Itaú Cultural realiza a 3ª edição da Mostra de Solos, com espetáculos nas linguagens de teatro, dança e palhaçaria

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De 5 a 22 de junho, o Itaú Cultural realiza a 3ª edição da Mostra de Solos, programação que ocupa quase todo o mês na Sala Itaú Cultural com espetáculos de diferentes linguagens, abordando temáticas como identidade, território, corporeidade, violência de gênero, cotidiano e trabalho. Com apresentações diárias únicas, sempre de quinta-feira a domingo, reúne, ao todo, 12 obras, nas quais os artistas mostram a sua potência individual para envolver o público, com espetáculos de dança, teatro e palhaçaria.

 

As apresentações acontecem de quinta-feira a sábado, às 20h, e nos domingos às 19h, e são gratuitas, como toda a programação do Itaú Cultural. As reservas dos ingressos podem ser feitas a partir das 12h da terça-feira da semana de apresentação dos espetáculos, pela plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br.

 

Com espetáculos que levam o olhar íntimo do artista para o coletivo, a Mostra de Solos abre sua programação no dia 5 (quinta-feira) com TAQUESUTAQUE. O solo, escrito e interpretado pela atriz Yasmin Gomes, com direção de Jéssica Teixeira, reflete sobre a imposição linguística de um sotaque dito neutro e como essa prática impacta na construção da identidade.

 

No palco, Yasmin expõe a sua experiência como uma atriz cearense radicada em São Paulo, que precisou camuflar seu sotaque para se estabelecer no Sudeste. Ela aborda como essa violência simbólica sobre expressão linguística do sotaque acaba por diluir a identidade.

 

Na sexta-feira, dia 6, a performer Carolina Moya apresenta o espetáculo de dança Eu Não Sou Daqui, uma investigação poética sobre suas travessias pelo país como paulistana que migrou para o interior do estado em 2019 e depois para o Nordeste em 2023. Vendo a si como uma estrangeira em relação às tradições que pesquisa e com as quais trabalha, ela busca entender como pode habitar o "entre", ou espaço entre diferentes localidades.

 

Para tanto, reúne no palco elementos do flamenco e de danças tradicionais populares brasileiras, como cavalo marinho, maracatu rural, baião de princesas e bumba-meu-boi. Assim, com técnicas corporais fundamentais na criação da dança, explora outras corporeidades possíveis.

 

No sábado, 7, o ator e dramaturgo Preto Vidal apresenta o solo de teatro negro Terror Noturno. A peça usa recursos audiovisuais e estéticos do terror para criar uma atmosfera inquietante e narrar a trajetória de um homem que vive preso em sonhos, nos quais encara traumas da infância e memórias que o assombram até hoje.

 

Estes pesadelos revelam horrores reais enfrentados por corpos negros em uma sociedade marcada pelo racismo estrutural. Nesta espiral, o personagem reivindica a sua voz e protagonismo, para expor a dor de viver em um país que o silencia e os medos integram uma memória ancestral coletiva.

 

A semana fecha com CAPENGÁ!, apresentação de dança da performer paulistana, videoartista e terrorista poética DEF, como ela se define, Estela Lapponi apresenta no domingo, dia 8. A obra, contemplada pelo programa Rumos Itaú Cultural 2023-2024, é uma das criações da artista a partir da palavra capenga, que indica um movimento em desequilíbrio, impreciso.

 

Neste solo, Estela reúne dança e tecnologia com sensores presos a seu corpo, acionando uma trilha sonora a partir do movimento. É um lá e cá entre artista-objeto e público.

 

Violência de gênero e trabalho

Na semana seguinte, o Itaú Cultural retoma a Mostra de Solos com espetáculos que abordam feminicídio, saúde mental e ofício.

 

A primeira temática está presente no solo de dança Amana, que a bailarina e coreógrafa Ana Clara Poltronieri apresenta na quinta-feira, dia 12. A palavra-título –  água que vem do céu, em tupi – evoca a história de duas irmãs separadas por uma tragédia, retratada por meio de lembranças de amor, luta e luto.

 

Sob direção de Tânia Farias, a apresentação é um ato contra a violência sofrida diariamente pelas mulheres. O ponto de partida é a história de Magó, bailarina vítima de feminicídio, cuja trajetória é narrada por meio de movimento, da palavra e do depoimento.

 

Na sexta-feira, 13, a programação recebe a diretora Tânia Farias, agora em cena como atriz, com Manifesto de Uma Mulher de Teatro. A peça também parte da história da bailarina Magó, barbaramente violentada e assassinada em 2020, e agrega histórias de violências sofridas por outras mulheres. Em cena, essas passagens estão nas vozes de personalidades como a cantora e compositora Violeta Parra e a poetisa e romancista Gioconda Belli, além da própria Tânia.

 

Assim, Manifesto de Uma Mulher de Teatro é um ato político contra a violência de gênero, por meio do sensível. A reflexão se estende, ainda, a todo tipo de barbárie autorizada, como a violência contra negros, pessoas lgbtqiapn+ e tudo o que parece ameaçar o conservadorismo.

 

Natasha Corbelino apresenta 1 Peça Cansada, no sábado, dia 14. Nela, a atriz faz um mergulho na experiência de listar cansaços como uma forma de criar laços coletivos e memórias. No palco, ela instaura uma atmosfera afetuosa e cúmplice, onde a plateia é acolhida em seus cansaços.

 

Em um encontro de delicadezas com o público, Natacha partilha o percurso de um corpo cansado e desejante por novas possibilidades de expansão. Para tanto, usa uma poética do limite, da repetição e do acúmulo.

 

A semana fecha com Animo Festas, solo que o ator e diretor Marcio Douglas apresenta no domingo, 15. Por meio do palhaço Klaus, ele narra um submundo decadente como animador de festas infantis. Ambientado por uma trilha que mistura rock, música francesa e canções infantis dos anos 1980, usa do humor ácido e do sarcasmo para tirar a máscara do palhaço, que se revela uma pessoa à margem da sociedade, vivendo o dilema de ser fiel à sua arte ou se ajustar ao mercado devido às necessidades financeiras.

 

O personagem, vítima das suas próprias escolhas, optou por ter uma vida medíocre e apenas sobreviver. A partir daí, a proposta é provocar no público questionamentos a respeito de felicidade, valor do trabalho artístico e decisões tomadas para resistir.

 

Masculinidades, identidade e coletividades

Os espetáculos reunidos na última semana da Mostra de Solas partem de experiências muito particulares de artistas e personagens.

 

A peça Um Homem Chamado José, com o ator Otacílio Alacran, abre esse bloco final, na quinta-feira, 19. O espetáculo faz uma leitura original da figura bíblica de José, que se mostra contemporânea ao se revelar não alinhada aos padrões de seu tempo, abrindo caminhos para uma nova masculinidade.

 

Tendo como foco a paternidade, o espetáculo atualiza José, cuja santidade é construída em cima do silenciamento e da renúncia ao protagonismo masculino. Ao descobrir que sua noiva espera um filho que não é seu, ele vive uma crise moral e ética. No entanto, assume esse encargo paterno e faz um percurso entre a indignação e a aceitação, a defesa, o apoio e a proteção desta mulher.

 

Na sexta-feira, 20, o bailarino pernambucano Márcio Filho participa da Mostra com o solo de dança Não Verificado em Primeira Pessoa. O espetáculo tem como base ferramentas de composição específicas e partituras coreográficas que jogam com as noções de gravidade, tempo/espaço, objeto, imagem e corpo.

 

Em sua apresentação, Márcio usa a dança para refletir sobre quem verifica/valida o seu trabalho com a arte, a dança e a tecnologia de movimento, e sobre qual a distância entre o que acontece e o que não acontece. Assim, provoca a plateia a buscar seus próprios caminhos para as respostas ou para mais perguntas.

 

No dia seguinte, a atriz mineira Carolina Corrêa participa da programação com a peça Zona de Sacrifício, na qual o teatro, a dança e a performance se unem a uma investigação cênica sobre as consequências da mineração. O espetáculo desafia o espectador a refletir sobre a complexidade e os custos da mineração, ação profundamente ligada à história do Brasil.

 

A montagem é composta por três movimentos. No primeiro, a artista questiona "E se a mineração fosse um deus?", refletindo sobre os sacrifícios divinos que se imaginam exigidos em um surrealismo grotesco. No segundo, foca nas promessas vazias e nos jargões usados nas mensagens publicitária das empresas mineradoras. Fecha com o terceiro movimento, no qual traz imagens e depoimentos de moradores do interior de Minas Gerais, sobre a realidade vivida pelos impactados por crimes ambientais.

 

Mostra de Solos encerra no domingo, dia 22, com Belmira, solo da atriz Angela Ribeiro. Em cena, a artista vive Marta, uma professora paraense sobrevivente de um atentado escolar, que compartilha suas reflexões sobre educação e fala sobre o seu vínculo com a enigmática professora Belmira.

 

Tanto a protagonista quanto a trama são influenciadas pela história real da cantora paraense Dona Onete, que, antes de ser reconhecida como a rainha do carimbó chamegado, foi professora de história e estudos paraenses e atuou ativamente nos movimentos sindicais. Na peça, a forma de ensinar e de contar histórias usadas por Dona Onete nas aulas estão representadas, embaladas por ritmos paraenses, na tentativa de elaboração do trauma vivido pela personagem.

 

 

SERVIÇO

Mostra de Solos

De 5 a 22 de junho (quinta-feira a sábado, às 20h, e domingo e feriado, às 19h)

No Itaú Cultural

Entrada gratuita. Reservas de ingressos a partir da terça-feira da semana da apresentação, a partir das 12h, na plataforma INTI – acesso pelo site do Itaú Cultural www.itaucultural.org.br    

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Em meio a um cenário de otimismo cauteloso, o turismo brasileiro vive um novo momento em 2025. Impulsionado pela valorização do turismo sustentável, pelas viagens de experiência e pela alta do dólar, que favorece o turismo doméstico, o setor registra uma recuperação robusta e cheia de oportunidades.

Segundo levantamento da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), o faturamento do setor cresceu 8,5% no primeiro trimestre de 2025, em comparação com o mesmo período do ano anterior. Entre os destaques estão o Nordeste e o Centro-Oeste, que têm atraído visitantes em busca de ecoturismo, cultura regional e gastronomia típica.

A força do turismo interno

Com o dólar oscilando acima dos R$ 5,50, muitos brasileiros estão optando por conhecer melhor o próprio país. Destinos como Jalapão (TO), Chapada Diamantina (BA) e Alter do Chão (PA) estão no topo das buscas, segundo dados recentes da plataforma de viagens Booking.com.

“Estamos percebendo um novo perfil de turista, mais consciente e interessado em experiências autênticas, longe das multidões e com maior contato com a natureza”, afirma Paula Rezende, diretora de marketing de uma agência de viagens especializada em roteiros personalizados.

Turismo sustentável em alta

Outro destaque de 2025 é o crescimento do turismo sustentável. Projetos de hospedagem ecológica, trilhas com guias locais capacitados e parcerias com comunidades tradicionais estão se tornando diferenciais importantes na hora de escolher um destino.

A cidade de Bonito (MS), por exemplo, implementou um sistema de controle de visitantes em suas principais atrações naturais, equilibrando preservação ambiental e geração de renda para a população local.

Tecnologia e inteligência artificial como aliadas

A tecnologia também tem papel de protagonista na retomada do setor. Aplicativos de roteiros personalizados, guias virtuais com inteligência artificial e o uso de realidade aumentada em museus e atrações têm melhorado a experiência dos turistas e ajudado a descentralizar o fluxo de visitantes.

“A integração de ferramentas tecnológicas permite que o turista tenha mais autonomia, segurança e acesso a informações atualizadas em tempo real”, destaca Rafael Oliveira, pesquisador em turismo digital da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC).

Perspectivas para o futuro

O cenário para o turismo em 2025 é promissor, mas requer atenção à qualificação da mão de obra, infraestrutura de acesso e políticas públicas de incentivo ao turismo sustentável.

Com a chegada do segundo semestre, o setor se prepara para a alta temporada e aposta na diversificação de roteiros e no fortalecimento do turismo de base comunitária como pilares de um crescimento duradouro.

O ano de 2025 está sendo generoso para quem busca por uma brecha no calendário para viajar. Isso porque há quatro feriados prolongados e oito pontos facultativos nacionais, que é quando as empresas podem ou não liberar os funcionários. O primeiro prolongado aconteceu em abril, mas durante todo o ano há oportunidades para viajar, e os roteiros de turismo sustentável vem ganhando espaço na agenda do brasileiro. Além de serem opções responsáveis e que se preocupam com o meio ambiente, quem os realiza também ganha ao se conectar com a natureza.

O ecoturismo cresce cerca de 20% todos os anos no Brasil, de acordo com o Brasilturis. Um dos motivos pela escolha da modalidade são os benefícios, principalmente ao bem estar mental e na conexão com si mesmo. É comprovado que a exposição à natureza diminui o estresse, regulando os níveis de cortisol no corpo e baixando a pressão arterial. A rotina do dia a dia faz com que seja difícil parar para contemplar um fim de tarde, o cair da chuva, o cantar dos pássaros ou pisar na grama e, assim, esquecemos o quão bom esse contato pode fazer. 

“Viagens em meio a natureza são como uma terapia em meio a um mundo digital, cheio de telas e obrigações profissionais. O ecoturismo vem se tornando um estilo de vida para aqueles que priorizam qualidade de vida, na qual saúde física e mental são inegociáveis”, ressalta Cecília Fortunatti, cofundadora da VaiViver - Ecoturismo e Aventura. 

Para quem busca uma pausa da rotina agitada das cidades, a VaiViver — iniciativa voltada para viagens com propósito — criou roteiros com saídas exclusivas durante os feriados prolongados. Em maio, no Dia do Trabalho (01), acontecem as primeiras expedições para explorar mais de 150 cachoeiras escondidas no coração da Serra da Canastra, em Delfinópolis (MG). Já em junho, durante o feriado de Corpus Christi, o destino é Nobres (MT), no coração do cerrado mato-grossense. 

Foco na experiência

Buscando mais do que apenas um destino, e sim vivências transformadoras em meio à natureza, Sandra de Araujo Rodrigues, de 53 anos, decidiu romper barreiras pessoais e encontrou na VaiViver a segurança e o acolhimento necessários para viajar sozinha pela primeira vez. Após o divórcio e em busca de um novo ciclo de vida, ela escolheu a Chapada dos Guimarães como ponto de partida para essa jornada. Lá, além de se reconectar consigo mesma, fez amizades e viveu momentos que marcaram sua trajetória. Foi nessa viagem que surgiu o convite para comemorar seu aniversário, em 2022, na Chapada das Mesas — uma experiência que, segundo ela, mudou sua vida. “Você tem noção do que foi iniciar um novo ciclo na Chapada das Mesas? Foi simplesmente emocionante”, conta.

A experiência com a VaiViver foi um ponto central na jornada de transformação de Sandra. Desde o início, ela se sentiu segura e amparada para explorar atividades que jamais imaginou realizar — como tirolesa e passeios por cachoeiras, mesmo sem saber nadar. “Pode ter certeza que o meu ciclo, que se iniciou naquele período, foi um dos mais lindos que eu tive”, relembra. Segundo ela, o cuidado e o suporte da equipe fizeram toda a diferença: “É uma das empresas que dá mais segurança, principalmente para a mulher que viaja sozinha. Quando ela fala assim: ‘quero que você só se preocupe em fazer a mala’, é exatamente isso”, complementa.  

Opções para o Dia do Trabalho

A VaiViver oferece um roteiro de quatro dias para a cidade, que é ideal para quem busca uma imersão profunda no ecoturismo. Iniciando na quinta-feira (01), o grupo se reúne em São Paulo (SP), na estação Vergueiro com a equipe e segue direto para a pousada. A aventura começa na sexta-feira, após um típico café mineiro, com pão de queijo e café quentinho. 

Para os amantes de queijo, o roteiro contempla uma parada em diversas queijarias premiadas para provar o queijo canastra e conhecer um pouco mais da região. Os viajantes ainda adentram o Parque Nacional da Serra da Canastra, recebendo as boas energias da água sagrada e conhecendo a biodiversidade local. O destino é uma opção repleta de belezas naturais e trilhas, indicadas para iniciantes no esporte e com nível de preparação baixo. Ao total, são aproximadamente 12 km de trilhas divididos durante o roteiro, mas sem grandes desníveis. 

Quem escolhe Delfinópolis como destino conhece ainda o Condomínio de Pedra, Vale da Gurita, Complexo do Ouro e do Claro e lindas cachoeiras, como a Cachoeira do Tombo, da Gruta e Tenebroso. Está incluído no roteiro todos os passeios e tickets de entrada, transfer ida e volta da sua cidade de origem em ônibus semi leito, transfer em 4x4 para os passeios na Serra, ônibus rural, hospedagem em pousada em Delfinópolis - próxima ao centrinho e barzinhos -, e as principais refeições com típicos cafés e almoços mineiros. 

 

Com uma rica herança africana presente na cultura, na história e na gastronomia, o Rio de Janeiro foi eleito o Melhor Destino Nacional de Afroturismo durante a 3ª edição do Prêmio Afroturismo, realizada nesta segunda-feira (14.04), em São Paulo. O anúncio foi feito na World Travel Market Latin America (WTM-LA) - um dos mais relevantes eventos globais do setor turístico. A premiação é promovida pela plataforma Guia Negro, que tem a valorização das raízes afro-brasileiras como um de seus pilares estratégicos.

A escolha do Rio reforça o papel da cidade na valorização da cultura afro e no fortalecimento de experiências turísticas ligadas à ancestralidade. Entre os roteiros destacados pelo júri estão a Pequena África, na região portuária, e o bairro de Madureira – trajetos que resgatam e celebram a contribuição da população negra na formação da identidade carioca.

Outro reconhecimento importante foi para o Museu da História e da Cultura Afro-Brasileira (Muhcab), localizado na Gamboa. Inaugurado em 2021, o espaço foi premiado como a Melhor Atração Turística do segmento, sendo descrito pelos jurados como um “local de resistência”, dedicado à preservação, promoção e celebração da cultura afro-brasileira, por meio de exposições, rodas de conversa e atividades culturais.

A premiação também reconheceu outros esforços que impulsionam o afroturismo no Brasil. São Luís (MA) foi destaque pelos investimentos no setor, recebendo o título de Destaque Guia Negro. A turismóloga Thaís Rosa Pinheiro, fundadora da agência Conectando Territórios e consultora do Ministério do Turismo, foi eleita a melhor profissional do segmento. 

ROTAS NEGRAS - O fortalecimento do Afroturismo também se reflete nas políticas públicas voltadas para a promoção internacional do Brasil. Como parte desse esforço, o Ministério do Turismo, em parceria com o Ministério da Igualdade Racial e outros órgãos do Governo Federal, lançou o Programa Rotas Negras.

A iniciativa tem como objetivo fomentar experiências turísticas que valorizem a ancestralidade africana em diferentes territórios – urbanos e rurais –, impulsionando oportunidades de inclusão e protagonismo para as populações negras. Com foco na economia criativa, circular e sustentável, o programa também visa fortalecer os destinos turísticos de matriz afro-brasileira presentes no Mapa do Turismo.

Além disso, o Rotas Negras prevê ações voltadas à educação e sensibilização dos turistas sobre a história e a cultura afro-brasileira, à capacitação de comunidades locais na gestão dos seus produtos turísticos e ao enfrentamento de estereótipos, contribuindo para a autoestima das populações envolvidas.