Nova mostra temporária e projeção de E.T. O Extraterrestre marcam programação no Museu da Língua Portuguesa em abril

Cultura
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Quem vier ao Museu da Língua Portuguesa em abril poderá visitar a exposição temporária Fala Falar Falares. A mostra, que abriu para o público no dia 28 de março, celebra os sotaques brasileiros. Além disso, o mês marca o primeiro aniversário do Luz na Tela, o cinema ao ar livre do Museu, com a exibição do clássico E.T. – O Extraterrestre, de Steven Spielberg. Localizado no icônico prédio da Estação da Luz, o Museu é uma instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.  

Também haverá visita temática à exposição principal com o tema Quem Civiliza Quem?. Realizado pelo Núcleo Educativo, a atividade vai acontecer no dia 19 de abril, Dia dos Povos Indígenas, em meio ao feriado prolongado do mês. Inclusive, o Museu funcionará normalmente em 18 de abril (Sexta-Feira Santa) e no sábado (19 de abril) e domingo (20 de abril), sendo uma excelente opção de passeio para quem estiver em São Paulo. No dia 21 de setembro, feriado de Tiradentes, o Museu fica fechado para visitação, como ocorre normalmente às segundas-feiras. 

O mês ainda reserva edições do Plataforma ConexõesSarau no Museu e outras atividades com o Núcleo Educativo.  

Confira abaixo os destaques. 

Fala Falar Falares 
Recém-aberta para o público, a exposição temporária Fala Falar Falares celebra o ato de falar, um superpoder do ser humano, e os sotaques brasileiros. Isso se dá por meio de recursos audiovisuais, como em uma sala em que o público pode observar como nossa língua e nossas cordas vocais se movimentam quando nos expressamos. Há também experiências participativas: o visitante é desafiado a adivinhar o sotaque das pessoas que aparecem em um vídeo quiz, por exemplo. É bem mais complicado do que podemos imaginar. Com curadoria da cineasta e cenógrafa Daniela Thomas e do escritor e linguista Caetano W. Galindo, a mostra é um convite à celebração da diversidade dos sotaques encontrados em todos os cantos do Brasil. 

A mostra fica em cartaz de terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h). Os ingressos custam R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia), com entrada gratuita para todos os públicos aos sábados e domingos. Crianças até 7 anos pagam em nenhum dia da semana. 

Fala Falar Falares conta com patrocínio máster da Petrobras e do Grupo CCR, por meio do Instituto CCR; patrocínio do Instituto Cultural Vale; apoio do Grupo Ultra e do Itaú Unibanco – todos por meio da Lei Rouanet. A temporada 2025 é uma realização do Ministério da Cultura. 

E.T. – O Extraterrestre 
Um dos principais filmes do cineasta Steven Spielberg, E.T. O Extraterrestre foi o escolhido para celebrar o aniversário de 1 ano do Luz na Tela, o projeto de cinema ao ar livre do Museu. A sessão vai acontecer no dia 24 de abril (quinta-feira), a partir das 19h – antes do clássico americano, será exibido o curta-metragem Hotel Laide, sobre a importância dos hotéis sociais na política de redução de danos na região da Luz, onde o Museu está localizado. A curadoria do Luz na Tela é do Soberano – Rua do Triunfo. 

Povos Indígenas 
No Dia dos Povos Indígenas, 19 de abril, das 12h às 13h, o Núcleo Educativo promove a visita temática especial Quem Civiliza Quem? pela exposição principal. O objetivo deste passeio é apresentar a pluralidade cultural dos povos indígenas e a sua influência no português brasileiro. Os grupos para esta atividade, que é gratuita, são formados perto da bilheteria do Pátio A, 15 minutos antes de seu início.  

Sarau no Museu contará com o show do artista potiguar Juão Nyn, que lançou, em agosto de 2024, o álbum NHE’ETIMBÓ, que, em uma livre interpretação, pode significar Voz, Fumaça de Corpo. O trabalho reúne 11 faixas, sendo 9 delas cantadas na língua tupi. O artista mescla ritmos ancestrais e música eletrônica para abordar temas relacionados à espiritualidade do Ka’atimbó, cosmovisão que já foi enquadrada como feitiço e significa fumaça da mata/erva. No Pátio B, no dia 25 de abril (sexta-feira), das 19h às 20h30, com entrada gratuita e microfone aberto para quem quiser mostrar sua poesia. 

Gírias Dançantes 
Chamada de breaking, a dança do movimento hip-hop apresenta diversas características que se diferem dependendo de onde quem a dança a aprendeu. O projeto Gírias Dançantes, atração do Plataforma Conexões de abril, no dia 12, vai mostrar as variações regionais da língua portuguesa, utilizando a dança como um reflexo da diversidade de sotaques e tradições do país. Gratuita, a apresentação vai acontecer no Saguão Central da Estação da Luz, das 12h às 13h, grátis. 

Domingo de brincadeira e apresentações artísticas 
Já tradicional na programação da instituição, o Domingo no Museu oferece um espaço de livre brincar para crianças e suas famílias graças ao trabalho realizado pela Caravana Lúdica. Sempre aos domingos, das 11h às 16h, o coletivo espalha jogos de tabuleiro tradicionais e outros mais diferentes pelo espaço. Não precisa retirar ingresso com antecedência: só chegar e começar a brincar. 

Nos dias 6 e 27, a partir das 11h, haverá ainda apresentações artísticas. No dia 6, a atração é o espetáculo Terristórias, do coletivo teatral Bando Trapos. Nesta contação de histórias, a protagonista é a personagem Pirajussara, a Mulher-Rio, a habitante mais antiga do Campo Limpo, bairro da zona sul da cidade de São Paulo. Já no dia 27, é a vez de Dançando Histórias do Brasil e do Mundo, de Rafaella Fusaro, com histórias da cultura popular brasileira.  

Projeção mapeada na torre do relógio 
Que tal integrar um projeto que produzirá uma projeção mapeada na torre do relógio da Estação da Luz, sede do Museu? A 2ª edição do Encontros Dissidentes: o museu e a rua como laboratório artístico da palavra está com as inscrições abertas (até dia 20 de abril). Para ficar com uma das 18 vagas da iniciativa, é preciso preencher o formulário deste link (clique aqui). Os selecionados vão participar de uma formação de três meses, na qual vão debater questões relacionadas ao Museu e o seu entorno – o Coletivo Coletores capitaneia a atividade. Dos 18 selecionados, 12 receberão uma bolsa-auxílio mensal de R$ 350,28, a serem pagas ao final de cada mês, durante a formação. As seis vagas restantes serão oferecidas para alunos especiais, que farão parte do projeto sem o pagamento da bolsa. Todas as pessoas receberão certificado de participação na conclusão do programa. 

SERVIÇO  
Museu da Língua Portuguesa  
Praça da Luz, s/nº - Luz – São Paulo  
De terça a domingo, das 9h às 16h30 (com permanência até as 18h)
R$ 24 (inteira); R$ 12 (meia)  
Grátis para crianças até 7 anos  
Grátis aos sábados e aos domingos  
Acesso pelo Portão A  
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet 
https://bileto.sympla.com.br/event/90834/d/299723

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Em meio a um cenário de otimismo cauteloso, o turismo brasileiro vive um novo momento em 2025. Impulsionado pela valorização do turismo sustentável, pelas viagens de experiência e pela alta do dólar, que favorece o turismo doméstico, o setor registra uma recuperação robusta e cheia de oportunidades.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do setor cresceu 8,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques estão o Nordeste e o Centro-Oeste, que têm atraído visitantes em busca de ecoturismo, cultura regional e gastronomia típica.

A força do turismo interno

Com o dólar oscilando acima dos R$ 5,50, muitos brasileiros estão optando por conhecer melhor o próprio país. Destinos como Jalapão (TO), Chapada Diamantina (BA) e Alter do Chão (PA) estão no topo das buscas, segundo dados recentes da plataforma de viagens Booking.com.

“Estamos percebendo um novo perfil de turista, mais consciente e interessado em experiências autênticas, longe das multidões e com maior contato com a natureza”, afirma Paula Rezende, diretora de marketing de uma agência de viagens especializada em roteiros personalizados.

Turismo sustentável em alta

Outro destaque de 2025 é o crescimento do turismo sustentável. Projetos de hospedagem ecológica, trilhas com guias locais capacitados e parcerias com comunidades tradicionais estão se tornando diferenciais importantes na hora de escolher um destino.

A cidade de Bonito (MS), por exemplo, implementou um sistema de controle de visitantes em suas principais atrações naturais, equilibrando preservação ambiental e geração de renda para a população local.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas

A tecnologia também tem papel de protagonista na retomada do setor. Aplicativos de roteiros personalizados, guias virtuais com inteligência artificial e o uso de realidade aumentada em museus e atrações têm melhorado a experiência dos turistas e ajudado a descentralizar o fluxo de visitantes.

“A integração de ferramentas tecnológicas permite que o turista tenha mais autonomia, segurança e acesso a informações atualizadas em tempo real”, destaca Rafael Oliveira, pesquisador em turismo digital da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Perspectivas para o futuro

O cenário para o turismo em 2025 é promissor, mas requer atenção à qualificação da mão de obra, infraestrutura de acesso e políticas públicas de incentivo ao turismo sustentável.

Com a chegada do segundo semestre, o setor se prepara para a alta temporada e aposta na diversificação de roteiros e no fortalecimento do turismo de base comunitária como pilares de um crescimento duradouro.

O ano de 2025 está sendo generoso para quem busca por uma brecha no calendário para viajar. Isso porque há quatro feriados prolongados e oito pontos facultativos nacionais, que é quando as empresas podem ou não liberar os funcionários. O primeiro prolongado aconteceu em abril, mas durante todo o ano há oportunidades para viajar, e os roteiros de turismo sustentável vem ganhando espaço na agenda do brasileiro. Além de serem opções responsáveis e que se preocupam com o meio ambiente, quem os realiza também ganha ao se conectar com a natureza.

O ecoturismo cresce cerca de 20% todos os anos no Brasil, de acordo com o Brasilturis. Um dos motivos pela escolha da modalidade são os benefícios, principalmente ao bem estar mental e na conexão com si mesmo. É comprovado que a exposição à natureza diminui o estresse, regulando os níveis de cortisol no corpo e baixando a pressão arterial. A rotina do dia a dia faz com que seja difícil parar para contemplar um fim de tarde, o cair da chuva, o cantar dos pássaros ou pisar na grama e, assim, esquecemos o quão bom esse contato pode fazer. 

“Viagens em meio a natureza são como uma terapia em meio a um mundo digital, cheio de telas e obrigações profissionais. O ecoturismo vem se tornando um estilo de vida para aqueles que priorizam qualidade de vida, na qual saúde física e mental são inegociáveis”, ressalta Cecília Fortunatti, cofundadora da VaiViver - Ecoturismo e Aventura. 

Para quem busca uma pausa da rotina agitada das cidades, a VaiViver — iniciativa voltada para viagens com propósito — criou roteiros com saídas exclusivas durante os feriados prolongados. Em maio, no Dia do Trabalho (01), acontecem as primeiras expedições para explorar mais de 150 cachoeiras escondidas no coração da Serra da Canastra, em Delfinópolis (MG). Já em junho, durante o feriado de Corpus Christi, o destino é Nobres (MT), no coração do cerrado mato-grossense. 

Foco na experiência

Buscando mais do que apenas um destino, e sim vivências transformadoras em meio à natureza, Sandra de Araujo Rodrigues, de 53 anos, decidiu romper barreiras pessoais e encontrou na VaiViver a segurança e o acolhimento necessários para viajar sozinha pela primeira vez. Após o divórcio e em busca de um novo ciclo de vida, ela escolheu a Chapada dos Guimarães como ponto de partida para essa jornada. Lá, além de se reconectar consigo mesma, fez amizades e viveu momentos que marcaram sua trajetória. Foi nessa viagem que surgiu o convite para comemorar seu aniversário, em 2022, na Chapada das Mesas — uma experiência que, segundo ela, mudou sua vida. “Você tem noção do que foi iniciar um novo ciclo na Chapada das Mesas? Foi simplesmente emocionante”, conta.

A experiência com a VaiViver foi um ponto central na jornada de transformação de Sandra. Desde o início, ela se sentiu segura e amparada para explorar atividades que jamais imaginou realizar — como tirolesa e passeios por cachoeiras, mesmo sem saber nadar. “Pode ter certeza que o meu ciclo, que se iniciou naquele período, foi um dos mais lindos que eu tive”, relembra. Segundo ela, o cuidado e o suporte da equipe fizeram toda a diferença: “É uma das empresas que dá mais segurança, principalmente para a mulher que viaja sozinha. Quando ela fala assim: ‘quero que você só se preocupe em fazer a mala’, é exatamente isso”, complementa.  

Opções para o Dia do Trabalho

A VaiViver oferece um roteiro de quatro dias para a cidade, que é ideal para quem busca uma imersão profunda no ecoturismo. Iniciando na quinta-feira (01), o grupo se reúne em São Paulo (SP), na estação Vergueiro com a equipe e segue direto para a pousada. A aventura começa na sexta-feira, após um típico café mineiro, com pão de queijo e café quentinho. 

Para os amantes de queijo, o roteiro contempla uma parada em diversas queijarias premiadas para provar o queijo canastra e conhecer um pouco mais da região. Os viajantes ainda adentram o Parque Nacional da Serra da Canastra, recebendo as boas energias da água sagrada e conhecendo a biodiversidade local. O destino é uma opção repleta de belezas naturais e trilhas, indicadas para iniciantes no esporte e com nível de preparação baixo. Ao total, são aproximadamente 12 km de trilhas divididos durante o roteiro, mas sem grandes desníveis. 

Quem escolhe Delfinópolis como destino conhece ainda o Condomínio de Pedra, Vale da Gurita, Complexo do Ouro e do Claro e lindas cachoeiras, como a Cachoeira do Tombo, da Gruta e Tenebroso. Está incluído no roteiro todos os passeios e tickets de entrada, transfer ida e volta da sua cidade de origem em ônibus semi leito, transfer em 4x4 para os passeios na Serra, ônibus rural, hospedagem em pousada em Delfinópolis - próxima ao centrinho e barzinhos -, e as principais refeições com típicos cafés e almoços mineiros. 

 

Com uma rica herança africana presente na cultura, na história e na gastronomia, o Rio de Janeiro foi eleito o Melhor Destino Nacional de Afroturismo durante a 3ª edição do Prêmio Afroturismo, realizada nesta segunda-feira (14.04), em São Paulo. O anúncio foi feito na World Travel Market Latin America (WTM-LA) - um dos mais relevantes eventos globais do setor turístico. A premiação é promovida pela plataforma Guia Negro, que tem a valorização das raízes afro-brasileiras como um de seus pilares estratégicos.

A escolha do Rio reforça o papel da cidade na valorização da cultura afro e no fortalecimento de experiências turísticas ligadas à ancestralidade. Entre os roteiros destacados pelo júri estão a Pequena África, na região portuária, e o bairro de Madureira – trajetos que resgatam e celebram a contribuição da população negra na formação da identidade carioca.

Outro reconhecimento importante foi para o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), localizado na Gamboa. Inaugurado em 2021, o espaço foi premiado como a Melhor Atração Turística do segmento, sendo descrito pelos jurados como um “local de resistência”, dedicado à preservação, promoção e celebração da cultura afro-brasileira, por meio de exposições, rodas de conversa e atividades culturais.

A premiação também reconheceu outros esforços que impulsionam o afroturismo no Brasil. São Luís (MA) foi destaque pelos investimentos no setor, recebendo o título de Destaque Guia Negro. A turismóloga Thaís Rosa Pinheiro, fundadora da agência Conectando Territórios e consultora do Ministério do Turismo, foi eleita a melhor profissional do segmento. 

ROTAS NEGRAS - O fortalecimento do Afroturismo também se reflete nas políticas públicas voltadas para a promoção internacional do Brasil. Como parte desse esforço, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e outros órgãos do Governo Federal, lançou o Programa Rotas Negras.

A iniciativa tem como objetivo fomentar experiências turísticas que valorizem a ancestralidade africana em diferentes territórios – urbanos e rurais –, impulsionando oportunidades de inclusão e protagonismo para as populações negras. Com foco na economia criativa, circular e sustentável, o programa também visa fortalecer os destinos turísticos de matriz afro-brasileira presentes no Mapa do Turismo.

Além disso, o Rotas Negras prevê ações voltadas à educação e sensibilização dos turistas sobre a história e a cultura afro-brasileira, à capacitação de comunidades locais na gestão dos seus produtos turísticos e ao enfrentamento de estereótipos, contribuindo para a autoestima das populações envolvidas.