o NH Collection Curitiba mostra como o turismo do sono está se consolida como uma das principais apostas do setor hoteleiro. Em um mundo onde dormir bem virou luxo, viajar para descansar de verdade se tornou não só uma escolha, mas uma necessidade. O turismo do sono atende essa demanda, transformando o quarto de hotel em um verdadeiro santuário do descanso”, finaliza Antonio.