Sarau celebra o Mês do Orgulho LGBTQIAP+ na programação de junho do Museu da Língua Portuguesa

Cultura
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No mês do Orgulho LGBTQIAP+, o Museu da Língua Portuguesa vai promover uma edição do Sarau no Museu que celebra a diversidade temática na literatura e na arte como um todo. Esse é um dos destaques de junho da programação do Museu, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.  

O Museu funcionará normalmente durante o feriado prolongado de Corpus Christi, entre 19 e 22 de junho, sendo uma ótima opção de passeio para quem visitar ou estiver em São Paulo neste período. Aos sábados e domingos, a entrada é gratuita para todos os públicos. De terça a sexta-feira, os ingressos custam R$ 24 (inteira) e R$ 12 (meia), sendo que crianças até 7 anos não pagam em nenhum dia da semana. Às segundas, o Museu fica fechado para manutenção. 

Comandado pela escritora Amara Moira, o Sarau no Museu vai acontecer em 28 de junho (sábado), Dia Internacional do Orgulho LGBT. A cordelista indígena Auritha Tabajara, o poeta Formigão e a multiartista Apêagá serão os convidados desta ação, às 17h, no Pátio B. O microfone ficará aberto para quem quiser participar. 

A edição de junho no Sarau no Museu contará com a parceria do Museu da Diversidade Sexual, que realizará Rolezinho LGBTQIAP+ no mesmo dia. O passeio percorrerá vários espaços do centro da cidade de São Paulo e será encerrado justamente no Museu da Língua Portuguesa, um pouco antes do início do Sarau. 

Cinema ao ar livre
Luz na Tela, o projeto de cinema ao ar livre do Museu, exibirá o filme O Auto da Compadecida em junhoBaseado na peça teatral escrita por Ariano Suassuna em 1955, o longa-metragem mostra o dia a dia do carismático e mentiroso João Grilo (papel de Matheus Nachtergaele) e o mais covarde dos homens Chicó (interpretado por Selton Mello) na cidade de Taperoá, no sertão da Paraíba. Amigos inseparáveis, os dois planejam uma série de ações inusitadas, incluindo até mesmo uma morte falsa, para enganar o coronel, o valentão e o padre da cidade. A sessão desta produção, lançada há 25 anos e com direção de Guel Arraes, acontecerá no dia 26 (quinta-feira), a partir das 19h, com entrada gratuita e distribuição de pipoca e refrigerante. A curadoria do Luz na Tela é do Soberano – Rua do Triunfo. 

Para a criançada
Em junho, o Museu também vai realizar uma série de atividades gratuitas para a criançada e suas famílias. Haverá o Domingo no Museu com jogos e brincadeiras tradicionais animados pela Caravana Lúdica, das 10h às 16h, e performances artísticas. 

No dia 10 (terça-feira), a atração é o espetáculo Maju caju e a caixa de palavras, cuja protagonista é uma criança que decide trancar as palavras dentro de uma caixinha quando percebe que elas começaram a sumir. A apresentação do Coletivo Quintal, a partir das 10h, no Pátio B, integra o programa É Hora de História. 

Também dentro do É Hora de História, no dia 25 (quarta-feira), às 10h, no Pátio B, a montagem Rio de Histórias: confluir contos, causos, sonhos e memórias, do Tietê ao Tamanduateí mergulha em tradições indígenas, africanas e caipiras, jogando luz na diversidade linguística e cultural que molda São Paulo.  

No dia 28 (sábado), às 11h, o Núcleo Educativo realiza uma visita ao prédio da Estação da Luz especial para as crianças. A ideia é que elas conheçam os espaços do histórico edifício sede do Museu e façam desenhos e texturas com lápis ou giz de cera sobre uma folha de papel colocada sobre uma superfície do prédio - técnica conhecida como frotagem. 

Por fim, no último domingo do mês, 29 de junho, às 11h, no Pátio B, a dica é prestigiar o musical infantojuventil Musicriando Cantando e Tocando o Brasil, de Edí Holanda. O espetáculo leva crianças e suas famílias a uma viagem sonora por diferentes lugares do Brasil, explorando ritmos típicos e expressões linguísticas de cada região do país. 

É Hora de História e o Domingo no Museu contam com recursos da Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo por meio do PROMAC (Programa Municipal de Apoio a Projetos Culturais). 

Mulheres no samba
O Núcleo Educativo também realiza uma visita especial à exposição principal no dia 7 de junho (sábado), às 13h, com o tema Mulheres no Samba. O objetivo é destacar a presença feminina, sobretudo de mulheres negras, nos batuques das cozinhas da época colonial e nas rodas de samba, a partir do fim do século 19. Desta forma, permitirá que o público conheça a contribuição e a importância de figuras como Clementina de Jesus, Aracy de Almeida e Alcione, todas elas presentes em experiências da exposição, e entenda os processos de socialização e as influências que exerceram na língua portuguesa falada no Brasil. 

Para participar, basta comparecer ao Pátio A, perto da bilheteria, 15 minutos antes do início do passeio. É gratuito. 

Dia dos Namorados
O que acha de escrever uma carta de amor no Dia dos Namorados usando frases da escritora Clarice Lispector? Esta é uma das propostas da Oficina DePara, que acontecerá em 12 de junho (quinta-feira), das 10h às 13h, na Estação da Luz da Linha Amarela, com o Projeto Centenários - Clarice Lispector, em cartaz por lá. Trata-se de uma ação do Museu em parceria com a Motiva, por meio de seu instituto.  

Os participantes também serão instigados a deixar um escrito em um mural a partir da seguinte provocação: “Clarice Lispector deixou muitas mensagens para o mundo. Qual mensagem você quer deixar?".   

Quem participar da oficina ganhará um par de ingressos para o Museu da Língua Portuguesa. 

Jogo teatral
Inspirado no jogo de Ifá, um sistema de adivinhação da cultura iorubá, e no cosmograma bakongo, o espetáculo Geometrias (In)congruentes convida o público a improvisar a partir de temas como corpo, som, cenografia e palavra. A ideia é que o participante explore sua bagagem cultural a partir da memória, do movimento e da brincadeira. A atração, marcada para 7 de junho (sábado), a partir das 12h, no Saguão Central da Estação da Luz, faz parte da Plataforma Conexões, que selecionou trabalhos de artistas iniciantes. 

Fala Falar Falares
A exposição temporária Fala Falar Falares celebra o ato de falar, um superpoder do ser humano, e os sotaques brasileiros. Isso se dá por meio de uma série de experiências, incluindo uma roda de conversa em que pessoas de diferentes origens e lugares do Brasil comentam o modo como falam. Com curadoria da cineasta e cenógrafa Daniela Thomas e do escritor e linguista Caetano W. Galindo, a mostra é um convite à celebração da diversidade dos sotaques encontrados em todos os cantos do Brasil.  

Em cartaz até 14 de setembro, a exposição temporária Fala Falar Falares conta com patrocínio máster da Petrobras e da Motiva, por meio do Instituto CCR; patrocínio do Instituto Cultural Vale; apoio do Grupo Ultra e do Itaú Unibanco – todos por meio da Lei Rouanet.  

SERVIÇO
Museu da Língua Portuguesa
Praça da Luz, s/nº - Luz – São Paulo
De terça a domingo, das 9h às 16h30
R$ 24 (inteira); R$ 12 (meia)
Grátis para crianças até 7 anos
Grátis aos sábados e aos domingos
Acesso pelo Portão A
Venda de ingressos na bilheteria e pela internet: https://bileto.sympla.com.br/event/90834/d/299723  

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Em meio a um cenário de otimismo cauteloso, o turismo brasileiro vive um novo momento em 2025. Impulsionado pela valorização do turismo sustentável, pelas viagens de experiência e pela alta do dólar, que favorece o turismo doméstico, o setor registra uma recuperação robusta e cheia de oportunidades.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do setor cresceu 8,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques estão o Nordeste e o Centro-Oeste, que têm atraído visitantes em busca de ecoturismo, cultura regional e gastronomia típica.

A força do turismo interno

Com o dólar oscilando acima dos R$ 5,50, muitos brasileiros estão optando por conhecer melhor o próprio país. Destinos como Jalapão (TO), Chapada Diamantina (BA) e Alter do Chão (PA) estão no topo das buscas, segundo dados recentes da plataforma de viagens Booking.com.

“Estamos percebendo um novo perfil de turista, mais consciente e interessado em experiências autênticas, longe das multidões e com maior contato com a natureza”, afirma Paula Rezende, diretora de marketing de uma agência de viagens especializada em roteiros personalizados.

Turismo sustentável em alta

Outro destaque de 2025 é o crescimento do turismo sustentável. Projetos de hospedagem ecológica, trilhas com guias locais capacitados e parcerias com comunidades tradicionais estão se tornando diferenciais importantes na hora de escolher um destino.

A cidade de Bonito (MS), por exemplo, implementou um sistema de controle de visitantes em suas principais atrações naturais, equilibrando preservação ambiental e geração de renda para a população local.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas

A tecnologia também tem papel de protagonista na retomada do setor. Aplicativos de roteiros personalizados, guias virtuais com inteligência artificial e o uso de realidade aumentada em museus e atrações têm melhorado a experiência dos turistas e ajudado a descentralizar o fluxo de visitantes.

“A integração de ferramentas tecnológicas permite que o turista tenha mais autonomia, segurança e acesso a informações atualizadas em tempo real”, destaca Rafael Oliveira, pesquisador em turismo digital da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Perspectivas para o futuro

O cenário para o turismo em 2025 é promissor, mas requer atenção à qualificação da mão de obra, infraestrutura de acesso e políticas públicas de incentivo ao turismo sustentável.

Com a chegada do segundo semestre, o setor se prepara para a alta temporada e aposta na diversificação de roteiros e no fortalecimento do turismo de base comunitária como pilares de um crescimento duradouro.

O ano de 2025 está sendo generoso para quem busca por uma brecha no calendário para viajar. Isso porque há quatro feriados prolongados e oito pontos facultativos nacionais, que é quando as empresas podem ou não liberar os funcionários. O primeiro prolongado aconteceu em abril, mas durante todo o ano há oportunidades para viajar, e os roteiros de turismo sustentável vem ganhando espaço na agenda do brasileiro. Além de serem opções responsáveis e que se preocupam com o meio ambiente, quem os realiza também ganha ao se conectar com a natureza.

O ecoturismo cresce cerca de 20% todos os anos no Brasil, de acordo com o Brasilturis. Um dos motivos pela escolha da modalidade são os benefícios, principalmente ao bem estar mental e na conexão com si mesmo. É comprovado que a exposição à natureza diminui o estresse, regulando os níveis de cortisol no corpo e baixando a pressão arterial. A rotina do dia a dia faz com que seja difícil parar para contemplar um fim de tarde, o cair da chuva, o cantar dos pássaros ou pisar na grama e, assim, esquecemos o quão bom esse contato pode fazer. 

“Viagens em meio a natureza são como uma terapia em meio a um mundo digital, cheio de telas e obrigações profissionais. O ecoturismo vem se tornando um estilo de vida para aqueles que priorizam qualidade de vida, na qual saúde física e mental são inegociáveis”, ressalta Cecília Fortunatti, cofundadora da VaiViver - Ecoturismo e Aventura. 

Para quem busca uma pausa da rotina agitada das cidades, a VaiViver — iniciativa voltada para viagens com propósito — criou roteiros com saídas exclusivas durante os feriados prolongados. Em maio, no Dia do Trabalho (01), acontecem as primeiras expedições para explorar mais de 150 cachoeiras escondidas no coração da Serra da Canastra, em Delfinópolis (MG). Já em junho, durante o feriado de Corpus Christi, o destino é Nobres (MT), no coração do cerrado mato-grossense. 

Foco na experiência

Buscando mais do que apenas um destino, e sim vivências transformadoras em meio à natureza, Sandra de Araujo Rodrigues, de 53 anos, decidiu romper barreiras pessoais e encontrou na VaiViver a segurança e o acolhimento necessários para viajar sozinha pela primeira vez. Após o divórcio e em busca de um novo ciclo de vida, ela escolheu a Chapada dos Guimarães como ponto de partida para essa jornada. Lá, além de se reconectar consigo mesma, fez amizades e viveu momentos que marcaram sua trajetória. Foi nessa viagem que surgiu o convite para comemorar seu aniversário, em 2022, na Chapada das Mesas — uma experiência que, segundo ela, mudou sua vida. “Você tem noção do que foi iniciar um novo ciclo na Chapada das Mesas? Foi simplesmente emocionante”, conta.

A experiência com a VaiViver foi um ponto central na jornada de transformação de Sandra. Desde o início, ela se sentiu segura e amparada para explorar atividades que jamais imaginou realizar — como tirolesa e passeios por cachoeiras, mesmo sem saber nadar. “Pode ter certeza que o meu ciclo, que se iniciou naquele período, foi um dos mais lindos que eu tive”, relembra. Segundo ela, o cuidado e o suporte da equipe fizeram toda a diferença: “É uma das empresas que dá mais segurança, principalmente para a mulher que viaja sozinha. Quando ela fala assim: ‘quero que você só se preocupe em fazer a mala’, é exatamente isso”, complementa.  

Opções para o Dia do Trabalho

A VaiViver oferece um roteiro de quatro dias para a cidade, que é ideal para quem busca uma imersão profunda no ecoturismo. Iniciando na quinta-feira (01), o grupo se reúne em São Paulo (SP), na estação Vergueiro com a equipe e segue direto para a pousada. A aventura começa na sexta-feira, após um típico café mineiro, com pão de queijo e café quentinho. 

Para os amantes de queijo, o roteiro contempla uma parada em diversas queijarias premiadas para provar o queijo canastra e conhecer um pouco mais da região. Os viajantes ainda adentram o Parque Nacional da Serra da Canastra, recebendo as boas energias da água sagrada e conhecendo a biodiversidade local. O destino é uma opção repleta de belezas naturais e trilhas, indicadas para iniciantes no esporte e com nível de preparação baixo. Ao total, são aproximadamente 12 km de trilhas divididos durante o roteiro, mas sem grandes desníveis. 

Quem escolhe Delfinópolis como destino conhece ainda o Condomínio de Pedra, Vale da Gurita, Complexo do Ouro e do Claro e lindas cachoeiras, como a Cachoeira do Tombo, da Gruta e Tenebroso. Está incluído no roteiro todos os passeios e tickets de entrada, transfer ida e volta da sua cidade de origem em ônibus semi leito, transfer em 4x4 para os passeios na Serra, ônibus rural, hospedagem em pousada em Delfinópolis - próxima ao centrinho e barzinhos -, e as principais refeições com típicos cafés e almoços mineiros. 

 

Com uma rica herança africana presente na cultura, na história e na gastronomia, o Rio de Janeiro foi eleito o Melhor Destino Nacional de Afroturismo durante a 3ª edição do Prêmio Afroturismo, realizada nesta segunda-feira (14.04), em São Paulo. O anúncio foi feito na World Travel Market Latin America (WTM-LA) - um dos mais relevantes eventos globais do setor turístico. A premiação é promovida pela plataforma Guia Negro, que tem a valorização das raízes afro-brasileiras como um de seus pilares estratégicos.

A escolha do Rio reforça o papel da cidade na valorização da cultura afro e no fortalecimento de experiências turísticas ligadas à ancestralidade. Entre os roteiros destacados pelo júri estão a Pequena África, na região portuária, e o bairro de Madureira – trajetos que resgatam e celebram a contribuição da população negra na formação da identidade carioca.

Outro reconhecimento importante foi para o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), localizado na Gamboa. Inaugurado em 2021, o espaço foi premiado como a Melhor Atração Turística do segmento, sendo descrito pelos jurados como um “local de resistência”, dedicado à preservação, promoção e celebração da cultura afro-brasileira, por meio de exposições, rodas de conversa e atividades culturais.

A premiação também reconheceu outros esforços que impulsionam o afroturismo no Brasil. São Luís (MA) foi destaque pelos investimentos no setor, recebendo o título de Destaque Guia Negro. A turismóloga Thaís Rosa Pinheiro, fundadora da agência Conectando Territórios e consultora do Ministério do Turismo, foi eleita a melhor profissional do segmento. 

ROTAS NEGRAS - O fortalecimento do Afroturismo também se reflete nas políticas públicas voltadas para a promoção internacional do Brasil. Como parte desse esforço, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e outros órgãos do Governo Federal, lançou o Programa Rotas Negras.

A iniciativa tem como objetivo fomentar experiências turísticas que valorizem a ancestralidade africana em diferentes territórios – urbanos e rurais –, impulsionando oportunidades de inclusão e protagonismo para as populações negras. Com foco na economia criativa, circular e sustentável, o programa também visa fortalecer os destinos turísticos de matriz afro-brasileira presentes no Mapa do Turismo.

Além disso, o Rotas Negras prevê ações voltadas à educação e sensibilização dos turistas sobre a história e a cultura afro-brasileira, à capacitação de comunidades locais na gestão dos seus produtos turísticos e ao enfrentamento de estereótipos, contribuindo para a autoestima das populações envolvidas.