Um planeta ameaçado pelo colapso ambiental precisa de ajuda com urgência. Estamos falando de Carbonia, um mundo criado para interagir com o público sobre decisões que devem ser tomadas para garantir a sobrevivência de seus habitantes. Energia, transporte, alimentação e preservação da natureza, entre outros aspectos que garantem o equilíbrio da vida, fazem parte da experiência interativa e imersiva “O Desafio de Carbonia”, que estreia dia 3 de julho no Museu Catavento, instituição da Secretaria da Cultura, Economia e Indústria Criativas do Estado de São Paulo.
“O Desafio de Carbonia” convida o público a ver, ouvir e fazer, estimulando escolhas conscientes e o pensamento crítico frente às mudanças climáticas. No centro da experiência está Carbonia, um planeta fictício que espelha os desafios vividos na Terra. Ali, os visitantes assumem o papel de líderes de diferentes regiões e tomam decisões que impactam diretamente o meio ambiente e o futuro do planeta. Com entrada gratuita e localizada na parte externa do Catavento, próximo à fonte, a experiência é voltada especialmente para crianças acima de 12 anos e adolescentes.
“A ciência já alertou. Agora é hora de tomar consciência e agir. A educação é a principal ferramenta para que as novas gerações compreendam a crise climática e sintam que fazem parte da solução”, afirma Sérgio Pompéia, presidente do IPBio (Instituto de Pesquisas da Biodiversidade) e criador do projeto.
Imersão sensorial e tomada de decisão
Na prática, o visitante entra em um domo esférico, mais conhecido como geodésica, em que pode ver um documentário de 15 minutos com projeções panorâmicas. O filme narra a história do uso da energia pela humanidade e suas consequências para o clima.
Em seguida, começa o jogo coletivo “O Desafio de Carbonia”. Organizados em grupos, os participantes assumem o papel de gestores de nações que compõem o planeta Carbonia. Cada grupo recebe informações sobre as características do seu bioma — como florestas, montanhas, áreas costeiras, regiões solares ou minerais — e precisa tomar decisões estratégicas sobre geração de energia, uso dos recursos, preservação ambiental, desenvolvimento econômico e bem-estar da população.
A cada rodada, os jogadores escolhem ações que impactam diretamente os indicadores do planeta, como emissões de carbono, qualidade do ar, desmatamento, crise hídrica, geração de energia e estabilidade climática. As escolhas são refletidas em tempo real nas projeções do domo, com mudanças de luzes, sons, gráficos e imagens que mostram as consequências dos caminhos escolhidos, sejam eles positivos ou negativos para o equilíbrio do planeta.
Ao final do jogo, cada grupo visualiza seu desempenho e é convidado a refletir sobre os desafios reais da descarbonização e sobre como as escolhas coletivas moldam o futuro.
A experiência continua na plataforma digital
A experiência imersiva no Museu Catavento é apenas o começo. O público pode continuar explorando os desafios de Carbonia em casa ou na escola por meio de uma plataforma digital interativa. No ambiente online, os participantes podem jogar novamente, de forma individual ou em grupo, acessando também conteúdos complementares como o documentário, uma midiateca com informações científicas, materiais pedagógicos e trilhas educativas voltadas especialmente para professores e estudantes.
A plataforma conta com recursos de gamificação que aumentam o engajamento dos jogadores, como passaporte digital, cards colecionáveis com o desempenho de cada partida, rankings e conquistas. Cada decisão tomada no jogo impacta variáveis como carbono emitido, qualidade dos biomas, bem-estar da população e desenvolvimento sustentável, estimulando a aprendizagem prática e o pensamento crítico sobre os desafios climáticos.
“Estamos muito felizes por realizar esta iniciativa que extrapola nossa narrativa corporativa, ou seja, que vai além dos muros da nossa empresa e do setor em que atuamos para a descarbonização do transporte”, explica Patrícia Acioli, diretora de Comunicação e Sustentabilidade da Scania Operação Industrial para a América Latina, patrocinadora do projeto. “Nesse trabalho a gente coloca a ciência, a cultura e a vivência para passar a mensagem: legado se faz a partir do coletivo, e esperamos que muitas pessoas sejam tocadas pelo projeto”.
Museu Catavento convida público para o enfrentamento da crise climática em experiência imersiva
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