O programa Cultura Circular, do British Council, tornou-se uma força transformadora no setor cultural, impulsionando a sustentabilidade e a inovação na América Latina e Caribe. Desde o seu lançamento, o programa impactou mais de 110 festivais em 75 cidades, capacitando-os a adotar práticas ecológicas, reduzir sua pegada ambiental e promover intercâmbios culturais entre as Américas e o Reino Unido. Com um histórico comprovado de sucesso, o Cultura Circular continua a posicionar o setor cultural como um ator-chave no combate global às mudanças climáticas.
Sustentabilidade em ação: histórias de sucesso de festivais
O impacto do Cultura Circular vai muito além do apoio financeiro—sua proposta desencadeou uma onda de inovação na sustentabilidade de festivais. Ao promover a redução de resíduos, a eficiência energética e o engajamento comunitário, o programa permitiu que festivais implementassem iniciativas pioneiras que ressoam com o público e inspiram mudanças duradouras.
Um exemplo é o Afropunk, realizado em Salvador, que, com o apoio do Cultura Circular, tornou-se o primeiro festival do Brasil a introduzir uma estação pública de reciclagem e compostagem em 2023. Essa iniciativa não apenas reduziu significativamente os resíduos, mas também educou milhares de participantes sobre práticas sustentáveis. Os recursos do programa também permitiram que o Afropunk integrasse a sustentabilidade em sua estratégia ESG mais ampla, incluindo o uso de embalagens compostáveis, a instalação de dispositivos para economia de água e a introdução de tradução simultânea e audiodescrição para as performances. Além disso, 60% das opções de alimentação eram à base de plantas, e 1.000 mudas nativas da Mata Atlântica foram plantadas para compensar as emissões.
Outro exemplo é o Se Rasgum Festival, recentemente certificado como o primeiro festival ‘Lixo Zero’ da Amazônia. Os organizadores atribuem essa conquista diretamente à participação em dois ciclos do Cultura Circular. O festival, que celebra este ano seu 20º aniversário em Belém, cidade que sediará a COP30 em novembro, também implementou iniciativas de sustentabilidade impactantes. Entre elas, estão a compensação da pegada de carbono, a gestão de resíduos orgânicos e recicláveis por meio de compostagem ao vivo no "Corredor da Sustentabilidade" com parceiros de gastronomia, e a colaboração com cooperativas locais de reciclagem—envolvendo coletores e educando o público por meio de atividades interativas. Como resultado, mais de 1,1 tonelada de resíduos foi desviada de aterros sanitários, garantindo que os materiais fossem reaproveitados em diversas iniciativas cooperativas.
Da mesma forma, o festival Barulinho Delas, em 2024, pioneiro no empoderamento das mulheres na produção cultural, ofereceu 180 horas de workshops liderados por mulheres e promoveu o intercâmbio de conhecimento com artistas britânicas. Essas colaborações inspiraram práticas mais sustentáveis e criativas entre os participantes locais, demonstrando a capacidade do programa de unir culturas enquanto aborda desafios globais.
Fortalecendo colaborações internacionais
O Cultura Circular também facilitou intercâmbios artísticos entre o Reino Unido e as Américas. Em 2023, a DJ britânica Tash LC colaborou com a banda brasileira Trapfunk & Alívio no Afropunk, enquanto a artesã e ativista Carrie Reichardt liderou uma oficina de cerâmica no Barulinho Delas, destacando o papel das mulheres na preservação do patrimônio cultural imaterial. Em 2024, as artistas e ativistas Beccy McCray e Hannah Davey, integrantes do Greenpeace UK, exploraram as interseções entre arte, ativismo e mudanças climáticas com mulheres locais, reforçando ainda mais o compromisso do programa com a colaboração global.
No Festival Se Rasgum, essa troca se materializou em uma colaboração artística entre artistas brasileiros da Amazônia e o estúdio britânico SDNA. O festival foi palco da criação de um vídeo manifesto – uma poderosa declaração sobre a responsabilidade ambiental e o nosso futuro compartilhado. O projeto reuniu Moara Tupinambá, com suas criações em colagem, Fernanda Brito Gaia, captando imagens marcantes; Nelson D, compondo uma trilha sonora envolvente; e o estúdio SDNA, responsável pela produção do vídeo e pelo mapping.
Por que os festivais são essenciais para a ação climática
Com 80% das emissões de carbono dos festivais provenientes do transporte dos participantes e eventos como o Coachella gerando 107 toneladas de resíduos sólidos por dia, a necessidade de práticas sustentáveis no setor é mais urgente do que nunca. O Cultura Circular enfrenta esse desafio fornecendo ferramentas e treinamento para reduzir emissões e promover a sustentabilidade em toda a cadeia de valor dos eventos. Um estudo da Julie’s Bicycle, organização sem fins lucrativos do Reino Unido referência na conexão entre cultura e ação climática, revelou que 86% dos festivais adotam novas práticas sustentáveis após o treinamento do programa. Parceira essencial do Cultura Circular, a Julie’s Bicycle fornece dados, pesquisas e insights que fundamentam e impulsionam suas ações.
Rafael Ferraz, Diretor de Artes do British Council no Brasil, acrescentou: “Cultura Circular não se trata apenas de apoiar festivais – é sobre criar um movimento. Ao incentivar a colaboração entre artistas brasileiros e britânicos e fornecer os recursos necessários para implementar práticas sustentáveis, estamos construindo um legado de responsabilidade ambiental e inovação cultural. Queremos ser um exemplo do poder das artes para promover mudanças reais na luta contra as mudanças climáticas”.
Inscreva-se Agora!
O British Council convida gestores de festivais no Brasil a se inscreverem para o edital do Cultura Circular 2025 e fazerem parte de uma rede crescente de eventos comprometidos com a sustentabilidade e o intercâmbio cultural.Prazo para inscrições: 30 de março de 2025
Saiba mais e inscreva-se: https://bit.ly/41bhrDAPara mais informações sobre o British Council no Brasil, visite: https://www.britishcouncil.org.br/
Fundo para festivais brasileiros está com inscrições abertas
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